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ANTROPOLOGIA FORENSE 
Prof. Paulo Bilynskyj 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DA ANTROPOLOGIA 
FORENSE 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Antropologia Forense é o ramo da Medicina Legal que estuda a identificação e a 
identidade dos seres humanos. 
 
Podemos conceituar identidade como sendo o conjunto de elementos que 
caracterizam uma pessoa, tornando-a única e, consequentemente distinguindo-a 
das demais pessoas. 
 
Identificação, por sua vez, é o processo técnico e científico utilizado para se chegar 
a uma identidade; para se determinar uma identidade ou não de uma pessoa. 
INTRODUÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
INTRODUÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
ANTROPOLOGIA 
IDENTIDADE 
É o conjunto de elementos que 
caracterizam uma pessoa. 
IDENTIFICAÇÃO 
É o processo técnico e 
científico utilizado para se 
chegar a uma identidade. 
INTRODUÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A identidade possui grande importância seja para efeitos 
civis seja para efeitos criminais já que toda e qualquer 
responsabilização somente é possível após a prévia 
identificação. 
CLASSIFICAÇÃO DA IDENTIDADE 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A identidade pode ser classificada em: 
Identidade 
Subjetiva 
Objetiva 
CLASSIFICAÇÃO DA IDENTIDADE 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Identidade subjetiva: quando diz respeito à consciência, à 
capacidade do ser humano de compreender que existe como 
indivíduo na estrutura da realidade. 
 
 
Identidade objetiva: diz respeito às qualidades físicas do indivíduo. 
CLASSIFICAÇÃO DA IDENTIDADE 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A identificação pode ser feita através do corpo vivo ou do 
cadáver, ainda que em partes e através de coisas (unha, 
cabelo, ossos...). 
Todo ser humano 
possuí 
características 
físicas 
Todo ser humano 
possuí 
características 
únicas 
Cada ser humano 
é único 
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Para ser considerado um bom método de identificação, o método deve 
ter algumas características: 
 
• Unicidade: o elemento identificador deve ser único para cada pessoa. 
(Critério biológico) 
 
• Imutabilidade: o elemento identificador não sofre a ação do tempo, ou 
seja, permanece o mesmo com o passar do tempo. (Critério biológico) 
 
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
• Perenidade: o elemento deve estar presente durante toda a vida e até 
após a morte (até certo tempo). (Critério biológico) 
 
• Praticabilidade: o elemento deve ser obtido e registrado de forma 
fácil. (Critério técnico) 
 
• Classificabilidade: o elemento deve ser de fácil classificação 
permitindo assim, seu arquivamento o qual permitirá uma busca 
rápida e fácil do registro. (Critério técnico) 
 
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Assim, um bom método de identificação deve atender a essas 
características. 
 
Esse elemento ficará então registrado e arquivado e, quando necessário 
será utilizado como padrão de comparação (ponto de partida). Será 
colhido o elemento da pessoa que se pretende identificar e então se fará 
a comparação entre os dois registros. 
 
FASES DA PERÍCIA DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Registro do 
elemento 
Coleta e registro do 
mesmo elemento do 
indivíduo que se 
pretende identificar 
Comparação dos 
dois registros 
FASES DA PERÍCIA DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A identificação se dará quando da comparação, se positivo trata-
se da mesma pessoa de quem foi colhido o elemento quando do 
primeiro registro. Assim, percebe-se que se não houver um 
registro anterior do elemento característico ou se não for 
possível coletar o mesmo elemento para o confronto será 
impossível a identificação, já que não haverá padrão para o 
confronto. Daí podemos inferir que: 
TODO MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO É 
COMPARATIVO 
CLASSIFICAÇÃO DA 
IDENTIFICAÇÃO 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A identificação é classificada em: 
CLASSIFICAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Id
e
n
ti
fi
ca
çã
o
 
Identificação médico-legal, pericial ou 
antropológica 
Identificação judiciária 
Identificação criminal 
É aquela realizada pelos médicos legistas, exige conhecimentos médicos e 
de ciências biológicas e afins. Ela, de acordo com Flamínio Favero, divide-se 
em três partes: física, funcional e psíquica. 
Identificação Médico-legal, Pericial ou Antropológica 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Identificação Médico Legal 
Física Funcional Psíquica 
Assim, a identificação física seria aquela que tem como objetivo determinar 
qual a espécie (se animal ou humano), raça, o sexo, a idade, a altura, o peso, 
sinais, cor, etc. 
 
