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Reparo de Restaurações Adesivas

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Reparo de Restaurações Adesivas
Apesar do desenvolvimento de novos materiais e técnicas, as restaurações efetuadas em compósitos, assim como os demais materiais, possuem tempo clínico limitado. Além disso, as falhas podem ocorrer prematuramente, assim como a recorrência de lesões de carie que leva a um ciclo restaurador repetitivo o qual é acompanhado pelo enfraquecimento e perca desnecessária de tecido dental. Neste contexto, o reparo em compósitos surge como uma alternativa menos invasiva, quando corretamente indicado.
Longevidade de Restaurações em RX
· Fatores Clínicos – posição dentaria; tamanho, tipo e extensão da cavidade; quantidade de restaurações; quantidade de substrato dentário; dentes tratados endodonticamente.
· Paciente – risco de carie; hábitos parafuncionais, sensibilidade pós-operatória.
· Fatores Socioeconômicos – variáveis comportamentais; hábitos cotidianos; condições de higiene oral
· Operador – mudança de dentista; qualificação deste
· Material Empregado – propriedades mecânicas; composição; indicações; técnica
Degradação/ Envelhecimento das Resinas Compostas.
Varias mudanças ocorrem na resina durante o processo de envelhecimento, mudanças estas as quais podem influenciar o processo de reparo
· NO CORPO DA RESTAURAÇÃO
· Restaurações Antigas – mais complicada pois o grau de conversão monomérico esta praticamente completo, não havendo duplas ligações de carbono disponíveis para que o reparo possa aderir, o que implica na necessidade de tratamento de superfície.
· Desafios ácidos (Ph; Enzimas salivares; Degradação química) – alteração de cor, fratura, perda de retenção.
· Dissolução de Matriz Resinosa (absorção de agua)- a difusão de agua por meio das cadeias poliméricas e interfaces com a carga e reflexão hidrolitica das cadeias poliméricas, pode afetar as propriedades da superfície como dureza e resistência ao desgaste e com o tempo pode interferir nas propriedades das partículas de carga inorgânica, como resistência a fratura.
· Agentes Abrasivos
· NA MARGEM DA RESTAURAÇÃO
· Solubilidade da Camada Hibrida (Ativação de metaloproteinases -MMPs- e catepsinas) -a degradação das matrizes de colágeno, e consequente camada hibrida, podem ocorrer mesmo após procedimentos restauradores, tal degradação leva a redução da resistência de adesão entre a restauração adesiva e a dentina o que pode desencadear: infiltração marginal, manchamento marginal, carie secundaria, sensibilidade dentinária, fratura e perca de retenção.
Condicionamento Acido e Dentina
O acido leva a desmineralização da dentina com consequente exposição das fibrilas colágenas diminuindo a energia de superfície pela ativação das MMPs as quais quando ativadas podem degradar a camada hibrida o que leva a redução adesiva entre restauração adesiva e dentina.
Polimerização dos Compósitos
Fase de Indução de Polimerização (Ativação por foto iniciador gerando radicais livres) → Fase de Propagação da Polimerização (O radical livre vai clivar duplas ligações de carbono, fazendo com que sejam liberados mais radicais livres que vão clivar mais ligações de carbono, ativando os monômeros que passam a agir como radical livre) → Fase de Terminação (os monômeros ativos se unem trocando energia e formando um polímero se dando assim a polimerização da RC)
No entanto podem se restar monômeros residuais os quais podem se ligar a pigmentos e manchar a RC, além de influenciar nas propriedades mecânicas que deixam a resina mais fragilizada e menos resistente
Fotopolimerizador (avaliação)
· Diâmetro compatível com a cavidade
· Distância é inversamente proporcional ao alcance de luz
· A qualidade da fotopolimerização está relacionada ao grau de conversão monomérica que vai ditar a longevidade da restauração.
Composição da Resina Composta
· Matriz Orgânica – mistura de monômeros de baixo e alto peso molecular (↑ bis- GMA e UDMA - ↓ TEGDMA e EGDMA) para formação de resinas de fácil trabalho, boa consistência e permita aplicação e condensação na cavidade.
· Inibidores – hidroxitolueno butílico (BHT) e hidroquinona
· Modificadores de Cor - pigmentos inorgânicos (óxidos metálicos)
· Iniciador – luz
· Matriz Inorgânica – partículas de carga inorgânica para aumentar as propriedades mecânicas.
QUANDO Realizar a Substituição
	Na MARGEM da Restauração
	No CORPO da Restauração
	Desadaptação marginal (MOD onde o problema esta só em M ou só D)
	Cor comprometida
	Sensibilidade dentinária
	Pulpite Irreversível/ Reversível
	Cárie Secundaria
	
	Perda de Retenção(mobilidade)
	
