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Estratégias de Descoberta de Produto Prof.ª Luciana Coutinho 2023 2 SUMÁRIO Capítulo 1. 4 1.1 Apresentação e Boas-Vindas 5 1.2 Ciclo de vida do produto 6 1.3 Círculo de ouro do Simon Sinek 8 1.4 Conceitos de Inovação 10 1.5 Riscos de Inovação e Matriz CSD 12 Capítulo 2. 14 2.1 Estimando o tamanho da oportunidade 15 2.2 Benchmarking e mapeamento do mercado 16 2.3 Modelos de negócio 19 Capítulo 3. 21 3.1 Conhecendo o público-alvo para segmentação 22 3.2 Mapa de Empatia 23 3.3 Personas 24 3.4 Pesquisa com usuário 25 Capítulo 4. 28 4.1 Jobs to be Done, comportamentos e tarefas do usuário 29 4.2 User Journey, jornada do usuário 31 4.3 Storytelling, construindo estórias 32 4.4 Customer Development, alinhando o produto e o mercado 34 Capítulo 5. 36 5.1 Validando a aderência do problema 36 5.2 Construindo o entendimento do real problema (Product Market Fit) 38 5.3 Proposta de Valor (Value proposition) 40 5.4 Validando a aderência do produto ao mercado 42 3 1 Capítulo 6. 47 6.1 Princípios básicos do Design de produto 46 6.2 Wireframes e Protótipos 48 6.3 Testes de usabilidade 49 6.4 Produto mínimo viável (Minimum Value Product) 51 Capítulo 7. 56 7.1 Principais métricas de Produtos Digitais 55 7.2 OKR – Objetive Key-Results 60 7.3 - Experimentação e Validação 61 7.4 Devemos seguir em frente? Validar ou Pivotar? 63 Capítulo 8. 69 8.1 Marketing de Produto 67 8.2 Crescimento de Produto (Growth) 69 8.3 Funil de conversão, inbound e outbound 71 8.4 Plano de lançamento (Go to Market) 74 Referências 77 4 Capítulo 1. Ciclo de vida de produto e inovação Iniciaremos o primeiro capítulo com a apresentação da nossa jornada de conteúdos, compreensão de ciclo de vida de produto, círculo de ouro, conceitos de inovação, riscos de inovação e matriz CSD. 1.1 Apresentação e Boas-Vindas Nossa jornada de conteúdos está dividida em 4 fases. Na fase 1, teremos os capítulos de 1 a 4 com o estudo remoto, iniciaremos essa fase com conceitos de produtos e ciclo de vidas e finalizaremos com a construção do StoryMapping. Na fase 2, teremos nossa aula ao vivo com uma construção coletiva embasada no conteúdo da primeira fase. Na fase 3, iremos continuar com estudo remoto, iniciaremos com a compreensão de valor para o usuários e finalizaremos com o lançamento e crescimento do produto. Na fase 4, finalizaremos nosso curso com uma aula ao vivo o qual realizaremos uma construção coletiva embasada em todo o conteúdo do curso. Figura 1 – Apresentação da jornada de conteúdos Fonte: Conteúdo próprio 5 1.2 Ciclo de vida do produto Para iniciarmos nossa jornada é importante compreendermos o conceito de produto e de produto digital. De acordo com o Guia do Scrum, 2020, podemos definir um produto como um veículo para entregar valor: “Ele possui fronteiras claras, stakeholders conhecidos, usuários ou clientes bem definidos. Um produto pode ser um serviço, um produto físico ou algo mais abstrato.” Roman Pincler apresenta que um produto digital é uma entidade que cria valor real e específico para clientes, usuários e para a organização que o desenvolve. Portanto, é possível identificar a relação entre o desejo dos usuários e clientes de um produto para suprir as necessidades e dores, e o investimento no desenvolvimento e comercialização de produtos por empresas em busca de retorno do valor, seja financeiro ou vantagens competitivas no mercado a qual está inserida. Figura 2 – Relação entre usuários/ clientes e empresa Fonte: Conteúdo próprio. Somando o contexto ao produto, podemos entender que independente da natureza do mesmo, a teoria nos explica que existe um ciclo de vida comum a todos estes produtos, ou seja, o tempo e intensidade podem ser individuais, mas a trajetória de evolução destes produtos é bem semelhante. 6 Figura 3 – Ciclo de vida do produto Fonte: https://www.friendslab.co/o-que-e-ciclo-de-vida-do-produto. Fonte 1 – Introdução: ● Métricas: Poucos indicadores; baixo conhecimento sobre os comportamentos esperados e aprender com cada cliente. ● Usuário: Curiosos e buscadores de novidade; sem um perfil padrão; muita hipótese e pouca certeza e construindo uma percepção qualitativa. ● Produto: Manual e bagunçado; buscando seu diferencial com atendimento ao cliente personalizado. Fase 2 – Crescimento: ● Métricas: Melhor entendimento de relações de ação e reação; desafio em converter venda em real uso e acelerar a entrada de clientes. ● Usuário: Entendimento das formas que o produto cria diferenciais frente o mercado e criação de bases de fãs promotores. https://www.friendslab.co/o-que-e-ciclo-de-vida-do-produto 7 ● Produto: Resolve bem o problema do usuário, mas crescendo sem estrutura logo temos problemas. Fase 3 – Maturidade: ● Métricas: Principais métricas de uso e novos clientes se estabilizam, já possuem estrutura grande e organizada de dados e o foco no aumento do uso e preço médio do cliente. ● Usuário: Novos concorrentes oferecem valores revolucionários e já possuímos conhecimento aprofundado no momento de uso e em outras dores daquele público-alvo. ● Produto: Foco na produtividade, redução de custos e diversificação do portfólio. Fase 4 – Declínio: ● Métricas: Queda de principais métricas de uso e negócio e foco no entendimento da queda na fonte dos tráfegos. ● Usuário: Mudança do público que usa o produto e necessidade de mapear novas necessidades. ● Produto: O que funcionava antes passa a não funcionar mais, logo focamos nos clientes que ainda temos e na reestruturação para se reinventar. 1.3 Círculo de ouro do Simon Sinek Com o objetivo de melhor compreensão do contexto do produto, o famoso autor Simon Sinek traz o conceito do círculo dourado ou círculo de ouro. Este conceito foi apresentado em uma palestra realizada no Ted Talk de 2009, com o tema “Como grandes líderes inspiração ação” e possui mais de 50 milhões de visualizações. 8 O círculo de ouro provoca o racional que todos sabem o que fazem (produto), algumas pessoas sabem como fazem (método), mas poucas entendem por que fazem (propósito). Logo, quando estruturamos a construção de um problema, solução, dor ou oportunidade, precisamos pautar nossa estratégia e comunicação pelo propósito. Figura 4 – Círculo de Ouro – Simon Sinek Fonte: https://www.marketing365.com.br/circulo-do-ouro/. Camada – O que? ● O que o produto ou serviço efetivamente faz, desempenha concretamente, ligada diretamente a forma racional que nosso Neocórtex interpreta algo. ● Coerência, clareza e simplicidade na construção do que está sendo comunicado, construído e entregue. ● A base são as coisas ditas e feitas pela organização para viabilizarem o valor. Camada – Como? ● Método, disciplina, forma e processo que rege e viabiliza a construção do produto. https://www.marketing365.com.br/circulo-do-ouro/ 9 ● Condizente e alinhado com os valores e princípios éticos, sociais, ambientais do processo diretamente interpretado pelo Límbico, responsável pelo sentimento, comportamento e tomada de decisão. ● Ligado a qualidade, eficiência e produtividade. Camada – Por quê? ● Construímos as decisões no Límbico e depois a racionalizamos e expressamos através do Neocórtex. Logo buscamos justificar o decidido. ● Quando estruturamos um racional de “fora para dentro”, o cérebro interpreta informações como valores, vantagens e benefícios. ● Mas esse discurso não estimula ou aciona um comportamento do ouvinte. "As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz, se você não sabe por que está fazendo, ninguém saberá.” Simon Sinek. 1.4 Conceitos de Inovação A partir do entendimento do “por quê”, podemos então avançar e entender melhor agora os conceitos que envolvemo mundo da inovação. ● Inovação: De acordo com Peter Drucker, inovação é o ato de atribuir novas capacidades aos recursos, pessoas e processos existentes na empresa para gerar riqueza". ● Incrementalidade: Soma de pequenas atualizações e melhorias feitas nos produtos, serviços, processos ou 10 métodos existentes. Mesmo sem gerar grande impacto, o risco também é controlado. ● Disrupção: Um cenário e/ou processo em que uma tecnologia, produto ou serviço é transformado ou substituído por uma solução inovadora superior por ser mais acessível, simples, conveniente… melhor. Figura 5 – Os três horizontes da inovação – Visão McKinsey Fonte: https://vidadeproduto.com.br/3-horizontes-de-inovacao/. Criado no International Futures Forum, como parte do trabalho do Projeto de Infraestruturas Inteligentes do Programa de Prospectiva do Reino Unido, o objetivo de Bill Sharpe era descrever ondas sobrepostas de inovação tecnológica e mudar de forma mais realista do que o mapeamento tecnológico tradicional, dando origem a muitas visões e formas de se preparar estrategicamente. Figura 6 – Repensando os 3 Horizontes de Inovação https://vidadeproduto.com.br/3-horizontes-de-inovacao/ 11 Fonte: https://thomazribas.com/inovacao/tres-horizontes-de-inovacao. Nesta versão, os três horizontes não são vistos como horizontes temporais, mas como três qualidades do futuro no presente, então os 3 horizontes existem sempre no momento presente, pois evidências sobre o futuro podem ser vistas pelos comportamentos atuais do sistema. 