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Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Terapia Nutricional no Paciente Crítico Trauma ou injúria ou estresse: Evento agudo Resposta metabólica (macronutrientes) Neuroendócrina (hormônios e sinalizadores) Imunológica (mediadores inflamatórios e resposta celular) Homeostase orgânica (Equilíbrio dos sistemas) Homeostase orgânica (Equilíbrio dos sistemas) ASPEN (2019) ESPEN (2019) Canadian Critical Care (2015) BRASPEN (2018) Avaliação do Risco Nutricional ESPEN Permanecer na UTI >2 dias, sob VM, infectados, subalimentação > 5 dias e/ou apresentando um quadro crônico grave da doença ESPEN discorda da ASPEN e Diretrizes da Sociedade de Medicina Intensiva (SCCM) que caracteriza a desnutrição dos pacientes de acordo com a NRS 2002 e NUTRIC BRASPEN, ASPEN NRS, NUTRIC score em até 48 horas após admissão (ferramentas que avaliam a gravidade da doença) Calorias e macronutrientes ASPEN Calorias: calorimetria ou 25 – 30Kcal/PA PTN: 1,2 - 2,0g/Kg PA BRASPEN Calorias: CI melhor, cautela nas fórmulas Iniciar: 15 – 20Kcal/Kg 4º dia: 25 – 30Kcal/Kg PTN: 1,5 - 2,0g/Kg Obeso Crítico ASPEN E BRASPEN Hipocalórica e Hiperproteica Calorias: Por CI – 60 – 70% do alvo Regra de bolso: IMC 30 – 50 = 11 - 14Kcal/Kg P real IMC > 50 = 22 – 25Kcal/Kg/dia PI Proteína: IMC 30 – 40 – 2,0g/Kg PI IMC > 40 – 2,5g/Kg PI Posição da SNE ASPEN, BRASPEN Pós pilórica apenas em pacientes com alto risco de Broncoaspiração ou com intolerância a posição gástrica TNE Trófica ou Hipocalórica (10 – 20Kcal/h ou 500Kcal/dia) ASPEN A NE trófica e a plena tem os mesmos resultados na 1ª semana de UTI BRASPEN Não usar em desnutridos prévios ou de alto risco nutricional Pode ser usada se o paciente apresenta baixo risco nutricional Via preferencial BRASPEN Nutrição enteral Tipo de infusão BRASPEN Paciente em risco de Broncoaspiração – deve ser continua Avaliação Nutricional BRASPEN Não há consenso sobre as características que precisam ser avaliadas. Pode usar ASG ou MAN ESPEN Anamnese relato da perda de peso não intencional ou diminuição do desempenho físico antes da admissão na UTI, exame físico e avaliação da composição corporal Motivos de interrupção da dieta – RESÍDUO GÁSTRICO E DIARREIA ASPEN Interromper se RG > 500ml (mas não usar de rotina) Na diarreia avaliar a causa (infecção, tipo de fibra, osmolaridade, medicações) BRASPEN Na diarreia a fórmula deve ser reavaliada e a antibioticoterapia Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Motivos de interrupção da dieta – DROGA VASOATIVA (DVA) BRASPEN Não usar TE quando – Hipotensão, DVA iniciando ou em ascensão, paciente em ressuscitação volêmica Usar TE quando – Dose de DVA estável, doses de DVA decrescentes. Nesse casos a TNE deve iniciar com baixa dose Tipo de infusão Paciente em risco de Broncoaspiração – deve ser continua Início da dieta BRASPEN, ESPEN, CANADIAN 24 – 48h após admissão em UTI Tipo de fórmula CANADIAN Preferível polimérica Formula imunomoduladora ASPEN Não usar de rotina Exceção: PO de cirurgia de grande porte por câncer Composição da fórmula enteral com óleo de peixe, borragem e antioxidantes CANADIAN Apenas na Lesão Aguda Pulmonar e Síndrome do Desconforto respiratório BRASPEN Não recomenda nem na SDRA Fibras ASPEN Mix de fibras: Não usar de rotina. Indicar na diarreia. Contraindicação: risco de isquemia de TGI ou dismotilidade Fibras solúveis: 10 – 20g/dia e pode ser usada de rotina BRASPEN Não recomenda uso rotineiro Na diarreia persistente e paciente estável a fibra solúvel pode ser considerada Probióticos CANADIAN E BRASPEN Pode ser considerado – Exceto no paciente imunodeprimido HIDROXIMETILBUTIRATO (metabólito da leucina – BCAA – ergogênico) BRASPEN Sem dados suficientes GLUTAMINA ASPEN, CANADIAN Não fazer uso de rotina, nem enteral, nem parenteral BRASPEN Não usar de rotina MAS: No queimado, traumatizado a glutamina enteral pode ser considerada NA NPT: Cada caso deve ser avaliado. MAS NUNCA usar na disfunção renal e hepática ou disfunção múltipla de órgãos ou na instabilidade ARGININA CANADIAN Dietas suplementadas com arginina não são recomendadas NUTRIÇÃO PARENTERAL ASPEN, BRASPEN Recomenda no Alto risco nutricional ou desnutridos quando NE não é viável NUTRIÇÃO PARENTERAL SUPLEMENTAR ASPEN Risco baixo ou alto quando NE não atende 60% das necessidades em 7 – 10 dias BRASPEN Considerar cada caso. Paciente de alto riso após 5 – 7 dias GORDURA NA NPT BRASPEN TCM, OLIVA OU PEIXE SUPLEMENTAR VIT D ESPEN Baixos níveis plasmáticos medidos (25-hidroxivitamina-D <12,5ng/mL ou 50nmol/l), uma dose única pode ser administrada dentro de uma semana após a admissão CALORIAS 1 – 3 DIA 15 a 20Kcal/Kg/dia OU 50 e 70% do gasto energético aferido por CI 4 EM DIANTE 25 a 30Kcal/Kg/dia PROTEÍNAS 1,5 e 2,0g/Kg/dia OBESOS CALORIAS 11 – 14Kcal/Kg/dia do peso real – IMC entre 30 – 50Kg/m2 22 – 25Kcal/Kg/dia do peso ideal (IMC eutrófico) – IMC > 50Kg/m2 PROTEÍNAS 2,0g/Kg de PI – IMC 30 - 40 Kg/m2, e até 2,5g/Kg de PI – IMC > 40Kg/m2 Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Restaurar homeostase e promover recuperação tecidual Trauma Resposta metabólica ao estresse ou trauma TRAUMA OU INJÚRIA OU ESTRESSE: Evento agudo Resposta metabólica (macronutrientes) Neuroendócrina (hormônios e sinalizadores) Imunológica (mediadores inflamatórios e resposta celular) Homeostase orgânica (equilíbrio dos sintomas) Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) 2 fatores no mínimo Temperatura corporal acima de 38ºC ou abaixo de 36ºC Frequência cardíaca acima de 90 batimentos/min Frequência respiratória acima de 200 respirações/min (taquipneia) PaCO2 abaixo de 32mmHg (hiperventilação) Sepse Trauma Queimadura Cirurgia Trauma Imunológica Endócrina Neural • ↑ Glicogenólise • ↑ Gliconeogênese • Resistência à insulina dos tecidos • Hiperglicemia Carboidratos • ↑ Lipólise • AGL usados como energia pelos tecidos (exceto o cérebro) • Produção de cetonas no fígado (usada pelo cérebro) • Glicerol convertido em glicose no fígado (Metabolismo) Lipídeos • ↑ Degradação do músculo esquelético • AA convertidos em glicose no fígado e usados como substrato para proteínas de fase aguda • Balanço nitrogenado negativo