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PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR EM GESTÃO DA ANÁLISE DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DESENVOLVIMENTO DE UMA SOLUÇÃO DE AUTOMAÇÃO PARA UMA LOJA GEEK POLO UNIP JARDIM LANCASTER FOZ DO IGUAÇU 2023 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSO SUPERIOR EM GESTÃO DA ANÁLISE DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DESENVOLVIMENTO DE UMA SOLUÇÃO DE AUTOMAÇÃO PARA UMA LOJA GEEK - PIM VI RA(s): Leticia Aparecida da Silva - RA 2289742 Fabiola Pereira Pontes – RA: 2276475 Iza Clara de Souza Vieira – RA: 2259674 Rafael Luiz da Silva - RA 2264732 Raphael Martins Pimenta – RA: 2265469 Thandara Cristina de Oliveira Peixoto – RA: 2222212 Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas Semestre: 3º Semestre POLO UNIP JARDIM LANCASTER FOZ DO IGUAÇU 2023 RESUMO: A presente pesquisa tem como objetivo fornecer suporte acadêmico para empresas que buscam adotar estruturas organizacionais adequadas ao seu negócio e desenvolver processos eficientes para se manterem competitivas no mercado. O estudo de caso apresentado concentra-se em uma loja geek, abordando sua estrutura organizacional, estratégia de Recursos Humanos e a proposta de um processo de automação para otimizar as operações da empresa. Para alcançar tais objetivos, foram explorados detalhes sobre a estrutura organizacional da empresa, suas políticas de RH e a utilização de diagramas UML e MER para descrever o sistema a ser implementado, juntamente com casos de uso. Além disso, foram empregados diagramas BPMN para representar os principais processos da loja geek fictícia analisada. Palavras-chave: BPMN; UML; Estrutura Organizacional; Projeto de Software. ABSTRACT: This research aims to provide academic support for companies that seek to adopt organizational structures appropriate to their business and develop efficient processes to remain competitive in the market. The case study presented focuses on a geek store, addressing its organizational structure, Human Resources strategy and the proposal for an automation process to optimize the company's operations. To achieve these goals, details about the company's organizational structure, its HR policies and the use of UML and MER diagrams were explored to describe the system to be implemented, along with use cases. In addition, BPMN diagrams were used to represent the main processes of the analyzed fictional geek store. Keywords: BPMN; UML; Organizational structure; Software Design. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 2. SISTEMA DA LOJA GEEK 8 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 2.1.1 UML 8 2.1.2 Modelo Entidade-Relacionamento 9 2.1.3 Business Process Model Notation 9 2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA 10 2.3 FUNÇÃO DE NEGÓCIO QUE O SISTEMA ABRANGE 11 2.4 DIAGRAMAS DO PROJETO DO SISTEMA 12 2.5 CASOS DE USO 17 2.6 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS 23 2.7 GLOSSÁRIO DO SISTEMA 24 3 GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS 25 3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 26 3.1.1 Estrutura funcional 26 3.1.2 Estrutura Divisional ou Multidivisional 26 3.1.3 Estrutura Achatada 26 3.1.4 Estrutura matricial 27 3.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW 27 3.3 ESTRATÉGIAS DE RH DA LOJA GEEK 28 4 CONCLUSÃO 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32 7 1 INTRODUÇÃO Inicialmente é importante analisar que o crescente interesse das empresas em adotar sistemas de software para automatizar suas operações e aumentar a confiabilidade de seus processos tem impulsionado a busca por configurações organizacionais e estratégias de Recursos Humanos eficientes. Com isso, torna-se relevante realizar uma análise abrangente de uma empresa, explorando sua estrutura organizacional, estratégias de RH e propondo um projeto para aprimorar seus processos. Essa análise contribui para a capacitação dos estudantes, permitindo-lhes integrar conhecimentos de diversas áreas e proporcionando aos leitores insights valiosos para aplicar em seus próprios empreendimentos ou compreender o funcionamento das empresas. O presente artigo tem como objetivo apresentar uma análise detalhada de uma loja geek que busca implementar um sistema de automação para suas operações. Serão abordados: (i) A estrutura organizacional da empresa, (ii) Diagramas e casos de uso do sistema proposto e (iii) Os processos da empresa representados por meio da notação Business Process Model Notation (BPMN). 