1.5 Riscos de Inovação e Matriz CSD Outra forma interessante de entender a inovação e suas fontes foi levantada por Marty Cagan no “Inspired”, o autor provoca que um dos caminhos para inovar no desenvolvimento de um produto ou serviço é entender os riscos que o desconhecido te proporciona: “As pessoas vão usar isso? Se usarem, vão descobrir como funciona? Nós temos tempo e recursos para fazer? Nossos engenheiros e designers conseguem construir o produto? Ele infringe alguma lei?" (Marty Gagan) Podemos dividir em quatro riscos: ● Risco de usabilidade: Para ter acesso ao valor do produto, o usuário precisa entender como efetivamente usá-lo, ou seja, conseguir realizar as tarefas que se pretende resolver. ● Risco de valor: Entendimento do produto como fonte da resolução de uma dor ou problema, ou seja, a relação entre as suas necessidades e a capacidade do produto em satisfazê- los. https://thomazribas.com/inovacao/tres-horizontes-de-inovacao 12 ● Risco de viabilidade: Capacidade técnica, operacional, programacional de transformar a ideia em algo concreto, replicável e escalável atendendo requisitos de qualidade, tempo e custo. ● Risco de negócio: Alinhamento dos novos caminhos com a atual estrutura, posicionamento e atuação da empresa no atual mercado. Percebam que riscos de viabilidade e negócio requerem uma visão interna de sustentabilidade e aderência, então seja realista. Já os riscos de valor e usabilidade partem da percepção e entendimento do outro, então cuidado com vieses. Uma ferramenta poderosa para ajudar nesse caminho da redução dos vieses e busca pela realidade é a Matriz CSD. A Matriz de Certezas, Suposições e Dúvidas é um framework que busca organizar informações, conectar pontos e dar visibilidade para “pensar fora da cabeça”. Figura 7 – Matriz de Certezas, Suposições e Dúvidas Fonte: https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa- saber-897e39c797e7. https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-897e39c797e7 https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-897e39c797e7 2 14 Capítulo 2. Análise de mercado e modelo de negócios A partir do nosso capítulo de introdução, agora é possível caminharmos para o primeiro passo para a descoberta do produto que é o entendimento do panorama e mercado que se pretende atuar, com isso estimar o tamanho da oportunidade, mapear os agentes e seus modelos de negócio. 2.1 Estimando o tamanho da oportunidade A menos que o mercado em que se esteja atuando, seja um monopólio, ou seja, apenas uma empresa detém todos os meios de produção, distribuição e venda de um produto ou serviço, você provavelmente não conseguirá capturar 100% do seu mercado. Mesmo que você tenha apenas um concorrente, ainda seria extremamente difícil convencer todo um mercado a comprar apenas o seu produto ou serviço, por isso precisamos estimar o tamanho desse mercado e nossa atuação. TAM / SAM / SOM é um modelo de dimensionamento de mercado que pode fornecer rapidamente uma noção da oportunidade, antes de fazer investimentos de dinheiro, tempo e esforço em sua busca. ● TAM: o mercado total disponível (Total Available Market). ● SAM: a parte desse mercado que é aderente com a solução que você está considerando (Serviceable Addressable Market). ● SOM: a fatia do mercado que você pode capturar (Serviceable Obtainable Market). 15 Figura 8 – TAM, SAM e SOM Fonte: https://productfolio.com/tam-sam-som/. 2.2 Benchmarking e mapeamento do mercado Quanto mais pesquisas de mercado você fizer e quanto mais dados históricos acumular, mais preciso será o seu planejamento, por isso é essencial entendermos: contexto, forças do mercado, análise de competitividade e o radar da concorrência. Para alcançarmos tais conhecimentos, recomendo: Panorama de contexto e tendências que afetam diretamente e indiretamente o ambiente em que a empresa ou projeto estão, no agora e no futuro, com foco na expansão da visão além dos produtos e serviços, construindo um ponto de vista coletivo. https://productfolio.com/tam-sam-som/ 16 Figura 9 – Context Map Canvas Fonte: https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu- planejamento-estrategico/. As forças de Porter são responsáveis pelo entendimento dos impactos e interações entre os agentes. Elas são: ● Poder de negociação dos Fornecedores: Quanto maior a dependência do produto e o grau de diferenciação, maior o poder do fornecedor frente ao mercado. ● Ameaça de produtos substitutos: Produtos substitutos que atendem às mesmas necessidades de seus clientes, só que de outra forma ou melhor. ● Rivalidade entre os concorrentes: Quanto maior a rivalidade, mais difícil será entrar no mercado, pois quem está, já investe em defesas como marketing e pesquisa. https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ 17 ● Ameaça de entrada de novos concorrentes: Patente, economia de escala e força da marca são exemplos para determinar a barreira de entrada do mercado. ● Poder de negociação dos clientes: Quando os compradores dispõem de diversas opções semelhantes para escolher, podendo pressionar o mercado por melhores condições. Inspirado no modelo de 5 forças de Porter, o “Competitive Analysis Canvas” é frequentemente usado para identificar a estrutura de uma indústria para mapear interação entre seis agentes. Figura 10 – Competitive Analysis Canvas Fonte: https://thecanvasrevolution.com/product/competitive-analysis-canvas. Temos também o Business Model Canvas Splash que propõe a qualificação de dimensões ou critérios do competidor de forma comparativa e visual, pois ao sobrepor o gráfico de diferentes concorrentes podemos identificar os gaps e oportunidades de mercado. https://thecanvasrevolution.com/product/competitive-analysis-canvas 18 Figura 11 - Radar da concorrência: Business Model Canvas Splash Fonte: https://econsult.org.br/blog/entendendo-a-sua-concorrencia/. 2.3 Modelos de negócio Para continuarmos nosso mapeamento é necessário dominar a forma de negócio que os agentes de mercadoadotam. Mas para ficar claro, modelo de negócio é a forma que a empresa cria, captura e entrega valor junto a seus clientes, ou seja, etapas e processos para a empresa fazer o que se propõe a fazer. Existem 2 conceitos parecidos, mas não iguais: ● Plano de negócio: detalhamento da viabilidade do negócio, por meio de análises sociais, mercadológicas e processuais. ● Modelo de negócio: é um passo anterior ao plano, ou seja, estudo visual e prático que te guiará a construção da empresa. É importante entendermos alguns tipos de modelos de negócio e sua forma de monetização: ● Estrutura em Rede: Entendimento do negócio por meio da interação entre os agentes para criação do valor proposto. https://econsult.org.br/blog/entendendo-a-sua-concorrencia/ 19 ● Marketplace: Plataforma que conecta a oferta à demanda de produtos e serviços. ● Software como serviço (SaaS): Ao invés de vender uma licença, comercializa o acesso e “direito de uso” do sistema mediante o pagamento recorrente no formato de assinatura. ● Produto como serviço (assinatura): Ao invés de vender um produto, é cobrado uma assinatura recorrente para receber produtos um ou uma cesta de produtos ● Franquia: Formato em que uma empresa comercializa o uso da marca e consequentemente todo modelo de negócio e sistema de gestão. ● Publicidade e geração de leads: Veiculação de anúncios segmentados por perfil de usuário, normalmente ligado ao conteúdo disponibilizado ao longo de sua experiência. Possibilitando também a venda de indicação de cliente com intenção de compra. ● Freemium (trial): Modelo que o acesso ao serviço é gratuito, por tempo determinado ou vitalício, mas parte das funcionalidades ou recursos são liberados mediante pagamento único ou recorrente no modelo de assinatura. ● Transacional: Modelo tradicional do varejo que um serviço ou produto é entregue mediante o pagamento de um valor único, sendo que o lucro se dá pela diferença do custo de produção com o valor de venda. 3 21 Capítulo 3. Construindo o entendimento do problema (Problem Fit) Continuando nossa jornada e com o conhecimento do panorama e os arredores do negócio, antes de pularmos para a solução e deixar rolar nossos achismos, como boas pessoas de produto, vamos mergulhar no entendimento do problema. 3.1 Conhecendo o público-alvo para segmentação O primeiro passo para conhecer os problemas é receber quem os sente, por isso precisamos entender teorias por trás da segmentação. Normalmente associado às disciplinas de Marketing, a segmentação de mercado é muito usada para caracterizar e atender cada tipo de público com determinado tipo de produto. Em outras palavras, segmentação é um processo de identificação e separação do mercado geral de clientes, em camadas, com base nas características que os mesmos compartilham em comum. A organização lógica de tais informações inicia o entendimento da interação de cada tipo de cliente com a dor ou oportunidade que pretendemos atender. Logo, partimos da premissa que os segmentos criados, são compostos por consumidores que respondem de maneira semelhante às estratégias pois compartilham características semelhantes. A segmentação nos possibilita benefícios como: ● Boa ferramenta inicial para dar um panorama do cliente ideal; ● Divulgar onde os o seu alvo estiver, como redes sociais; ● Campanhas segmentadas tendem a ter um custo menor; 22 ● Conhecer os concorrentes que também focam o mesmo público; ● A base para construção de uma personificação e individualização do público com dores, desejos, necessidades, contextos e interações; ● Precificação e linguagem assertiva de acordo com o público. Existem alguns tipos de segmentação: Figura 12 – Tipos de Segmentação Fonte: https://colaborae.com.br/blog/2019/08/04/segmentacao-de-mercado/. 