Proteínas Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Fase de refluxo (ebb): Fase de choque (ebb phase) Estado de redução do metabolismo associado ao hipodinamismo cardiocirculatório, quando o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo (a perfusão e a oxigenação tecidual) estão diminuídos Redução da temperatura corporal Menor perfusão tecidual Menor taxa metabólica Menor pressão arterial Menor consumo de oxigênio Fase de fluxo Ocorre a reperfusão tecidual dos órgãos. Há um aumento do metabolismo energético e do consumo de oxigênio em decorrência do hiperdinamismo cardiocirculatório Fase de fluxo catabólica Aumenta glicocorticoides Aumenta glucagon Aumenta catecolaminas Aumenta liberação de citocinas e mediadores lipídicos Aumenta proteínas de fase aguda Aumenta excreção de nitrogênio Aumenta taxa metabólica Aumenta consumo de O2 Uso comprometido de alimentos Fase de fluxo anabólica Resposta hormonal diminui gradativamente Reduz taxa hipermetabólica Potencial para restauração da proteína tecidual Aumenta cicatrização se houver disponibilidade de nutrientes Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Fases metabólicas após a lesão grave Período inicial/ HIPERAGUDA/ Antiga fase Ebb: ↑ glucagon e ↓insulina Hipometabolismo Hipovolemia ↓ Temperatura Fase flow aguda Catabolismo predomina ↑ glucagon e catecolaminas ↑ ptn fase aguda ↑ temperatura ↑ débito cardíaco Flow adaptativa/reabilitação/ convalescência Anabolismo predomina ↓ resposta hormonal ↓ taxa metabólica Potencial para restauração PARÂMETROS RESPOSTA AO JEJUM TRAUMA Gasto de energia em repouso ↓ ++ Ativação de mediadores inflamatórios - +++ Quociente respiratório 0,7 0,8 a 0,85 Substrato energético CHO/LIP Misto Proteólise + +++ Oxidação de cadeia ramificada + +++ Síntese de ptnas hepáticas + +++ Ureagênese + ++ Perda de N urinário + +++ Gliconeogênese + +++ Produção de corpos cetônicos +++ + Síntese proteica + + Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares PARÂMETROS RESPOSTA AO JEJUM TRAUMA Gasto de energia em repouso ↓ ++ Ativação de mediadores inflamatórios - +++ Quociente respiratório 0,7 0,8 a 0,85 Substrato energético CHO/LIP Misto Proteólise + +++ Oxidação de cadeia ramificada + +++ Síntese de ptnas hepáticas + +++ Ureagênese + ++ Perda de N urinário + +++ Gliconeogênese + +++ Produção de corpos cetônicos +++ + Síntese proteica + + Como o trauma afeta o TGI Desnutrição - ↑ susceptível a endotoxina Hipotensão e choque >>> hipoperfusão do órgão Sepse Íleo paralítico = estase do conteúdo intraluminal Quimo e radioterapia Enterites e diarreia Fatores iatrogênicos: posição supina prolongada, medicamentos como antiácidos e antibióticos Deficiência de glutamina Prejuízo na barreira intestinal → translocação bacteriana Ferramentas de triagem paciente grave ASPEN e Diretrizes da Sociedade de Medicina Intensiva (SCCM) categorizam a desnutrição e risco nutricional dos pacientes de acordo com a NRS 2002 e NUTRIC ESPEN Paciente grave semelhante a paciente geriátrico Risco nutricional deve ser avaliado por: Permanecendo na UTI > dois dias, sob ventilação mecânica, infectados, subalimentado > 5 dias e/ou apresentando um quadro crônico grave doença Poupar energia e proteína Produção de resposta neuroendócrina e imunológica Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Necessidades nutricionais no paciente grave Calorias: 1. Calorimetria indireta: alto custo 2. - Harris & Benedict (1919) 3. Mifflin-ST Jeor (1990) 4. Fórmula de bolso Quanto mais grave: Menor caloria Menor % CHO Maior de LIP Maior de PTN*** Nível de estresse Energia estimada (Kcal/Kg/Dia) Energia estimada não proteica/g de nitrogênio Carboidratos Lipídeos Proteínas Ausência 30 a 35 130 a 150:1 60% 25% 15% Leve a moderada 25 a 30 100 a 130:1 50 a 60% 25 a 30% 15 a 20% Grave 20 a 25 80 a 100:1 45 a 50% 30 a 35% 20% PROTEÍNA: 1,2 a 2,0g/Kg Pré e pós-operatórios – aspectos nutricionais Resposta metabólica ao trauma cirúrgico = Resposta metabólica ao trauma: Resposta neuroendócrina, inflamatória e imunológica Fase EBB e FLOW Estado nutricional pré cirurgia – CICATRIZAÇÃO / RISCO DE INFECÇÃO Cuidados no pré-operatório 1º TRIAR – NRS (2002) ou ASG 2º IDENTIFICAR NECESSIDADE DE FÓRMULA IMUNOMODULADORA 3º PROMOVER UM TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO ADEQUADO ATENÇÃO: Exercício de resistência sempre que possível (ESPEN, 2017) RISCO NUTRICIONAL (ESPEN, 2017) Presença de pelo menos um dos seguintes critérios: Perda de peso > 10 e 15% dentro de 6 meses IMC < 18,5Kg/m2 Avaliação Global Subjetiva (SGA) Grau C ou NRS > 5 Albumina sérica pré-operatória < 30g/l (sem evidência de disfunção hepática ou renal) Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares PROJETO ACERTO Risco nutricional em cirurgias de médio e grande porte: Fórmula hiperproteica ou imunomoduladora = 500 a 1000mL POR 5 – 7 DIAS ANTES da cirurgia Desnutrido grave em cirurgias de médio e grande porte: Fórmula imunomoduladora = 500 a 1000mL POR 14 DIAS ANTES da cirurgia Pacientes a serem submetidos a cirurgia de grande porte por câncer do TGI ou de cabeça e pescoço, COM OU SEM DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO: Iniciar: 5 a 10 dias antes da cirurgia (500 a 1000mL/dia) Descontinuar: no 7º DIA APÓS a cirurgia Benefícios da imunomodulação O que são imunonutrientes: Glutamina, arginina, ácidos graxos, ômega-3 e nucleotídeos. Fórmula hiperproteica Melhora resposta imunológica Melhora da oxigenação intestinal e microperfusão Conduz a menor taxa de infecção Reduz as complicações (infecção, deiscências) Reduz tempo de internação Reduz mortalidade hospitalar ANTES, o jejum noturno de 8 horas – Evitar Broncoaspiração (Síndrome de Mendelson) HOJE, Jejum tradicional é prejudicial Por quê? Agrava a resposta ao trauma operatório A resposta orgânica ao trauma inicia antes da própria cirurgia O jejum + trauma = maior resposta inflamatória, metabólica, maior hiperglicemia, maior proteólise Grupos de risco: Desnutridos IDOSOS Qual o tempo de jejum ideal? SÓLIDOS: 6 – 8h antes da anestesia LÍQUIDOS: MALTODEXTRINA = até 2h antes da anestesia MALTO + PROTEÍNA = até 3h antes da anestesia EXCEÇÃO: Retardo no esvaziamento esofágico ou gástrico, procedimentos de emergência VANTAGENS: ↓ resistência insulínica Imunomodulação ↓ resposta inflamatória ↑ capacidade funcional do TGI Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Cuidados no pós-operatório 1º tempo de reinicio da dieta: Deve ser precoce (em até 24h de PO) desde que o paciente esteja hemodinamicamente estável 2º via alimentar 1º Opção: ORAL, mesmo após grandes cirurgias 2º Opção: SONDA → Cirurgia de cabeça e pescoço Cirurgia do TGI superior quando a oral não está recomendada Pacientes não atingem 60% da meta nutricional após 5 – 7 dias de PO somente com a via oral 3º Opção: PARENTERAL → via digestiva está impossibilitada para uso ou oferta calórica não atinge 60% da meta calórica planejada após 5 dias de PO Pontos altos da ESPEN 2017 Quando a avaliação e a terapia nutricionais são indicadas no paciente cirúrgico? 