Prévia do material em texto
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE CAMPUS CONCÓRDIA CLARA LUNA VALDÉS GRANGEIRO EDUARDA NAGI STUMPF LUCAS AMON-RÁ DE OLIVEIRA TAFFAREL NICOLE SPINOLA ALBERTINI PRÁTICA 3 REATIVIDADE DE METAIS Concórdia 2023 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. OBJETIVOS 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS 4 3.1 Determinação de quantidade de hidrogênio 4 3.2 Determinação de quantidade de oxigênio 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6 5. CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS 11 3 1. INTRODUÇÃO A reatividade química dos metais varia com a eletropositividade, logo quanto mais eletropositivo for o elemento, mais reativo será o metal. Os metais mais reativos são aqueles que possuem grande tendência de perder elétrons, logo, formam íons positivos com mais facilidade (IQ / UFRJ, 2013). O ácido clorídrico, HCl, é um ácido inorgânico forte, seu pKa é de -6,3. Isso significa que, em solução, o H + dele é facilmente ionizável ficando livre na solução, fazendo com que o Ph desta seja muito baixo (NASCIMENTO, 2017). Ao estudarmos pressão e volume, sendo estas medidas de grandeza, ambas apresentam uma relação entre si que somente é possível ser aplicada em gases ideias, como o que se é repassado na lei de Boyle. Um gás ideal é um gás hipotético em que as moléculas que o constituem estão suficientemente afastadas entre si de modo a não se verificaram interações intermoleculares, ocorrendo choques perfeitamente elásticos. O comportamento dos gases reais, no entanto, não preenche estes requisitos na sua plenitude (LIMA, 2015). Contudo, existem certas condições em que o comportamento de um gás real se aproxima do de um gás ideal, nomeadamente, temperaturas elevadas e pressões baixas, podendo, para todos os efeitos, o gás real ser tratado como um gás ideal (LIMA, 2015). O estudo dos gases ideais juntamente com a sua lei, fornece a base da Termodinâmica, apresentando assim a importância desta constante no estudo da físico-química, bem como o conceito de reatividade química, o qual se tornam visuais através da aula prática realizada através de experimentos. 4 2. OBJETIVOS ● Aplicar os conceitos de leis dos gases e estequiometria de reações; ● Realizar experimento utilizando metais e ácido clorídrico. 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Determinar a massa equivalente de gás hidrogênio (H2) formado na reação entre o magnésio (Mg) e o ácido clorídrico (HCl); ● Determinar a massa de gás oxigênio (O2) formado no aquecimento de permanganato de potássio (KMnO4); ● Determinar experimentalmente a constante universal dos gases ideais (R). 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Determinação de quantidade de hidrogênio Para a determinação da quantidade de hidrogênio gasoso gerado na reação, preparou-se uma solução de água destilada e vermelho de mentira 1% para o preenchimento parcial da pipeta volumétrica de 100 mililitros e da seringa de 25 mililitros sem o êmbolo, preenchimento total do tubo de silicone que liga a seringa a pipeta, evitando bolhas na mesma. Foi pesado em balança analítica 0,02 g de magnésio (Mg) e mediu-se 5 mililitros de ácido clorídrico (HCl) 6 molar que ficou dentro do tubo de ensaio. Para a vedação do tubo de ensaio para o tubo de silicone foi utilizado um balão sendo que dentro do mesmo foi colocado o magnésio para quando fechado o sistema ter a possibilidade de que o magnésio entre em contato com o ácido clorídrico, como pode ser visto o sistema utilizado na figura 1. 5 Figura 1: Experimento com Mg. Fonte: Autores, 2023. Antes de começar a reação foi nivelado para que o líquido do sistema fica-se em uma marcação para referência neste caso 5 mililitros, então para iniciar a reação inclinou o balão para que o magnésio saísse do mesmo e entrasse em contato com o ácido clorídrico gerando então hidrogênio na forma gasosa, acompanhou-se a variação do volume até o fim da geração do H2, com isso foi feita a leitura do volume final da reação. 3.2 Determinação de quantidade de oxigênio Para a determinação da quantidade de oxigênio gasoso gerado na reação, preparou-se uma solução de água destilada e vermelho de mentira 1% para o preenchimento parcial da pipeta volumétrica de 100 mililitros e da seringa de 25 mililitros sem o êmbolo, preenchimento total do tubo de silicone que liga a seringa a pipeta, evitando bolhas na mesma. Foi pesado em balança analítica 0,6 g de permanganato de potássio (KMnO4) que foi colocado dentro do tubo de ensaio, para a vedação entre o tubo de ensaio e o tubo de silicone foi utilizado um balão para o fechamento do sistema, como pode ser visto o sistema utilizado na figura 2. 6 Figura 2: Experimento com KMnO4. Fonte: Autores, 2023. Antes de começar a reação foi nivelado para que o líquido do sistema fica-se em uma marcação para referência neste caso 5 mililitros, então para iniciar a reação fez-se o acendimento da lamparina de álcool, colocou-se a parte onde estava localizado o permanganato de potássio no tubo de ensaio para esquentar e iniciar a formação do gás oxigênio, acompanhou-se a variação do volume até o fim da geração do O2, com isso foi feita a leitura do volume final da reação. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES O magnésio em reação com o ácido clorídrico produz o gás hidrogênio (H2) e cloreto de magnésio (MgCl2), cuja a reação formada e balanceada pode ser vista a seguir: 2HCl + Mg → MgCl2(aq) + H2(gás) Dessa forma, quando toda a reação foi formada e todo gás foi produzido e liberado, o volume final indicado foi em torno de 22,5 mililitros. Como é mostrado na figura 3 a seguir: 7 Figura 3: Volume final após reação de formação do hidrogênio (H2). Fonte: Autores, 2023. Para descobrir quanto de hidrogênio foi produzido na reação, primeiro calculou-se quantos mols de HCl tinha na solução que utilizamos sendo que foi usado 5 mL de HCl 6 mol/L, como pode ser visto no cálculo abaixo: 6 mol — 1000 mililitros X mol — 5 mililitros X = 0,03 mol de HCl Sendo assim com a equação já balanceada, pode se identificar que 2 mol de HCl está para 1 mol de H2, como pode ser visto abaixo: 2HCl + Mg → MgCl2(aq) + H2(gás) 2 mol — 1 mol 0,03 mol — X mol X = 0,015 mol de H2 Para se obter a quantidade de H2 em mols, precisamos calcular com relação ao volume que variou na seringa que foi de 17,5 mL, sendo que para o cálculo foi utilizado 0,0175 litros. 1 mol — 22,4 L x mol — 0,0175 Litros 8 X = 7,8125 x10-4 ou 0,00078125 mol de H2 Utilizamos a fórmula para encontrar a massa de H2, como pode ser visto a seguir: m = nxMM m = 7,8125 x10-4 mol x2 g/mol m = 1,5625 x10-3 g ou 0,0015625 g ou 1,5625 mg de H2 Para esta reação foram utilizados 20 mg de Mg e gerou 1,56 mg de H2 cerca de 7,8% do peso de magnésio utilizado. O permanganato de potássio (KMnO4) quando aquecido forma manganato de potássio (K2MnO4), dióxido de manganês ( MnO2) e gás oxigênio (O2), cuja a reação formada e balanceada pode ser vista a seguir: 2KMnO4 K2MnO4 + MnO2 + O2(gás) Dessa forma, quando toda a reação foi formada e todo gás foi produzido e liberado, o volume final indicando foi em torno de 28 mL. Como é mostrado na figura 4 a seguir: Figura 4: Volume final após reação de formação do hidrogênio (O2). Fonte: Autores, 2023. 9 Sendo assim, com a equação já balanceada, pode se identificar que 2 mol de permanganato de potássio está para 1 mol de oxigênio, sendo assim calculou quanto de O2 foi produzido, como pode ser visto abaixo: Utilizamos a fórmula para encontrar o número de mols de KMnO4, sendo que foi utilizado 0,6 gramas de KMnO4 e a massa molar do mesmo é 158 g/mol, como pode ser visto a seguir: m = nxMM n = m/MM n = 0,6 g / 158 g/mol n = 3,7974 x10-3 mol de KMnO4 Como é necessário de 2 mol de KMnO4 para a equação ficar balanceada o valor deve ser multiplicado por 2 chegando então no valor de 7,5949 x10-3 mol de KMnO4 2KMnO4 K2MnO4 + MnO2 + O2(gás) 2 mol — 1 mol 7,5949 x10-3 mol — X mol X = 3,7974 x10-3 mol de O2 Para se obter a quantidade de O2 em mols, precisamos calcular com relaçãoao volume que variou na seringa que foi de 23 mL, sendo que para o cálculo foi utilizado 0,023 litros. 1 mol — 22,4 Litros x mol — 0,023 Litros X = 1,0267 x10-3 ou 0,0010267 mol de O2 Utilizamos a fórmula para encontrar a massa de O2, como pode ser visto a seguir: m = nxMM m = 1,0267 x10-3 mol x 158 g/mol m = 0,1622 g de O2 10 Nesta reação cerca de 27% do KMnO4 foi transformado em O2, sendo que no fim sobrou 0,5660 gramas no tubo de ensaio que seria o manganato de potássio (K2MnO4) e o dióxido de manganês ( MnO2), que também são gerados nesta reação. 5. CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados de forma satisfatória, foi possível compreender os conceitos da reatividade dos metais e consequentemente a produção do gás, bem como a relação de pressão e volume da lei de Boyle aplicada. A reatividade dos metais e sua decorrente produção de gases está diretamente ligada à reatividade do elemento, quanto mais reativo, maior será a produção de gás formado na reação. No decorrer da aula foi possível demonstrar esse processo de reação através do volume de líquido deslocado ocasionado pela produção do gás da reação metal e substância química. Os valores obtidos da massa de gás H2 formado a partir da reação entre o magnésio Mg e HCl se apresentaram dentro do esperado, sendo 1,5625 mg de H2, ou seja, 7,8% do peso de magnésio utilizado, já o valor obtido da massa de O2, formado a partir do aquecimento do KMnO4, foi de 0,1622 g de O2, então, 27% do KMnO4 foi transformado em O2. A aula prática foi muito bem aproveitada e todas as reações ocorreram sem maiores divergências. 11 REFERÊNCIAS NASCIMENTO, Luciano; MELNYK, Anastasiia. Reação do ácido clorídrico com alumínio por reatividade da cinética química. Revista Mangaio Acadêmico, v. 2, n. 1, p. 71-77, 2017. Disponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/mangaio/article/viewFile/1948/1739. Acesso em: 03 Abr. 2023 LIMA, Luís Spencer. Lei dos gases ideais. Revista de Ciência Elementar, v. 3, n. 1, 2015. Disponível em: https://rce.casadasciencias.org/rceapp/pdf/2015/095/. Acesso em: 03 Abr. 2023 IQ. UFRJ. REATIVIDADE DOS METAIS. 2013. Disponível em: https://dqi.iq.ufrj.br/iqg128_a8_reativ_metais.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023.