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RESUMO PROVA II Triagem X Avaliação Triagem = NRS 2002 Avaliação = ASG Identifica fatores de risco para desnutrição. Intervenção nutricional PRECOCE e melhor alocação dos recursos. Quantifica o problema e auxilia na escolha da melhor conduta. História global, antropométrica, laboratorial e exame físico. TNE Conjunto de procedimentos terapêuticos que visa manutenção ou recuperação do EN por meio de NE. → Indicações: ● Ingestão oral insuficiente para atingir ⅔ a ¾ das necessidades nutricionais diárias e na condição de desnutrição. ● Paciente com TGI parcial ou totalmente funcionante. ● Previsão de uso de, no mínimo, 5 dias ou previsão de jejum >3 dias. → Contraindicações: ● Riscos superam benefícios (doença terminal, SIC, obstruções intestinais, sangramentos, inflamações TGI, etc.) Vias de acesso da NE: Sonda nasoenteral Estomia Narina → TGI (gástrica ou enteral) Indicada para curto prazo (<6 semanas) Fácil acesso Menor custo Acesso cirúrgico – ostoma (Gastro ou Jejunostomia). Indicado para longo prazo (>6 semanas) → Posição gástrica MAIS FISIOLOGICA E FUNCIONAL = de fácil posicionamento, tolera ↑ volume, ↑ tolerância a formulas variadas, permite progressão rápida da dieta para atingir aporte calórico adequado. Sistema: Fechado Aberto NE industrializada, estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração. Requer manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante. Tipos de dietas: Industrializadas Artesanais (módulos) Vantagens: ↑ estabilidade microbiológica, quimicamente definida, possibilidade de dieta Vantagens: dieta particularizada em sua composição. especializada (sem lactose, hidrolisada), ↓ manipulação. Desvantagens: ↓ flexíveis (prontas) = oferta de nutrientes prejudicada. Desvantagens: risco de contaminação pela manipulação, composição nutricional menos definida. Polimérica Oligomérica Macro (em especial PTN) apresentam-se na forma intacta. Macro (em especial PTN) apresentam-se parcialmente hidrolisados. Se paciente não apresentar problema de absorção, digestão e de sensório → polimérica. Se referir alguma intercorrência de absorção (distensão, diarreia e náusea) → manejar o gotejo (lentificar) e o volume (diminuir). Se não for suficiente, modificar para oligomérica. Métodos de Administração: Intermitente Contínua Similar a nutrição oral (vantagem fisiológica), permite deambulação, melhor controle do volume. Gravitacional: gotejamento Dieta ministrada durante 24hrs = menor risco de aspiração. Indicada para pacientes incapazes de tolerar alimentação intermitente, imobilizados. Intermitente gravitacional ↔ vantagens fisiológicas (similar a nutrição por via oral), permite deambulação, possibilita melhor controle do volume em função do gotejamento (melhor tolerância). Justificativa VET = minimizar perda ponderal e piora do EN, evitar progressão para estado de caquexia, melhorara balanço nitrogenado, reduzir proteólise. Cal não proteica/N2 <100 HC 45-65% PTN 1,5g/kg N2 = dividir por 6,25 LIP 25-30% Sat. <7% Mono. Até 20% Poli. Até 13% Fibra** 20-25g Agua 1ml/cal OU 30ml/kg IMPORTANTE = em fase crítica NAO prescrever fibras para o paciente (CTI) = sem benefícios. Iniciar NE com volume de 1/3 das calorias da meta, com aumento gradativo de acordo com tolerância. Primeiro dia → 1/3 Segundo dia → 2/3 Terceiro dia → 100% → Oferta varia de acordo com tolerância do paciente = observar se há distensão abdominal, náuseas e diarreia para progredir. Volume: 1,0 – 1,5 cal/ml Gotejamento: 20 gotas = 1 ml Fracionamento: 6-8x (último horário = 22 horas) Ex.: Total = 1500ml (6x 3hrs-3hrs) Gotejo: 84 ml/hora x 20 gotas = 1680 gotas/60 min = 28 gotas por minuto Equipamentos: 2 frascos e 2 equipos/dia → permite higienização de um durante uso do outro. Impossibilidade troca diária = 2 frascos e 2 equipos/semana (atentando para boa higiene dos equipamentos) Prescrição da dieta: ● Macronutrientes Macro Justificativa CHO Fonte energética rápida para minimizar a depleção de massa magra da paciente, garantir aporte calórico, minimizar produção de CO2 (ventilação mecânica), controlar perfil glicêmico. PTN Minimizar a perda de massa magra, promover a síntese proteica, favorecer a resposta imune, garantir a oferta de aminoácidos essenciais e melhorar balanço nitrogenado. LIP Garantir aporte calórico de ácidos graxos essenciais, garantir transporte de vitaminas lipossolúveis, atuar na construção de membranas, síntese de hormônios. Sat. Promover adequado perfil lipídico; importante na estrutura das membranas. Mono. Estimular aumento HDL, melhora perfil lipídico. Poli. Diminuir formação de placa de ateroma (↓ LDL circulante); melhorar perfil lipídico; garantir oferta de AG essenciais e w-3. FIB Favorecer o trânsito intestinal e auxiliar na formação do bolo fecal, preservar a microbiota e auxiliar no perfil lipídico. AGUA Manter a hidratação e garantir a formação e maciez do bolo fecal. Micro Justificativa Vit. A Resposta imune, cicatrização, crescimento, formação de músculos, efeito antioxidante, síntese colágeno. Vit. D Favorece absorção e fixação de cálcio nos ossos, protegendo a massa óssea. Vit. E Ação antioxidante, mantem integridade das membranas. Vit. C Função imunológica, regeneração de tecidos, cicatrização de feridas, função antioxidante. B1 Metabolismo dos HC. B2 Síntese de ATP. B6 Favorece metabolismo energético, metabolismo de homocisteína (cardioprotetor → HAS). B9 Regeneração de tecidos, cicatrização de feridas, síntese proteica. B12 Favorecer síntese proteica, reverter anemia megaloblástica, síntese de hemácias. K Favorece controle da PA, controle hemodinâmico. Mg Favorece controle da PA. Na Favorece controle da PA. Se Ação antioxidante, potencializa sistema imune. Zn Favorece resposta imune, regeneração dos tecidos e cicatrização das feridas, ação antioxidante, síntese de HP/LIP/PTN, melhora palatabilidade. Fe Síntese enzimática, transporte de O2. Favorece reversão de anemia. Ca Favorece coagulação sanguínea, controle PA, mantém massa óssea, liberação de hormônios, contração muscular. P Fundamental no metabolismo energético. Cr Auxilia na produção de colágeno e na resistência à insulina. W-3 Ação anti-inflamatória (importante em pacientes com trauma). Orientações preparo da dieta: ● Preparo diário (2x/ dia) Ex.: Manhã - Liquidificar água filtrada ou mineral, A, B, C, etc. - Após liquidificar e obter uma mistura homogênea, adicionar mais água filtrada ou mineral. - Liquidificar novamente e armazenar na geladeira em recipiente com tampa. - Fracionar a mistura entre as refeições do período (manhã 3-4) Complicações NE: Complicações Gastrointestinais Constipação → avaliar dieta com fibras, aumentar hidratação. Diarreia → avaliar uso da dieta, osmolaridade da formula, reduzir velocidade de infusão e volume da dieta, contaminação microbiológica = modificar para dieta oligomérica = modificar para TNP. Distensão abdominal → administrar dieta de forma gravitacional, reduzir velocidade de