3.2 Mapa de Empatia Conhecemos o nosso cliente a ponto de ter a habilidade de compreender seu estado emocional e colocar-se no lugar dele? Quase sempre a resposta será não, por isso, para mapear situações sob perspectivas diferentes e entender as razões pelas quais indivíduos agem de determinada forma, nasce o mapa de empatia. O Mapa da Empatia é uma ferramenta, criada pela consultoria de Design Thinking Xplane, que exercita reflexões sobre o que o cliente diz, faz, https://colaborae.com.br/blog/2019/08/04/segmentacao-de-mercado/ 23 vê, pensa, sente e ouve para ajudar no desenho do modelo de negócio de uma empresa. ● Escuta: o que amigos, familiares e outros agentes influenciadores dizem para o seu cliente. ● Vê: Estímulos visuais que sua persona recebe e que tem sua atenção. ● Pensa: o que passa na cabeça do usuário, como suas principais preocupações e aspirações. ● Fala e ação: Exercício de observação sobre suas atitudes em público, aparência e comportamento. Figura 13 – Mapa de Empatia Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/. A construção do mapa nos ajuda a lembrar que não somos nossos próprios clientes e sabermos o que os move é um bom começo. Por isso precisamos construir cada dimensão com dados e fatos, com apoio da CSD e pesquisa de segmentação. 3.3 Personas https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/ 24 Com um melhor conhecimento do segmento e os comportamentos, dores e rotina de nossos clientes, partimos para um outra prática muito comum no design e desenvolvimento de produto, a criação de personas. Personas são personagens, arquétipos, representações que se criam com base em pesquisas qualitativas e quantitativas com seu usuário, para representar os diferentes perfis que podem usar o seu serviço, produto, site ou marca. O entendimento sobre como nossas personas pensam, interagem, sentem e se comportam norteiam nossas decisões da estratégia de criação de produto ao Marketing Digital. Dentre os diversos benefícios dessa prática, podemos destacar: ● Tangibilizar e trazer o usuário e contexto para o foco do produto. ● Tornar as decisões mais humanas e menos abstratas. ● Definir o tom, estilo e design das imagens e conteúdo do produto. ● Diferenciar e clusterizar diferentes perfis do mesmo produto. ● Fazer as perguntas certas e responder com visão cliente. ● Orienta o processo de ideação de produto, MKT e design. Normalmente para construir a persona, abordamos : idade, cargo, hábitos, frustrações, desafios, crenças, hobbies, estilo de vida, hábitos de compra, quais mídias vêm, quem os influencia, onde buscam info e critérios de decisão. 3.4 Pesquisa com usuário 25 Com a evolução da construção das nossas personas e matriz CSD, ficará cada vez mais claro que não sabemos várias informações sobre nosso usuário para tomar boas decisões, por isso a solução é mergulhar mais fundo na compreensão do mesmo por meio de pesquisa. A Interaction Design Foundation define UX Research (Pesquisas sobre Experiência do Usuário) como “(...)a investigação sistemática de usuários e seus requisitos, a fim de adicionar contexto e insights sobre o processo de projetar a experiência do usuário”. Ainda explica que a pesquisa da UX emprega uma variedade de técnicas, ferramentas e metodologias para determinar fatos e descobrir problemas, revelando informações que podem ser inseridas no processo de design. Para melhor entendimento separamos a pesquisa em 4 principais grupo: ● Atitudinal: Escuta ativa dos usuários ● Comportamental: Vê o que os usuários em uma tarefa ● Qualitativa: Compreensão aprofundada e individualizada ● Quantitativa: Coleta de dados mensuráveis sobre os usuários Podemos também dividir as pesquisas de acordo com seu formato e método, como por exemplo: ● Descoberta: Entendimento sobre os usuários, produtos, dores e necessidades. ● Exploração: Aprofundar o contexto do produto com o refinamento das dores levantadasna fase de descoberta. ● Testes: Validação diretamente interagindo com o usuário. 26 ● Feedback: Coleta e análise de feedbacks, mesmo iniciais, de usuários reais. Figura 14 – Os principais entendimentos de pesquisa com o usuário Fonte: https://ebaconline.com.br/o-que-e-ux-research. Dentre os diferentes métodos de pesquisa destacamos: ● Shadowing: O usuário tem sua jornada com o produto e o pesquisador acompanha como sua “sombra”. Observa o que está acontecendo e colhe insights com base na observação. ● Entrevista em profundidade: Entendimento da perspectiva e contexto do usuário por meio de perguntas estruturada e planejada. ● Pesquisa quantitativa: Levantar informações por meio de uma quantidade relevante de respostas de usuários, traçando e validando tendências e antecipando riscos. ● Análise de comportamento de uso: Entendimento de como o usuário interage com o produto digital ou físico. https://ebaconline.com.br/o-que-e-ux-research 4 28 Capítulo 4. Construindo o Story Mapping 4.1 Jobs to be Done, comportamentos e tarefas do usuário Popularizado por Clay Christensen em seu livro, “The Innovator's Dilemma” (1997), no qual ele discute sua teoria da inovação disruptiva, Jobs To Be Done, ou JTBD, refere-se ao progresso que um indivíduo espera fazer em sua vida, explicando melhor, é um "trabalho" ou “tarefa” que a pessoa está realmente procurando realizar em uma determinada situação. A ideia é que as pessoas contratem produtos ou serviços para cumprir determinada tarefa em suas vidas que envolvam uma situação, motivação e expectativa. Figura 15 – Estrutura do JTBD Fonte: https://www.product-frameworks.com/Jobs-To-Be-Done.html. Ao aprofundar no JTBD, entendemos que como uma ramificação de galhos, as tarefas se relacionam entre si, podendo destacar tarefas principais, relacionadas, funcionais e emocionais. Tornando assim um grande emaranhado de ações e expectativas. Para apoiar na identificação e construção, recomendo deixar ser guiado pelo Jobs-To-Be-Done Canvas, uma matriz que fatia o processo em definição, localização, preparação, confirmação, execução, monitoria, modificação e conclusão. https://www.product-frameworks.com/Jobs-To-Be-Done.html 29 Figura 16 – Canvas JTBD Fonte: https://www.marketingjournal.org/the-jobs-to-be-done-canvas-tony- ulwick/. Quanto melhor for o entendimento das tarefas do usuário, melhor será: ● Analisar quais jobs tem gente tentando resolver e poucas empresas para atendê-los. ● Mitigar os riscos na inovação e criando produtos que o público tenha mais chances de comprar ou precisar. ● Observar a interação e uso que se faz do produto para identificar melhorias e formas de melhoria na experiência dos clientes. ● Focar nas necessidades do cliente muda a perspectiva, devemos contar uma história de como o produto resolve o job do consumidor. Isso acontece porque a segmentação é feita com base nas necessidades dos clientes. https://www.marketingjournal.org/the-jobs-to-be-done-canvas-tony-ulwick/ https://www.marketingjournal.org/the-jobs-to-be-done-canvas-tony-ulwick/ 30 Se até aqui ainda não entendemos, agora não tem escapatória, para seguirmos evoluindo precisamos ter claro como JTBD, que nossos produtos e serviços são o meio para um fim, ou seja, o valor que geramos precisa resolver problemas reais aos nossos usuários. 4.2 User Journey, jornada do usuário Entendemos as tarefas do nosso usuário, mas sabemos também que a vida é mais complexa, em outras palavras, os nossos usuários possuem algumas dezenas de tarefas ou JTBD, por isso, vale aumentar nossa visão e entender a jornada. Mapa de Jornada de Usuário é uma visualização do processo pelo qual o cliente passa para atingir um objetivo. Em outras palavras, se trata de uma série de ações do usuário em uma linha do tempo com seus respectivos pensamentos e emoções . Existem diversas formas e formatos para tal composição, mas em linhas gerais a teoria nos aponta alguns itens essenciais, como: ● Personagem principal: O ator é a persona ou usuário que vivencia a jornada, com ponto de vista de narrativa forte e clara. ● Cenário e Expectativas: Descreve a situação que o mapa de jornada aborda e está associado ao objetivo ou necessidade de um ator e expectativas específicas e individuais. ● Fases da Jornada: São os diferentes estágios de alto nível da jornada, proporcionando maior organização para as informações no mapa de jornada (ações, pensamentos e emoções). ● Ações, mentalidades e emoções: Estes são comportamentos, pensamentos e sentimentos que o ator tem ao longo da 31 jornada e que são mapeados dentro de cada uma das fases da jornada. ● Oportunidades: São percepções obtidas com o mapeamento que aborda sobre como a experiência do usuário pode ser otimizada. Figura 17 - Customer Journey map Fonte: https://www.nngroup.com/articles/journey-mapping-101/. Dentre os diversos benefícios que a tangibilização e organização lógica nos proporciona, é o repensar do nosso backlog. O blog “Homem Máquina - UX Design” faz uma provocação sobre o tema que me fez repensar coisas interessantes: “Ao invés de se prender a backlogs extensos e pouco convidativos ou personas que não refletem a realidade das coisas, o User Story Mapping https://www.nngroup.com/articles/journey-mapping-101/ 32 te ajuda a priorizar a visão do cliente de forma mais contextualizada e completa para os objetivos daquilo que você está desenvolvendo.” 