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Clínica de pequenos animais - dermatologia

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Dermatopatias 
alérgicas 
 
Podem estar relacionadas com 
questões ambientais (cães de 
cidade) 
A maioria é dermatite atopica. 
 
Dermatite alérgica por picada de 
pulga - DAAPE - 
Dermatite alérgica à picada de 
ectoparasitas. 
 
Agente: Ctenocephalides felis felis 
- mais comum. 
Ctenocephalides canis. 
 
O animal tem alergia à saliva da 
pulga. 
Resposta imunológica exacerbada 
aos compostos presentes na saliva 
da pulga (polipeptídios, 
aminoácidos, compostos 
aromáticos, enzimas 
proteolíticas,materiais de liberação 
de histamina e anticoagulantes) – 
irritação imediata. 
Na resposta tardia outras 
substâncias se ligam a proteínas 
da pele e geram a 
hipersensibilidade tipo IV. 
Estimulação da produção de IgE > 
inflamação. 
Imediata - hipersensibilidade do 
tipo I. 
Crônicos - Na resposta tardia, 
outras substâncias (Haptenos) se 
ligam a proteínas da pele e geram 
a reação de hipersensibilidade do 
IV. 
 
Sem predisposição racial ou sexual, 
acometendo geralmente animais 
mais jovens. 
50% das dermatofitoses alérgicas. 
 
Manifestações clínicas: 
Prurido intenso, lesões por 
mordedura ao redor do ânus e na 
base da cauda 
(lesões em região de dorso e 
membro pélvico). 
Lesões avermelhadas, alopecia, 
crostas hemorrágicas, 
enegrecimento da pele 
Pode ocorrer infecção secundária 
devido a perda da barreira 
cutânea. 
 
 
 
Existem alguns fatores que podem 
desencadear a hipersensibilidade, 
quando a pulga vem no animal ela 
deposita saliva e uma série de 
compostos que vão diretamente ao 
sangue. 
Qualquer animal está predisposto a 
isso. 
Lesões em região ventral, pélvica, 
pescoço, próxima a cauda. 
A pulga geralmente fica no 
ambiente (controle do ambiente). 
 
Sintomas começam geralmente 
nos locais onde a pulga se 
alimenta. 
 
Diagnóstico: 
Baseado na história clínica. 
Triagem alérgica 
Chegou um animal com coceira > 
investigar > raspado de pele 
(descartar sarna), citologia (para 
saber se há envolvimento 
bacteriano), cultura e antibiograma 
(em casos de infecção secundária) 
> descartar possíveis diferenciais > 
anamnese detalhada (quando 
começou, tem contactantes, onde 
a pessoa mora, vacina, vermifugo, 
se o animal vai pra banho, o que o 
animal come, coisas do ambiente) 
** Ideal é mandar mais de uma 
lâmina. 
Hemograma e bioquímicos para 
poder medicar. 
 
Teste de mackenzie (não é padrão 
ouro, mas é comum) - algodão 
com água oxigenada, se oxidar o 
algodão tem a presença de 
hemoglobina não digerida- coco da 
pulga - teste positivo irá revelar 
uma cor avermelhada/ marrom. 
 
Descartar doenças relacionadas 
(endócrinas, zoonoses…). 
 
Tratamento: 
Controle do ambiente (pulga gosta 
de frestas) - butox, uma vez na 
semana, intoxica se não faz 
diluição correta. - piso de taco é 
predisposto, ar condicionado - 
spray da bayer (fligard). 
 
Usar coleiras antipulgas - Seresto, 
escalibur, Simparic, advocate - 
lembrar de escolher a com menor 
odor. 
. 
 
DAAP coça muito!! - usar 
glicocorticóides (com animal 
clinicamente bem) 
Prednisona 0,5 - 1mg/ kg SID 
Prednisolona 1mg - 2 mg/ kg SID 
Lembrar de descartar outras 
doenças para o uso de corticóides. 
(endocrinopatias, nefropatias) 
 
Tratamento tópico - banho com 
shampoos específicos, aplicação de 
spray local. 
 