1º Desnutrição e com risco nutricional 2º Se o paciente não puder comer por mais de 5 dias no perioperatório 3º Quando se espera ter ingestão oral < 50% da ingestão recomendada por mais de 7 dias 4º Se os requisitos nutricionais não puderem ser atendidos por ingestão enteral sozinha (< 50% da exigência calórica) por mais de 7 dias → NE+NP Há indicação para suplementação de glutamina? Apenas via Parenteral Suplementar arginina (intravenosa ou enteral) sozinha? Não Suplementação de ômega-3? A suplementação parenteral de ômega-3 pode ser considerada em pacientes que não podem ser alimentados adequadamente por via enteral Quais pacientes se beneficiam da terapia enteral no período pós-operatório? Quando a nutrição oral precoce não pode ser iniciada ou quando há previsão de a ingestão oral ser insuficiente (<50%) por mais de 7 dias Grupos de riscos especiais são: Pacientes submetidos a cirurgia gastrointestinal maior e cabeça e pescoço (câncer) Pacientes com traumatismo grave, incluindo lesão cerebral Pacientes com desnutrição óbvia no momento da cirurgia Pontos altos da BASPEN 2018 Quando deve-se iniciar nutrição enteral precoce no pós-operatório? Quando a via oral não suprir pelo menos 60% da meta estipulada Já a NP só será indicada quando a NE não for possível ou quando esta não conseguir suprir pelo menos 60% da meta estipulada por 5-7 dias As fórmulas imunomoduladoras devem ser usadas rotineiramente no período pós-operatório? O uso de fórmulas imunomoduladoras deve ser avaliado com cautela em vigência de sepse O uso de nutrição enteral é apropriado em situações difíceis, como íleo pós-operatório prolongado, anastomoses intestinais, abdome aberto e uso de vasopressores? SIM! A NE não coloca em risco nenhuma anastomose feita em condições adequadas. O abdome aberto não é contraindicação. Drogas vasoativas em dose estável não é contraindicação Quando devemos utilizar nutrição parenteral no período pós-operatório?Em pacientes desnutridos ou com alto risco nutricional impossibilitados de serem alimentados por via oral ou enteral Devemos iniciar dieta via oral em pacientes cirúrgicos críticos no período pós-operatório com líquidos claros? Não Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Sepse O que é? É a resposta metabólica ao estresse (SIRS) de causa infecciosa SEPSE ≠ SEPSE GRAVE ≠ CHOQUE SÉPTICO GRAVE Objetivos: Modular as respostas hipermetabólica e imunológica Fornecer substratos para síntese de proteínas de fase aguda Prevenir atrofia da mucosa intestinal e a translocação bacteriana Quando começar? Se tubo digestivo viável + paciente estável – dentro de 24 a 48 horas Sépticos instáveis – aguardar até que a perfusão esteja restabelecida CALORIAS Inicio: 20 – 25Kcal ou 500Kcal/dia Estabilidade: 25 – 30kcal/Kg ou Harris-Benedict (FI= 1,2 a 1,3) ou Mifflin-ST Jeor (mais indicada) PROTEÍNAS Fase aguda: 1,5 a 2,0g/Kg Fase anabólica ou desnutrido: 1,5 a 2,5g/Kg CARBOIDRATOS 3 a 4g/Kg/dia ou 40 – 50% do VCT LIPÍDEOS 25% a 30% do VET ou não mais que 1,0g/Kg de peso Excesso de calorias= hiperglicemia, esteatose hepática e produção em excesso de CO2 Razão cal/Nitrogênio SEMPRE ABAIXO DE 150:1 – Hiperproteica NUTRIENTES BENEFÍCIOS EFEITO DESFAVORÁVEL RECOMENDAÇÃO ARGININA ↑ síntese proteica Melhora a cicatrização ↑ linfócitos Vasodilatação= hipotensão Piora inflamação e coagulação NÃO É RECOMENDADA FÓRMULA IMUNOMODULADORA Reduz inflamação e melhora da imunidade Contém arginina NÃO USAR DE ROTINA NA SEPSE GRAVE ANTIOXIDANTE Reduz estresse oxidativo - SEM EVIDÊNCIA GLUTAMINA Não utilizar em pacientes em choque, uso de vasopressores ou falência renal TERAPIA PARENTERAL SUPLEMENTAR Pacientes bem nutridos: se a Nutrição Enteral não atender 60% das necessidades proteica e energética em 3 – 7 dias Pacientes malnutridos: pacientes desnutridos com NUTRIC > 5 (com ou sem IL-6) e/ou NRS ≥ 5 VITAMINA D (ARTIGOS) Todos os pacientes em cuidado intensivo devem ter a vitamina D mensurada. Suplementar se vit D < 20; Melhora a função imune Restaura a função muscular Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Queimados LESÃO + CAUSA TEMPERATURA ELEVADA + ATINGE TECIDOS DIVERSOS (mucosas, músculos, vasos sanguíneos, nervos e ossos) PERFIL: hipermetabolismo e hipercatabolismo CONSEQUÊNCIAS Inflamação sistêmica Hipermetabolismo: TMB aumenta em até 100% Hipercatabolismo proteico: aumento das escorias nitrogenadas (exsudato da ferida) Úlcera de Curling (úlcera de estresse): em até 72 horas – hipoperfusão intestinal = isquemia = hemorragia intestinal Perda de líquido por evaporação e exsudato da ferida NA QUEIMADURA CONSERVE SENTADO O ZINCO NA CADEIRA Objetivos: Reposição volêmica- evitar choque hipovolêmico, insuficiência renal e débito cardíaco Minimizar catabolismo proteico – cicatrização, desnutrição proteica, força muscular, imunidade Equilibrio do BN Evitar perdas de peso maiores que 10% do peso anterior à queimadura Iniciar a dieta, poucas horas após a queimadura (terapia enteral precoce – 12 a 24h) GLICOSE Resistência a insulina Hiperglicemia = risco de infecção Hiperlactacidemia = acidose PROTEÍNA Catabolismo Prejuízo imunológico = risco de infecção Cicatrização lenta MICRONUTRIENTES Perda urinária e pela área queimada LIPÍDEOS Glucagon - aumento de AG livres Infiltração de gordura Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Dietoterapia: Calorias: DEPENDE DA