8 2. SISTEMA DA LOJA GEEK Neste capítulo será apresentada uma breve explanação teórica seguida de um projeto detalhado, utilizando as técnicas da Unified Modeling Language (UML) e Modelo Entidade-Relacionamento (MER), juntamente com o mapeamento dos processos da empresa utilizando a notação Business Process Model Notation (BPMNA). A primeira seção aborda os dois modelos utilizados, enquanto as seções subsequentes se concentram no projeto do sistema a ser implementado em uma loja especializada em venda de jogos, acessórios e produtos geek. 2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1.1 UML A UML, sigla para Unified Modeling Language (Linguagem de Modelagem Unificada), é uma linguagem padronizada que utiliza um conjunto integrado de diagramas para auxiliar desenvolvedores de sistemas e softwares na especificação, visualização, construção e documentação de artefatos de software, além de modelar negócios e outros sistemas não relacionados a software. A UML representa um conjunto de práticas de engenharia reconhecidas como bem-sucedidas na modelagem de sistemas complexos e de grande escala. É uma ferramenta crucial no desenvolvimento de software orientado a objetos e no processo de desenvolvimento em si. (PEREIRA, 2017). A UML faz uso principalmente de notações gráficas para expressar o design de projetos de software. Seu uso facilita a comunicação entre as equipes de projeto, possibilita a exploração de diferentes abordagens de projeto e valida o design arquitetônico do software. O objetivo principal da UML é fornecer uma notação padrão que possa ser utilizada por todos os métodos orientados a objetos, selecionando e integrando os melhores elementos de notações anteriores. Importante mencionar que a UML foi projetada para ser aplicável a uma ampla variedade de aplicações, fornecendo construções adequadas para diferentes tipos de sistemas e atividades, como sistemas distribuídos, análise, design e implementação de sistemas. A sua abrangência e flexibilidade a tornam uma ferramenta valiosa no 9 desenvolvimento de software, contribuindo para a eficiência e qualidade dos projetos. (PEREIRA, 2017). 2.1.2 Modelo Entidade-Relacionamento Um Diagrama de Relacionamento de Entidade (ERD) é uma representação gráfica dos relacionamentos entre conjuntos de entidades armazenados em um banco de dados. No contexto do ERD, uma entidade é um objeto ou componente de dados, e um conjunto de entidades consiste em uma coleção de entidades similares. Cada entidade pode possuir atributos que definem suas características distintas. (BERTOLDI, 2017). Por meio da definição das entidades, seus atributos e a demonstração dos relacionamentos entre elas, um diagrama ER fornece uma visão clara da estrutura lógica de um banco de dados. Esses diagramas são amplamente utilizados para esboçar o design de um banco de dados, permitindo uma representação visual das relações entre as entidades e facilitando o planejamento e a organização dos dados. (BERTOLDI, 2017). 2.1.3 Business Process Model Notation A notação de modelagem de processos é uma linguagem compreensível para seres humanos que tem como objetivo descrever a estrutura e os elementos de uma sequência de atividades comerciais. Essa linguagempossui um vocabulário definido e é organizada de forma a facilitar a compreensão do fluxo e da apresentação das informações. Como parte da ciência de dados, a notação de modelagem de processos engloba aproximadamente 40 elementos distintos, com regras bem estabelecidas para seu uso adequado. (CARMO, 2016). O Business Process Model and Notation (BPMN) é uma notação de modelagem de processos que se inicia e termina com um fluxograma do processo de negócios. Esse fluxograma representa um mapa técnico que ilustra o fluxo e as práticas de uma organização em um idioma padronizado. Ele é disponibilizado aos usuários para que possam aprimorar, compartilhar e seguir as diretrizes definidas. O BPMN oferece uma abordagem eficaz para visualizar e comunicar os processos de negócios, promovendo a padronização e a melhoria contínua das operações organizacionais. (CARMO, 2016). 