*** Lesões podem gerar infecções 
secundárias (antibiótico) - 
piodermite 
** Controle do ambiente e controle 
de contactantes é essencial. 
 
Antibiótico sistêmico apenas no 
caso de piodermite profunda. 
 
 
Dermatite trofoalérgica (alergia 
alimentar) 
 
Prurido pode vir a qualquer 
momento ou até mesmo em 
mudanças de estação (não 
sazonal) 
Lesões crostosas, piodermites, 
alopecia, lamber os coxins… 
Podem ocorrer lesões 
autoinfligidas na pele > alopecia e 
piodermite secundária. 
 
Qualquer coisa pode dar alergia ao 
animal. 
Alimentos mais comuns a dar 
reações adversas são as proteínas 
e as glicoproteínas. (bovino, 
frango, 
cordeiro, derivados de leite e trigo 
(cães), bovino, frango, trigo, peixe, 
milho e derivados do leite (gatos). 
Proteínas têm peso molecular 
maior = mais difícil a degradação e 
mais comum a ocorrência de 
alergia. 
* Nas dietas hipoalergênicas 
usamos proteínas de menor peso 
molecular. 
 
Os cães também podem ter 
problemas gastrointestinais, o que 
pode acabar passando batido. 
 
Raças predispostas: dachshund, 
shih tzu, golden, lhasa, todos os 
bulls. 
 
3ª doença mais comum. 
 
 
Pode acontecer em qualquer idade 
e pode ser desenvolvida depois. 
 
Fatores intrínsecos (relacionados 
ao animal) x fatores extrínsecos 
(relacionados ao ambiente). 
Geralmente as com envolvimento 
imunológico são as que se 
agravam mais. 
 
Grau mais leve até o grau mais 
severo. 
 
Manifestações clínicas 
Prurido intenso. 
Otite uni ou bilateral externa. 
 
Eritema, crosta, secreção, alopecia, 
escoriações, lignificação, 
hiperpigmentação, ulcerações, 
erosão. Sendo que as lesões 
podem ser localizadas ou 
generalizadas. 
 
* Se o animal responde ao 
corticóide, a lambedura da pata é 
alérgica, não ansiedade. 
 
 
 
Diagnóstico/ Tratamento: 
Descarte dos diagnósticos 
diferenciais, com posterior 
emprego das dietas de exclusão e 
provocativa, consideradas padrão 
ouro. 
Anamnese detalhada - vacina, 
alimentação, petisco, produtos de 
limpeza da casa, produtos do 
banho - cuidado com tutor para 
tutor, uma vez que alguns não vão 
falar tudo. 
 
Triagem alérgica: 
Primeiro passo da triagem alérgica 
- descartar os outros diferenciais 
que causam coceira (fazer exames 
conforme achar necessário ao 
associar com a clínica). 
Segundo passo - excluir pulga 
(antipulga por 30 dias). 
Terceiro passo - começar a pensar 
no alimento. 
Dieta de exclusão e provocativa: 
1º Eliminar o alérgeno - dieta de 
alimentos inéditos por 8 semanas. 
2º Incluir na dieta os alimentos 
originais, observando se haverá 
sintomatologia. Geralmente o 
prurido irá dar-se após 12 horas de 
exposição. 
 
 
Em literatura o ideal é que os 
testes sejam feitos por 60 dias 
por alimento, testando diferentes 
alimentos a cada 60 dias. Não 
podendo dar nada diferente da 
dieta prescrita por esse tempo. 
Teste alérgico tem que ter peso 
molecular da proteína baixo. 
 
Testes alérgicos não são usados 
para diagnóstico, porém podem ser 
úteis. 
 
