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LICENCIATURA EM MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS Clodomir da Silva Dias 2312836 Jeanderson Figueiredo dos Santos 2311515 Edivandro vanzeler da Silva 2313297 Fabrícia oliveira da Silva 2316946 Mauro da Silva Lobato 2311507 Samuel da Silva Farias 2320340 ANAJÁS-PA 2023 SUMÁRIO 1. Reflexões referentes aos 13 textos __________________________ 03 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio _________________ 03 1.2 O fax do Nirso _________________________________________ 03 1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo ________ 04 1.4. Uma pescaria inesquecível _______________________________ 05 1.5 A Folha Amassada ______________________________________ 05 1.6. A Lição dos Ganso _____________________________________ 06 1.7 Assembleia na Carpintaria ________________________________ 06 1.8 Colheres de Cabo Comprido ______________________________ 07 1.9 Faça parte dos 5% ______________________________________ 07 1.10 O Homem e o Mundo ___________________________________ 07 1.11 Professores Reflexivos __________________________________ 08 1.12 Um Sonho Impossível? _________________________________ 08 1.13. Pipocas da Vida ______________________________________ 10 3 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 Educação? Educações: Aprender com o índio O texto “Educação? Educações: aprender com o índio”, fala essencialmente sobre a educação e seus diferentes contextos. O texto tem como finalidade nos expor que não podemos fugir da Educação, pois ela está em diversos lugares, povos, culturas etc. A leitura nos faz fazer uma reflexão sobre a pluralidade do termo “educação”, a começar pelo seu título. Educações, sim, um conjunto de processos que constituem o nosso cotidiano. Em cada experiência cotidiana, nos deparamos com a educação, isto é, lidamos com o ensino e o aprendizado de forma cotidiana. Podemos perceber no fragmento da carta enviada pelos índios que há uma relação entre as diferentes nações e as diferentes educações de cada povo, na carta notamos que são diferentes os processos educacionais por causa da diferença entre as pessoas e do modo como funciona socialmente cada uma delas. Para o autor, a força da educação estaria relacionada justamente a sua capacidade de “produção de crenças e ideias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto, constroem tipos de sociedades”. Em suma, a leitura nos fez pensar, bem como fazer uma reflexão sobre o pensamento de que das declarações a educação, encarada geralmente como meio de transformação social, pode também “deseducar”. A inadequação de um modelo educacional às necessidades de determinada comunidade pode acarretar no contrário: a formação de indivíduos totalmente inúteis. 1.2 O fax do Nirso O texto o “Fax do Nirso” nos expõe a história de um vendedor que mandava e- mails para o seu gerente e que, apesar de não utilizar a norma culta, se mostrava um excelente vendedor. A linguagem formal e informal é aplicada em diferentes contextos. O que podemos entender com o texto é que atualmente as empresas não se preocupam mais tanto com a educação formal dos seus funcionários, levando em consideração 4 apenas aquilo que é do interesse da empresa valorizar, ficando a educação em segundo lugar. No entanto, podemos perceber que um profissional com capacitação está mais qualificado para suprir as necessidades do mercado de trabalho moderno, pois para ingressar nesse mundo do mercado de trabalho é necessário qualificação para enfrentar coisas novas e competir com tantos que competem para uma vaga de trabalho. A educação é um dos pilares da sociedade e no mercado de trabalho não é diferente. É necessário que as empresas capacitem seus funcionários, para que eles possam estar preparados para criar, planejar e executar os projetos para tornar a nossa sociedade um lugar melhor. 1.3 História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) A “História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)”, nos mostra de forma leve e descontraída a opinião do lobo sobre a sua própria narrativa. Levando essa narrativa para dentro da sala de aula, podemos mostrar que dependendo do contexto, podemos ver uma mesma situação de uma forma e com um olhar diferente. É necessário dá às discentes oportunidades de fala e expressão sobre assuntos diversos, negar ao discente o direito de opinar é fazer com que ele não exercite sua criticidade dentro da instituição escolar. Nesse contexto é necessário que os alunos se sintam realmente à vontade para participar da aula, e poderem expressar suas opiniões de maneira crítica, mesmo que sendo de forma individual. É preciso que existam momentos abertos pra perguntas e levantamentos a respeito de pontos que eles julgarem interessantes. Aos nos deparamos com as disciplinas ministradas no contexto escolar, podemos perceber que grande parte do conteúdo tem como ser analisado e debatido dentro da sala de aula. Fazendo isso estaremos dando ao aluno a oportunidade de ele avaliar, opinar e tirar suas próprias conclusões sobre um determinado assunto. No que se refere aos conteúdos ensinados e aprendidos na escola e se eles são de fato uma verdade, ou são conteúdos recheados de diversas verdades, é preciso que se tenha toda uma construção em cima de tais conteúdos, essa construção conta não só com o assunto abordado, mais seu contexto, como ele será 5 repassado dentro da sala de aula, como esses alunos irão receber esse assunto e como os discentes irão debater. 