QUANDO Realizar o REPARO
	Na MARGEM da Restauração
	No CORPO da Restauração
	Fratura
	Perca de Anatomia
	Sensibilidade/ Dor por contato prematuro
	Perda do brilho ou lisura superficial
	Pigmentação Marginal
	Fratura
	Perda de Retenção(mobilidade)
	Sensibilidade / Dor por contato prematuro
Vantagens do Reparo 
· Menor Custo
· Tempo Clínico Reduzido
· Tecnica restauradora conservadora
· Maior longevidade 
· Menor risco de complicações pulpares
· Procedimento simples
· Melhor custo-benefício
Mecanismo de Ação do Reparo
	Tratamento de Superfície
Finalidade
· Remover a camada superficial alterada pela exposição à saliva
· Aumentando a energia da superfície da resina 
· A dentina possui mais matriz orgânica e quando esta é exposta diminui a energia de superfície, por isso se aplica o primer, para ele aumentar a energia de superfície e deixá-la la apta a receber o Bond.
· No esmalte o condicionamento acido aumenta a energia de superfície por meio de irregularidades rugosidade e desmineralização superficial
· Na resina a substância química funciona como acido em esmalte, a deixando apta a receber o sistema adesivo; Em superfícies planas lisas possuem área de superfície de energia inferiores a superfície abrasionada
· Aumentar a área de superfície pela criação de irregularidades.
De maneira geral o aumento da energia de superfície dos materiais podem ser realizados por meio de dois tratamentos o condicionamento químico e o físico, e a aspereza de superfície pode ser alterada pelo tempo de envelhecimento da resina que implica em ausência de duplas ligações de carbono disponíveis para que o reparo possa aderir, já em resinas novas a união pode ser realizada com a presença de uma camada de polimerização inibida pela presença de oxigênio.
A união entre a resina antiga e a nova pode ocorrer por três maneiras
· União química com a matriz orgânica
· União química com a partícula de carga exposta
· Retenções micromecânicas da superfície tratada
Asperização de Superfície
Elimina a camada de resina superficial possivelmente danificada, ao mesmo tempo em que se cria irregularidades na superfície a ser reparada, aumentando o poder de união.
· Desgaste com Pontas Diamantadas de Maior Nível de Abrasividade- aumenta a retenção micro e Macromecanica e permite a transição suave entre a restauração antiga e a nova.
· Jateamento com Oxido de Alumínio - aumenta a retenção micro e Macromecanica e permite a transição suave entre a restauração antiga e a nova e permite maior área de superfície que implica em maior adesão.
· Aplicação de Ácido Fosfórico a 37%- 
· RC Antiga- gera micro retenções de superfície, limpeza superficial, aumenta rugosidade superficial, aumenta área de superfície, energia de superfície e molhabilidade. 
· Dentina – desmineralização superficial, aumenta rugosidade e área de superfície, diminui energia de superfície e remove smear layer e smear plugs.
· Esmalte- desmineralização superficial, aumenta rugosidade, aumenta área de superfície e molhabilidade.
· Em cerâmicas- mesma função, usa ácido fluorídrico.
União Química
Deve se ter cuidado pois a aplicação separada de um silano e uma resina fluida (adesivo) pode resultar em uma camada interfacial espessa a qual pode produzir defeitos nessa etapa do preparo.
· Silano- tem como função unir matriz orgânica da RC nova e inorgânica da RC antiga por reatividade dupla através de ligações covalentes; Além disso, aumenta a capacidade de escoamento do sistema adesivo nas superfícies irregulares (molhabilidade) e de se difundirpelo substrato condicionado.
· Adesivo / Bond- busca a união química com a matriz orgânica da RC sendo o agente intermediário entre o reparo e a RC a ser reparada;
· 3 ou 2 passos, não usa o primer apenas o bond, se for o universal o usa.
· Universal/Autocondicionante –
· Possui monômeros ácidos/funcionais 10-MDP este tem capacidade de estabelecer ligações químicas atuando como agente de ligação entre compósitos resinosos, óxidos metálicos e substratos dentários, tendo portanto maior adesão comparado aos outros monômeros funcionais, isso devido ao seu potencial de formar camada hibrida estável por meio de ligações iônicas com os cristais de hidroxiapatita; além disso ele é um monômero mais hidrofóbico o que implica em menor absorção de agua o que reduz a degradação hidrolitica e aumenta a durabilidade da restauração
· Induz condicionamento do substrato
· Aumenta penetração monomérica
· Permite adesão química (10 MDP a cristais/cálcio de hidroxiapatita o que gera maior longevidade química
· Mecanismo de ação micromecanico com adesão química gerando maior durabilidade.
Observações
· A aplicação de peroxido de hidrogênio não promove alterações morfológicas de superfície da resina o que implica em não obtenção de melhora de resistência de união com fraca qualidade de união interfaces, além de poder comprometer a polimerização da resina
· A aplicação de laser de ítrio e alumínio dopado com itérbio induz melhora na resistência de união, funcionando como alternativa ao tratamento de superfície, visto aumentar a porosidade de RC’s antigas e melhorar a união a nova RC; No entanto é desnecessário quando se aplica o protocolo do professor Rodrigo.
· NÃO SE DEVE USAR SOMENTE O ADESIVO UNIVERSAL- pois mesmo ele possuído silano sua quantidade é bem inferior ao silano sozinho, além da literatura mostrar que o silano como passo prévio ao adesivo apresenta resultados de resistência de união melhore que somente com adesivos universais sozinhos.
· O reparo com Resina Bulk Fill é igual
· O isolamento absoluto é mais importante até que tratamento de superfície visto a contaminação por glicoproteínas presentes na saliva diminuir a resistência de união.
PROTOCOLO CLÍNICO
1. Isolamento
2. Preparo Mecânico de Superfície por: Abrasão com ponta diamantada OU Jato de Alumínio
3. Limpeza com Acido Fosfórico 37% 
4. Silano 1minuto
5. Aplicação de Bond Hidrofóbico
6. Inserção da RC

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