4.3 Storytelling, construindo estórias Com tais conhecimentos, agora precisamos entender a forma de costurar esses conhecimentos e construir a nossa história junto com nossos usuários. Mas isso não é novidade, o Storytelling se baseia no aprofundamento de formas de contar histórias que emocionam, engajam e motivam o leitor. Isso porque as histórias são como compartilhamos o conhecimento e informação desde o início da humanidade, pois nossos cérebros são moldados e estimulados pela compreensão de uma narrativa com começo, meio e fim. Então, para se aventurar na construção das histórias, destaco 2 os caminhos: ● StoryTelling Canvas: framework que compõe a história por meio das etapas: tema, objetivo, audiência, estado antes da estória, preparação, mensagem, conclusão e estado após escutar a estória. ● A jornada do Herói: Joseph Campbell, estudioso norte- americano de mitologia e religião comparada, ao analisar narrativas históricas, fictícias e verídicas, identificou padrões de 12 etapas semelhantes em suas estruturas. Existem outras diversas formas para chegar na construção das histórias mas o importante é tornar nossa realidade com mais cores, facilitando o entendimento, engajamento, persuasão e ser memorável. Pois a jornada é a construção que soma a “persona” e o JTBD, mas o storytelling é a cola disso tudo. Figura 18 – Storytelling Canvas 33 Fonte: https://www.designabetterbusiness.tools/tools/storytelling-canvas. 4.4 Customer Development, alinhando o produto e o mercado Desenvolvimento de cliente ou Customer Development é um método que tem como objetivo descobrir e validar o mercado certo para o produto certo. As 4 etapas têm como objetivo nos guiar, para evitar que criemos produtos baseados em achismos e suposições rasas ou sem fundamento. ● Descoberta e Validação do Problema/produto: Quem sente a dor? É relevante? Quando? Como? Eu consigo resolver a dor? ● Demanda e estrutura: Esse é o melhor modelo de negócio? O negócio é escalável e replicável? Como é nosso modelo de vendas? Esta matriz irá nos acompanhar na nossa próxima jornada no entendimento do valor entregue, pois até aqui (capítulo 4) focamos na descoberta do que as pessoas querem, agora iremos mergulhar na construção, venda e escala no produto. Figura 19 - Fases do desenvolvimento de clientehttps://www.designabetterbusiness.tools/tools/storytelling-canvas 34 Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/o-que-e-customer- development/. https://analistamodelosdenegocios.com.br/o-que-e-customer-development/ https://analistamodelosdenegocios.com.br/o-que-e-customer-development/ 5 36 Capítulo 5. Em busca da entrega de valor para o usuário O caminho para chegar na solução pode parecer longo, mas só assim conseguimos tangibilizar um valor a ser entregue que realmente importa e seja sustentável, ou seja, que resolvem problemas reais. 5.1 Validando a aderência do problema A primeira etapa da nossa construção da solução é responder a pergunta “Qual problema estou resolvendo com meu produto?”. Com esta resposta conseguimos fazer a ponte do fit da solução com o problema e depois do produto com o mercado. Steve Blank, em seu livro “Startup: Manual do Empreendedor”, explica que a venda de determinado produto ou serviço, é a geração de valor através da resolução de um problema ou de uma necessidade. Figura 20 - Fases do desenvolvimento de cliente Fonte: https://medium.com/@epicantus/problem-solution-fit-canvas- aa3dd59cb4fe. https://medium.com/@epicantus/problem-solution-fit-canvas-aa3dd59cb4fe https://medium.com/@epicantus/problem-solution-fit-canvas-aa3dd59cb4fe 37 Problem Solution Fit: Quando a solução modelada resolve um problema relevante ou atende a uma necessidade identificada, em um determinado segmento de pessoas (público-alvo). Para identificar soluções com maiores chances de adoção de solução, reduzir o tempo gasto em testes e obter uma melhor visão geral da situação atual, é recomendado o mapeamento dos padrões de comportamento e reconhecer o que funcionaria e por quê. Para isso, recomendo ser guiado nesta construção pelo Problem Solution Fit Canvas: Figura 21 - Problem Solution Fit Canvas Fonte: https://thecanvasrevolution.com/product/problem-solution-fit-canvas. Podemos entender o Canvas em: ● Grupo 1. Estado atual do cliente (rosa): Entender as limitações e as soluções atualmente disponíveis, contra as quais você vai competir. https://thecanvasrevolution.com/product/problem-solution-fit-canvas 38 ● Grupo 2. Problemas e dores (laranja): Problemas mais urgentes e frequentes, entendendo as reais razões por trás deles e o contexto. ● Grupo 3. Gatilhos e comunicação (verde): Comunicação com gatilhos fortes, mensagens emocionais e alcançar clientes pelos canais certos. ● Grupo 4. A Solução: Traduza todos os dados validados que você reuniu em uma solução que se adapte ao estado do cliente e suas limitações, resolva um problema real e explique o comportamento comum do seu grupo-alvo. Com esta compreensão esperamos alcançar: ● Resolução de problemas complexos de uma maneira que se adapte ao estado de seus clientes. ● Mais rapidez e aumento da adoção de sua solução com meios e canais existentes. ● Aperfeiçoamento da sua comunicação e estratégia de marketing, com os gatilhos e mensagens certas. ● Compreensão da situação existente para melhorá-la para o seu grupo-alvo. Vale ainda destacar que esta jornada desconstrói aspectos e vieses fortes, uma vez que somos criados para sempre ter a solução na ponta da língua, pois a dúvida é um sinal de fraqueza, ainda mais acentuado por um pensamento defendido por Henry Ford na Revolução Industrial, de que se produzirmos grandes volumes a baixo custo, o mercado e consumo será ilimitado. Não é tão simples, né? 5.2 Construindo o entendimento do real problema (Product Market Fit) 39 Mas o que é o tão buscado e famoso Product Market Fit? Imagine um cenário no qual os clientes-alvo de uma empresa estão comprando, usando e contando aos outros sobre o produto da empresa em números grandes o suficiente para sustentar o crescimento e a lucratividade desse produto. De acordo com o empresário e investidor Marc Andreesen, criador do conceito, é a adequação do produto ao mercado, ou seja, encontro de um bom mercado com um produto capaz de atendê-lo. Este encontro é bem representado pela Product-Market Fit Pyramid, criada por Dan Olsen. Figura 22 - Product-Market Fit Pyramid Fonte: https://www.productplan.com/glossary/product-market-fit/. Dentre os diferentes caminhos para o alcance desse objetivo, a soma dos conhecimentos que tivemos até aqui nos habilita para a construção do Market Product Fit Canvas. Figura 23 - Market Product Fit Canvas https://www.productplan.com/glossary/product-market-fit/ 40 Fonte: https://bringconnections.es/product-market-fit/. O framework nos estimula a pensar no encontro de dois grupos: ● O segmento de clientes, que ajuda você a fazer uma análise do público-alvo e problema de seu produto. ● O segmento de produto, que ajuda você a fazer uma análise pós- lançamento de como seu produto se adapta às necessidades do mercado. 5.3 Proposta de Valor (Value proposition) Agora que entendemos o Fit do mercado com o produto, como podemos destacar o produto, posicionar perante o seu público e ser o melhor no mercado? Parte fundamental disso é a proposta de valor, uma ferramenta estratégica que tem alta capacidade de gerar engajamento. A proposta de valor é uma prática originária do Marketing, com o objetivo de levar ao cliente uma ideia clara, concisa e transparente de como determinado negócio pode ser relevante para o usuário. Figura 24 - Canvas da Proposta de Valor https://bringconnections.es/product-market-fit/ 41 Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/canvas-da-proposta-de- valor/. Uma ferramenta muito usada nessa busca é o Canvas da Proposta de Valor. Tal framework guia na criação e posicionamento de produtos ou serviço em torno do que o cliente realmente valoriza e precisa. Ou seja, te ajuda a encontrar o encaixe produto-mercado de forma estruturada. Composição do Canvas de proposta de valor: ● Ganhos do Cliente: benefícios que os clientes esperam, desejam ou seriam surpreendidos positivamente se existissem. ● Tarefas dos Clientes: tarefas que o usuário tenta realizar, problemas que estão tentando resolver ou necessidades a se satisfazer. ● Dores dos Clientes: emoções negativas, custos e situações indesejadas, riscos e outras experiências ruins ligadas a tarefa. ● Criadores de Ganhos: formas, funcionalidades e experiências onde seus produtos criam ganhos e agregam valor para seus clientes. https://analistamodelosdenegocios.com.br/canvas-da-proposta-de-valor/ https://analistamodelosdenegocios.com.br/canvas-da-proposta-de-valor/ 42 ● Produtos e Serviços: descrição de como o produto ou serviço alivia as dores do cliente. ● Aliviadores de Dores: como produtos e serviços aliviam as dores de seus clientes no JTBD. Independente da criação, por meio do Canvas ou não, lembre-se sempre de 4 fatores principais: 1. Clareza: É fundamental que todos entendam o valor da sua empresa na oferta de um serviço ou produto. 