infusão, prescrever dieta sem lactose, manejar constipação. Estase gástrica → reposicionamento da sonda (pré pilórica → pós pilórica) Náusea/ vomito/ refluxo → reposicionamento da sonda (pré pilórica → pós pilórica), reduzir velocidade de infusão, reduzir quantidade de gordura da dieta, avaliar substituição caseína→ whey protein. Complicações Mecânicas Obstrução da sonda → administrar 30ml agua a cada termino de dieta, trocar sonda se necessário. Complicações Metabólicas Desidratação → avaliar osmolaridade da formula, aumentar hidratação, tratar diarreia. Hiperglicemia → revisar oferta calórica e oferta de CHO. Infecciosas Gastrenterocolite → microrganismos Respiratórias Pneumonia aspirativa → elevar cabeceira, fracionar dieta, reduzir oferta calórica. Paciente critico (trauma) Ebb (sobrevivência) Flow (recuperação) Fase aguda, inicial com duração de 1 - 3 dias. Estado de redução do metabolismo associado à hipodinamismo cardiocirculatório. Fase de recuperação (pode durar meses). Estado de ↑ do catabolismo proteico, metabolismo energético (200%) e do consumo de O2 associado à hiperdinamismo circulatório (↑ V. do fluxo sanguíneo, ↑ DC e f. tecidual). Nessa fase adquire estabilidade hemodinâmica. TN → minimizar o catabolismo, manter homeostase, impedir desnutrição ou agrave do EN, fornecer calorias, diminuir complicações, fortalecer sistema imune, diminuir risco de translocação bacteriana (evitar sepse), melhorar estresse metabólico e oxidativo. NE precoce → iniciada 24hrs-48hrs após internação, desde que paciente esteja hemodinamicamente estável (níveis pressóricos, FR, DC OK). O uso de NEP pode evitar secreção excessiva de hormônios catabólicos (↓ cortisol e glucagon), contribui para evitar PP e massa magra, reduz balanço nitrogenado negativo, diminui incidência de ulcera de estresse, permeabilidade intestinal e os índices de inflamação e morbidade. Paciente com instabilidade hemodinâmica = risco de necrose intestinal devido ao hipofluxo sistêmico. Triagem X Avaliação Paciente critico Triagem Avaliação NRS 2002 NUTRIC SCORE Ferramenta + simples e de fácil aplicação. Dados mais disponíveis. Criado para aplicação em pacientes críticos. Identifica necessidade de TN + agressiva e urgente. ASG Perda de peso, quantidade efetiva de ingestão dietética, grau de catabolismo, condições associadas a via de administração, baixa tolerância ou absorção de nutrientes. PRÉ pilórica PÓS pilórica Mais fisiológica = possibilita a ação das enzimas gástricas e pancreáticas. Apresenta maior facilidade de instalação e tolerância. Em pct com risco de aspiração. RFGE, gastroparesia, em ventilação mecânica, pct sedado (diminuição do peristaltismo). Posição PRONA = via enteral (não aumenta risco de complicações GI, eficaz e segura) pós pilórica (aumenta pressão pulmonar = aumenta risco de aspiração). Necessidades Nutricionais Paciente Grave Fase aguda Fase de recuperação Aporte proteico 20-25 kcal/kg/dia Evitar fornecimento calórico excessivo = organismo pct grave incapaz de metabolizar. 25-30 kcal/kg/dia 1,2-2,0g/kg/dia Obesos, queimados e com fistulas: ≥ 2g/kg/dia Paciente obeso (estado inflamatório) = beneficiados com oferta hipocalórica (60 a 70% das metas convencionais OU 12-20 kcal/kg/dia). IMC > 30 - 2,5g/kg/peso ideal/dia PTN IMC > 40 - 3,0g/kg/peso ideal/dia PTN Traumatismo Cranioencefálico: ● GEB pode aumentar até 50% Queimados: ● Necessidades = [25 x peso (kg) ] + [40 x % área queimada] ● Proteína → 3g/kg/dia Síndrome de Realimentação → Desordem severa de eletrólitos (principalmente fósforo, magnésio e potássio), minerais, fluidos corporais e vitaminas associada a anormalidades metabólicas em pacientes predispostos quando realimentados. Pacientes predispostos → pacientes desnutridos que estão em longo período de jejum ou inanição. 