Para o animal melhorar 100% 
geralmente demora no mínimo 6 
meses. 
A ração hipoalergênica é 
extremamente gordurosa, não deve 
ser utilizada para sempre! 
Deve-se testar proteínas que o 
animal se de bem, se for o caso a 
proteína pode ser hidrolisada. 
 
Dieta provocativa - não se sabe 
quanto tempo ao certo o animal 
vai apresentar sintomas, depende 
de animal para animal. 
 
Dieta natural também é uma 
opção, lembrando sempre que o 
ideal é que o animal passe com 
um nutricionista ou um nutrólogo 
veterinário. Usar proteínas inéditas. 
Ideal para animais com múltiplas 
comorbidades. Usar proteínas 
inéditas e é necessário 
suplementação. 
 
Testes alérgicos: 
- Intradérmico - aplicação 
intradérmica. Se usa o 
extrato da coisa (extrato de 
frango, extrato de carne de 
porco) - a sensibilidade 
pode-se dar pela própria 
picada. Não é 100% 
fidedigno. 
O animal não pode estar usando 
anti-histamínico ou corticóide. 
- Lanceta - com uma lanceta 
fazer uma pequena 
laceração na pele e passar o 
extrato do alérgeno em 
cima. 
- Teste de ELISA - através do 
sangue, é um custo alto. 
Feito através do sangue. 
 
* Imunoterapia alérgeno 
específico: 
Terapia de alto custo, com efeitos 
a partir de 10 meses. 
 
Eficácia variável, quando apresenta 
efeito diminuir a dose dos 
fármacos. 
 
Dermatite atópica 
 
Segunda dermatopatia mais 
prevalente em cães. 
Raças predispostas: Yorkshire, 
West High Land, White Terrier, 
Golden Retriever,Boxer, Dálmata, 
Shar-pei, Bull Terriers, Lhasa-Apso, 
Shih-Tzu, Beagle e Poodle 
Doença cutânea inflamatória, 
pruriginosa. 
 
Animal já nasce assim. 
Caracterizada pela deficiência na 
barreira cutânea, deixando com 
que os alérgenos entrem com 
facilidade. 
Reação dehipersensibilidade aos 
alérgenos que entram pela barreira 
cutânea deficiente. 
 
= defeito imunológico + defeito da 
barreira cutânea. 
 
O alérgeno entra pela barreira 
cutânea e o animal tem tendência 
maior de formar IgE. 
Antígeno entra na pele> célula 
apresentadora de antígeno > 
linfonodo > linfócito T 0 (que é o 
que tem uma super reação, 
polarizando e liberando 
interleucinas) > liberação de 
anticorpos IgE, fazendo com que 
os linfócitos migrem para pele 
novamente > liberação de células 
inflamatórias (mastócitos, 
eusinófilos). 
 
 
 
Manifestações clínicas: 
Os sintomas começam como 
eritema e prurido cutâneo (o cão 
se lambe, morde, coça e esfrega), 
que podem ser sazonais ou não, 
dependendo do alérgeno ofensor. 
A distribuição do prurido 
geralmente envolve as patas, os 
flancos, a virilha, as axilas, a face e 
as orelhas. 
Grande parte dos pacientes 
apresentam traumatismo 
autoinduzido, o que pode fazer 
 
com que ocorram lesões 
secundárias. 
 
 
Diagnóstico: 
Anamnese e exame físico 
detalhado. 
Excluir outras possibilidades, 
(raspado de pele). 
Diagnóstico por exclusão (DAAP, 
Hipersensibilidade alimentar). 
Triagem alérgica e depois pensar 
em dermatite atópica. 
 
Tratamento: 
Não tem cura, apenas diminuem os 
sintomas e as manifestações. 
 
