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INTRODUÇÃO O enfermeiro especialista em oftalmologia desenvolve importante papel de facilitador dos procedimentos cirúrgicos, possui um amplo conhecimento das etapas cirúrgicas, prezando pela segurança do paciente. Entre suas atribuições, destacam-se as atividades administrativas, gerenciais e assistenciais de promoção da saúde, exigindo um constante processo de atualização, tanto para orientar o cliente e seu acompanhante, quanto à equipe na qual está inserido (CUNHA et al., 2014). DESENVOLVIMENTO Na cirurgia ocular, a função gerencial inclui elaboração do mapa cirúrgico, planejamento do uso das salas de cirurgia, além da separação e acomodação do material necessário. A assistência ao paciente, exercida junto às técnicas de enfermagem, inclui levar o paciente para o centro cirúrgico, conferir e identificar a lateralidade do sítio cirúrgico, por confirmação verbal, além do auxílio na confirmação por biometria e microscopia ocular, aferir sinais vitais, preparar material e equipamentos, administrar medicamento para dilatação pupilar, administrar analgésico tópico, posicionar o paciente na mesa cirúrgica, instrumentação cirúrgica e monitoramento dos sinais vitais durante o procedimento. No pós-operatório imediato, deve observar o paciente, entregar o kit com curativo e colírio para uso no pós-operatório, além das orientações para alta, com foco no autocuidado. A enfermeira atua ainda no reprocessamento dos materiais e monitora a esterilização. No caso de catarata, é a realizada a cirurgia de Facectomia. A enfermagem atua nos cuidados pós-operatórios ao orientar sobre o uso dos colírios de acordo com a prescrição médica, não pegar peso, não abaixar a cabeça, não praticar atividade esportiva, não usar maquiagem até a liberação médica, não esfregar ou coçar os olhos, não dormir apoiando a cabeça no lado do olho operado para evitar traumatizá-lo, higienizar as mãos antes de manipular os colírios e usar óculos de proteção solar. Na ocorrência de descolamento de retina, a enfermagem atua nas orientações ao paciente, conscientizando sobre a necessidade de aderir às práticas para melhora do quadro, como por exemplo, o risco de lesão, dor aguda relacionada à inflamação, ansiedade do paciente por conta do risco de não recuperar totalmente a visão. Também monitoram o paciente, verificam nível de consciência, sangramentos, reforçam cuidados de higiene que devem ser mantidos, mesmo em caso de demora na recuperação, lavagens das mãos, curativos, medicamentos, colírios e pomadas oftálmicas para aplicação após a cirurgia e ainda comunicam equipe médica em caso de intercorrências. No caso de doação, é realizada a cirurgia de enucleação ocular e a enfermagem atua prestando assistência de alto nível, tanto aos doadores e familiares quanto aos candidatos a receptores (MENDES et al., 2012). De acordo com a Resolução nº 292/2004, o Conselho Federal de Enfermagem sugere que é responsabilidade do enfermeiro planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar a assistência aos doadores, assim como fazer planejamentos e implementações das ações que viabilizam a doação e a captação de órgãos e tecidos com o intuito de realizar transplantes (COFEN, 2004). Ou seja, acompanha todo o processo de captação e transplantes de órgãos e tecidos, desde o pré-transplante, fornecendo apoio e assistência aos familiares, passando pelo pós-transplante, ou seja, todos os cuidados ambulatoriais, até o transplante em si, que diz respeito à assistência intra-hospitalar (MENDES et al., 2012. Segundo Côrrea, atua ainda para identificar a possibilidade de ocorrer complicações durante o processo de captação e transplante de órgãos e tecidos, seja com os receptores, seja com os doadores, procurando estratégias que possam prevenir, ou soluções que possam aliviar as possíveis intercorrências. CONCLUSÃO A equipe de enfermagem tem papel fundamental em todo precedimento cirúrgico, inclusive nas cirurgias oftalmológicas, desde a preparação da sala cirúrgica, preparo e orientação do paciente, passando pela cirurgia em si até o pós-operatório. Sempre atuando de forma humanizada e colaborando para que o paciente tenha a melhor experiência possível durante toda a jornada até sua recuperação. REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução nº 292/ 2004, de 02 de maio de 2004. Normatiza a atuação do Enfermeiro na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2922004_4328.html. Acesso em: 29/08/2022 CORRÊA, A. P. A. et al. Complicações durante a internação de receptores de transplante renal. Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre, v. 34, n. 3, set. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472013000300006. Acesso em: 29/08/2022 NOGUEIRA, Fabiana Araújo; XAVIER, SAMYRA PAULA LUSTOZA; PINTO, Sarah De Lima. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM CENTRO CIRÚRGICO OFTALMOLÓGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.. In: Anais da 15ª Jornada Norte Nordeste de Centro Cirúrgico e Central e Esterilização. Anais...Fortaleza(CE) Ponta Mar Hotel, 2019. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/15jnnccce/129522-ATUACAO-DO-ENFERMEIRO- http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2922004_4328.html http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472013000300006 EM-CENTRO-CIRURGICO-OFTALMOLOGICO--RELATO-DE-EXPERIENCIA>. Acesso em: 29/08/2022 SANTOS, Maria Ezilanja Xavier dos et al.. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE FACECTOMIA COM IMPLANTE DE LENTE INTRAOCULAR.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/30349-ASSISTENCIA-DE-ENFERM AGEM-NO-POS-OPERATORIO-DE-FACECTOMIA-COM-IMPLANTE-DE-LENTE-IN TRAOCULAR>. Acesso em: 29/08/2022
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