SUPERFICIE CORPORAL QUEIMADA. REGRA DOS 9 (AVALIAÇÃO NUTRICIONAL) Nenhuma fórmula tem capacidade de BOA previsão de caloria. O MELHOR será a CALORIMETRIA INDIRETA Harris Benedict FI especifico para queimados = associa FI com SCQ Curreri SCQ Schoffield SCQ Toronto Só considera FI Ireton-Jones Queimadura (ausente= 0; presente=1) ATENÇÃO: Calorias em excesso – hiperglicemia, ↑ CO2, esteatose hepática Cálculo rápido (ESPEN (2009)): Fase aguda: 20 – 25Kcal Fase de recuperação: 25 – 30Kcal PROTEÍNAS 20 – 25% Adultos: 1,5 e 2,0g/Kg Crianças: 2,5 e 3,0g/Kg Reposição de Alanina e Glutamina (gliconeogênese), Ornitina alfa-cetoglutarato (só na França, precursor da glutamina) Não usar arginina CARBOIDRATOS Normoglicídica (50 – 60% do VCT) LIPÍDEOS Normolipídica (20 a 30% do VCT) 8 – 10% SATURADOS 10% POLI 10 – 15% MONO Atingir boa relação de W6:W3 MICRONUTRIENTES NA QUEIMADURA CONSERVE SENTADO O ZINCO NA CADEIRA GLUTAMINA Em pacientes com queimaduras > 29% da área de superfície corporal, doses entéricas adicionais de glutamina (0,3 – 0,5g/Kg/dia) devem ser administradas por 10 a 15 dias assim que a TN é iniciada PCT crítico – terapia precoce – BRASPEN até 48 horas Ela considera faixa etária e adiciona taxa metabólica basal Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Queimados: terapia nutricional precoce As diretrizes recomendam início da alimentação enteral até: 24 horas após a lesão (Canadian Critical Care Clinical Practice Guidelines Committee) Ou sugerem o início em até 12 horas após o trauma (Practice Management guidelines Workgroup. Practice Management Committee on Organization and Delivery of Burn Care. American Burn Association, Cuppari – 2019 Precoce (12 - 24 horas) Tardia (> 48 horas) Doenças autoimunes Conjunto de manifestações ligadas a alterações do sistema imunitário (linfócitos B e T), em que ocorre uma falência do mecanismo de distinção entre antígenos externos e antígenos próprios - inflamação O papel da dieta •Dietas de alto teor calórico estimulam células TCD4+ a promoverem respostas de células TH17 •O tecido adiposo aumenta a atividade das células imunológicas e inibe os mecanismos de regulação imunológica •A obesidade pode diminuir os niveis de vit D •Dieta anti-inflamatória Alimentos de alto teor calórico e Obesidade •W3: previne a inflamação por meio da restrição da produção de citocinas pró- inflamatórias •Gorduras saturadas foram associadas a doenças autoimunes mais graves Gorduras •As proteínas em vários alimentos podem ser semelhantes a auto-proteínas (mimetismo molecular) •Carne processada, porteína do leite, soja, frango, ovo Proteínas •Radicais livres ativam sistema imunológico - citocinas inflamatórias •Dieta rica em vitaminas com vários ativos antioxidantes (vit A, E, C), selênio, vit D Antioxidantes •↑ níveis de cloreto de sódio (NaCl) pode causar estresse osmótico = ativa sistema imune Dieta rica em sódio Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Baixo teor de vitamina D ↑ AG saturados Obesidade infantil Disbiose relacionada a dieta Vegetais, nozes e peixes Chá verde e suas catequinas W6 Cúrcuma Flavonóides derivados de cítricos (naringina/naringe- nin) Esclerose Múltipla Doença neuro inflamatória autoimune crônica que acomete o sistema nervoso central Desmielinização, dano axonal/neuronal e gliose no cérebro e na medula espinhal Fadiga, depressão e ansiedade, espasticidade e incoordenação Lúpus eritematoso sistêmico (LES) É uma doença inflamatória crônica, multissitêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos autoanticorpos Prevalência: Mais prevalente nas mulheres em idade fértil: Relação entre mulheres e homens 9:1 Sintomas: fadiga extrema, articulações doloridas/inchadas, dor muscular, sensibilidade ao sol, febre inexplicada, exantemas cutâneos (face), úlceras de boca, dedos das mãos ou dos pés pálidos (Erupção malar, asa de borboleta) LES: TRATAMENTO CLÍNICO Proteção contra o sol Dieta e nutrição Abandono do tabagismo Atividade física Tratamento específicos de órgãos incluem o uso de esteroide: AINE, FARMD DIETOTERAPIA Proteínas:consumo moderado. Dieta normoproteica Problemas renais são frequentes no LES: ajustar a ingestão proteica total Calorias: normo ou hipocalórica A restrição de caloria na dieta altera a progressão de doenças autoimunes Evitar excesso de peso: uso crônico de corticosteroides determina maior probabilidade de DCV e piora da doença A DCV é a principal causa de mortalidade em pacientes com LES Lipídeos: recomenda-se a restrição das gorduras saturadas e aumento das insaturadas. O EPA é potente anti- inflamatório Aumentar o consumo de W3 – baixo consumo tem sido negativamente associado ao aumento da atividade da doença Promover ingestão adequada de vit D: normalmente apresentam deficiência na conversão da forma ativa de Vit D (função renal diminuída). Avaliar a suplementação, pois a vit D diminui a inflamação Recomenda-se uma suplementação com vit D (2.000 UI/dia) em pacientes com LES Doentes celíacos tem risco 3 vezes maior de ter lúpus Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Psoríase Doença autoimune que consiste na renovação exacerbada da epiderme por multiplicação das células espinhosas, associada à inflamação dérmica, que resulta em lesões representadas por uma placa eritematosa descamativa Principal manifestação é na pele. Mas não exclusiva da pele: doença de Crohn e Diabetes mellitus tipo II, doença cardiovascular Tratamento nutricional Jejum e restrição calórica Durante o jejum, ocorre redução na ativação das células TCD4 e elevação no número e/ou na função da IL-4 (citocina anti-inflamatória) Restrição calórica leva à redução do estresse oxidativo Dieta vegetariana A ingestão minuída de ácido araquidônico (produção de eicosanoides inflamatórios) Ômega 3 Substituição de ácido araquidônico por W3 anti-inflamatório Micronutrientes Individuos com essa doença apresentam concentrações elevadas de MALONILALDEÍDO, um marcador da peroxidação lipídica e estado antioxidante prejudicado Recomenda-se: betacaroteno, alfa-tocoferol e selênio e Vit D Restrição de álcool e glúten Dieta isenta de glúten, sabe-se que poderá melhorar as lesões de pele, mesmo em pacientes sem DC, mas com anticorpos antigliadina