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Material de apoio - Bodin e o início do absolutismo (1)

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UNIVERSIDADE POTIGUAR 
ESCOLA DE DIREITO 
GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
DISCIPLINA: Ciência Política e Fundamentos do Direito Eleitoral 
PROFESSOR: Carlos André Maciel Pinheiro Pereira 
MONITORES: Evany Braga da Silva e Pedro Wellington Dantas dos Santos 
 
JEAN BODIN E O INÍCIO DO ABSOLUTISMO 
 
Jean Bodin é o primeiro autor a tratar de um poder absoluto com pleno exercício da 
soberania. Com isso, marca o início do movimento absolutista, legitimando o poder dos 
monarcas do século XVI. Bodin inicia seu estudo em torno da soberania, instituto até então 
sem qualquer esclarecimento ou conceito, fazendo-o com base em uma análise histórica. 
Quando trata do Estado, Bodin fala em uma instituição detentora de autoridade, que 
está inserida em um sistema composto por três leis. As leis morais, que atual no foro íntimo 
de cada individuo; as leis domésticas, que estão inseridas no âmbito familiar e, por fim, a lei 
civil, que rege as interações entre as diversas famílias e membros da sociedade. Identificando 
a lacuna nesse sistema, Bodin invoca um quarto elemento, ao qual denomina de soberania. 
Para o autor, a soberania será o cimento das relações sociais, que amarra toda a 
sociedade e a submete ao poderio estatal. Caberá a soberania garantir a vida organizada 
politicamente e a ordem pública, sendo a função do soberano dar a lei, como uma dádiva, para 
a sociedade. Em outras palavras: o soberano é a própria legalidade, entregando para a 
sociedade as leis necessárias para o convívio público, cumprindo as metas e finalidades 
estabelecidas pela matriz católica. 
A soberania deverá ser exercida por um só individuo, denominado de monarca, uma 
vez que trata-se de um poder absoluto que ao ser dividido, torna-se questionável. A 
monarquia, em Bodin, será única forma adequada de governo, é a única capaz de evitar a 
degeneração do próprio estado em uma anarquia. 
O poder do soberano é fundamentado e limitado pelas leis divinas, não cabendo aos 
homens questionar os comentados do Monarca. A submissão, do Monarca, as leis divinas e 
naturais são o marco que divide o bom governante de um tirano. Caso o súdito resolva 
questionar o Monarca, encontrará a morte como única consequência. 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Curso de filosofia política. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005

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