10 2.2 SITUAÇÃO PROBLEMA No cenário atual, uma loja especializada em produtos geek, como acessórios e jogos, enfrenta desafios em seu sistema de controle de estoque e vendas, onde os funcionários realizam registros por meio de planilhas no Excel. Esse sistema manual acarreta em procedimentos suscetíveis a erros e dificulta o gerenciamento adequado da empresa. Os erros decorrentes desse processo manual impactam negativamente o controle da empresa, uma vez que o que não é medido corretamente não pode ser devidamente controlado. Além disso, no setor financeiro, é fundamental contar com um sistema que evite possíveis fraudes perpetradas pelos próprios funcionários. Diante desse cenário, a implementação de uma automação eficiente no controle de estoque e vendas é essencial para que os proprietários da loja possam obter um maior controle sobre suas operações. Através da automação do processo de estocagem e venda dos produtos, os proprietários da loja visam, principalmente, alcançar um controle mais preciso sobre as atividades da empresa. As movimentações de mercadorias serão melhor rastreadas e será possível verificar quais funcionários foram responsáveis por cada ação realizada. Isso proporcionará uma valiosa ferramenta para auditorias internas e externas, contribuindo para o fortalecimento da gestão e aprimoramento dos processos operacionais da loja. Com o intuito de aprimorar a eficiência e o controle sobre suas operações, os proprietários de uma loja geek têm o objetivo de implementar um sistema personalizado que automatiza o gerenciamento de estoque e vendas de produtos. Esse sistema será baseado no registro dos itens por meio de códigos de barras, que serão escaneados utilizando um sensor infravermelho em computadores equipados. O acesso ao sistema será realizado por meio de um login e senha, utilizando o navegador web. Além disso, uma funcionalidade específica será implementada no sistema para evitar que os vendedores realizem a venda de itens considerados raros, os quais possuem apenas uma unidade em estoque. Esses itens raros têm um valor especial, sendo utilizados como peças de destaque e propaganda da loja, muitas vezes difíceis de serem encontrados. Por meio do novo sistema, será possível impedir que os atendentes realizem a venda desses itens, ao contrário do procedimento atual, onde não há um controle rigoroso sobre quais itens não podem ser vendidos. Essa falta de controle tem resultado em perdas 11 financeiras para a empresa devido à venda inadvertida de itens raros. Embora a proibição já exista no sistema de planilhas, os atendentes muitas vezes esquecem de realizar essa verificação. Com a implementação desse sistema automatizado, os proprietários da loja geek poderão aprimorar o controle sobre seu estoque e as vendas, garantindo uma gestão mais eficiente e reduzindo as perdas financeiras decorrentes da venda indevida de itens raros. 2.3 FUNÇÃO DE NEGÓCIO QUE O SISTEMA ABRANGE A implementação do sistema estudado tem como objetivo automatizar os processos de duas importantes áreas de negócio: logística, responsável pelo gerenciamento de estoque da empresa, e vendas, responsável pelas transações na loja. No departamento de logística, o sistema automatiza o processo de estocagem, levando em consideração que o estoque está localizado nos fundos da loja, no mesmo espaço físico onde os clientes são atendidos. Já o departamento de vendas automatizará as seguintes operações relacionadas ao processo de vendas: (i) inserção de itens através de códigos de barras, (ii) identificação de itens raros com apenas uma unidade disponível, impedindo sua venda nesse caso, (iii) cálculo do valor total da compra para informação ao cliente, (iv) solicitação de autorização do supervisor para cancelamento de um item e (v) comunicação ao sistema financeiro sobre o cancelamento de uma lista de vendas ou confirmação de pagamento. No que diz respeito ao processo de estocagem, serão automatizadas as seguintes operações: (i) cadastro de novos produtos no sistema e (ii) atualização automática da quantidade de itens à medida que os funcionários do estoque realizam a leitura dos códigos de barras dos produtos recebidos. A implementação desse sistema automatizado contribuirá significativamente para otimizar a logística e as vendas na loja geek, agilizando processos, evitando erros e proporcionando um controle mais eficiente do estoque e das transações comerciais. 