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O STF decidiu que o ICMS não faz mais parte da base de cálculo do PIS /COFINS. Antes da decisão do STF - A empresa tinha um Faturamento, que corresponde ao valor da venda, no entanto dentro desse valor tem um imposto por dentro o ICMS, como também a empresa paga sobre o Faturamento Bruto o PIS E COFINS, logo não era considerado o seu faturamento líquido – valor bruto do faturamento menos os impostos. Depois da decisão do STF – Foi decidido que deveria ser desconsiderado o valor do ICMS, para a base de calculo do PIS e da Cofins, ou seja, o faturamento Líquido. A empresa pode recuperar os valores desde de 2017, através da PERD COMP: compensação, crédito nas compras que pode ser utilizado. Tendo as empresas um ganho tributário, uma economia de tributos. A exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins teve início em 2017, e até antes, tendo em vista que os empresários começaram a perceber que estavam pagamento PIS e Cofins sobre um tributo em especifico, que é o ICMS. Então, estavam alegando que estava sendo tributado sobre o ICMS e por conta disso entraram na justiça para receber o valor de volta, alegando que está tendo bitributação, que o tributo estava sendo calculado em cima de outro tributo, sendo que isso não é valido. Fundamentos do ICMS ICMS - Imposto dobre a Circulação de Mercadorias e Serviço de Transporte Intermunicipal e Interestadual - ESTADUAL Alíquotas -> 18% - Interna (Dentro do Estado) -> 4%; 12% - Interestadual – ALÍQUOTAS BASICAS DO ICMS - Nas entradas se compra do Norte, Nordeste ou Centro Oeste ou Espirito Santo a alíquota é de 12%, considerando uma empresa não optante pelo simples Nacional. - Nas aquisições do Sul, Sudeste e exceto o Espirito Santo tem direito a crédito de 7%, - Nas aquisições no próprio Ceara o crédito de 18%. Fundamentos do PIS e da COFINS PIS – Programa de Integração Social COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - F E D E R A L 0,65% e 3% - Cumulativo – Lucro Presumido (É calculado as contribuições somente pela Receita Bruta, sem considerar as deduções permitas por lei, devolução de venda, IPI retido, ICMS ST retido) 1,65% e 7,6% - Não-cumulativo – Lucro Real (Tem as operações de Débito e créditos) Não se aplica ao Simples Nacional NFE VENDA Essa tese tem como discursão que tem duas contribuições, impostos que estão sendo calculados sobre um imposto o ICMS, por isso alegaram a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins ICMS – Imposto por dentro, isso significa que dentro do valor da Nota, para formação do preço de venda do produto o ICMS é incluso, embutido. A Receita/faturamento da empresa PIS E COFINS sobre a R$ 179,40, ou seja, a Base de Cálculo do PIS E COFINS R$ 179,40. REQUERENDO os empresários que a base de calculo fosse o valor menos o valor do ICMS de R$ 21,53, ou seja pelo valor de R$ 157,87. O STF foi favorável pode fazer a compensação dos valores retroativos. Histórico da “Tese do Século” Sendo assim vários processos abriram um requerimento sobre essa questão sendo assim, os juízos decidiram que a decisão deveria partir do STF, logo foi formado um Recurso Extraordinário que o STF iria decidir. Recurso Extraordinário 574.706 “Recurso processual para pedir ao STF uma decisão sobre a temática, garantindo que os julgamentos acontecessem de maneira uniformizada.” - Essas contribuições não deveriam ser calculadas sobre o ICMS. 15/03/2017 O STF decide a favor dos contribuintes quanto à exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS e da Cofins. Não estava sendo feito apesar do STF ter sido favorável por não saber qual o ICMS que deveria retirar, os dos débitos destacados na nota ou o da apuração. Débitos R$ 10.000,00 – Destacado nas NFe Créditos R$ 7.000,00 ICMS a recolher R$ 3.000,00 – Os valores da apuração. 