A identificação funcional tem seu foco voltado para o modo como o 
indivíduo se apresenta, com suas atitudes, assim preocupa-se com dados 
como a voz, a escrita, a força, a forma de andar, gestos entre outros. 
 
Identificação Médico-legal, Pericial ou Antropológica 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Já a identificação psíquica preocupa-se com a consciência individual, com as 
manifestações psíquicas normais e anormais (patológicas), identifica as 
oligofrenias, psicoses, neuroses, etc. 
 
Dito isso vamos verificar as principais identificações médico-legais. 
Identificação Médico-legal, Pericial ou Antropológica 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Suponha que o perito médico legista esteja diante de pedaços de ossos ou de 
fragmentos de corpos que não se tenha certeza se são de ser humano ou de 
animal. Nesses casos, antes de qualquer outro exame será necessário identificar 
a espécie dos restos mortais, se humana ou animal. 
 
Todos os ossos, tanto humanos como de animais possuem em seu interior 
canalículos microscópicos – os canais de Havers. O que difere um osso humano 
de um osso de animal é a quantidade e a largura desses canais, assim, nos 
humanos temos menor quantidade e maior largura dos canais de Havers. 
1. Identificação da Espécie 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Se houver sangue nos fragmentos, será 
submetido a testes para indicar se é 
humano ou animal e, em sendo humano 
serão feito testes individuais de tipagem 
sanguínea. (A, B, AB, O, Rh positivo ou 
negativo etc...). 
1. Identificação da Espécie 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Primeiramente temos que frisar que não existem raças puras, superiores ou 
inferiores. Sabemos que se admite como tipos étnicos fundamentais os 
caucasianos, mongólicos indianos, negroides e australoides. 
 
Existem alguns elementos que permitem a diferenciação das raças, os 
principais são: a forma do crânio; o índice cefálico (relação entre largura e 
comprimento do crânio), o ângulo facial, as dimensões da face, o tipo de 
cabelo e a cor da pele. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Assim, o tipo caucasiano tem como característica a pele branca, cabelos lisos 
ou crespos, castanhos ou louros, íris azul ou castanha e contorno crânio-
facial ovoide ou ovoide poligonal e perfil facial ortognata e ligeiramente 
prognata. 
 
O tipo mongólico, por outro lado, apresenta pelo amarela, cabelos lisos, face 
achatada, arcada superciliar pouco saliente, pálpebras amendoadas, nariz 
curto e largo e maxilares pequenos. 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Já o tipo negróide apresenta como características a pele negra, cabelos 
crespos, perfil facial prognata, íris castanha, nariz pequeno de perfil côcavo e 
narinas curtas e afastadas. 
 
Com relação ao tipo indiano podemos dizer que se caracteriza por pele 
amarela trigueira, tendente para o avermelhado, alta estatura, cabelos lisos 
e pretos,íris castanha, ausência de barba e bigode, orelhas pequenas e nariz 
saliente, longo e estreito. 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Por fim o tipo australoide pode ser caracterizado como sendo de estatura 
alta, pele trigueira, cabelos pretos, ondulados e longos, nariz curto com 
narinas afastadas. 
Para a caracterização da raça são levados em conta os seguintes exames: 
 
a) Formato do crânio. Avaliam-se os contornos vertical, anterior, posterior e 
laterais, que formarão figuras geométricas correspondentes a cada tipo; 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
b) Índices cefálicos. Se subdividem em: 
 