2.4 DIAGRAMAS DO PROJETO DO SISTEMA 12 Nesta seção, serão apresentados diversos diagramas que ilustram o processo da loja geek após a implementação do sistema de automação de operações. Na Figura 1 e Figura 2, encontram-se os diagramas que descrevem detalhadamente esse processo. Além disso, serão exibidos os diagramas UML e o diagrama MER (Modelo Entidade- Relacionamento) do sistema a ser implementado. Esses diagramas, presentes nas Figuras 3 a 5, fornecem uma representação visual das diferentes partes e relações desse sistema. Através desses diagramas, será possível ter uma visão clara e objetiva do funcionamento do processo automatizado na loja geek, bem como compreender a estrutura e interações do sistema em desenvolvimento. Essas representações gráficas facilitam a compreensão dos diferentes elementos e fluxos envolvidos, contribuindo para a análise e o aprimoramento do sistema. Figura 1: Estocagem dos itens da loja: Fonte: o autor 13 Figura 2: Processo de venda da loja geek Fonte: o autor 14 Figura 3: Diagrama UML de casos de uso Fonte: o autor Figura 4: Diagrama de classes de análise Fonte: o autor 15 Figura 5: Modelo Entidade-Relacionamento do Banco de Dados do Sistema a Ser Implementado Fonte: o autor 2.5 CASOS DE USO 16 17 18 19 20 2.6 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS Definição dos Requisitos Não-Funcionais para o Sistema Os Requisitos Não-Funcionais (RNFs) são responsáveis por estabelecer as restrições e atributos de qualidade do sistema. Eles agrupam-se em diferentes classificações, que incluem: 1. Usabilidade: Estabelece a facilidade de uso e manipulação do sistema pelo usuário. 2. Segurança: Garante que o sistema esteja protegido contra acessos não autorizados, roubo ou manipulação de dados por pessoas não autorizadas. 3. Confiabilidade: Determina o tempo em que o sistema deve funcionar sem falhas, garantindo sua estabilidade e disponibilidade. 4. Desempenho: Define a capacidade e velocidade de resposta do sistema. Um baixo desempenho pode resultar em uma experiência negativa para o usuário. 5. Disponibilidade: Estabelece o tempo em que o sistema estará disponível para uso, assegurando que esteja acessível quando necessário. 6. Escalabilidade: Descreve a capacidade do sistema em lidar com um aumento na demanda de usuários, garantindo que seja capaz de suportarum maior volume de atividades. Através dessas classificações de requisitos não-funcionais, é possível estabelecer as diretrizes e restrições para o desenvolvimento do sistema, visando atender aos padrões de qualidade e desempenho exigidos pelos usuários e garantindo uma experiência satisfatória. A seguir, são apresentados os requisitos não funcionais (RNFs) do sistema, classificados de acordo com o tipo de requisito: RNF 01 (Usabilidade): O sistema deve ser acessível e compatível com as necessidades de usuários com deficiências físicas. 21 RNF 02 (Usabilidade): O sistema deve ter uma curva de aprendizado rápida para os usuários. A interface será projetada com o uso de cores, sons e padrões intuitivos. RNF 03 (Segurança): As funções do sistema serão executadas apenas após a verificação da credencial do token recebido pelo navegador do cliente durante o processo de login. RNF 04 (Confiabilidade): Todas as operações do sistema devem ser executadas de forma correta e confiável, sem erros ou falhas. RNF 05 (Disponibilidade): O sistema deverá estar disponível 99.9% do tempo, durante o horário de funcionamento da loja. RNF 06 (Escalabilidade): O sistema deverá ser capaz de se adaptar e escalar para suportar três terminais simultâneos, sendo dois para atendentes e um para o estoque. Esses requisitos não funcionais estabelecem