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Curso Teórico de Manejo do Aleitamento Materno Conteudistas Amanda Souza Moura Ariane Tiago Bernardo de Matos Elsa Regina Justo Giugliani Lilian Cordova do Nascimento Renara Guedes Araújo Unidade 1 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO GLOSSÁRIO AM ALEITAMENTO MATERNO AME ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO IHAC INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA UNICEF FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA BLH BANCO DE LEITE HUMANO RBLH REDE BRASILEIRA DE BANCOS DE LEITE HUMANO UTI NEONATAL UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL EAAB ESTRATÉGIA AMAMENTA E ALIMENTA BRASIL SMAM SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO NBCAL NORMA BRASILEIRA PARA COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE MTA MULHER TRABALHADORA QUE AMAMENTA UNIDADE 1 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO Nesta unidade serão abordadas as diferentes habilidades para se ouvir e entender o outro, por meio das quais poderão ser entendidas quais as preocupações e sentimentos da nutriz em relação à amamentação. Uma adequada comunicação é útil para tranquilizar as mães e familiares no que diz respeito às angústias e cansaço do processo de aleitamento materno. OBJETIVOS Serão abordadas diferentes habilidades de aconselhamento e comu- nicação que são úteis quando se presta assistência às mães, aos (às) parceiros (as), às crianças e aos familiares no processo da amamenta- ção, para que sejam bem acolhidas e se sintam seguras durante esse momento importante para a vida da mulher e do seu bebê. 4 AULA 1 - HABILIDADES PARA OUVIR E APRENDER E HABILIDADES PARA AUMENTAR A CONFIANÇA E OFERECER APOIO Nesta aula iremos abordar diferentes habilidades de aconselhamento e comunicação, que são úteis quando prestamos assistência às mães, às (aos) parceiros (as), às crianças e às famílias. Aconselhamento é um conjunto de técnicas relacionais e comunicacionais, uma forma de trabalhar com pesso- as na qual você compreende como elas se sentem e as ajuda a encontrar a sua solução pessoal para determinado problema e decidir o que fazer. Para conhecer as habilidades de aconselhamento e comunicação, assista primeiramente o vídeo 1, na plataforma AVASUS, sobre a consulta de uma mãe com seu filho em uma Unidade Básica de Saúde. VÍDEO 1: Sem habilidade de comunicação Será que Anita utilizou adequadamente as habilidades de comunicação e ajudou Paula a desenvolver autoconfiança, para que ela decida o que é melhor para ela e para o bebê? Veja no box de informações algumas falhas de comunicação de Anita. • Não remove barreira física; • Está sentada atrás da mesa e não olha para Paula, nem para Maria, nem as cumprimenta; • Não demonstra interesse; • Demonstra que está com pressa; • Toca a mama de Paula sem solicitar autorização; • Faz perguntas fechadas; • Não demonstra empatia por Paula; • Emite julgamentos; • Não aceita o que Paula pensa e sente. • Não elogia Paula; • Não oferece ajuda prática; • Dá muitas informações ao mesmo tempo; • Usa linguagem técnica; • Dá ordens para Paula 5 Agora vamos observar de que outra maneira Anita poderia ter conduzi- do a consulta, utilizando as habilidades de comunicação. Assista o vídeo 2 na plataforma AVASUS. VÍDEO 2: Com habilidades de comunicação No segundo vídeo, a profissional Anita praticou a técnica do aconse- lhamento em aleitamento materno. Acesse o box de informações para conhecer algumas das habilidades de aconselhamento que ela utilizou. Anita utilizou várias habilidades de comunicação. As habilidades para ouvir e aprender são úteis para auxiliar o profissional a ouvir a mãe e seus familiares para entender sua situação e condições de vida. Por meio dessas habilidades é possível entender quais são suas preocupa- ções e sentimentos em relação à amamentação. Quando o profissional aprende sobre as necessidades da mãe, seu bebê e sua família, ele tende a fazer sugestões mais realistas e fáceis de serem adotadas. Vamos rever algumas cenas para identificar as diferentes habilida- des para ouvir e aprender que Anita