IgA e IgG Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Síndrome da Imunodeficiência adquirida O que é? Doença caracterizada por perda da imunidade celular, com a supressão dos linfócitos T4 – ramo da resposta imunológica adaptativa cujo papel é combater infecções causadas por microrganismos intracelulares (vírus, câncer) Agente etiológico Retrovírus HIV (Human Immnudoficiency Virus) Enzima transcriptase reversa = transforma o RNA em DNA Estágios da infecção do HIV Estágio I ou soroconversão (reagente) ocorre em 2 a 4 semanas após a infecção Estágio II: fase assintomática – ocorre replicação ativa do vírus e destruição de células T Helper CD4. Sem manifestações clínicas aparentes Estágio III: Infecções oportunistas (candidíase oral e linfadenopatia) Estágio IV: o paciente é definido como portador da AIDS Alterações nutricionais Desnutrição proteico calórica Síndrome consumptiva Síndrome lipodistrófica do HIV Síndrome consumptiva Critérios (o paciente dever cursar com pelo menos um dos critérios): 1. Perda de peso não intencional de 10% em 12 meses 2. Perda de peso não intencional de 7,5% em período superior a 6 meses 3. 5% de perda de massa celular corporal (MCC) em 6 meses: Homens: MCC < 35% do pelo corporal total e IMC < 27Kg/m2 Mulheres: MCC < 23% do peso corporal total e IMC < 27Kg/m2 4. IMC < 20Kg/m2 Normalmente está associada a uma das sintomatologias clínicas, como diarreia crônica e/ou febre e/ou astenia Ocorre mesmo em pacientes em tratamento antirretroviral Alterações Nutricionais em HIV/AIDS Desnutrição Má absorção ou utilização dos nutrientes Quando é fornecida uma nutrição adequada ao paciente o estado nutricional é restabelecido ≠ Síndrome Consumptiva Principais fatores: o Efeitos das citocinas o Disfunção do sistema endócrino Quando é fornecida uma nutrição adequada ao paciente o estado nutricional NÃO É restabelecido Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares ↑ GASTO ENERGÉTICO ↓ LIPASE LIPOPROTEICA SÍNTESE PROTEICA ↓ ↑ LIPOGÊNESE Síndrome Lipodistrófica do HIV É considerado um efeito adverso da HAART Refere-se a redistribuição anormal da gordura corporal. Está associada ao diabetes mellitus, resistência à insulina, dislipidemia, osteopenia e doenças cardíacas Tipos: Lipoatrofia: Diminuição da gordura nas regiões periféricas, como braço, perna, nádegas e face, podendo salientar músculos e veias Lipohipertrofia: É caracterizada pelo acúmulo de gordura abdominal, gibosidade dorsal, ginecomastia e aumento de mamas em mulheres Forma mista: Associação das duas formas descritas anteriormente Metabolismo Macronutrientes Deficiências de vitaminas: ↑ ESTRESSE OXIDATIVO= BAIXO CONSUMO Vitaminas A, C, B12 e B6 e os minerais zinco e selênio No HIV use SE’ntrum de A/B/C+Z Objetivos nutricionais Atenção! Pacientes com HIV/Aids estão em risco nutricional em todas as fases da doença Evitar a desnutrição, principalmente a perda de peso corporal Minimizar os sintomas e prevenir as infecções do HIV e as oportunistas Melhorar a tolerância ao tratamento antirretroviral Ajudar a manter a composição corporal Promover melhor qualidade de vida Energia Individuos com HIV têm maior gasto energético quando comparados a indivíduos saudáveis – mesmo estando assintomáticos e com peso estável, têm recomendação de dieta hipercalórica Necessidades variam com: condição clínica (estágio da doença, presença de infecções oportunistas), da necessidade de ganho de peso e do nível de atividade Pode-se utilizar Harris Benedict Estágio Energia Estágio A – assintomático, peso estável 30 a 35Kcal/Kg de peso atual/dia Estágio B – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 25 a 40 Kcal/Kg de peso atual/dia Estágio C –infecção oportunista e/ou Aids (CD4 < 200) Iniciar com 20 Kcal/Kg de peso atual/dia, aumentando gradativamente para evitar síndrome de realimentação Estágio C – com desnutrição grave 40 a 50Kcal/Kg de peso atual/dia Obesidade 20 a 25 Kcal/Kg de peso atual/dia Fase aguda Fase estável Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Proteína A oferta proteica objetiva: substrato para o sistema imune e restaurar ou preservar a massa magra Infecções agudas: aumentar a oferta proteica para minimizar a perda de massa magra A proporção segue o recomendado para a população geral: 14 a 35% do valor energético total (VET) Estágio Energia Estágio A – assintomático, peso estável 1,1 a 1,5g/Kg de peso atual Estágio B – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 1,5 a 2,0g/Kg de peso atual Estágio C –infecção oportunista e/ou Aids (CD4 < 200) 2 a 2,5 g/Kg de peso atual Estágio C – com desnutrição grave Aumentar a oferta gradativamente conforme a evolução das calorias Obesidade Utilizar o peso ajustado para o cálculo das necessidades proteicas Lipídeos A proporção de lipídeos a ser oferecida deve seguir o recomendado para a população em geral, ou seja, 20 a 35% do VET Nas dislipidemias essa proporção deve ser reavaliada Alguns estudos sugerem a suplementação de ômega 3 em indivíduos com hipertrigliceridemia Carboidratos e fibras CHO: 45 a 65% do VET A seleção das fontes depende das condições clínicas individuais e da presença de resistência à insulina ou diabetes Fibras: 25 a 30g/dia Deve ser ajustada de acordo com a presença de diarreia ou obstipação Dieta pobre em fibras aumentam o risco de dislipidemias Micronutrientes Micronutrientes como vitaminas A, B, C, E, zinco e selênio, as quaisnão devem ser inferiores a 100% dos valores de ingestão dietética de referência (DRI) Nutrientes com papel na manutenção da função imune e na redução da mortalidade Risco de deficiências: má absorção, ingestão insuficiente e/ou aumento das demandas nutricionais No HIV use SE’ntrum de A/B/C+Z Q. Qual das alternativas abaixo NÃO representa um mecanismo relacionado à gênese da Lipodistrofia em pacientes com Aids? A) Efeito do vírus sobre a produção de cortisol. B) Aumento da atividade do citocromo p-450 relacionado aos inibidores de protease. C) Ação tóxica sobre a mitocôndria relacionada à terapia de retroviral. D) Homologia estrutural entre o sítio catalítico dos inibidores de protease e uma proteína do metabolismo lipídico. E) Desregulação da atividade do TNF-alfa. Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares ANATOMOPATOLÓGICO Hipertrofia das glândulas secretoras de muco Edema de parede brônquica Redução do lúmen das vias aéreas distais PERFIL CLÍNICO Secreção, Tosse, Hipóxia, Hipercapnia COMPLICAÇÕES Hipertensão pulmonar e Insuficência Cardíaca Direita (Cor pulmonale) Doenças Pulmonares Classificação das doenças pulmonares: Origem Primárias: o Tuberculose (TB) o Asma brônquica o Câncer de pulmão Secundárias: o Associam-se à DCV, Obesidade Tempo Condições agudas: o Pneumonia aspirativa o Obstrução das vias aéreas Condições crônicas: o Fibrose cística o DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC O que é? Doença caracterizada pela obstrução crônica do fluxo aéreo associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos (tabagismo) Características: PREVENÍVEL E TRATÁVEL NÃO é totalmente reversível Perfil inflamatório → Consequências sistêmicas Pode se manifestar em 2 tipos: 1. Bronquite crônica 2. Enfisema pulmonar Bronquite crônica O QUE É? Inflamação dos brônquios com produção exagerada de secreção, tosse e expectoração É crônico porque é resultante de infecção por 3 meses ao ano durante 2 anos consecutivos ETIOLOGIA Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Insuficiência Cardíaca direita → Cor Pulmonale Brônquio inflamado → ↓ Oxigenação → ↑ bombeamento de sangue pelo ventrículo → Hipertrofia do VD BRONQUITE CRÔNICA Leito vascular pulmonar obstruído, Fibrose brônquica, Hipóxia Hipertensão pulmonar O ventriculo direito do coração tem de fazer um esforço adicional para conseguir bombear o sangue até os pulmões e captar oxigênio DIlatação/Hipertrofia do VD Aumento da pressão nas veias de todo o corpo: Edema Cuidado na interpretação do IMC Insuficiência Cardíaca Direita/Cor pulmonale Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares ETIOLOGIA - Tabagismo Ativo ou Passivo - Poluição Atmosférica - Fatores familiares (deficiência de alfa 1 antitripsina, enzima que inibe a elastase neutrófilica) EPIDEMIOLOGIA Sexo masculino, mas vem ↑ mulheres Adultos velhos ou idosos PERFIL CLÍNICO Maior dispneia e Caquexia Expectoração é mucoide ENFISEMA PULMONAR O QUE É? Doença caracterizada por destruição dos alvéolos e diminuição da elasticidade dos pulmões (perda da capacidade de expansão) ENFISEMA PULMONAR BRONQUITE CRÔNICA IDADE + 60 ANOS + 50 ANOS DISPNEIA GRAVE DISCRETA EXPECTORAÇÃO ESCASSO (MUCOIDE) COPIOSA (PUS) INFECÇÕES MENOS FREQUENTES MAIS FREQUENTE BIÓTIPO EMAGRECIDO (CAQUETICOS) SOBREPESO FACE ANGUSTIADA PLETÓRICA COR PULMONALE RARO (TARDIAMENTE) COMUM E PRECOCE HIPÓXIA LEVE PROEMINENTE (GRAVE) CIANOSE AUSENTE PRESENTE HEMATÓCRITO NORMAIS ELEVADOS PROGNÓSTICO GRAVE MUITO GRAVE INDEPENDENTE SE BRONQUITE OU ENFISEMA PULMONAR ↑ TRABALHO RESPIRATÓRIO E PERFIL INFLAMATÓRIO DA DOENÇA ANORMALIDADES METABÓLICAS RISCO DE DESNUTRIÇÃO: 60% NA DPOC PONTOS DE CORTE PARA IMC (ADA) DESNUTRIÇÃO < 22 EUTROFIA 22 – 27 OBESIDADE > 27 IGUAL AO DO IDOSO Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Perda de peso pelo menos 5% em 12 meses ou menos (livre de edema) ou IMC < 20 mais a presença de pelo menos outros 3 fatores: Fadiga Diminuição da força muscular Anorexia (consumo energético < 20Kcal/Kg/dia) Índice de massa magra reduzido Anormalidades bioquímicas: aumento dos marcadores inflamatório IL-6 > 4pg/mL, PCR > 5mg/L. Hb < 12g/dL, albumina sérica < 3,2g/dL Uso de glicocorticoide: aumenta risco de obesidade PARADOXO DA OBESIDADDE: Alguns estudos falam da obesidade como fator de proteção: maior sobrevida dos pacientes CAQUEXIA NA DPOC Perfil do enfisema OBESIDADE NA DPOC Síndrome de hipoventilação e Asma Perfil da Bronquite crônica DPOC Índice de Massa Magra: Quando igual ou inferior a 15Kg/m2 para mulheres ou igual ou inferior a 16Kg/m2 para homens: depleção muscular Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Insuficiência respiratória O que é? Refere-se a incapacidade do pulmão de realizar suas funções, gerando a disfunção múltipla de órgãos, denominada de SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO (SARA) NÃO REALIZA BEM AS TROCAS GASOSAS Causas: Fraqueza dos músculos respiratórios Retenção de dióxido de carbono Suporte nutricional na DPOC e na IR Objetivos: Prover nutrientes para manter força, massa e função muscular Prevenção do catabolismo muscular Correção do comprometimento da função muscular respiratória Evitar o excesso de produção de CO2 Reversão das sequelas nutricionais ocasionadas pela IR (manutenção do BN) Manter o equilíbrio hídrico Melhorar a resistência a infecção Facilitar a retirada da ventilação mecânica ↑ CO2 HIPERALIMENTAÇÃO > 1,0 Recomendações Nutricionais na DPOC Energia: Eutrófico: 25 – 30Kcal/Kg/dia para homens e 20 – 25Kcal/Kg/dia para mulheres OU 1,3 vezes a TMB Desnutrido: Somar 500 a 100Kcal/dia ao VET OU 1,7 vezes a TMB Obesos: Subtrair 500Kcal/dia em relação ao gasto energético total (GET) Hiperalimentação é prejudicial Equação para estimar o GEB foi validada para pacientes com DPOC: GEB (Kcal/dia) = 443,3 + [18,15 X MCM (Kg] *massa corporal magra Caquexia pulmonar Caloria na recuperação = 30Kcal/Kg de massa corporal habitual Proteínas: 1,2 – 1,4g/Kg QR: CO2 PRODUZIDO _____________________ O2 CONSUMIDO GLICÍDEOS= 1,0 PROTEÍNAS= 0,8 LIPÍDEOS= 0,7 Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Gordura Normolipídica: 25 – 30% do VET EXCESSO É PREJUDICIAL Excesso pode resultar em hipertrigliceridemia e predispor a Broncoaspiração por diminuição do esvaziamento gástrico OBS: Em pacientes retentores de CO2 em desmame de ventilação mecânica: 30 a 45% de lipídeos Carboidrato 50 – 60% OU 45 a 55% do VET (AMBOS NORMOGLICÍDICA) EXCESSO DE CHO: causa lipogênese, produção de CO2 e esteatose hepática RETRIÇÃO DE CHO: causa cetose e catabolismo de proteínas EQUILÍBRIO É A CHAVE!!! Proteína 15 a 20% OU 1,2 a 1,5g/Kg de massa corporal seca (EDEMA) EXCESSO DE PTN É PREJUDICIAL Restaurar o pulmão e a força muscular, bem como promover a função imune Entre o carboidrato e o lipídeo, qual é o melhor? AMBOS em excesso causam desconforto respiratório, mas o CARBOIDRATO ainda é melhor que o LIPÍDEO (causa menos desconforto) – DITEN, 2011 Nutriente especiais: Ômega 3 – Efeitos