(i) índice cefálico horizontal – obtido por meio da relação entre a largura e o 
comprimento do crânio, fixa-se na puberdade e é menos homogêneo na 
mulher; (ii) índice cefálico vertical; 
(iii) índice cefálico transverso ou vertical posterior – obtido pela média do 
índice cefálico horizontal e vertical; e 
(iv) índice nasal – obtido por meio da relação centesimal entre a largura 
máxima das fossas nasais e a altura násio-espinhal. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
c) Capacidade do crânio. Dada pela quantidade de chumbo necessária para 
encher a cavidade craniana após tapado seus orifícios. A quantidade de 
chumbo (quantitas plumbem) obtida é posta em frasco graduado em 
centímetros cúbicos, determinando-se, o seu volume em capacidade. A 
capacidade do crânio é maior no sexo masculino. E de forma decrescente é 
maior em indivíduos da raça branca, amarela, vermelha e negra. 
 
d) Ângulo facial. Determina o prognatismo (proeminência dos maxilares); 
quanto mais agudo for o ângulo facial maior o prognatismo, na raça branca 
esse ângulo é máximo e na raça negra é mínimo. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
É possível aferir as medidas por meio dos goniômetros (o de Broca, p. ex). 
Existem diversos critérios para aferí-lo; para Jacquart, 
O ângulo é obtido por uma linha vertical que passa pela fronte e pela 
espinha nasal anterior — linha facial — e por uma outra que vai da 
espinha nasal anterior ao meio da linha biauricular — linha aurículo-
espinal; 
já de acordo com Cloquet: 
Essas duas linhas se encontram no rebordo alveolar; 
Curvier, por sua vez utiliza a intersecção dessas duas linhas na margem 
cortante dos incisivos; 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
O método de Rivet, por outro lado, 
consiste em se traçar um triângulo facial 
por intermédio das linhas facial e 
aurículo-espinal como foram descritas 
no método de Jacquart, e uma outra 
linha tangente ao mento e aos incisivos 
mediais inferiores. A partir do 
comprimento dos três lados do 
triângulo obtido, calcula-se os seus 
ângulos por meio de tábuas 
logarítmicas. 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Com base nas medidas do ângulo facial (método de Camper o qual 
compreende um plano aurículo-orbitário que passa pelos bordos 
inferiores das órbitas e pelas bordas superiores dos orifícios do conduto 
auditivo e por uma reta que, partindo do ponto de inserção dos 
incisivos, passa pelo começo do nariz), classificamos em: 
I. ortognatas: ângulo com mais de 85º; 
II. mesognatas: ângulo com mais de 80º a 85º; 
III. prognatas: ângulo com menos de 80º. 
As partes moles (os lábios, p. ex) impedem a determinação do prognatismo 
no vivo e no cadáver recente. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
e) Dimensões da face. É obtida por meio da relação entre a largura e a altura 
da face (Largura máxima X 100 – altura násio -alveolar / altura máxima da 
face – diâmetro bizigomático máximo). A partir das dimensões da face 
classificam-se em braquifacial, mesofacial, dolicofacial, conforme seja o 
índice facial superior encontrado. Levando em consideração os diâmetros 
bizigomático e násio-alveolar, os amarelos têm a face mais larga, seguidos 
pelos negros e, depois, pelos brancos, (mais estreitas). 
 
f) Envergadura. É um sinal étnico. As pessoas da raça negra em regra têm os 
membros superiores mais longos em relação aos inferiores. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Índice R. Negra R. Branca 
Tibiofemoral sup. a 83 inf. a 83 
Radioumeral sup. a 80 inf. a 75 
 g) Cabelos. É um sinal étnico. É possível identificar através de exame de 
DNA se se trata de animal ou ser humano, a raça; o sexo, a idade, a 
região de onde saíram, se foram arrancados, se caíram, se foram 
cortados. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Aqui no Brasil não temos um tipo racial definido em razão da grande 
miscigenação. Assim, temos branco, negro, índio, mulato (branco + 
negro), mameluco (branco + índio) e os cafuzos (negro + índio). 
 