utilizou durante o atendimento à Paula e Mateus? • Acolhimento e compreensão: receber, acolher, reconhecer e compreender o outro como um ser único, sem julgamentos ou preconceitos. • Respeito: aceitar o que o outro pensa ou sente. • Escuta: ouvir o outro com a mente aberta, olhando nos olhos, com paciência. • Empatia: identificar-se com o outro, sentindo suas ideias, emoções e sensações. • Foco no outro: centrar a conversa no outro, dando oportunidade para que ele expresse suas dúvidas sem vergonha ou receio. • Perguntar mais do que dar respostas - as perguntas auxiliam o outro a encontrar por si mesmo uma solução. 6 Habilidade: Usar comunicação não verbal útil – faz com que a mãe se sinta aceita e reconhecida pelo profissional. Habilidade: Fazer perguntas abertas. Elas estimulam a pessoa a for- necer mais informações. Habilidade: Devolver com suas palavras o que a mãe diz. Além de demonstrar interesse no que a pessoa fala, estimula a falar mais. 7 Habilidade não utilizada: Evitar palavras que soem como julgamen- to. Palavras como “bastante”, “bem”, “certo”, etc. podem soar como se o profissional estivesse julgando a mãe, fazendo com que ela omita informações importantes. Anita também utilizou habilidades para aumentar a confiança e ofe- recer apoio. Essas habilidades têm por objetivo fazer com que a pessoa se sinta bem consigo mesma, mais segura para tomar decisões e resista a pressões de outras pessoas. Vamos rever algumas cenas para enten- der melhor que habilidades são essas! Habilidade: Aceitar o que a mãe pensa e sente, mesmo se não for correto, fornecendo a informação correta posteriormente. O profis- sional pode simplesmente ouvir o posicionamento da mãe para pos- teriormente fornecer a informação correta, isso fará com que ela se sinta mais confiante em si mesma e disposta a continuar a conversa. 8 Habilidade: Reconhecer e elogiar a mãe. O elogio encoraja a mãe e faz com que ela se sinta confiante e aceite sugestões. Habilidade: Dar poucas informações, as mais relevantes no momento. Muitas informações podem confundir a mãe. Outras três habilidades de comunicação também são muito importantes: Oferecer ajuda prática. Se a mãe estiver confortável, isso ajudará o fluxo de leite. Ela pode estar com sede ou fome, ou querer aprender a extrair seu leite. Se você puder oferecer essa ajuda prática, ela consegui- rá relaxar e se concentrar melhor no bebê. Usar linguagem simples. Ao selecionar as informações, é importante que o profissional as transmita com linguagem simples. Palavras técni- cas ou pouco utilizadas no meio em que a mãe vive podem dificultar seu entendimento e confundi-la. 9 Oferecer sugestões, e não ordens. Muitas mulheres podem não conse- guir fazer o que gostariam ou aquilo que foi sugerido pelo profissional de saúde. O aconselhamento precisa levar em conta a situação familiar, tem- po e recursos disponíveis, saúde da mãe e práticas culturais. O profissio- nal deve evitar tomar decisões pela mãe ou impor o que ele acha melhor; deve ouvi-la, oferecer opções, mas não dizer o que ela deve ou não fazer. Também é importante que o profissional limite suas sugestões a uma ou duas que sejam relevantes à situação. Além de utilizar-se das habilidades de comunicação, é importante que o profissional esteja atento à necessidade de acompanhamento e apoio à mulher, ao bebê e sua família. Muitas vezes, quando a conversa termina, a mãe e os familiares ainda têm dúvidas que não puderam ser discutidas; eles podem pensar em algo mais que gostariam de saber ou discutir ou podem ter dificuldades para colocar em prática as orientações fornecidas. Antes de encerrar a consulta, o profissional deve certificar-se de que: • Identificou que tipo de ajuda a mãe pode obter com a família e os amigos; • Indicou um momento em que possa ver a mulher ou conversar com ela novamente; • Encorajou a mulher a procurá-lo ou outra pessoa caso tenha dúvidasou perguntas; • Encaminhou a mulher para um grupo comunitário, se possível; • Encaminhou a mulher para atendimento especializado, se necessário. ATIVIDADE AVALIATIVA UNIDADE 1
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