2. Linguagem: Acertar na abordagem é estar mais próximo do engajamento. 3. Direcionamento: Direcionar o consumidor para o que ele vai encontrar e os diferenciais no contato com aquela empresa. 4. Transparência: Ter sinceridade e objetividade ao descrever como os serviços ou o produto pode ajudar na dor desse público-alvo. 5.4 Validando a aderência do produto ao mercado E após o tal Market fit? Podemos sentir quando o equilíbrio do Problema, Produto, Mercado não está acontecendo. Os clientes não estão obtendo o valor do produto, o boca a boca não está se espalhando, o uso de nosso produto não está crescendo tão rápido quanto esperávamos, o feedback do usuário é um pouco 'louco', o ciclo de vendas é muito longo e muitos negócios nunca são fechados. Por isso precisamos entender o quão aderente com o mercado está o produto. Nesta linha, o quadrante do Market Fit pode começar a darà luz que se precisa. Figura 25 - Quadrantes do Produto/Market fit 43 Fonte: https://bringconnections.es/product-market-fit/ No diagrama, o eixo x mede a profundidade do envolvimento do cliente e o eixo y mede a força de seu produto e visão de negócios pela atratividade que exerce em clientes e usuários em potencial. Outra forma de entender quais ações são recomendadas para manter a aderência do produto com o mercado é ter claro o momento pelo qual a empresa está passando. No momento de tração devemos ter a aderência com o público dentro de um segmento e estimar o potencial; na fase de transição devemos identificar as alavancas de crescimento do nosso negócio; já no crescimento, feitas as descobertas das alavancas de crescimento, devemos melhorar e otimizar. Para tornar mais claro cada estágio: Figura 26 - Aderência por estágio de empresa https://bringconnections.es/product-market-fit/ 44 Fonte: https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market- fit/ Na mesma linha, recomendo também conhecer o modelo da Reforge de estratégia de produto e aderência também em função do momento da empresa. O modelo o horizonte é segmentado em 4 dados: ● Feature Work – Criando e capturando valor, estendendo a funcionalidade e o mercado de um produto para áreas incrementais e adjacentes. ● Growth Work – Criando e capturando valor de forma acelerada e gerar adoção e uso, pelo mercado existente. ● Scaling Work – Focando nos gargalos para garantir novos níveis de crescimento e expansão do product-market fit. ● Expansão do Product-Market Fit – Expandindo-se para um mercado adjacente, produto adjacente ou ambos. Figura 27 - Após o Market Fit: categorias de estratégia de produto https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market-fit/ https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market-fit/ 45 Fonte: https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market- fit/ https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market-fit/ https://www.cursospm3.com.br/blog/produto-alem-do-product-market-fit/ 6 47 Capítulo 6. Antecipando riscos e aprendizados com experimentação A partir de tudo que já vimos na nossa jornada tendo toda essa visão do valor e do entendimento da solução, precisamos focar em testar e mensurar nossas iniciativas e hipóteses. 6.1 Princípios básicos do Design de produto Design é o processo de pensamento que compreende a criação de um objetivo, evento, teoria ou serviço, a partir da excelência técnica e estética, com o objetivo de solucionar problemas e agregar valor. Para a World Design Organization (WDO), “o design é um processo estratégico que melhora a qualidade de vida das pessoas por meio de produtos, sistemas e experiências inovadoras.” Figura 28 - Processo do Design Fonte: https://uxplanet.org/my-design-process-to-ensure-high-quality-user- experience-4aeb3866b2d2 Em linhas gerais podemos entender esse fluxo em 4 etapas: 1. Descoberta: Mapear e compartilhar pesquisas, hipóteses, necessidades de negócio e usuário. https://uxplanet.org/my-design-process-to-ensure-high-quality-user-experience-4aeb3866b2d2 https://uxplanet.org/my-design-process-to-ensure-high-quality-user-experience-4aeb3866b2d2 48 ● Dores do usuário ● Necessidade do negócio ● Pesquisas, entrevistas e dados 2. Análise: Sintetizar os aprendizados para tentar identificar tendências. ● Personas ● Mapas de jornada ● JTBD 3. Ideação: Explorar maneiras pelas quais poderíamos melhorar a experiência equilibrando as necessidades do usuário e da empresa. ● Brainstorming ● Wireframes e wireflow ● Rascunhos 4. Prototipar e testar: Compartilhar fluxos e protótipos com as partes interessadas internas para chegar a um acordo sobre a solução proposta. ● Protótipo de alta fidelidade ● Teste de usabilidade ● Interação e pesquisa 5. Mensurar e avaliar: Analisar os resultados de uso para ver se os objetivos de negócios foram alcançados e se a dor do usuário foi resolvida. ● Sucesso no JTBD 49 ● Objetivos de negócio ● Aprendizados E antes de seguirmos para o entendimento de protótipos e frameworks, lembre-se das camadas que formam o design de uma solução: ● User Experience Design: Experiência e Interação ● User Interface Design: Interfaces e Fluxos Figura 29 - Camadas do Design Fonte: https://brasil.uxdesign.cc/diagramas-que-mudaram-o-jeito-de-pensar- conte%C3%BAdo-9e6ca17efc90. 6.2 Wireframes e Protótipos O desenvolvimento de um site, aplicativo ou outros produtos digitais é um considerável investimento de tempo, dinheiro e esforço, por isso buscamos representações simplificadas de uma realidade como Wireframes e protótipos. https://brasil.uxdesign.cc/diagramas-que-mudaram-o-jeito-de-pensar-conte%C3%BAdo-9e6ca17efc90 https://brasil.uxdesign.cc/diagramas-que-mudaram-o-jeito-de-pensar-conte%C3%BAdo-9e6ca17efc90 50 Podem ser de baixa fidelidade, mostrando os vários elementos do produto e como eles se relacionam e interagem ou pode ser um modelo em escala real com alto grau de funcionalidade e interface para replicar o funcionamento com bastante precisão. ● Wireframes: Desenho estático que combina layout das telas com diagramação de fluxo que essencialmente mostram o fluxo do usuário em um produto. ● Protótipo: Uma primeira impressão de algo, em outras palavras, modelo da solução a ser desenvolvida para demonstrar recursos, funcionalidade e experiência do usuário. Se ainda não ficou claro os benefícios de tal prática de experimentação, destaco 3 benefícios: ● Incorporação de feedback e incentivo da colaboração, mantendo o time focado no valor. ● Foco na usabilidade e agilidade do desenvolvimento com o usuário no centro. ● Antecipação de riscos e ganhos com economia de desperdício de recurso, dinheiro e tempo. 6.3 Testes de usabilidade Testes de usabilidade são uma técnica para avaliar o nível de sucesso dos usuários realizarem o JTBD, com um produto por meio de 3 pilares básicos: ● Facilidade de uso: a solução é autoexplicativa e fácil de aprender? ● Eficiência: Os usuários são capazes de concluir cada tarefa com um mínimo de tempo ou cliques? 51 ● Navegabilidade: Quando um usuário tem problemas para descobrir onde está e como fazer a próxima ação. Dentre os diversos modelos e indicação de processos de um teste de usabilidade, invariavelmente o teste passa por: ● Criação do plano de teste com escopo, objetivos, métricas de sucesso e recrutamento. ● Facilitação com observação, destaque das dores e problemas, identificação das soluções alternativas e atalhos, e quando necessário, entrevistas. ● Análise e validação dos dados de comportamento, navegabilidade e risco. ● Report do teste com a revisão do material, identificação de boas práticas, identificação e recomendação de gatilhos e oportunidades. Figura 30 - Passos do teste de usabilidade Fonte: https://www.productplan.com/glossary/usability-testing/90 Na análise e busca das métricas destacamos 5 pontos críticos: https://www.productplan.com/glossary/usability-testing/90 52 ● A porcentagem de usuários que conseguiram concluir uma determinada tarefa. ● A porcentagem de usuários que encontraram erros no produto. ● O tempo médio que os usuários levam para concluir uma determinada tarefa. ● O número médio de telas, cliques ou outras etapas necessárias para os usuários concluírem uma tarefa. ● A pontuação média que os usuários deram a perguntas sobre a facilidade de uso do produto, níveis de frustração com a conclusão da tarefa ou outros fatores. 