1) Hidratação 
Recuperar a barreira cutânea, 
preenchendo a deficiência da 
barreira tentando impedir com que 
os alérgenos entrem. 
Banhos com frequência e com 
shampoos específicos dependendo 
do resultado da citologia cutânea. 
2) Controle do ambiente 
Remover fatores alérgenos 
Ácaros ambientais, pólen, bactérias, 
leveduras e fungos. 
Limpeza do ambiente com maior 
frequência, ajuste de produtos. 
Umidificado no ambiente. 
3) Controle da imunidade do 
animal 
Controlar infecções secundárias, 
inflamação e prurido. 
 
 
Fase aguda x fase crônica 
Fase aguda - animal em crise, 
animal coçando a meses, anos - 
tratamento mais potente 
Fase crônica - animal mais 
controlado, o tratamento muda 
 
Tratamento 2: 
Maneira tópica e maneira 
sistêmica (avaliar caso a caso, 
vendo as outras condições do 
paciente). 
Caso o animal não apresente 
infecção secundária, ajustar 
hidratação com produtos 
emolientes e umectantes. 
*cuidado com as otites, uma vez 
que a atopica é em todo o órgão 
pele. - otite média (cultura e 
antibiograma). 
Pensando em animais com 
doenças secundárias tratar 
conforme o resultado da citologia 
 
(shampoo contra bactérias, 
fungos). 
Manipulados muitas vezes não tem 
tecnologias completas. 
Umectante - óleo - evitar para 
yorkshire 
Exemplos: Alermyl, hidrapet, 
douxos, cloresten, sebolytic. 
 
Tratamento sistêmico 
Antibióticos (piodermite) - 
cefalexina, cefovecina, 
enrofloxacina, amoxicilina, 
azitromicina. 
Antifúngicos (malasseziose) - 
itraconazol, cetoconazol 
Uso diário ou pulso terapia 
(controle da crise 2x na semana). 
 
Terapias adjuvantes (complementa 
na desinflamação da pele) - 
cuidado com palatabilizantes pois 
pode ser que possua alérgenos. 
Ograx derme, gatos 
Queranon 
Refos derme 
*cuidado com pasta de dentes 
também, algumas tem “sabor 
frango”, o que pode atacar a 
alergia em pacientes alérgicos. 
 
Tratamento sistêmicos com ação 
anti inflamatória 
Controle de prurido - 
corticosteróides 
Prednisona 0,5 – 1,0 mg/kg SID 
(cães) 
Prednisolona 1,0 – 2,0 mg/kg 
(gatos) 
10 dias de corticoide diário 
depois dia sim dia não 
ir diminuindo para ver o que o 
animal aguenta. 
Tem animais que não repilam com 
o uso de antibiótico, porém é 
necessário pensar o que vale mais 
a pena. 
 
● Se o animal não tem 
infecção secundária não é 
necessária a entrada de 
antifúngicos e 
antibacterianos = hidratar a 
pele é primordial, alguns 
hidratantes tem formação 
de camada de gordura. 
● animais com infecção 
secundária = necessário 
citologia - usar shampoos 
com base no resultado da 
citologia. 
● Pensando em fungo é visto 
tratamento tópico muito 
 
eficaz, muitas vezes não tem 
necessidade de tratamento 
sistêmico. 
 
Ciclosporina - demora um pouco 
pra começar e causa alguns 
efeitos colaterais. Até 25 dias 
associar outros. 
Associações para aumentar o 
efeito, porém muitas vezes 
aumentam os efeitos colaterais. 
 
Oclacitinib (apoquel) - inibe 
diversas interleucinas, inflamação, 
prurido e estímulo neural. Efeitos 
colaterais não são comuns ou 
habituais. 
2 meses contínuos 
estabilizou, tentar migrar pro 
citopoint 
Inicial : 0,4 a 0,6mg/kg 12/12h até 
14 dias 
Manutenção : 0,4-0,6mg/kg 24/24h 
 
Lembrando que cada animal tem 
uma reação a cada medicação, 
deve-se ser avaliado caso a caso. 
 