1.4 Uma pescaria inesquecível A ética deveria fazer parte da grade curricular das escolas porque o docente não procurará apenas colocar seu conteúdo científico, ignorando o aluno num contexto integral. Ou seja, o aluno deve se desenvolver num todo, tanto no afetivo, como biológico, bem como no cognitivo, no psicomotor e social. Assim os discentes através do seu contato com os profissionais da educação vão se desenvolvendo, ampliando sua visão de mundo e criando condições necessárias para entender e viver na sociedade de forma adequada, podendo assim transformar a sua realidade. Na frase “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?” – a chamada Lei de Gerson podemos ver o significado de levar vantagem em tudo. Essa frase resumo a essência do jeitinho brasileiro, incorporado no bom malandro. Partindo dessa frase podemos perceber que o brasileiro é visto de uma forma negativa mundo afora. Ao lermos o texto percebemos que um pai tenta ensinar para o seu filho sobre o que de fato é certo e errado, através de uma ação simples, que é soltar um peixe de volta ao mar, mesmo não tendo ninguém para presenciar a ação o pai mostra ao filho que fazer o certo ou errado independe de quem está olhando. A frase “O que é certo é certo, mesmo que ninguém o faça... e o que é errado é errado, mesmo que todo mundo o faça”, mostra que devemos ter ética como um dos principais fatores no processo de ensino aprendizagem. Os professores comprometidos com a ética, influenciam eticamente seus alunos, dando sua contribuição na transformação da sociedade. Sabemos que isso se constata em longo prazo, mas com certeza no tempo presente influenciam a mudança de pensamento, de atitude, ou seja, a vida de seus educandos. 1.5 A Folha Amassada O texto fala sobre a relevância de sempre se preocupar com a nossa forma de falar, levando o texto para a realidade escolar, temos que entender que como 6 educadores teremos que desempenhar várias funções que vão além do simples ensinar e que se inserem no contexto de educar. Ou seja, o professor tem que ter domínio de sua forma de falar e suas atitudes, pois frases ditas sem nenhuma preocupação podemgerar grandes problemas para o aluno e até o próprio professor. Na educação atual, temos que criar estratégias para que possamos lidar com alunos explosivos que existe dentro da sala de aula. Algumas dicas para trabalhar o bom convívio do grupo são: orientar os alunos a informar quanto à ocorrência de qualquer comportamento agressivo; não estimular a criança a revidar atitudes agressivas com atos violentos; dialogar com as crianças sobre as noções de certo e errado; proporcionar brincadeiras onde há contato físico. Um aluno explosivo não necessariamente representa um problema, pois ele pode passar por situações fora do contexto escolar que fazem com que ele tenha esse comportamento. As vezes quando o ódio está presente, falamos coisas por impulso e dizemos palavras que causam dor e ressentimento. Partindo desse pressuposto, nós como educadores as vezes ficamos tão ocupados em outras tarefas diárias, que não analisamos direito o que tem ao nosso redor. E no meio disso tudo é difícil perceber se estamos magoando alguém, com palavras e ações. É preciso sermos compreensivos e pacientes. 1.6 A Lição dos Gansos O trabalho em equipe não é um trabalho fácil, principalmente quando se tem que conciliar formas diversas de pensar sobre um mesmo assunto. O texto em questão nos leva a refletir sobre a relevância do trabalho em equipe e no quanto isso pode influenciar na vida das pessoas em sociedade. A partir da leitura podemos observar o conceito de grupo que alguns animais possuem. No caso dos humanos, as coisas são um pouco diferentes. No âmbito escolar temos que aprender a lidar com nossa própria vaidade e com a vaidade de outros, as personalidades dos alunos e os diferentes tipos de humores. Na sala de aula podemos entrar em contato com as histórias de vida dos alunos e tudo aquilo que nos constituiu até o momento, tais conhecimento são marcantes nas decisões em grupo. 