anti-inflamatórios. Recomendar fontes dietéticas. DITEN: Não há evidência para suplementação Vitaminas e minerais: AUMENTAR: Vit C, cálcio, Mg, Vit D e K REDUZIR: Sódio (edema e cor Pulmonale) BCCA e AAE: ganho de força e massa muscular AA de cadeia aromática Asma O que é? Doença crônica das vias aéreas, caracterizada por obstrução dofluxo de ar e hiper-reatividade brônquica + ATOPIA FATORES AMBIENTAIS exacerbam a reatividade brônquica Geralmente há pessoas geneticamente susceptíveis Fisiopatologia: REATIVIDA BRÔNQUICA Fatores ambientais Susceptibilidade genética Tratamento clínico: Corticoide Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares TRATAMENTO NUTRICIONAL: Retirada de desencadeantes provenientes da dieta (alérgenos alimentares e aditivos) – SULFITOS E SULFETOS DE SÓDIO Dieta anti-inflamatória (evitar estresse oxidativo) Dieta para DRGE (desencadeante): sem irritantes gástricos Correção de IMC em crianças Bronquiectasia Dilatação anormal, permanentemente irreversível de brônquios e bronquíolos com destruição dos componentes elásticos e musculares das paredes Aspectos nutricionais Risco nutricional IMC < 20Kg/m2: idade de 18 – 70 anos IMC < 22Kg/m2: mais de 70 anos Perda de peso involuntária > 5% em 3 meses ou 10% em 6 meses Tratamento Nutricional TNO: IMC < 20Kg/m2, ou > 20Kg/m2, mas que estão perdendo peso rapidamente Fórmulas polimérica e ↑ teor calórico: restrição de fluidos OU exacerbações da doença Alto estresse metabólico (albumina < 3,5g/dL, PCR alta ou exacerbações moderadas/graves: Hiperproteico Fórmulas com alto teor de gordura: não usar de rotina DM + BRONQUIECTASIA: fórmulas especificas com AG monoinsaturados moderados ou altos O tratamento é mais eficaz: combinando a programa de exercícios Infecções Recorrentes Inflamação da Via Aérea Dano estrutural da Via Aérea Ineficiência dos mecanismos de limpeza Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Aumento do gasto enerético AnorexiaInflamação Má absorção Tuberculose pulmonar O que é? Infecção por Mycobacterium tuberculosis – ativação da resposta inflamatória Pacientes susceptíveis: HIV e alcoólatras PERFIL NUTRICIONAL Perda de peso Anorexia Hipermetabolismo Febre TRATAMENTO CLÍNICO Isoniazida e etambutol – deficiência de piridoxina (B6): suplementação de 40 – 50mg/dia especialmente em alcoólatras e diabéticos, grávidas, HIV= evitar neurite periférica TRATAMENTO NUTRICIONAL Atingir necessidade de vitaminas A, E, D, ferro, zinco e selênio (baixa concentração relaciona a infecção respiratória) = antioxidantes Calorias: Harris-Benedict, 1919 Proteínas: 14 a 30% do VCT ou 1 a 1,5g/Kg/dia: músculos e imunidade Carboidratos: 45 a 65% do GET Gordura: 25 – 35% do GET Fibrose cística ou Mucoviscidose O que é? Doença hereditária, resultante da transmissão de cópias anormais do gene RTFC (regulador transmembrana da fibrose cística) Fisiopatologia Disfunção do gene; Compromete transporte de cloro, sódio, bicarbonato; FUNÇÃO ENDÓCRINA OU EXÓCRINA ↓ secreção de fluidos / Secreções viscosas; Obstrução de glândulas e ductos o Pulmões o Pâncreas o Fígado o Intestino Pulmões Bronquiectasia ********* (corticoides) Infecções respiratórias de repetição Pâncreas Diabetes Má absorção de gordura e proteínas, vitaminas Fígado Má absorção de gordura Quadro policarencial e Desnutrição Energético-proteico Severa Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Avaliação nutricional Crianças: índices OMS + Velocidade de crescimento e ganho de peso + PREGAS, BIA, CB Adolescentes: índices OMS + Velocidade de crescimento e ganho de peso + PREGAS, BIA, CB AMBAS NO PERCENTIL 50 Adultos: IMC ≥ 22Kg/m2 para mulheres e ≥ 23Kg/m2 para homens AVALIAÇÃO NUTRICIONAL A CADA 3 MESES EM TODOS TRATAMENTO Anti-inflamatórios + enzimas digestivas + tratamento nutricional Tratamento nutricional Manter um peso ideal para altura + necessidades calóricas elevadas + prevenir deficiências nutricionais HIPERCALÓRICA: 110 a 200% da energia estabelecida para indivíduos saudáveis OU acréscimo de 20 a 50% do GEB (fase de exacerbação) HIPERPROTEICA: 15 a 29 % das calorias totais da dieta HIPERLIPÍDICA: 35 a 40% VCT (Diretriz Brasileira de FC, 2017) NORMO A HIPOGLICÍDICA: 40 a 50% (pode ocorrer hiperglicemias) SAL: Doses suplementares no verão (tendência a hiponatremia) VITAMINAS E MINERAIS: vitaminas lipossolúveis (ADEK) e minerais ferro, zinco, Mg e B12 Quilotórax O que é? Obstrução do ducto torácico causando extravasamento do quilo para o espaço pleural DERRAME PLEURAL QUILOSO Quilo (linfa e gordura) vai para o espaço pleural por ruptura do ducto torácico TRATAMENTO Drenagem: Toracocentese, pleurodese... Restrição de ácidos graxos de cadeia longa e suplementação de triglicerídeos de cadeia média Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares COVID - 19 O que é? Doença causada pelo coronavírus também chamado de SARS-CoV-2 (do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus) Sintomas são semelhantes ao de pneumonia viral e a doença varia de casos leves (80%) a graves (14%) Quadro Clínico Febre (37,8ºC) Tosse Dispneia Mialgia e fadiga Sintomas respiratórios superiores Sintomas gastrointestinais Grupo de risco Gestantes Crianças < 5 anos Imunossupressão Doenças crônicas Pneumopatas, cardiopatas, nefropatias, diabetes ... Imunossupressão Obesidade ADMISSÃO HOSPITALAR: Coleta de dados de prontuário/teleatendimento Risco nutricional (considerar pelo menos 1 critérios) *Até 48hs Idosos ≥ 65 anos Adulto com IMC < 20 Pacientes com risco alto ou lesão por pressão Pacientes imunossuprimidos Inapetentes Diarreia persistente Insuficiência renal Histórico de perda de peso Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma Pneumopatias estruturais Cardiopatias incluindo hipertensão arterial importante Diabetes insulino dependente Gestante Os pacientes que permanecerem por mais de 48 horas na UTI devem ser considerados em risco de desnutrição SIM – PLANO DE CUIDADOS NÃO – REAVALIAR A CADA 48 HORAS CONTÁGIO Pessoa-pessoa Ar, gotículas de saliva, tosse, espirro, toque ETIOPATOGENIA A entrada do vírus na célula se dá pela ligação por meio da ligação da proteína spike do vírus com o receptor ACE2 INCUBAÇÃO 2 - 14 dias COMPLICAÇÕES Síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sepse