18/10/2018 – Solução de Consulta Interna COSIT Nº 13 A RFB emite Cosit que disciplina sobre o ICMS a ser excluído da Base de Cálculo do PIS e da Cofins que será o recolhido mensal ao invés do destacado nos documentos fiscais. 13/05/2021 STF - 4 ANOS DEPOIS - Começou a ser retirado O STF decide que não seria o ICMS a recolher do mês mas sim os destacados nas NFe. O STF decide período de creditamento e que o ICMS a ser utilizado no cálculo é o destacado nos documentos fiscais e não o recolhido no mês. 2021 seria os destacados nas NFs Na Linha Judicial – Anterior a 15/03/2017: Direito ao crédito tributário a partir da data da ação judicial. Após 15/03/2017: Direito ao crédito tributário a partir desta data. - Trânsito em Julgado; e – Habilitação do Crédito. Esfera judicial, realizava o cálculo pedia a restituição e a receita Federal emitia o parecer, não precisava retificar os cálculos apenas mostrar os devidos cálculos. Na Linha Administrativa Direito ao crédito tributário a partir de 15/03/2017. - Retificação das Obrigações Acessórias; - Pedido de Restituição ou Compensação. Na linha administrativa, tinha que ser feito a retificação de obrigações, na esfera administrativa deveria voltar para 2017 fazer todas as retificações das apurações, declarações e pedia de volta a receita federal. O prazo para restituição era o prazo de prescrição na linha administrativa, em paramento na linha judicial não tem esse prazo. 27/07/2021 Solução de Consulta Interna Cosit nº 10 A RFB emite Cosit que disciplina que o ICMS a ser excluído da Base de Cálculo do PIS e da Cofins deverá ser feito também no destaque de créditos dos custos e despesas permitidos. Art. 3º Lei 10.833/2003 – Créditos: Custos e despesas para fabricação ou revenda do produto. Se vai tirar o valor do ICMS das Saídas vai ter que retirar das entradas, as empresas do regime não cumulativo pois se creditava do valor cheio, sendo assim tirava o valor do ICMS do crédito. Na legislação diz que pode ter direito a crédito de custo ou despesa para fabricação ou venda. E na INCISO II, §3º DO ART. 8º -IN 404/2004 - ICMS: integra o valor do custo de aquisição de bens e serviços. Sendo assim, se o ICMS faz parte do custo de aquisição pode ser feito o crédito no valor todo, sem precisar retirar os ICMS das compras. A INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.911/2019 – Exclui a que diz que o ICMS integra o valor do custo dos produtos. Revoga a IN 404/2004, retirando à informação de que o ICMS fazia parte do custos de aquisição de bens e serviços. 24/09/2021 Parecer PGFN, legislativo da RF N º 14.488/2021 A PGFN confirma que o ICMS não deve ser retirado da base de cálculo da apuração de créditos por insumos na sistemática não cumulativa do PIS da Cofins. 