7 Que vantagens há no trabalho em grupo então? Que lições podemos aprender com os gansos? Basicamente a mais simples. Sozinhos, poderemos ir mais rápido, não sem pouco esforço. Em grupo, poderemos ir mais longe. Respeitando toda a diversidade contida no grupo. 1.7 Assembleia na Carpintaria O texto “assembleia na Carpintaria”, nos mostra a relevância de valorizamos as nossas qualidades e não apenas focar no nosso defeito. No nosso cotidiano as pessoas têm a mania de dá destaque para nossos defeitos, nos fazendo se sentir triste, pois nossos defeitos são uma parte daquilo que realmente somos. Na instituição escolar temos que valorizar as qualidades dos nossos alunos, e não apenas focar em seus defeitos, pois isso pode gerar diversas consequências, como por exemplo a baixa autoestima. Para obter êxito na nossa profissão é necessário que haja um equilíbrio em tudo que se for fazer, defeitos devem vir seguidos de conselhos, críticas construtivas e qualidades devem sempre ser ressaltadas dentro do âmbito escolar. Dentro da sala de aula também é necessário saber lidar com situações adversas referente a esse assunto, é necessário sabedoria nas palavras, e saber como fazer com que esses alunos possam progredir no processo de ensino aprendizagem da melhor maneira. É preciso agir de maneira colaborativa de ambas as partes como diz no texto “Sozinho, você pode ser bom. Com outros, você tende a ser melhor”. . 1.8 Colheres de Cabo Comprido O trabalho em equipe é uma prática inerente à sociedade e que pode transformar qualquer organização, sendo essencial para obter bons resultados. Em resumo, sua principal função é unir diferentes pessoas para dedicarem esforços, tempo, conhecimento e recursos a fim de encontrar a solução para um problema ou criar algo. 8 Ao saímos do ensino superior adentramos na Educação Básica é cobrado de nós uma postura em relação a se trabalhara em equipe, temos de fato que estamos preparados para viver conviver em sociedade, sempre pensando no bem-estar do próximo e como isso vaia agregar no nosso trabalho. Trabalhar em equipe é importante pois o prepara para os diferentes cenários em que isso se faz necessário. Ainda pequenos, aprendemos a cooperar nos projetos escolares, isso avança para a universidade, estágios, trabalho, vida familiar e afetiva. O profissional que tem facilidade em trabalhar em equipe é cada vez mais concorrido nas instituições. Isso acontece pois, mais do que nunca a valorização da pluralidade e multidisciplinaridade, na grande maioria das tarefas é necessária e recompensada. 1.9 Faça parte dos 5% O texto “faça parte dos 5 %”, discorre sobre a importância de fazer parte de uma porcentagem de pessoas que irão ter sucesso em suas vidas. As palavras do professor dentro da sala, fez com que os alunos percebessem o quão é relevante valorizar uma aula e seu professor. O texto comenta que apenas 5% das pessoas que existem em um determinado espaço como um escritório, ou sala de aula, uma empresa, de fato se destacam dentro de seus contextos. A porcentagem exposta no texto ao mesmo tem que chamar atenção, assusta, pois 5% são consideráveis uma porcentagem baixa em relação ao geral. Nó professores temos que fazer com essa porcentagem venha aumentar a cada aula dada, e atingir o máximo de porcentagem dentro do processo de ensino aprendizagem, nós não podemos nos conformar que apenas 5% da turma venha de fato evoluir. É papel do docente mudar aquele velho raciocínio que devemos trabalhar na sala de aula somente com aqueles alunos que mostram interesse na disciplina e sim fazer com que toda a sala seja vista de uma forma diferente. 1.10 O Homem e o Mundo 9 O texto “O Homem e o Mundo”, fala da real relação que temos que ter como uma criança. Ao lermos o texto percebemos que elas podem ver o mundo com uma percepção diferente da nossa. Ficamos preocupados em mudar o mundo, buscar soluções pra muitas coisas e nunca nos damos conta de que o "problema" ou a "solução" está no próprio homem. Quando pararmos e nos dermos conta disso, aí sim, poderemos mudar o mundo. Atualmente a sociedade não têm mais o tempo para o outro, e nesse texto também não é diferente. O pai por sua vez queria deixar o menino muito ocupado para terminar o seu trabalho no laboratório e deixou que ele brincasse de montar o quebra cabeça sozinho, porém o menino muito esperto começou a montar a partir do conhecimento que ele já tinha visto que a atrás do mesmo a figura era de um homem. No fim de tudo a surpresa que o pai teve foi sem discussões a melhor, pois ele percebeu a inteligência do filho através de um ato simples. O que devemos aprender é que precisamos nos conscientizarmos mais, sobre o que ocorre ao nosso redor e sobre a verdadeira educação para os nossos filhos. 