1 ou + fatores 2 ou + fatores IMC < 16 PP involuntária > 15% nos últimos 3-5 meses Muito pouca ou nenhuma ingestão alimentar durante > 10 dias Baixos níveis séricos de P, Mg e K IMC < 18,5 PP involuntária > 10% nos últimos 3-5 meses Muito pouca ou nenhuma ingestão alimentar durante > 5 dias História de abuso de álcool ou drogas (incluindo insulina, quimioterapia, antiácidos e diuréticos). Paciente com SR → iniciar de forma gradual o aporte calórico – 30% (10 kcal/kg/dia), corrigir desordens hidroeletrolíticas, realizar reposição de tiamina e monitorar os níveis séricos de fosforo, potássio e magnésio para progredir dieta. 30% = suficiente para garantir trofismo intestinal, proteger contra translocação bacteriana e reforçar sistema imune. Imunonutrientes → capazes de modular o sistema imunológico, melhorando o mecanismo de defesa do organismo. Estudos controversos → uns mostram benefícios e outros não. PRINCIPAIS: Glutamina (fonte energética para enterocitos, melhora imunidade e barreira intestinal), arginina (substrato para síntese proteica, melhora cicatrização e quadro de infecção), W-3 (anti-inflamatório), antioxidantes (neutraliza radicais livres). Maltodextrina Sacarose Absorção gradativa = evita hiperglicemia Hiperglicemia = ↑ trabalho ventilatório São rapidamente digeridos e absorvidos (↑ osmolaridade = intolerância) Caseína Whey Protein Coagula no estomago = esvaziamento gástrico mais lento Fonte proteica de digestão mais fácil e rápida = fase crítica (hipercatabolismo) TCM Óleos vegetais Segunda fonte de lipídeos. Lipídeo de rápida absorção (fonte rápida de energia). Alto teor de AG (W-6 e W-9), participa da estrutura das membranas, síntese de hormônios e apresenta propriedades anti-inflamatórias. NPT Administração intravenosa= parenteral é 24 horas (dividir volume total/24) . Composição: CHO = Glicose Monoidratada (50%)= 3,4 Kcal/g PTN = AA (7,5-15%) = 4 Kcal/g LIP = TCL, TCM, w3 (10- 20%)= 9 Kcal/g Indicações: Pct com digestão ou absorção inadequada Impossibilidade de usar TGI NE de difícil tolerância Complicações = síndrome da realimentação Deficiências Nutricionais na Cirurgia Bariátrica Pré-operatório: Deficiências nutricionais FREQUENTES nos candidatos a cirurgia = ↓ qualidade nutricional, ↓ exposição ao sol devido ao sedentarismo (Vit. D) = PIOR prognostico Objetivos da TN → reeducação alimentar Candidatos: IMC ≥ 50 (perda de 10-20% do excesso do peso) IMC ≥ 40 (min 2 anos em tto clinico) IMC ≥ 35 associado a comorbidades (dm, HAS, apneia, etc.) 16-18 anos = avaliar crescimento >65 anos = avaliar risco beneficio Pós-operatório: Suplementação Pós-operatória → pct com ↓ capacidade de absorção intestinal associada a ingesta reduzida (dieta hipocalórica). Sem metas calóricas = atentar para qualidade e volume (tolerância) Alimentos X = açúcar e lipídeos em excesso → Síndrome de dumping PTN = 60-80g/dia (sempre presente nas refeições) Orientações = fracionamento, mastigação, não beber liquido nas refeições (volume), tempo de ingestão (min 20min). Complicações: Desidratação = ↓ ingestão hídrica (volume), vômitos Reganho de peso = T.A., não adesão ao tto, hábitos inadequados
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