Importante dedicarmos um tempinho ao estudo dos pontos anatômicos 
cranimétricos utilizados na determinação dos índices cefálicos. Conforme 
ensinam L. Testut e A. Latarjet, Anatomia humana, Salvat Ed., 1954, p.284 
e s, citados por Dalton Croce em seu Manual de Medicina Legal temos os 
seguintes pontos anatômicos craniométricos: 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Gnation: que se localiza entre os forames mentonianos bilaterais, na 
parte mais anterior e inferior do mento ósseo; 
Próstion ou ponto alveolar: que se localizam no rebordo alveolar dos 
dentes incisivos centrais superiores; 
Násion ou ponto nasal: que se localiza no centro da articulação 
nasofrontal; 
Ponto subnasal ou espinal: que se localiza no centro virtual da espinha 
nasal anterior; 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Glabela: é aquela protuberância frontal entre as cristas superciliares; 
Bregma: é o ponto de convergência das suturas sagital, metópica e 
coronária; 
Obelion: localiza-se na altura dos buracos parietais; 
Lambda: é o ponto de junção da sutura lambdoide com a sagital; 
Ínion: localizado na base da protuberância occipital externa; 
Metalambda: localizado no centro mais posterior do crânio; 
Opístion: situado na margem posterior do forame occipital; 
Básion: localizado no ponto médio da borda anterior do buraco occipital. 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Os pontos anatômicos laterais que 
merecem destaque são: 
a) Gonion: localizado no lado 
externo do ângulo mandibular; 
b) Dacrion: o ponto de encontro 
das suturas vertical lacrimomaxilar e 
nasofrontal. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Por ser bastante cobrado em provas vamos aprofundar os estudos dos 
índices cefálicos. Assim, temos: 
 - Índice cefálico horizontal — Obtido pela relação entre a largura e o 
comprimento do crânio. Esse índice como já dissemos fixa-se durante a 
puberdade e é mais homogêneo no homem do que na mulher. De acordo 
com Retzius, temos a seguinte fórmula: 
 
ICH =Largura máxima X100 
--------------------------- 
Comprimento máximo 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Onde o comprimento máximo é composto pela longitude glabelo-
metalambda. 
Com base no índice cefálico horizontal denominamos os crânios como sendo: 
 
a) dolicocéfalos: em que o ICH é igual ou inferior a 75; 
b) subdolicocéfalos: em que o ICH vai de 75,01 a 77,77; 
c) mesaticéfalos: em que o ICH vai de 77,78 a 80; 
d) sub-braquicéfalos: em que o ICH vai de 
 80,01 a 82,33; 
e) braquicéfalos: em que o ICH é de 
 82,34 ou maior. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
- Índice vertical (perfil) — Obtido pela 
 fórmula: 
 
IV.Pe = Altura basiobregma x 100 
------------------------------------ 
Longitude glabelo-metalambda 
 
Com base no índice vertical denomina-se o crânio como: 
a) hipsicéfalos (crânios altos): o índice é maiordo que 75; 
b) mesocéfalos (crânios médios): o índice varia entre 75 e 69; 
c) platicéfalos (crânios baixos): o índice é menor que 69. 
 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Índice transverso ou vertical posterior — Obtido pela média do índice 
cefálico horizontal e índice vertical (perfil). 
IV.Po = Altura basiobregmática X 100 
----------------------------------- 
Diâmetro transverso máximo 
 
De acordo com esse índice os crânios se 
Dividem em: 
a) tapinocéfalos: o índice é de até 91,99; 
b) metriocéfalos: o índice varia de 91,99 a 97,99; 
c) estenocéfalos: o índice é de 98 ou mais. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
- Índice nasal — Obtido por meio da relação centesimal entre a largura 
máxima das fossas nasais e a altura násio-espinal. 
 