Citopoint - imunoterapia, seguro, 
sem muitos efeitos colaterais. 
Animais já tinham 
hipersensibilidade a vacinação 
geralmente tem reação ao 
citopoint. 
O ideal é aplicar de 2 meses e 
meio a 3. Iniide a interleucina 31, 
então é geralmente para a fase 
crônica já. 
 
Não existe cura!!! apenas 
tratamento 
 
*** cuidado para a apresentação do 
medicamento = cápsulas não 
podem ser abertas! 
 
Dermatopatias 
fúngicas 
 
Superficiais (dermatofitoses e 
malassezioses) 
Profundas (esporotricose e 
criptococose) 
 
Não são doenças tão comuns, mas 
tem lugares que são endêmicos 
(esporotricose no RJ). 
 
Dermatofitose 
Mais superficial. 
Doença fúngica menos frequente 
É uma ZOONOSE. . 
 
Não é um fungo natural da pele, 
esse fungo se alimenta da camada 
superficial da pele. 
 
● Microsporum canis: zoofilico: 
gatos 
● Microsporum gypseum: geofílico 
(terra) 
● Trichophyton mentagrophytes 
 
Esses fungos naturalmente vivem 
no solo e na natureza de forma 
geral eles vivem em harmonia. 
Quando passam para o animal eles 
mudam de forma. 
Transmissão direta (animal x 
animal) ou indireta (fômites). 
Tem alguns animais que são 
assintomáticos (cuidado com a 
transmissão). 
Nem tudo que parece fungo é 
fungo! As vezes uma doença 
bacteriana pode ser confundida 
com uma doença fúngica. 
Animais mais jovens são os mais 
acometidos. 
 
Manifestações clínicas: 
Lesões alopécicas, circulares, 
crostas, eritema (em quadros 
agudos). 
Região cefálica, membros, tórax e 
cervical. Focais, multifocais ou 
generalizadas 
Pseudomicetoma (lesões 
granulomatosas). 
Querion (dermatofitose nodular) 
 
Mais comum encontrarmos em 
animais de pelo longo. 
Yorkshire é uma raça muito 
predisposta. 
 
Microsporum canis (zoofílico: 
gatos) 
Microsporum gypseum (geofílico: 
terra) 
Ambos se alimentam de pele e 
pelo. 
 
Diagnóstico: 
Boa anamnese. 
A depender da história clínica. 
Citologia (mostra que existe fungo, 
porém não mostra qual). 
Cultura fúngica. (Padrão ouro) 
Exame físico: lesões de aspecto 
circular, descamativas e crostosas. 
Alguns animais tem a parte 
eritematosa. 
 
Exames: 
 
 
- Luz de wood: Fluorescência 
verde- 
amarelada na base do pelo, 
indicativo de triptofano 
(substância produzida pelo fungo 
Microsporum canis). 
Pode ajudar a identificar fungos 
que produzem pigmentos 
fluorescentes sob a luz ultravioleta. 
Pode servir de guia para fazer a 
cultura. 
Não é uma técnica de diagnóstico 
definitiva. 
Falsos positivos (queratina, sabões 
e derivados do petróleo, 
pseudomonas aeruginosa, 
corynebacterium minitissimun). 
 
- Exame direto (KOH) 
Avulsão dos pelos (ideal é retirar 
da periferia, os mais quebradiços e 
menores, de diversas regiões). 
Exame microscópico direto que 
utiliza hidróxido de potássio, é 
indicado para visualização de 
esporos fúngicos parasitando o 
pelo do animal. Os pelos devem 
ser removidos da periferia das 
lesões alopécicas 
 
- Cultura fúngica: 
Coletar o material e semear em 
meios específicos para o 
isolamento e identificação do 
fungo causador da patologia. 
Padrão ouro: (avulsão de pelos) - 
animal não deve ter tomado 
banho, usado pomada, usado 
remédios - sempre lembrar de 
perguntar - limpeza do ambiente 
também é necessária. 
 