diretrizes importantes para o desenvolvimento do sistema, visando garantir a usabilidade, segurança, confiabilidade, disponibilidade e escalabilidade necessárias para atender às demandas da loja geek. 2.7 GLOSSÁRIO DO SISTEMA Na loja geek, a equipe é composta por diferentes funcionários, cada um desempenhando uma função específica. A seguir, apresentamos as principais funções e suas respectivas responsabilidades: 1. Atendente: O atendente é o funcionário encarregado de realizar as vendas e atender os clientes no balcão da loja. Suas responsabilidades incluem fornecer informações sobre os produtos, auxiliar na escolha dos clientes, registrar as vendas no sistema e efetuar o recebimento dos pagamentos. O atendente desempenha um papel fundamental na interação direta com os clientes, garantindo um bom atendimento e buscando satisfazer suas necessidades. 22 2. Estoquista: O estoquista é o funcionário responsável por organizar e gerenciar o estoque da empresa. Suas principais responsabilidades envolvem receber e conferir os produtos entregues pelos fornecedores, realizar a armazenagem adequada dos itens no estoque, controlar as entradas e saídas de mercadorias, fazer a reposição dos produtos nas prateleiras da loja, além de manter o estoque limpo e organizado. O estoquista desempenha um papel essencial para garantir que os produtos estejam disponíveis para venda e que o estoque esteja sempre atualizado. 3. Supervisor: O supervisor é o responsável pela supervisão e coordenação das atividades da loja em um determinado período. Suas responsabilidades englobam garantir o cumprimento dos procedimentos operacionais, monitorar o desempenho da equipe, resolver eventuais problemas ou conflitos, assegurar a qualidade do atendimento ao cliente e zelar pelo cumprimento das políticas internas da empresa. O supervisor desempenha um papel de liderança, orientando os demais funcionários e buscando garantir o bom funcionamento e o sucesso da loja geek. Cada membro da equipe desempenha um papel específico e essencial para o bom funcionamento da loja. A colaboração e o trabalho conjunto desses profissionais contribuem para oferecer um atendimento de qualidade, manter o estoque organizado e alcançar os objetivos da empresa. 3 GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS Neste capítulo, discutiremos a estrutura organizacional e as políticas de recursos humanos (RH) da loja geek. Primeiro, analisaremos a teoria da estrutura organizacional e a pirâmide de Maslow. Em seguida, apresentaremos o modelo de estrutura organizacional da loja geek e suas políticas de RH. 3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 23 3.1.1 Estrutura funcional Existem quatro tipos de estruturas organizacionais amplamente utilizadas no mundo empresarial. O primeiro e mais comum é a estrutura funcional, também conhecida como estrutura burocrática. Nesse modelo, a empresa é dividida com base na especialização das funções desempenhadas pelos seus colaboradores. Essa abordagem é frequentemente adotada por empresas de pequeno a médio porte, que organizam seus departamentos de acordo com áreas como marketing, vendas e operações. (PERROTI, 2005). 3.1.2 Estrutura Divisional ou Multidivisional Um segundo tipo comum de estrutura organizacional é encontrado em grandes empresas que possuem múltiplas unidades de negócio. Conhecida como estrutura divisional ou multidivisional, essa abordagem organiza a equipe de liderança com base nos produtos, projetos ou subsidiárias em que a empresa opera. Um exemplo ilustrativo dessa estrutura é a Johnson & Johnson. Com uma ampla gama de produtos e linhas de negócio, a empresa adota uma estrutura em que cada unidade de negócio opera de forma independente, com seu próprio presidente e autonomia para tomar decisões. (PERROTI, 2005). 3.1.3 Estrutura Achatada Uma abordagem mais recente chamada de "estrutura achatada" é o terceiro tipo de estrutura organizacional e é amplamente adotada por muitas startups. Essa estrutura, como o próprio nome sugere, busca reduzir a hierarquia e a cadeia de comando, concedendo aos funcionários maior autonomia. Empresas que optam por essa estrutura geralmente valorizam a agilidade e velocidade de implementação. Os colaboradores têm mais liberdade para tomar decisões e há uma menor burocracia em comparação com estruturas mais tradicionais. Essa abordagem permite uma resposta mais rápida às mudanças do mercado e uma maior capacidade de inovação. (PERROTI, 2005). 