IN = Largura máxima nasal X 100 
--------------------------------- 
Altura násio-espinal 
 
De acordo com esse índice classifica-se em: 
a) nariz platirrino: característico de negros africanos e da Oceania; 
b) nariz mesorrino: característico de amarelos; 
c) nariz leptorrino: característico dos brancos. 
2. Identificação da Raça 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Importante destacar que a classificação em branco, pardo ou negro 
não é designação etnográfica, é sim uma classificação baseada na 
tonalidade da pele segundo a concentração de melanina. 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Existem diversas formas de identificação do sexo. Obviamente o sexo na 
pessoa viva e no cadáver recente e sem mutilações do aparelho reprodutor e 
dos caracteres sexuais é muito fácil. Porém existem algumas situações em 
que não será tão simples a identificação, abaixo elencamos algumas dessas 
situações: 
 
I. Putrefação avançada, se a putrefação houver destruído os genitais 
externos ainda é possível identificar através dos ovários presentes nas 
mulheres ou da próstata presente nos homens. 
Obs.: É possivel encontrar o útero preservado em corpos carbonizados; 
II. Intersexuais (anomalias que dificultam a determinação do sexo); 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
III. Hermafroditismo (pseudo) o indivíduo possui gônada de um sexo e 
características físicas do outro, assim o pseudo-hermafroditismo 
masculino apresenta testículos, mas a continuação e aspectos genitais 
externos se assemelham ao do sexo feminino. O pseudo-
hermafroditismo feminino se caracteriza por possuir ovários, mas a 
genitália externa tem aparência masculina. O sexo real do indivíduo é 
atestado através de exame cuidadoso conforme o caso, através de 
cirurgias, bem como pelo estudo da cromatina sexual. 
 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
IV. Ossada (quando visto o esqueleto, em conjunto, é possível conseguir 
dados que auxiliam na identificação). Nas pessoas do sexo masculino os 
ossos do crânio são mais espessos quando comparados aos das pessoas 
do sexo feminino, as quais possuem ossos mais delicados, os malares são 
mais salientes nos homens, o tórax tem formato cônico, com a parte 
superior mais larga, enquanto nas mulheres o tórax é ovóide, na bacia as 
dimensões verticais predominam, já nas mulheres a bacia tem maior 
diâmetro transversal, nos homens o sacro é mais alto, já nas mulheres é 
mais baixo 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
V. Sexo genético ou cromossomial: faz-se a análise dos cromossomos, por 
meio dos corpúsculos de Borr e pelo corpúsculo fluorescente; 
 
VI. Sexo gonadal: identificado pela presença de testículos e ovários. 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Tanto o crânio como o tórax trazem elementos que permitem se presumir 
qual o sexo do indivíduo. O crânio da pessoa do sexo feminino tem a fronte 
mais verticalizada, a articulação fronto nasal curva, saliências ósseas e as 
apófises mastoides e estiloides menos desenvolvidas quando comparadas ao 
crânio do indivíduo do sexo masculino. Em regra a capacidade do crânio 
feminino corresponde a nove décimos da capacidade do masculino. 
 
Em indivíduos do sexo feminino, a capacidade torácica é menor e as apófises 
transversas das vértebras dorsais mostram-se mais dirigidas para trás. 
3. Identificação do Sexo 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Obs.: É possível que o útero se mantenha preservado em caso de incêndio e 
em caso de putrefação avançada. 
 
Devemos ter em mente, no entanto, que embora crânio e tórax permitam 
identificar o sexo; é a bacia que nos fornece as características diferenciais 
mais importantes. 
 