Tratamento: 
1) Tópico 
Remoção dos esporos 
Tosa (gatos não pode tosar rosto, 
cauda ou patas - auto mutilação) 
Loções, pomadas, cremes, 
derivados imidazólicosou 
terbanafina spray. 
Xampus: clorexidine, miconazol, 
cetoconazol. 
* Corticoides são contra indicados 
para pacientes com doenças 
fúngicas, somente usar quando 
estiver associado com inflamação. 
* Aloe Vera ou Hidroviton > quando 
o tutor não tem condições de 
comprar um hidratante. 
 
2) Sistêmica 
Mínimo de 6 semanas. 
 
Tratar sintomáticos e 
assintomáticos. 
Acompanhar enzimas hepáticas, 
monitorização pré e pós terapia. 
Griseofulvina (lipofílica, anorexia 
hepatotóxica, efeito anti-
inflamatório): 5 a 10 mg/kg a cada 
24h. 
Itraconazol (lipofílica, menos 
efeitos colaterais, pode causar 
hepatotoxicidade): 5 a 10 mg/kg a 
cada 24h. 
3) Limpeza do ambiente 
Amônia quaternária 0,3% 
Hipoclorito de sódio, fazer diluição. 
Limpeza com calor, água quente. 
Limpar caminhas e cobertores 
com água em alta temperatura. 
 
 
Malasseziose 
Fungo que já vive na pele. 
A doença se dá pela 
superpopulação, sempre sendo 
secundária. 
Prurido intenso. 
Odor forte e desagradável. 
Secreção oleosa, hiperpigmentação, 
hipotricose, liguinificação. 
 
Raças pré dispostas: devon rex, 
persa, sphynx. 
WHWT, basset hound, bulldog, shih 
tzu. 
 
Dobras cutâneas. 
Dermatoses alérgicas, dermatite 
facial (persa, himalaia) 
Endocrinopatia ou fatores de 
imunossupressão. 
 
Diagnóstico: 
Diagnóstico é por citologia (swab 
na lesão, lâmina e carimbar na 
lesão ou fita de acetato). 
Cultura fúngica: swab, meio de 
stuart. 
Histopatológico: biópsia cutânea. 
 
Tratamento: 
Tópico: 
Xampus: clorexidine, miconazol, 
cetoconazol, sulfeto de selênio. 
Desengordurantes: peróxido de 
benzoíla. 
 
Sistêmico (pulso terapia). 
Itracozanol, cetoconazol, 
griseofulvina. 
 
Esporotricose 
Causada pelo complexo Sporothrix. 
Já foi descoberta em humanos e 
em várias espécies que incluem 
 
gatos, ratos, tatus, cavalos, caprino, 
etc. 
Vive no ambiente. 
Sporothriz schenckii é a principal 
espécie associada à doença, é um 
fungo dimórfico, geofílico e 
sapróbio, distribuido amplamente 
na natureza, em solo rico em 
matéria orgânica em 
decomposição, em folhas secas, 
madeira, espinhos de plantas 
(principalmente roseiras) e 
musgos. 
 
Transmissão clássica x transmissão 
zoonótica 
 
Diagnóstico: 
1) Citologia – levedura 
pleomórfica arredondada, 
ovalada ou em forma de 
charuto, no interior de 
macrófagos ou 
extracelularmente. 
2) Cultura fúngica – fragmento 
ou secreção. 10 – 14 dias de 
cultivo. 
3) Histopatológico – Incisional 
ou excisional. Reação 
inflamatória purulenta e 
granulomatosa, epiderme 
acontótica e ulcerada, 
microabscessos, linfócitos 
encapsulados. 
 
Tratamento 
Período é animal dependente, cada 
paciente tem um período de 
tratamento. 
Tendo remissão dos sintomas 
tratar por mais dois meses. 
 
