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TRATAMENTO DOS TRAUMAS DENTAIS

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TRATAMENTO DOS TRAUMAS DENTAIS 
RICARDO FELIPE VIEIRA MACEDO – 001201801050 
 
TRINCAS DA COROA DENTAL 
Como trincas são limitadas ao esmalte, geralmente param antes de atingir a junção 
amelodentinária, nenhum tratamento é indicado (HUPP, 2021). Múltiplas trincas podem ser 
preenchidas com resina de preenchimento para evitar que fiquem pigmentadas. 
 
FRATURA CORONÁRIA 
 
O tratamento da fratura coronária depende da profundidade do envolvimento do tecido 
dentário. Para fraturas superficiais, não é necessário tratamento de urgência, exceto o 
alisamento das extremidades pontiagudas. Para fraturas com exposição da dentina, é 
recomendado proteger a polpa com materiais específicos. O capeamento pulpar pode ser feito 
para preservar a vitalidade da polpa em certos casos. Exames periódicos são necessários, e o 
tratamento endodôntico pode ser necessário se a polpa necrosar. Outra opção é reposicionar o 
fragmento fraturado usando adesivos dentinários e esmalte. 
 
FRATURA COROA-RAIZ 
 
Tratamento da fratura coroa-raiz: Remoção do fragmento, tratamento endodôntico se a polpa 
estiver envolvida, procedimentos periodontais ou extrusão ortodôntica se necessário. Extração 
adiada se houver fratura alveolar concomitante para preservar o osso alveolar. 
 
FRATURA HORIZONTAL DA RAIZ 
 
Remoção do dente ou fragmento coronário se a fratura estiver próxima ou além da margem 
gengival. Tratamento endodôntico e restauração com pino e núcleo se possível. Fraturas 
localizadas entre os terços médio e apical podem ser tratadas com reposicionamento e 
imobilização rígida. 
 
SENSIBILIDADE (CONCUSSÃO) 
 
Alívio da dor removendo o contato oclusal. Exames de controle para monitorar a saúde 
periodontal e pulpar. 
 
MOBILIDADE 
 
Retirada do contato oclusal para mobilidade leve. Esplintagem aos dentes adjacentes para 
mobilidade grave. Observação periódica necessária. 
 
INTRUSÃO 
 
Tratamento controverso. Algumas opções incluem reposicionamento cirúrgico, esplintagem, ou 
aguardar a reerupção espontânea. Erupção ortodôntica assistida pode ser usada, seguida de 
esplintagem. Tratamento endodôntico pode ser necessário em casos de necrose pulpar. Em 
dentes decíduos intruídos, remoção se estiver em contato com o dente sucessor, observação se 
não estiver em contato direto ou remoção profilática em caso de dúvida. 
 
EXTRUSÃO 
 
Reposição manual do dente no alvéolo, seguida de esplintagem e tratamento endodôntico. 
Controle pós-cirúrgico necessário. 
 
LUXAÇÃO LATERAL 
 
 Reposição manual do dente e esplintagem em casos leves. Fraturas ósseas alveolares associadas 
devem ser reposicionadas. Suturas gengivais podem ser necessárias. Exames de controle pós-
cirúrgicos para avaliar dano pulpar e periodontal. 
 
AVULSÃO 
 
Reimplante imediato do dente é crucial. Lavar o dente com saliva, água filtrada ou soro fisiológico 
antes do reimplante. Se não for possível reimplantar, armazenar em meio apropriado, como 
solução salina balanceada de Hanks ou leite. Contatar um cirurgião-dentista imediatamente para 
cuidados adequados. Tempo fora do alvéolo, estado do dente e tecidos periodontais afetam o 
prognóstico. 
Quando um dente é avulsionado, o cirurgião-dentista precisa avaliar sua viabilidade. Se o dente 
já foi reimplantado corretamente, é radiografado e esplintado. Se o dente foi removido por 
menos de 20 minutos, deve ser lavado em soro fisiológico e reimplantado imediatamente. Se o 
dente ficou fora do alvéolo por mais de 20 minutos, deve ser colocado em solução salina e 
doxiciclina antes do reimplante. A estabilização pode ser feita com fios de aço ou outros 
materiais, mas deve ser higiênica e posicionada longe da gengiva. A técnica de resina composta 
é eficaz, utilizando fio de aço adaptado às superfícies vestibulares dos dentes adjacentes ao 
dente avulsionado. 
 
FRATURAS ALVEOLARES 
 
Fraturas alveolares são lesões no osso que sustenta os dentes. Essas fraturas podem ocorrer 
junto com lesões dentárias ou independentemente delas. O tratamento envolve reposicionar e 
estabilizar o osso fraturado. Em casos complexos, pode ser necessário um tratamento cirúrgico 
aberto. Quando os ápices radiculares dos dentes são expostos, o tratamento endodôntico deve 
ser realizado para prevenir problemas adicionais. A estabilização do osso fraturado é feita por 
cerca de 4 semanas, utilizando métodos como barras fixadas aos dentes ou esplintes de resina 
acrílica. 
 
PERÍODO DE ESTABILIZAÇÃO DE FRATURAS DENTOALVEOLARES SEGUNDO HUPP. 
 
 
 
 
HUPP, James R.; TUCKER, Myron R.; ELLIS, Edward. Cirurgia oral e 
maxilofacial contemporânea. 7. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021

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