6.4 Produto mínimo viável (Minimum Value Product) MVP é um produto com recursos suficientes para atrair clientes pioneiros e validar uma ideia de produto no início do ciclo de desenvolvimento deste. Se ainda nãoficou claro, veja a forma que dois gênios da nossa era, explicam o MVP: “Permitindo coletar o máximo de aprendizado validado sobre os clientes com o mínimo de esforço.” Eric Ries Lean Startup methodology. “As pessoas não sabem o que querem até que você mostre a elas.” – Steve Jobs. Parece óbvio, mas a complexidade é encontrar, como aponta a imagem abaixo, o ponto ideal onde o mínimo se encontra com o viável. 53 Figura 31 - Visualização do MVP Fonte: https://www.jevera.software/post/mvp-too-clear-or-not-too-clear. Para nos guiar na construção do MVP, o Caroli.org criou e nos presenteia com o MVP Canvas, com ele pretendemos completar a frase: “Nós acreditamos que esse MVP blá blá , vai conseguir o resultado esperado blá blá. Sabemos que isso aconteceu com base em métricas de validação blá blá”. Em linhas gerais, precisamos responder: 1. Qual é a proposta deste MVP? 2. Para quem é esse MVP? Podemos testar em um grupo menor? 3. Quais jornadas são atendidas ou melhoradas com esse MVP? 4. O que vamos construir ou melhorar nesse MVP? 5. Que aprendizado ou resultado estamos buscando nesse MVP? 6. Como podemos medir os resultados desse MVP? 7. Qual é o custo e a data prevista para a entrega desse MVP? EXTRA. Quanto tempo precisamos para decidir se pivotamos? https://www.jevera.software/post/mvp-too-clear-or-not-too-clear 54 Figura 32 - MVP Canvas Calori.org Fonte: https://www.caroli.org/o-canvas-mvp/ Vamos explorar melhor nas aulas ao vivo, mas já fica o alerta que não devemos seguir com MPV se algum desses pontos já tiverem sido alcançados: (1)Grande base de cliente já conquistada; (2)Expectativas claras do usuário; (3)Demanda e expectativa comprovada. https://www.caroli.org/o-canvas-mvp/ 7 56 Capítulo 7. Métricas e o famoso teste A/B Com o produto no mercado, precisamos entender as melhores formas de mensurar cada uma das etapas, então neste capítulo iremos mergulhar nos conceitos e boas práticas de métricas e testes A/B. 7.1 Principais métricas de Produtos Digitais Métricas são dados quantificáveis que uma empresa rastreia e analisa para avaliar o sucesso de seu produto. Exemplos de métricas de produto incluem: taxa de conversão, taxa de cancelamento, receita recorrente mensal. Atualmente, por onde olhamos, podemos pensar como uma fonte gigantesca de dados neste ecossistema em que estamos inseridos. Podemos dividir os dados em primários e secundários: ● Primário – Dados captados pelo pesquisador; – Mais atualizados; – Custo mais alto; – Exige mais tempo de coleta; – Ex.: dados internos, pesquisa ad hoc, entrevistas, observação... ● Secundário – Dados captados por um terceiro; – Geralmente não tão atualizados; 57 – Pode obter de forma gratuita; – Acesso em tempo real; – Ex.: bancos de dados de terceiros, institutos, publicações. Da mesma forma que é importante entender o tipo de dado, devido sua natureza, quando nos aprofundamos na composição dos nossos dados quantificáveis é importante diferenciar as métricas e indicadores. Métricas são medidas quantificáveis usadas para avaliar o status de um processo, ação ou estratégia específica, como por exemplo: faturamento, quantidade ativa e tempo de entrega. Já indicadores são fatores ou variáveis qualitativas ou quantitativas que fornecem um meio simples e confiável para medir desempenho, como por exemplo: lucro, índice de satisfação, eficiência de produção. Mas por que deveríamos acompanhar métricas e indicadores? ● Levam a melhores decisões sobre o produto. ● Facilitam a obtenção da aprovação executiva. ● Mensuram o sucesso de campanhas de Marketing. ● Visualizam novas oportunidades e as ações necessárias para alcançá-las. ● Esclarecem quais são os pontos fortes e fracos das estratégias e da forma como têm sido executadas. ● Ajudam a identificar as falhas de operação e como elas podem ser solucionadas. 58 Dentre as diversas formas de entendimento do resultado que realmente importa ser acompanhado, recomendo destacar a abordagem do Lean Analytics. O modelo monta uma matriz que de acordo com o segmento do modelo de negócio e a natureza do dado existe uma recomendação de pacotes de resultados a serem acompanhados. Figura 33 - A métrica que importa - Lean Analytics Fonte: https://themadbugkoustubh.wordpress.com/2016/08/29/what-is-omtm- and-5-innovation-metrics-and-how-to-test-them/. Depois de ter entendido o grupo de métricas que iremos acompanhar, é recomendado o framework ou sistema de gestão que iremos adotar, para que possamos acompanhar estrategicamente nossos resultados. Dentre as diversas formas as quais podemos montar esse mapa de métricas, destacamos, com a recomendação de Bernand Luna - uma super referência no mercado - alguns modelos a serem estudados: https://themadbugkoustubh.wordpress.com/2016/08/29/what-is-omtm-and-5-innovation-metrics-and-how-to-test-them/ https://themadbugkoustubh.wordpress.com/2016/08/29/what-is-omtm-and-5-innovation-metrics-and-how-to-test-them/ 59 60 ● Metrics Radar Estratégia de radar é organizada de dentro para fora, onde você coloca sua métrica principal no centro de sua estratégia de produto. E a partir daí, inicia-se um processo de busca de correlação e causalidade de suas métricas de proxy. Figura 34 - Metrics Radar Fonte: https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree- agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560. ● Mixpanel Framework Existem 3 níveis de decomposição e complementaridade e 4 "categorias" de padrões para agrupar KPIs : Alcance, Ativação, Engajamento e Retenção. https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 61 Figura 35 - Mixpanel Metrics Framework Fonte: https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree- agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560. ● Amplitude's North Star Metric Ao analisar essa estrutura, também podemos listar 3 níveis de produto: métrica estrela do norte, métrica de entrada (KPIs) e trabalho (iniciativas de produto). Eles usam 3 “dimensões” de padrões para agrupar KPIs (mais um específico do negócio): Largura, Profundidade e Frequência. Figura 36 - Amplitude's North Star Metric Fonte: https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree- agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560. https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 https://medium.com/@bernarddeluna/metrics-radar-a-360-degree-agnostic-framework-for-your-product-metrics-eab701846560 62 7.2 OKR – Objetive Key-Results Uma estrutura popular de gerenciamento de metas, que guia as empresas a implementarem e executarem táticas e estratégias. ● Objetivo: indica aonde ir. Um objetivo que descreve para onde você deseja ir e define uma direção clara. ● Resultados-Chave: resultados a serem alcançados para chegar ao seu Objetivo. Um resultado-chave mostra como você está progredindo em direção ao seu objetivo. ● Iniciativas: projetos e tarefas que se propõem alcançar seus resultados-chave. Uma iniciativa descreve o que você fará para alcançar seus resultados principais Mas quais são os benefícios que podemos esperar: ● Alinhamento estratégico: Apoiar os times e áreas a alinharem os seus esforços, garantindo que todos estejam se movendo na mesma direção. ● Execução focada: Concentrarno que é mais importante, priorizando o trabalho que tem o maior impacto nos negócios. ● Funcionários engajados: Ajudar na comunicação do panorama e como os envolvidos podem alcançar um propósito comum. Como Agilidade, OKR é mais que um modelo, é uma cultura a ser adotada, logo seus valores, cerimônias e benefícios vão se mesclando com a própria cultura da empresa e a forma de pensar tática e estrategicamente. Com esta orquestração, toda iniciativa, teste e experimento se conectam para o alcance de algo maior. 63 Figura 37 - Jornada do OKR Fonte: https://t2informatik.de/en/smartpedia/okr/. 