Medidas higiênico-sanitárias 
- Controle populacional 
(esterilização). - campanhas 
de castração aos felinos 
- Conscientização da posse 
responsável. 
- Isolamento dos animais 
acometidos pela doença. 
- Descontaminação do 
ambiente. 
- Eutanásia e necrópsia - 
inceneração da carcaça. 
- Políticas gerais de saúde. 
- Notificação aos órgãos de 
saúde pública (notificação 
obrigatória). 
 
Tratamento: 
de eleição = itraconazol 
5 – 10 mg/kg 
50mg/ gatos até 4kg 
100 mg/ gatos > 4kg. 
 
SID/VO mínimo 2 meses. 
Iodeto de potásssio (iodismo em 
gatos - intoxicação) 
 
intralesional: anfotericina associada 
a itraconazol. 
Antibióticos (não usual, depende 
do caso) 
 
Criptococose 
Micose sistêmica 
- Cryptoccoccus neoformans 
Pode apresentar manifestações 
neurológicas, de linfonodos, 
oftalmológicas e nasais. 
Fonte de infecção: fezes, 
principalmente secas onde o fungo 
sobrevive por mais tempo 
Transmissão: diretamente do solo, 
comer morcego ou ave 
contaminada. 
Animais susceptíveis: felinos, 
caninos, bovinos e equinos. 
Forma de infecção: inalar o fungo 
Em gatos: secreção nasal 
unilateral, granuloma em nariz 
(nariz de palhaço). 
Em felinos atingem, 
preferencialmente sistema 
respiratório superior (infecção 
pulmonar), podendo disseminar 
para SNC. 
Manifestações clínicas: espirro, 
descarga nasal serosa ou 
anguinolenta, deformidade, oclusão 
nasal, rinite e sinusite. 
Em 40% dos casos pode ocorrer 
envolvimento cutâneo (pústulas, 
nódulos, úlceras e abcessos). 
Diferenciar das enfermidades na 
sigla MALECN (micobacteriose, 
algose, leishmaniose, esporotricose, 
criptococose,nocardiose/neoplasias. 
 
Diagnóstico: 
Citologia 
PCR 
Prova sorológica: pesquisa 
Cultura fúngica 
Histopatológico. 
 
Tratamento: 
Cetoconazol: Imidazólico, 
fungistático 
Dose: 5 a 3 mg/kg SID ou BID 
(10mg/kg) Efeitos adversos: 
Cães: anorexia, prurido, alopecia, 
supressão cortisal basal e 
hepatoxiicidade. 
Gatos: anorexia, depressão, emese, 
diarreia, teratogênica. 
 
Itraconazol: Triazólico- 
Concentração elevada tec. 
 
Lipofílicos: fígado, rins e pele 2 a 
20> que no plasma 
Dose: 5 a 10 mg/kg V.O. BID ou 
SID 
Efeitos adversos: anorexia, emese, 
aumento de ALT, necessário 
Monitorar. 
 
Fluconazol: Melhor 
biodisponibilidade e menos efeitos 
tóxicos. 
Hidrossolúvel e eliminação renal 
Dose: 5 a 15 mg/kg SID-V. O ou 
IV. Efeitos adversos: anorexia em 
gatos, aumento de enzimas 
hepáticas com doses maiores que 
20 mg/kg, teratogênica. 
PREÇO!! 
 
Flucitosina: Piramidina Fluorada 
Associada a outros antifúngicos- 
Resistência SNC- 60-80% LCR, 
excreção renal 
Dose: 25 a 75 mg/kg V.O. TID 
Efeitos adversos: Supressão M.O, 
hepatotoxicidade. 
 
Anfotericina B: Fungicida 
Via- I.V. “Bolus”5% dextrose Dose: 
0,25-0,5 mg/kg cães 
0,15 mg/kg gatos 
Efeitos colaterais: Nefrotoxicidade, 
anemia, flebites. 
 
Anfotericina B lipossomal: Res. 
bons em blastomicose e 
criptococose Dose: 1 mg/kg I.V. 
(2-3x/sem.) 
Associação com flucitocina

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