e choque séptico, falência múltipla de órgão Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Calorias: 25 – 30Kcal/Kg Proteínas: 1,2 – 2,0g/Kg Idosos e desnutridos: Hipercalórico e Hiperproteico Pacientes com lesão por pressão, Diabéticos, Doença renal: dieta especializada Paciente com diarreia: sem lactose e baixa osmolaridade Considerar alterar consistência da dieta Suplemento: quando a ingestão for menor que 60% das necessidades Recomendação nutrientes na fase aguda Proteínas: ASPEN 2016: 1,2 – 2,0g/Kg/dia BRASPEN 2018: 1,5 – 2,0g/Kg/dia ESPEN 2018: 1,3g/Kg/dia Maior aporte proteico mesmo em caso de disfunção renal Calorias: Iniciar com 15 – 20Kcal/Kg/dia e evoluir a partir do quarto dia para 25 - 30Kcal/Kg/dia nos pacientes em recuperação Posição de sonda: Gástrica ou pós-pilórica (intolerância e/ou contraindicação gástrica) Posição do paciente: Manter cabeceira elevada em 25 – 30° (Tredelemburg Reverso) Mudar posição para prona POSIÇÂO PRONA: Posição ventral/corpo está deitado com a face voltada para baixo – Melhora oxigenação e aumenta a depuração da secreção brônquica ANTES DA MANOBRA DE PRONAÇÃO: Pausar a dieta enteral e abrir a sonda em sifonagem 2h antes da manobra de pronar o paciente APÓS MANOBRA: Reiniciar a NE 1h após DURANTE PRONAÇÂO: Manter dieta enteral ANTES DA VOLTA À POSIÇÃO SUPINA: Mantida até 1 hora do retorno à posição RISCO NUTRICIONAL SIM Instituir um plano de cuidado ORAL RISCO NUTRICIONAL SIM Instituir um plano de cuidado ENTERAL VentilaçãoMecânica Paciente Grave Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Tipo de fórmula Fase inicial (ASPEN): Fórmulas isosmótica, polimérica hiperproteicas são indicadas na fase crítica inicial da doença A medida que o quadro clínico do paciente for sendo estabilizado, a adição de fibras deve ser considerada, por beneficiar a microbiota De forma geral (BRASPEN): Fórmula enteral com alta densidade calórica (1,5 – 2,0Kcal/ml), polimérica, hipercalórica, hiperproteica – restrição da administração de fluido Durante Posição Prona: Fórmula hipercalórica, hiperproteica sem fibras em volume trófico (até 20mL/h) durante todo o período de prona ou primeiros 6 dias O QUE NÃO USAR NA FÓRMULA: Não é indicado o uso de fórmulas com ômega 3, óleos de barragem e antioxidantes Não é indicado uso de módulos para manipulação como parte da rotina – ASPEN indica até 1x/semana ADMINISTRAÇÃO DA DIETA Bomba de infusão Evitar a gravitacional INTERRUPÇÃO DE DIETA Hipercapnia compensada ou permissiva: dieta mantida Hipoxemia descompensada (PaO2 < 60mm/Hg, Hipercapnia (PaCO2 > 45mmHg) ou acidose grave – a dieta deve ser suspensa MICRONUTRIENTES IMPORTANTES A hipofosfatemia deve ser monitorada e corrigida: hipofosfatemia sinaliza síndrome de realimentação e a deficiência de fósforo pode contribuir para retardo no desmame ventilatório de pacientes críticos Repor fósforo, potássio e magnésio até níveis normais para depois progredir a dieta HIPERCAPNIA – ACÚMULO DE CO2 NO SANGUE A suplementação de vitaminas, minerais e probióticos não trata e não previne a infecção por COVID-19, porém pode otimizar a resposta imunológica, atuando como tratamento adjuvante Vitamina D Os pacientes hospitalizados por Covid-19 têm uma prevalência muito alta de hipovitaminose D (grupo de risco) – a utilização de vitamina D entre 2000 e 4000UI/dia por via oral pode ser indicada em grupos de risco ou de baixa exposição solar Vitamina C Com relação especificamente ao COVID-19, recente revisão sugere que a vitamina C pode ser uma das escolhas para o tratamento de suporte, embora sejam necessários estudos mais longos e sistemáticos. Para indivíduos sob risco de infecções virais respiratórias, a utilização de doses elevada de vitamina C (até 2g/dia) por via oral pode ser indicada Probióticos Alterações GI pelo vírus Risco de translocação bacteriana – infecções secundárias Probióticos – reduzindo pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções em doenças críticas Suplementação pode ser considerada nos casos de COVID-19 com diarreia Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares Síndrome de realimentação Jejum Estado de privação total de energia ≠ Inanição Quando a ingestão de macronutrientes é inadequada. Ela é caracterizada pela diminuição do gasto de energia e redução da proteólise O que é? É uma desordem metabólica, resultante do desequilíbrio de eletrólitos, minerais, vitaminas e fluidos corporais que ocorrem em indivíduos predispostos (em jejum ou inanição prolongada) quando realimentado (via oral, enteral ou parenteral) Grupo de risco: Transtornos alimentares (anorexia e/ou bulimia) Kwashiorkor ou marasmo Pacientes oncológicos Alcoolismo crônico Jejum prolongado (7 a 10 dias), greve de fome Pós-operatório Cirurgia bariátrica disabsortiva Nutrientes envolvidos: Fósforo Potássio Magnésio Cálcio Sódio ** Água Carboidrato Normal Jejum REALIMENTAÇÃO Oferta: CHO K P M Líquido Hipofosfatemia Hipomagnesemia Hipocalemia extracelular severa Alterações no metabolismo da glicose e lipídeos Deficiência de TIAMINA ↑ GLUCAGON ↓ INSULINA ↓ GLUCAGON ↑ INSULINA Paciente Crítico, Trauma, Doenças Autoimunes e Doenças Pulmonares PROTOCOLO DE PREVENÇÃO Distúrbios volêmicos Hipofosfatemia Hipocalemia Hipomagnesia POTÁSSIO HIPOCALEMIA ARRITMIA CARDÍACA FÓSFORO HIPOSFOSFATEMIA/ fosforilação da glicose INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA ACIDOSE METABÓLICA MAGNÉSIO HIPOMAGNESEMIA MANIFESTAÇÕES CARDÍACAS SÓDIO E ÁGUA RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA EDEMA E INSUFICÊNCIA CARDÍACA TIAMINA DEFICIÊNCIA METABOLISMO ANORMAL DE GLICOSE E LIPÍDEOS. BERIBÉRI E ENCEFALOPATIA DE WERNICKE Avaliação laboratorial prévia de: P, MG, CA, K, UR E CR SE ALTERADO CORRIGIR Administração de 50 a 250mg de Tiamina Iniciar suporte nutricional com cota calórica reduzida - 25 - 50% das necessidades com progressão lenta (5 a 10 dias) Avaliação laboratorial por pelo menos 4 dias de: P, MG, CA, K, UR E CR Administração de P intravenoso Correção de distúrbios eletrolíticos Não suspender a dieta, porém NÃO evolui-la Aumentando gradativamente durando os dias para atender 100%
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