1.11 Professores Reflexivos A reflexão implica em saber as razões pelas quais faço e porque faço, o docente que é reflexivo se torna um produtor de seu próprio desenvolvimento. É o educador que cotidianamente busca aprimorar suas capacidades. Sabemos que para ensinar é preciso que o docente tenha motivos, bem como objetivos, planos e valores. Refletir constrói novos conhecimentos e objetivos. E na maioria das vezes, essas reflexões transformam-se em ações benéficas para os próprios professores, alunos, instituição escolar e sociedade. Um olhar reflexivo não se limita apenas ao que aprendemos durante o curso de graduação. Educadores que são reflexivos questionam repetidamente sobre o porquê do que fazem em uma aula. Quais as razões de suas ações e o porquê de ensinar de uma determinada maneira e não de outra. Essa é uma das formas de percebermos nitidamente a distinção entre um docente reflexivo e não reflexivo. 1.12 Um Sonho Impossível? 10 O texto “Um sonhoimpossível? Nos faz refletir sobre o diferente tipo de educação dado aos alunos segundo o seu contexto social. Atualmente essa desigualdade é vista de forma escancarada no nosso país, os filhos de grande parte da população não têm as mesmas oportunidades dos filhos que nasceram dentro da classe média / alta. Isso nos mostra que de fato vivemos em uma vasta desigualdade social até mesmo em uma área que deveria ser tão relevante na vida dessas crianças: a educação. Nesse contexto, podemos perceber que grande parte dos educadores também fazem distinção no seu jeito e forma de ensinar, ou seja, para os alunos de classe alta eles elevam seu conhecimento ao mais alto patamar, para o de classe baixa, tais educadores não se esforçam como tem a visão que aqueles alunos não irmão aprender, como os alunos de classe baixa. Partindo desse pressuposto, nossa postura mediante tal diferença e desvalorização das pessoas segundo sua classe social deve ser diferente. É dever do professor tratar seus alunos de forma igual, com seus direitos garantidos, independente do contexto no qual ele foi inserido. Essa igualdade e compreensão de mundo pode ser uma das estratégias para que se diminua a evasão escolar, junto com a Reavaliação da metodologia e a proposta pedagógica, entre outros. 1.13 Pipocas da Vida O texto “pipoca da vida”, mostra o dilema humano “mudança”, um grande desafio para o humano é mudar. O desenvolvimento é natural aos sistemas vivos e a única constante é a mudança. No entanto, tudo se transforma a fim de realizar-se através de um potencial de ordem superior. Mudar faz parte do ciclo da vida, afinal, nascemos, envelhecemos e morremos. Mas a ideia de mudança traz arrepios para algumas pessoas. Saiba que você não é o único a ter esse medo e dificuldade em mudar, mas até que ponto isso pode ir para não tornar um problema na vida do indivíduo? 11 O texto nos mostra que mudar é relevante. No contexto da sala de aula não é diferente é importante que os alunos mudem e evoluam segundo aquilo que vão aprendendo. Uma das maiores dificuldades de fazer uma mudança é exatamente a crença de que não somos capazes. É necessário que os alunos possam ser capazes de aceitar a mudança. Tentar mudar com a ideia de que o resultado será um fracasso é o primeiro passo para continuar estagnado e desistir dos seus sonhos. REFERÊNCIAS Pipocas da Vida Disponível em<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/religiao/pipocas-da- vida.htm> Acesso em 24 de abril de 2023 SILVA, Wanderlei Sérgio da. Prática de Ensino - Introdução à Docência - Unip Interativa – EaD. Prática de Ensino – Introdução à Docência 12 LICENCIATURA EM MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 REFLEXÕES TEXTO SELECIONADO Clodomir da Silva Dias 2312836 Jeanderson Figueiredo dos Santos 2311515 Edivandro vanzeler da Silva 2313297 Fabrícia oliveira da Silva 2316946 Mauro da Silva Lobato 2311507 Samuel da Silva Farias 2320340 ANAJÁS-PA 2023 13 A DESCOBERTA DE UMA CRIANÇA Uma vez um menininho bastante pequeno, que contrastava com a escola bastante grande. Uma manhã, a professora disse: Hoje nós iremos fazer um desenho. "Que bom!"- pensou o menininho. Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos. Pegou a sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar. A professora então disse: Esperem, ainda não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores. E o menininho começou a desenhar bonitas flores. Com seus lápis rosa, laranja e azul. A professora disse: Esperem! Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com caule verde. Assim, disse a professora, agora vocês podem começar. O menininho olhou para a flor da professora E depois olhou para sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com caule verde. Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, A professora disse: Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro. "Que bom"!!!, pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Então, a professora disse: Esperem, não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. Agora, disse ela, nós iremos fazer um prato. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse: - Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar. E o prato era um prato fundo. 14 O menininho olhou para o prato da professora e depois par a seu próprio prato. Gostou mais do seu, mas não poderia dizer isso. Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora. E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia coisas por si próprio. Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola. Era uma escola ainda maior que a primeira. Um dia a professora disse: Hoje vamos fazer um desenho. "Que bom!"- pensou o menininho, Esperando que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse, apenas andava pela sala. Então veio até o menininho e disse: Você não quer desenhar? Sim, e o que nós vamos fazer? Eu não sei até que você o faça. Como eu posso fazê-lo? Da maneira que você gostar! E de que cor? Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar? Eu não sei... Então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde... Helen Buckley Tradução do texto: Regina Gregório 15 Reflexões referentes ao texto selecionado A descoberta de uma criança O texto “A descoberta de uma criança” é relevante pensar, bem como repensar e mais profundamente ressignificar a natureza do trabalho do professor dentro da sala de aula. Podemos ver que o ensinar, e repassar o assunto é uma contribuição relevante ao processo educativo dos alunos, no entanto é preciso que através do docente se desenvolva nos alunos conhecimentos e valores que lhe possibilitem a construção de seus saberes, a partir dos discursos, debates, textos que remetem reflexão e aprendizados significativos. Diante das situações que ocorrem dentro da sala de aula, o professor pode e deve buscar fazer com que os alunos não só absorvam aquilo que foi repassado pelo docente, fazendo tudo de uma forma de cópia fiel, mas buscando conhecer os gostos dos alunos, suas formas individuais e únicas de fazer as atividades propostas. A partir daí o educando não só passa a coletar as informações passadas pelos professores e reproduzi-los, mas são estimulados a investigar, pesquisar e analisar, consequentemente, sendo capazes de construírem suas próprias identidades. O texto “A descoberta de uma criança” discorre bem sobre essa temática, o texto nos leva a perceber a relevância da formação do professor dentro do processo de ensino aprendizagem, no sentido do docente levar o aluno a entender o que ele gosta, o que ele pode trazer para dentro da sala de aula e como ele pode usar o que ele sabe no seu próprio processo de ensino. É pela curiosidade que o aluno deveria aprender, é a partir do meio em que vive, com as ferramentas que estão ao seu redor, daquilo que ele sabe fazer, pois isso não significa que aquilo que ele traz para sala de aula seja algo em sua totalidade certo ou errado. Cabe aos professores dar encaminhamento a esses saberes aos alunos e buscar ativar ainda mais a sua criatividade, estimular as curiosidades que surgirem na sala e deixar que oaluno não tenha medo de se construir e assim fazer momentos significativos de aprendizagem. Analisando algumas deficiências do sistema educacional do nosso país podemos perceber que ela constitui um impasse para a modernização da sociedade. Nesse contexto, necessitamos reconhecer que: a qualidade do ensino, tanto das 16 escolas públicas como das privadas, bem como em todos os níveis é, na maioria dos estabelecimentos, muito deficiente. O professor é o condutor do processo educativo e exerce uma espécie de soberania na sala. Cuja única função é transmitir conhecimentos e informações, na linha tradicional os alunos são considerados elementos passivos, em sala de aula. O maior desafio atual é a superação do ensino tradicional, e a aplicação de um ensino contextualizado com a participação efetiva do aluno. O educador deve oferecer uma educação crítica e não manipuladora. O mesmo não deve criar uma barreira entre ele e o educando, e sim dá-lo total liberdade para contribuir com seus conhecimentos de vida. O professor deve considerar a opinião do aluno e entender que a educação tem a função de formar cidadãos críticos e que os mesmos devem ser ouvidos. A partir do momento em que há uma compreensão do docente em relação a tais questões, este estabelece uma relação horizontal com seus alunos, deixando de ser apenas um professor que transmite conhecimento, para tornar se um educador mediador do saber, desta forma o professor passa a escutar e falar para os seus educandos ao contrário do professor autoritário que fala com os seus alunos, mas não os escutam. Referência: Alves, Rubem. Formação do Educador. Recanto das Letras, 2015. Disponível em: < https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/5481579 >. Acesso em: 20. Abr. 2023.
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