24 3.1.4 Estrutura matricial A quarta e última estrutura organizacional é conhecida como estrutura matricial. Esta estrutura é menos comum e pode ser mais complexa de ser implementada. Na estrutura matricial, os funcionários são alocados em diferentes superiores, divisões ou departamentos, podendo desempenhar funções em várias áreas simultaneamente. Por exemplo, um colaborador em uma empresa com estrutura matricial pode estar envolvido tanto em vendas quanto no atendimento ao cliente. (PERROTI, 2005). Essa abordagem visa promover a colaboração entre diferentes áreas e aproveitar a expertise dos funcionários em múltiplos domínios. No entanto, a estrutura matricial também pode gerar desafios de comunicação e coordenação, pois os colaboradores podem responder a diferentes gestores e ter múltiplas responsabilidades. Portanto, essa estrutura exige uma boa gestão e clareza na definição de papéis e responsabilidades. (PERROTI, 2005). 3.2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW Em 1943, Abraham Maslow desenvolveu uma teoria conhecida como "A Theory of Human Motivation", na qual ele descreve uma hierarquia das necessidades humanas. Segundo Maslow, à medida que as necessidades mais básicas são satisfeitas, surgem necessidades e desejos mais elevados. Essas necessidades são organizadas em forma de uma pirâmide, na qual as necessidades no topo da pirâmide só se tornam relevantes quando as necessidades mais básicas na parte inferior são atendidas. A transição entre as necessidades ocorre por meio de forças de crescimento, que impulsionam o indivíduo para necessidades superiores, e forças regressivas, que o levam de volta às necessidades básicas. Maslow agrupa as diferentes necessidades em cinco níveis: (MASLOW, 1943) 1. Necessidades básicas: Englobam as necessidades fisiológicas essenciais para a sobrevivência, como alimentação, respiração e hidratação, além de outras funções corporais. Isso também inclui a necessidade de evitar a dor, manter o equilíbrioe a busca por intimidade sexual. 25 2. Necessidades de segurança e proteção: Surgem quando as necessidades básicas estão satisfeitas. Incluem a busca por segurança física, saúde, emprego estável, renda e recursos. 3. Necessidades de afiliação e afeto: Nesse estágio, as necessidades sociais e relacionais se desenvolvem. As pessoas buscam associação, participação em grupos e o sentimento de aceitação e integração. 4. Necessidades de estima: Maslow descreve duas formas de necessidades de estima. A alta estima está relacionada ao autorrespeito, cuidado pessoal, autoconhecimento e confiança. A baixa estima refere-se ao respeito e reconhecimento dos outros, buscando status, reputação e controle sobre os outros. 5. Auto Realização: Este é o nível mais alto da hierarquia, onde as pessoas buscam o desenvolvimento do seu potencial e encontram um sentido para a vida. Maslow usou diferentes termos para se referir a esse nível, como "motivação de crescimento", "necessidade de ser" e "autoatualização". Essa teoria de Maslow oferece insights valiosos sobre as diferentes necessidades humanas e como elas influenciam nossa motivação e comportamento. Ela destaca a importância de atender às necessidades básicas antes de buscar a realização pessoal e o crescimento. (MASLOW, 1943). 3.3 ESTRATÉGIAS DE RH DA LOJA GEEK A loja geek adota uma abrangente estratégia de Recursos Humanos para promover um ambiente agradável dentro da empresa. Diversas políticas de RH são implementadas durante o processo de contratação e também para manter a satisfação dos colaboradores. Essas políticas de RH são desenvolvidas com base em diretrizes estabelecidas em parceria com uma consultoria especializada. Elas levam em consideração o modelo organizacional adotado pela empresa e o perfil dos funcionários para cada cargo. O perfil considera a função desempenhada pelo indivíduo, suas habilidades de comunicação e sua motivação, baseada na hierarquia das necessidades de Maslow. A empresa possui diversas políticas para estimular a motivação dos colaboradores, incluindo benefícios e bônus de produtividade tanto individuais como coletivos. Esses benefícios são acima da média do mercado, visando reter os talentos na empresa. 