01/05/2023 MPV N º 1.159/2023 - PASSÍVEL DE APROVAÇÃO A RFB submete a MPV com alteração da legislação das contribuições com o objetivo de excluir da base de cálculo dos créditos do PIS e da Cofins o valor do ICMS destacado nos documentos de aquisição de mercadorias. Inclui na legislação do PIS e da COFINS a informação que precisa tirar o valor do ICMS dos créditos. Exercício 2017 Compra de Matéria prima do Sudeste no valor de R$ 200.000,00 Venda de Produto Acabado para o Ceará no valor de R$ 300.000,00 2018 Compra de Matéria prima do Norte no valor de R$ 500.000,00 Venda de Produto Acabado para o sul no valor de R$ 1.000.000,00 2019 Compra de Matéria Prima do Ceará no valor de R$ 700.000,00 Venda de Produto Acabado para o Nordeste no valor de R$ 1.200.000,00 2020 Compra de Matéria Prima do Centro Oeste no valor de R$ 1.000.000,00 Venda de Produto Acabado para o Ceará no valor de R$ 1.400.000,00 Bonificação concedida para o Centro-Oeste no Valor de R$ 20.000,00 Entradas (Créditos) – COMPRAS 2017 R$ 200.000,00 7% R$ 14.000,00 2018 R$ 500.000,00 12% R$ 60.000,00 2019 R$ 700.000,00 18% R$ 126.000,00 2020 R$ 1.000.000,00 12% R$ 120.000,00 Créditos totais R$ 320.000,00Normalmente no calculo do ICMS utiliza a bonificação nos débitos, nessa situação não se utiliza a bonificação pois não está sendo feito a apuração do ICMS, dessa forma não entra pois não está dentro da esfera de tributação do PIS e Cofins. Bonificação não entra caso pois não está na esfera de tributação do PIS e da Cofins. No Regime Cumulativo – Não precisa ser feito os créditos, apenas os débitos do ICMS, pois os créditos não entram Quando solicitar a apuração no sistema Cumulativo não calcula os créditos somente os débitos. Só o que estiver na dentro da incidência do PIS E DA COFINS, BONIFICAÇÃO NÃO ENTRA. No Regime Não Cumulativo – Precisa ser feito os débitos e os créditos. Saídas (Débitos) - VENDAS 2017 R$ 300.000,00 18% R$ 54.000,00 2018 R$ 1.000.000,00 12% R$ 120.000,00 2019 R$ 1.200.000,00 12% R$ 144.000,00 2020 R$ 1.400.000,00 18% R$ 252.000,00 Débitos totais R$ 570.000,00 Cálculo do PIS e COFINS a recuperar – No regime Cumulativo CALCULO ANTIGO – SISTEMÁTICA ANTIGA Receita Bruta R$ 3.900.000,00 (-) Deduções R$ - = BC do PIS e da COFINS R$ 3.900.000,00 PIS (0,65%) R$ 25.350,00 COFINS (3%) R$ 117.000,00 Cálculo do PIS e COFINS a restituir - No Regime Não Cumulativo Créditos (Antes) - SISTEMÁTICA ANTIGA Entradas R$ 2.400.000,00 (-) Crédito ICMS R$ - = BC do PIS e da COFINS R$ 2.400.000,00 PIS (1,65%) R$ 39.600,00 COFINS (7,6%) R$ 182.400,00 Apuração do PIS R$ 24.750,00 Apuração da COFINS R$ 114.000,00 Apuração do PIS R$ 20.625,00 Apuração da COFINS R$ 95.000,00 NOVA SISTEMÁTICA APÓS A TESE DO SECULO Receita Bruta R$ 3.900.000,00 (-) Deduções R$ 570.000,00 = BC do PIS e da COFINS R$ 3.330.000,00 PIS (0,65%) R$ 21.645,00 COFINS (3%) R$ 99.900,00 SISTEMÁTICA ANTIGA R$ 117.000,00 SISTEMÁTICA NOVA R$ 99.900,00 COFINS A RESTITUIR R$ 17.100,00 SISTEMÁTICA ANTIGA R$ 25.350,00 SISTEMÁTICA NOVA R$ 21.645,00 PIS A RESTITUIR R$ 3.705,00 Débitos (Antes) Saídas R$ 3.900.000,00 (-) Débitos ICMS R$ - = BC do PIS e da COFINS R$ 3.900.000,00 PIS (1,65%) R$ 64.350,00 COFINS (7,6%) R$ 296.400,00 Créditos (Depois) - SISTEMÁTICA NOVA Entradas R$ 2.400.000,00 (-) Crédito ICMS R$ 320.000,00 = BC do PIS e da COFINS R$ 2.080.000,00 PIS (1,65%) R$ 34.320,00 COFINS (7,6%) R$ 158.080,00 Débitos (Depois) Saídas R$ 3.900.000,00 (-) Débitos ICMS R$ 570.000,00 = BC do PIS e da COFINS R$ 3.330.000,00 PIS (1,65%) R$ 54.945,00 COFINS (7,6%) R$ 253.080,00 PIS A RESTITUIR R$ 4.125,00 COFINS A RESTITUIR R$ 19.000,00
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