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PEÇA PROCESSUAL- Habeas corpus

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE…
autos n…
ADVOGADO…, nacionalidade…, estado civil…, advogado, inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, sob n.º... com escritório situado na Rua ..., n.º..., , vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar ORDEM DE “HABEAS
CORPUS” , com fundamento legal no artigo 5.º, LXVIII, da Constituição Federal e
no artigo 647 do Código de Processo Penal, em favor de Francisco, nacionalidade….,
estado civil…., [profissão] portador da cédula de identidade RG n.º... e do CPF/MF
n.º..., residente e domiciliado na Rua ..., n.º ...,, por estar sofrendo flagrante
constrangimento ilegal perpetrado pelo Juíz De Direito Da Vara criminal Da comarca
De CIDADE/UF, nos autos em epígrafe, como será demonstrado a seguir:
I. DOS FATOS
Francisco é uma pessoa com bons antecedentes, ocupação lícita e residência
fixa. Juntamente com João, ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por
tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, nos termos da Lei Federal nº.
11.343/2006. Na sua defesa preliminar, Francisco negou a autoria dos delitos e
solicitou a concessão da liberdade provisória, sem fiança. No entanto, o Magistrado
responsável pelo caso negou o pedido com base no art. 44 da Lei de Drogas e
designou a audiência de instrução.
O trecho indica que o magistrado responsável pelo caso analisou o pedido de
liberdade provisória feito pela defesa de Francisco e constatou que não havia
elementos que alterassem a classificação penal feita pelo Ministério Público e pela
autoridade policial. Além disso, ele mencionou que o pedido de liberdade provisória
encontra óbice no art. 44 da Lei de Drogas, que veda tal instituto para os delitos de
tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, que são exatamente os casos em
questão. O magistrado ainda ressaltou que tais crimes são considerados hediondos.
II. DO DIREITO
DA ILEGALIDADE DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE “LIBERDADE
PROVISÓRIA..
Primeiramente, é importante ressaltar que o Paciente demonstrou, nos autos do
processo criminal em comento, que o mesmo é primário, de bons antecedentes, com
ocupação lícita e residência fixa, o que, como provas, acostou-se àqueles, ofuscando,
pois, quaisquer dos parâmetros da segregação cautelar prevista no art. 312 do código
de processo penal. Torna-se, pois, a acostar-se tais documentos.
DA ILEGALIDA DO DEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISORIA
Há de observar que o paciente não se encaixa nas hipótese do art 312 do cp,
que poderia justificar o não conhecimento da liberdade provisória
Diante dos fatos, o paciente nega a prática dos delitos, como demonstrado pela
defesa, o mesmo também é réu primário e de bons antecedentes, tendo ainda
residência fixa e ocupação lícita.
Ademais, mesmo em se tratando de crime de tráfico ilícito de drogas, à luz dos
ditames contrários previstos no art 44 da lei de drogas, o paciente faz jus a liberdade
provisória, sem o pagamento de fiança.
Outrossim, não ficou demonstrado pela autoridade coatora quaisquer motivos
que implicasse na decretação preventiva do paciente.
DO INDEFERIMENTO DO PLEITO SEM NECESSÁRIA FUNDAMENTAÇÃO
A decisão do magistrado apenas apreciou a gravidade abstrata do delito de
tráfico de entorpecentes, sob o enfoque da pretensa inviolabilidade do pleito,
conforme art art 44 da lei de drogas.
Não foi mencionado nada a respeito de algum das hipóteses prevista no art 312
cpp, sobre o cabimento de prisao cautelar, logo a autoridade coatora não estabeleceu
qualquer limite entre a realidade dos fatos colhidos e alguma das hipóteses do art 312
do cpp
Por conseguinte, vale destacar que nos termos do art 93. IX, da constituição
federal dispõe que toda e qualquer decisão de magistrado deve ser fundamentada
Note-se, pois, que o Magistrado não cuidou de elencar quaisquer fatos ou atos
concretos que representassem minimamente a garantia da ordem pública, não havendo
qualquer indicação de que seja o paciente uma ameaça ao meio social, ou, ainda, que o
delito seja de grande gravidade.
Outrossim, inexiste qualquer registro de que o Paciente cause algum óbice à
conveniência da instrução criminal, nem muito menos fundamentou sobre a
necessidade de assegurar a aplicação da lei penal, não decotando, também, quaisquer
dados (concretos) de que o Paciente, solto, poderá evadir-se do distrito da culpa.
Logo, o fato de tratar-se de imputação de crime grave, equiparado a hediondo,
não possibilita, por si só, o indeferimento da liberdade provisória.
Desta forma, a decisão do magistrado, a qual indeferiu o pleito de liberdade
provisória é ilegal, também por mais este motivo, sobretudo quando vulnera a
concepção trazida no bojo do art. 93, inc. IX, da Carta Magna.
DO PEDIDO DE “MEDIDA LIMINAR”
A fumaça do bom direito ou probabilidade de direito está evidente, nos
elementos suscitados em defesa do Paciente, nos fatos e fundamentos aqui expostos ao
Bem como perigo na demora é irretorquível e estreme de dúvidas, facilmente
perceptível, não só pela ilegalidade da prisão que é flagrante.
Assim, dentro dos requisitos da liminar, sem dúvida, o perigo na demora e a
fumaça do bom direito estão amplamente justificados, verificando-se o alicerce para a
concessão da medida liminar, com expedição incontinenti de alvará de soltura.
Por isso, requer-se a Vossa Excelência, em razão do alegado no corpo deste
petitório, presentes a fumaça do bom direito e o perigo na demora, seja
LIMINARMENTE garantido ao Paciente a sua liberdade de locomoção, maiormente
porque tamanha é patente, como ainda clara, a inexistência de elementos a justificar a
manutenção do encarceramento.
III. DO PEDIDO
Ante o exposto, é a presente impetração para requerer seja oficiada a
autoridade coatora, a fim de que esta preste informações, intimando-se o Ilustre
Membro do Ministério Público para que se manifeste, assim como a concessão da
ORDEM DE “HABEAS CORPUS” em favor de FRANCISCO, com o fim de que seja
concedida a liberdade do paciente, com fundamento legal no artigo 648, VI, do
Código de Processo Penal.
Termos em que,
pede deferimento
Local…Data…
Advogado ... oab…

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