26 Os supervisores são incentivados a acompanhar de perto a evolução das necessidades de Maslow de cada colaborador, a fim de analisar seu desempenho. Eles se reúnem com os proprietários da loja a cada semestre para avaliar o desempenho de cada funcionário e tomar decisões sobre promoções e, se necessário, demissões devido ao desempenho insatisfatório. Quando o desempenho de um funcionário está abaixo do esperado, o supervisor deve investigar as causas, levando em consideração a pirâmide de Maslow, para que a empresa possa oferecer suporte e auxílio ao funcionário na busca da melhoria. A política da empresa é resolver conflitos e auxiliar os funcionários em suas necessidades, a fim de reduzir preocupações e maximizar a produtividade. Além disso, os supervisores devem estar atentos a possíveis casos de assédio moral no ambiente de trabalho. Embora alguns conflitos sejam considerados normais para evitar estagnação, comportamentos excessivos não são tolerados na loja, e colaboradores que não se adequam a essa política devem receber advertências e, se necessário, ser substituídos. Devido ao porte da empresa, que é pequena, a estrutura adotada é a funcional, composta por três departamentos: financeiro, logística e vendas. A hierarquia dentro da empresa é simplificada devido ao seu tamanho, uma decisão tomada pelos proprietários para evitar complexidade na estrutura. Por fim, a empresa possui uma descrição clara de cargos, plano de carreira e treinamentos específicos para cada função. Os cargos existentes na empresa abrangem os departamentos de vendas, logística e financeiro. Entre as funções estão: Para o setor de vendas: ● Atendente Jr. e Atendente Sr. ● Supervisor I, Supervisor II e Supervisor III Para o setor de logística: ● Estoquista Jr. e Estoquista Sr. ● Supervisor de Estoque Para o setor financeiro: ● Contador Jr., Contador Pl. e Contador Sr. 27 4 CONCLUSÃO Este artigo aborda os principais resultados alcançados no trabalho, que consiste em apresentar a estrutura organizacional e a estratégia de Recursos Humanos da loja geek. Além disso, são apresentados diagramas que retratam o projeto do sistema desenvolvido para automatizar as operações críticas da empresa, bem como os processos após a implementação desse sistema. Foi destacado que a empresa adota uma estrutura organizacional funcional e possui políticas voltadas para valorização dos colaboradores, acompanhando de perto o desempenho de cada um com base em princípios psicológicos, por meio da atuação dos supervisores contratados. No trabalho, são apresentados diversos diagramas Unified Modeling Language (UML) que foram utilizados para projetar o sistema. Além disso, é mostrado o Modelo Entidade-Relacionamento (MER) que representa o Banco de Dados a ser implementado. Os principais processos dos departamentos de vendas e logística da loja são expostos neste artigo, sendo ilustrados por meio da notação Business Process Model Notation (BPMN). 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTOLDI, Ester Risério Matos. Modelagem e implementação de banco de dados clínicos e moleculares de pacientes com câncer e seu uso para identificação de marcadores em câncer de pâncreas. 2017. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. CARMO, Adson Rocha do. KPI como base para modelagem de requisitos não funcionais em processos de negócio. 2016. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. MASLOW, Abraham Harold. A theory of human motivation. Psychological review, v. 50, n. 4, p. 370, 1943. PEREIRA, Vinícius. Uma abordagem para representação de resultados formais na UML. 2017. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. PERROTTI, Edoardo; DE VASCONCELLOS, Eduardo Pinheiro Gondim. Estrutura organizacional e gestão do conhecimento. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, v. 4, n. 2, p. 1-18, 2005.
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