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um estranho no ninho

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O filme “Um estranho no ninho” lançado em 1975 nos Estados Unidos, chama a atenção para o mundo sobre o perverso sistema dos manicômios e como os pacientes eram tratados, sendo vítimas de violência física e psíquica. Um tema pouco conhecido e considerado um tabu para a sociedade daquela época e que infelizmente ainda continua sendo um assunto pouco discutido na sociedade atual. Automaticamente as cenas nos leva a uma profunda reflexão e somos confrontados com diversos questionamentos, principalmente sobre a condução dos procedimentos que eram implementados nesses locais, que utopicamente eram chamados de Hospitais psiquiátricos. O título do filme representa fielmente como o personagem principal McMurphy se sente naquele ambiente desconhecido. Ele inicia a história como um criminoso qualquer, uma figura que quer o caminho mais fácil para se livrar de uma situação difícil. Um homem que mente e que manipula para conseguir o que quer. Ao entrar naquela instituição, ele começa a observar que existe algo de muito controlado para seu gosto e, claro, tenta modificar as coisas para seu proveito. Um estranho em meio a homens totalmente apáticos, drogados, prisioneiros sem possibilidades de fugir de uma instituição que medicava seus internos de forma padronizada e embalada por uma música clássica enlouquecedora. Qualquer rebeldia, polêmica ou reclamação o paciente era punido com medicamentos paralisantes ou com choques elétricos que acabava o incapacitando. No filme, o manicômio era dirigido por uma enfermeira chamada de Ratched, que ao mesmo tempo passa a impressão de ser uma psicóloga, por tomar decisões sobre os internos e ministrar as terapias de grupo. Na Cena, McMurphy pede durante a terapia de grupo para enfermeira ligar a televisão para assistir ao campeonato de futebol. A enfermeira demonstra com ar de perversidade o seu poder e diz que todos os internos deveriam fazer uma votação. McMurphy não entende que sua estrada ali não tem data limite e tenta jogar seus companheiros de ala contra a enfermeira Ratched por diversão, primeiramente. Quando o tempo passa, o sentimento de ódio para com aquela mulher controladora se aflora, assim como os laços daquele criminoso junto com seus novos amigos. É como se ele finalmente tivesse encontrado seu lugar, se tornado uma figura de certo prestígio, um exemplo para os demais. Suas ideias contestadoras iniciam pequenos grandes movimentos dentro da cabeça daqueles internos, começando um caminho sem volta e, Ratched entende, o final de seu controle naquele lugar. Ainda que existem diversos relacionamentos interessantes dentro da instituição, a amizade que cresce entre McMurphy e o índio Bromden (vivido com inata segurança pelo então estreante Will Sampson) é a mais cativante e, no fim das contas, é a que faz diferença na vida de ambos. R.P. McMurphy tinha para si que a melhor saída para sua sentença na cadeia era usar a carta da insanidade, sendo transferido para uma instituição especializada em doentes mentais. Em sua cabeça, ele cumpriria o seu tempo naquele espaço, sem ter de fazer o trabalho obrigatório do presídio, de forma muito mais sossegada. Afinal de contas, ele não se importa com um tanto de loucura e pode, inclusive, se divertir um pouco com os internos do lugar. Mal ele sabia que quem comanda a ala do hospital com pulso de ferro é a enfermeira Mildred Ratched uma mulher que utiliza de filosofia bastante particular para tratar seus pacientes. Ela será a pedra no sapato de McMurphy e ele será o dela. Isto, em linhas gerais. Um Estranho no Ninho, enfim, é atual porque a luta contra a opressão é diária desde sempre e basta fecharmos os olhos para que a queda em um mundo estéril como o branco claustrofóbico do hospício se torne quase instantânea. E, como mundo estéril, leia-se sem pensamentos próprios, sem subjetividades, sem sonhos, sem liberdade, sem artes e, consequentemente, sem vidas individuais. O Assistente Social atua conectando pessoas em situações de vulnerabilidade e exclusão social aos seus direitos como cidadãos, apoiando assim o seu desenvolvimento pessoal e a integração social, com isso, ele trabalha auxiliando estes grupos que estão presentes em diversos tipos de espaços coletivos, como escolas, centros sociais, presídios e hospitais. E estes contextos impactam diretamente na saúde psicológica e nas condições que o paciente possui para realizar seu tratamento médico necessário. Isto exige a presença de um profissional que atue junto com a equipe médica, com um olhar crítico mais direcionado à situação social dos pacientes, desempenhando atividades cujo objetivo central é analisar e prestar apoio à pacientes e seus familiares enquanto membros de uma sociedade, assegurando a eles seus direitos civis e prestando apoio psicológico durante todo o tratamento. Concluo que esse filme foi de suma importância, pois me proporcionou um amplo conhecimento na área hospitalar e penitenciária, contudo fiquei bastante esclarecida sobre estes problemas, tirei todas as minhas dúvidas, pois é fundamental ter as metas determinadas para esse tipo de situação que ainda acontece no nosso cotidiano.

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