7.3 - Experimentação e Validação Com as métricas e orquestração dos objetivos dominados, é hora de se aventurar no mercado, mas antes de disparar todas as iniciativas, vale entendermos a definição e os benefícios de executar experimentos. Experimentação é aplicar os princípios científicos, para estabelecer a causalidade entre as mudanças no produto e seus resultados, em outras palavras: “Se [variável], então [resultado], porque [racional]”. Como em uma organização vários times estão aplicando iniciativas ao mesmo tempo, o experimento foca no entendimento do real impacto das mudanças, reduzindo ruídos e destacando os fatores identificáveis e causadores. Explorando melhor os benefícios, podemos destacar: ● Redução de custo: Testar uma hipótese usando baixa quantidade de recurso e envolvimento. https://t2informatik.de/en/smartpedia/okr/ 64 ● Reduzir Riscos: garantir que o impacto da mudança seja concentrado. ● Melhoria contínua de produto: Otimizar a consulta de impacto dos resultados da ação. ● Projetação de resultado: Predizer mudanças de comportamento em sistemas interdependentes e complexos. Dentre os modelos de experimentação mais usados, vale destacar: ● Multivariáveis: Múltiplas variáveis mudando ao mesmo tempo para mensurar eficácia de várias combinações. ● Funil: Mudanças realizadas na experiência da entrada no site à aquisição. ● Intervalo temporal: Compara um benchmark de KPIs antes e depois de a mudança ter sido lançada. ● A/B: Atribuir usuários aleatoriamente a diferentes experiências de produto. Dentre os modelos, vamos explorar mais o teste A/B, o método de comparar duas versões de uma página da Web ou aplicativo entre si, de forma aleatória para determinar qual tem melhor desempenho. Figura 38 - Exemplo de Teste A/B 65 Fonte: https://t2informatik.de/en/smartpedia/okr/. Perceba que na figura 38, em um primeiro momento, com o botão cinza estávamos com $1mil de vendas, mas tínhamos uma hipótese de que um botão vermelho poderia vender mais. Para realmente saber, o experimento foi montado com parte do tráfego direcionado para a página com botão cinza e o restante para o botão vermelho. Com isso podemos identificar que o botão vermelho realmente vendia mais, logo a defesa para a mudança definitiva do botão seria fácil de defender. Entendido a mecânica, vamos para prática: 1. Coletar dados e Objetivos; 2. Geração de hipóteses; 3. Criando variáveis; 4. Experimento; 5. Análise de resultado. 7.4 Devemos seguir em frente? Validar ou Pivotar? https://t2informatik.de/en/smartpedia/okr/ 66 Conforme explica Marty Cagan, no livro “Inspired”, o famoso Discovery é uma soma de atividades, usado para responder perguntas com a intenção de mitigar riscos de valor, usabilidade, execução e viabilidade. No Discovery, o PM estuda o mercado, analisa os concorrentes, planeja como mitigar os riscos, entre outras atividades e foi o que fizemos para chegar até aqui, por meio da desmistificação da Inovação, entendimento do Problem Fit, alcance do valor, construção do Product Market Fit e definição das métricas e experimento. Se pudéssemos resumir nossa jornada, talvez sua melhor representação seja o processo de Duplo Diamante: Figura 39 - Duplo Diamante e o processo de descoberta Fonte: https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao- fazer-e-como-fazer/. Figura 40 - Processo de Discovery e desenvolvimento https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao-fazer-e-como-fazer/ https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao-fazer-e-como-fazer/ 67 Fonte: https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao- fazer-e-como-fazer/. Para apoiar na validação das hipóteses, por fim, ainda destaco o Validation Board, pois sabemos que não se trata de receita, não tem caminhos rápidos, mas precisamos traçar passos estruturados que levam ao entendimento real do mercado, cliente, dores e valores. Figura 41 - Validation Board Fonte: https://rulez.io/blog/validation-board/. https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao-fazer-e-como-fazer/ https://productoversee.com/product-discovery-o-que-e-quando-nao-fazer-e-como-fazer/ https://rulez.io/blog/validation-board/ 8 69 Capítulo 8. Lançamento e crescimento do produto 8.1 Marketing de Produto Marketing de Produto é focado em encontrar, atrair e converter os consumidores ideais para um tipo específico de produto. Em linhas gerais, responsáveis por: posicionamento do produto; construir uma mensagem da empresa sobre o produto; mapear diferencial competitivo frente aos concorrentes, além do alinhamento entre as equipes de Vendas e Marketing. O ponto que une todas estas atividades é o conhecimento profundo do produto, seja antes ou depois do lançamento. Figura 42 - O Marketing de Produto Fonte: https://www.drift.com/blog/what-is-product-marketing/. Mas a imagem acima não demonstra em sua plenitude as atividades e relacionamentos entre a disciplina de Marketing de Produto, o produto e o mercado, como o “Ciclo do Produto com Mercado”. https://www.drift.com/blog/what-is-product-marketing/ 70 Figura 42 - Ciclo do Produto com Mercado / Fonte: https://www.drift.com/blog/what-is-product-marketing. A área de produto tem desafios diversos e plurais, logo a composição da squad ou tribo precisa ser multifacetado para que juntos, com o apoio do Marketing de produto consigamos alcançar: ● Estratégia de lançamento: Posicionamento competitivo e mercado. ● Converter e acolher: Navegabilidade, narrativa, adoção e o sucesso do cliente. ● Atratividade e Selling proposition: Topo de funil, SEO e mídias com base na proposta de valor. ● Posicionamento e Mercado: Quem? O que faz? Por que vão querer comprar? Qual o diferencial? Como empoderar o público interno? https://www.drift.com/blog/what-is-product-marketing 71 8.2 Crescimento de Produto (Growth) Com nossas rotinas e boas práticas de Marketing de Produto bem definidos, passamos para evolução em processos de experimentação rápida em canais de marketing e desenvolvimento de produtos para identificar as maneiras mais eficientes de fazer um negócio crescer. Para obter o máximo de suas estratégias de crescimento, é fundamental ter um processo bem definido na execução de experimentos de crescimento, que normalmente ficam de responsabilidade do time de Growth ou Crescimento. Com tais práticas, são esperados os benefícios: ● Orientação por dados: Medir todos os seus esforços de marketing e saber exatamente as alavancas. ● Economia e Rapidez: Pequenos experimentos para não jogar dinheiro fora e apenas orar. ● Experiência prática: Aprender as estratégias e compreender a mentalidade aplicando. ● Automação: Crescimento das ferramentas de marketing para a maioria das tarefas manuais. Mas como podemos organizar a criação e gestão desses experimentos? 72 Figura 43 - Processo de experimentação de crescimento Fonte: https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment- 8d84f3182862 Em uma visão mais processual, podemos aprofundar no passo a passo: Figura 44 - Detalhamentodo processo de experimentação de crescimento Fonte: https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment- 8d84f3182862 Independentemente dos caminhos a serem escolhidos na construção do experimento, espera-se que consigamos montar um quadro de resultado que aborde: https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 73 ● “Nós acreditamos que esse experimento blá blá, e para verificar isso iremos descrever o teste blá blá e com isso iremos mensurar as métricas blá blá, com a certeza de sucesso, se a referência de sucesso for alcançada. ● Resultados Quantitativos e Qualitativos alcançados. ● Próximos passos com os aprendizados. Chegando em um modelo parecido com este exemplo: Figura 45 - Exemplo de descrição de resultado de experimento Fonte: https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment- 8d84f3182862 8.3 Funil de conversão, inbound e outbound A relação com o produto começa com o tom e forma de atração das táticas de marketing, logo nenhuma estratégia de Marketing e crescimento estará completa se não entender a forma a qual iremos capturar a atenção do mercado e mensurar da entrada, até o uso real do produto ou serviço. https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 https://medium.com/brightfund/how-to-run-a-growth-experiment-8d84f3182862 74 Então vamos nos aprofundar para entender como tais temas se inter relacionam com crescimento, experimento e marketing. ● Outbound Marketing: conjunto de ações para prospecção ativa de clientes por meio de campanhas. Normalmente quando pensamos em Marketing, pensamos em ações agressivas ou por interrupção, como peças de marketing tradicionais que são enviadas ou mostradas para você. Ou seja, interrompendo uma jornada para te mostrar algo que talvez você queira. ● Inbound Marketing: atrair determinado público através da oferta de conteúdo. Pense em uma jornada do cliente que de acordo com sua evolução, o mesmo recebe conteúdos que apoiem na persuasão do cliente. Em outras palavras, de acordo com a etapa de relacionamento com o cliente ou reconhecimento da dor, são compartilhados conteúdos, imagens e recomendações que colaboram com o usuário. Figura 46 - Inbound e Outbound Fonte: https://notopo.com/blog. https://notopo.com/blog 75 ● Funil de Marketing: um conjunto de etapas percorridas pelas pessoas, até se tornarem clientes. Pode parecer um termo longe da nossa realidade, mas toda vez que se entra em uma página de venda de qualquer produto, podemos identificar etapas desde a entrada da home do site até o carrinho de compra, ou até o uso efetivo do produto. Nesta mesma linha, somando etapas do funil, destaco as Métricas Piratas (AARRR). De forma resumida, podemos definir como uma forma de agrupar e comunicar métricas, dependendo da etapa de jornada de compra do usuário, passando por descoberta, aprendizado, reconhecimento do problema, avaliação da solução até a decisão de compra. As métricas são: acquisition (aquisição), ativação (activation), revenue, (receita), retention (retenção), referral (indicação), ou como um pirata diria: AARRR. Figura 47 - Funil de vendas e exemplo de ações Fonte: https://digitalks.com.br/artigos/funil-de-vendas-e-e-mail-um- casamentao-do-marketing-digital/ https://digitalks.com.br/artigos/funil-de-vendas-e-e-mail-um-casamentao-do-marketing-digital/ https://digitalks.com.br/artigos/funil-de-vendas-e-e-mail-um-casamentao-do-marketing-digital/ 76 Figura 48 - Métricas Pirata – AARRR 8.4 Plano de lançamento (Go to Market) Uma estratégia go-to-market (GTM), é um plano passo a passo criado para lançar com sucesso um produto no mercado, pois sabemos que a coordenação de esforços e orquestração das ações, é bem diferente do planejamento do marketing do dia a dia. Enquanto no desenvolvimento de produto e campanhas recorrentes buscamos entrega valor de forma contínua, no lançamento precisamos de impacto. Uma boa estratégia de GTM geralmente identifica um público-alvo, inclui um plano de marketing e descreve uma estratégia de vendas. Embora cada produto e mercado sejam diferentes, também deve-se identificar um problema de mercado e posicionar o produto como uma solução. Logo a criação do GTM começa muito antes com um mapeamento prévio: 77 Figura 49 - Mapeamento pré GTM Fonte: https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to- market-que-anitta-vai-te-ensinar/. Com as informações em mãos, partimos para o processo de construção do plano de lançamento: 1. Agentes e Valor percebido: Identifique para quem é a mensagem e a adapte de acordo com o valor percebido. 2. Teste de mensagem: Três variáveis para testar: o canal em que anuncia, o público-alvo e a mensagem que você compartilha. 3. Refinamento antes do salto: Otimize seus anúncios com base nos resultados de seus testes antes de implementá-los em larga escala. 4. Refinamento antes do salto: Entender a jornada do cliente em potencial (perspectiva do comprador e da empresa). 5. Ecossistema do Marketing: Crie consciência de marca e geração de demanda com métodos inbound e / ou outbound. 6. Reforço de imagem: O marketing de conteúdo é a chave para gerar tráfego orgânico, pois o conteúdo direciona para o seu site. https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to-market-que-anitta-vai-te-ensinar/ https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to-market-que-anitta-vai-te-ensinar/ 78 7. Encontre maneiras de otimizar seu pipeline e aumentar as taxas de conversão e redução do custo de aquisição 10. Elabore estratégias para explorar sua base de clientes existente Outra forma de percorrer tal processo é o Go to Market Strategy Canvas, pois ao mapear os elementos de sua estratégia podemos nos preparar adequadamente para seus desafios e sustos. Figura 50 - Go to Market Strategy Canvas Fonte: https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to- market-que-anitta-vai-te-ensinar/. https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to-market-que-anitta-vai-te-ensinar/ https://clubedotrade.com.br/blog/estrategias-inteligentes-de-go-to-market-que-anitta-vai-te-ensinar/ 79 Referências CAGAN, M. Como criar produtos de tecnologia que os clientes amam. 2. ed. São Paulo: Alta Books, 2020. CAROLI, P. Lean Inception: como alinhar pessoas e construir o produto certo. São Paulo: Editora Caroli, 2018. CROLL, A. ; YOSKOVITZ, B. Lean Analytics: Use Data to Build a Better Startup Faster. Newton, MA: O’Reilly Media, 2013. EIS, D. Gestão Moderna de Produtos Digitais: O Produto Digital como um meio de entregar valor para o usuário e para o negócio. São Paulo: Editora Diego Eis, 2020. GARRET, J. J. The elements of user experience: user-centered design for the Web and beyond. Berkeley, CA: New Riders,2011. MOORE, G. A. Crossing the Chasm, Marketing and Selling High-Tech. Products to Mainstream Customer. New York: HarperCollins Publishers, 1999. Norman, D. The Design of Everyday Things - Revised and Expanded Edition. New York: Basic Books, 2013. PERRI, M. Escaping the Build Trap: How Effective Product Management Creates Real Value. Sebastopol, CA: O'Reilly Media Inc., 2018. SHARP, B. Three Horizons: The Patterning of Hope - 2nd Ed. Charmouth, UK: Triarchy Press, 2013. SINEK, S. Start with Why. 2009. Portfolio Penguin. 80 TORRES, J. Gestão de produtos de software: Como aumentar as chances de sucesso do seu software. São Paulo: Editora Casa do Código, 2015. Demonstração de ferramentas e outras provocaçõesCapítulo 1 - 1.Ciclo de vida do produto e inovação Definição de produto e contexto digital Fonte: https://k21.global/blog/o-que-e-um-produto-digital. Fonte: https://www.romanpichler.com/blog/what-is-a-digital-product/. Fonte: https://www.mckinsey.com/business-functions/organization/our- insights/the-five-trademarks-of-agile-organizations. Matriz CDS Fonte: https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no- seu-planejamento-estrategico/. Fonte: https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA- precisa-saber-897e39c797e7. Ciclo de vida de produto Fonte: https://www.friendslab.co/o-que-e-ciclo-de-vida-do-produto. Fonte: https://blog.insiderstore.com.br/simon-sinek-e-o-conceito-do- circulo-dourado/. Fonte:https://medium.com/somos-tera/qual-%C3%A9-o-novo-jeito-de- desenvolver-produtos-marty-cagan-explica-c44b8774b8a. Conceito do Círculo Dourado Fonte: https://vidadeproduto.com.br/ciclo-de-vida-do-produto/Círculo de ouro. https://k21.global/blog/o-que-e-um-produto-digital https://www.romanpichler.com/blog/what-is-a-digital-product/ https://www.mckinsey.com/business-functions/organization/our-insights/the-five-trademarks-of-agile-organizations https://www.mckinsey.com/business-functions/organization/our-insights/the-five-trademarks-of-agile-organizations https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-897e39c797e7 https://brasil.uxdesign.cc/matriz-csd-tudo-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber-897e39c797e7 https://www.friendslab.co/o-que-e-ciclo-de-vida-do-produto https://blog.insiderstore.com.br/simon-sinek-e-o-conceito-do-circulo-dourado/ https://blog.insiderstore.com.br/simon-sinek-e-o-conceito-do-circulo-dourado/ https://vidadeproduto.com.br/ciclo-de-vida-do-produto/C%C3%ADrculo%20de%20ouro. https://vidadeproduto.com.br/ciclo-de-vida-do-produto/C%C3%ADrculo%20de%20ouro. 81 Fonte: https://www.friendslab.co/saiba-qual-e-primeira-etapa-para-criar- um-negocio. Inovação Fonte: https://vidadeproduto.com.br/3-horizontes-de-inovacao/. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_5KfRQJqpPU. Fonte: https://www.deviantart.com/nicholasstacey/art/Provocation- 725874227. Fonte: www.escolaagua.com.br/post/a-estratégia-das-3-caixas-a-inovação- a-operação-e-o-passado. Capítulo 2 - Análise de Mercado e Modelo de Negócios Estimando tamanho da oportunidade: TAM SAM, SOM Fonte: https://productfolio.com/tam-sam-som/. Fonte: https://wpguynews.com/tam-sam-som-what-do-they-mean-how-do- you-calculate-them/. Fonte: https://medium.com/@somostera/tam-sam-som-o-que-significa-e- qual-a-importancia-9b5338d8591d. Benchmarking e mapeando o mercado Fonte: https://pt.semrush.com/blog/6-etapas-para-uma-analise-de- mercado-completa/. Fonte: https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no- seu-planejamento-estrategico/. https://www.friendslab.co/saiba-qual-e-primeira-etapa-para-criar-um-negocio https://www.friendslab.co/saiba-qual-e-primeira-etapa-para-criar-um-negocio https://vidadeproduto.com.br/3-horizontes-de-inovacao/ https://www.youtube.com/watch?v=_5KfRQJqpPU https://www.deviantart.com/nicholasstacey/art/Provocation-725874227 https://www.deviantart.com/nicholasstacey/art/Provocation-725874227 http://www.escolaagua.com.br/post/a-estrat%C3%A9gia-das-3-caixas-a-inova%C3%A7%C3%A3o-a-opera%C3%A7%C3%A3o-e-o-passado http://www.escolaagua.com.br/post/a-estrat%C3%A9gia-das-3-caixas-a-inova%C3%A7%C3%A3o-a-opera%C3%A7%C3%A3o-e-o-passado https://productfolio.com/tam-sam-som/ https://wpguynews.com/tam-sam-som-what-do-they-mean-how-do-you-calculate-them/ https://wpguynews.com/tam-sam-som-what-do-they-mean-how-do-you-calculate-them/ https://medium.com/@somostera/tam-sam-som-o-que-significa-e-qual-a-importancia-9b5338d8591d https://medium.com/@somostera/tam-sam-som-o-que-significa-e-qual-a-importancia-9b5338d8591d https://pt.semrush.com/blog/6-etapas-para-uma-analise-de-mercado-completa/ https://pt.semrush.com/blog/6-etapas-para-uma-analise-de-mercado-completa/ https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ https://torobay.com.br/05-ferramentas-de-inovacao-para-incluir-no-seu-planejamento-estrategico/ 82 Fonte: https://thecanvasrevolution.com/product/competitive-analysis- canvas. 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Mapa de empatia Fonte: https://resultadosdigitais.com.br/blog/mapa-da-empatia/. Fonte: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que- e/. Fonte: http://designr.com.br/como-criar-personas-usando-mapas-de- empatia/. Modelo de Personas Fonte: http://designr.com.br/fundamentos-sobre-personas-para-ux- design/. Fonte: https://blog.lahar.com.br/marketing-de-conteudo/como-criar- personas/. Fonte: https://materiais.resultadosdigitais.com.br/guia-completo-personas- jornada-de-compra. Fonte: https://app.xtensio.com/design/11j2vdah. Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/o-que-%C3%A9-e-como-criar- vis%C3%A3o-estrat%C3%A9gia-do-produto-joaquim- torres/?originalSubdomain=pt. Fonte: https://www.tractionwise.com/en/magazine/problem-solution-fit/. 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