Curiosidade: A inclinação da sínfise vertical é menos pronunciada no sexo 
feminino. As dimensões verticais da bacia masculina ultrapassam as da bacia 
feminina. 
 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A vida humana tem as seguintes fases etárias, de acordo com Croce: 
 Vida intrauterina (embrião até o 3º mês, feto até o parto); 
 Infante nascido (nascido que não recebeu cuidados higiênicos); 
 Recém nascido (nascido que recebeu cuidados higiênicos); 
 1ª Infância (até os 07 anos de idade); 
 2ª Infância (dos 08 aos 11 anos de idade); 
 Adolescência (dos 12 aos 18 anos de idade); 
 Mocidade (dos 19 aos 21 anos de idade); 
 Idade adulta (dos 22 aos 60 anos de idade); 
 Velhice (dos 61 aos 80 anos de idade); 
 Senilidade (após os 80 anos de idade). 
 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Tem forma específica para o feto e a partir do nascimento. No feto, verifica-
se o aspecto morfológico e a estatura. Assim, temos: 
 
 Do primeiro ao terceiro mês de vida intra-uterina: crescimento de 
0,6 cm/mês; 
 A partir do quarto mês: crescimento de 5,5 cm/mês. 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A partir do nascimento, serão utilizados os seguintes parâmetros: 
 Aparência: somente é útil para identificar como bebê, jovem e idoso, 
já que nas transições de faixas etárias haverá dificuldades em razão da 
mudança que se dará ano a ano; 
 Pele: rugas que geralmente aparecem entre 25 e 30 anos. 
 Pêlos pubianos: em pessoas do sexo feminino surgem por volta dos 12 
a 13 anos e os axilares aos 15 a 16 anos. Nas pessoas do sexo 
masculino surgem entre os 13 e 15 anos. 
 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
A partir do nascimento, serão utilizados os seguintes parâmetros: 
• Globo ocular: presença do arco sênil (faixa acinzentada ao redor da íris) 
com incidência comum em pessoas acima de 80 (oitenta) anos, mas 
pode aparecer em poucos casos em pessoas na faixa dos 40 (quarenta 
anos). 
• Dentes: verifica-se se se trata de 1ª ou 2ª dentição. 
• Radiografia dos ossos: através da ossificação das cartilagens de 
crescimento. Geralmente utiliza-se a radiografia do punho. 
• Crânio: sistema de suturas do palato duro. 
 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
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Existem algumas fórmulas para cálculo da idade que vocês devem conhecer: 
 
 Fórmula de Balthazard-Dervieux: fórmula para cálculo da idade fetal em 
dias pela estatura, que é calculada pelos comprimentos das diáfises do 
fêmur, tíbia e úmero. (I = Ex5,6; E=5,6Cf + 8; E=6,5Ct + 8; E=6,5Cu + 8). 
 
 Tabela de Ernestino Lopes: tabela que estima a idade tendo como base as 
alterações do ângulo mandibular. 
 
 Tabela de Ema de Azevedo: tabela utilizada para determinação da idade 
de 0 a 14 anos, fazendo-se uma correlação entre peso, idade e sexo. 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
E qual a importância da determinação da idade? 
 
A idade tem desdobramentos na esfera cível e criminal. E o que fazer se não 
há Certidão de Nascimento? 
 
No indivíduo vivo e no cadáver preservado e íntegro é possível a partir do 
exterior se chegar a uma idade aproximada. Não é difícil diferenciar uma 
criança,de um adulto e de um idoso. O problema está no período de 
transição entre as fases etárias da vida humana, já que a aparência não se 
modifica da noite para o dia e sim aos poucos. 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
O arco senil, semitranslúcido, composto de colesterol, triglicérides e 
fosfolípides, mais constantes nos diabéticos, hipertensos e desnutridos, que 
se manifesta por uma faixa acinzentada circular na periferia da íris, pode ou 
não aparecer acima dos 45 anos (20%), mas está presente em 100% dos 
octogenários. Esse arco tem maior frequência na raça negra, no sexo 
masculino e nos brasileiros. 
Esse arco é de difícil constatação no cadáver se não houver acesso aos 
recursos de coloração específica. Caso esteja presente estará mais acentuado 
no cadáver do que na pessoa viva, isoladamente não é suficiente para 
determinação da idade mas ao lado de outros meios de prova tem valor para 
a determinação da idade. 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Também pode ser levado em conta para determinar a idade a diminuição da 
acuidade visual pela presbiopia a partir dos 40 anos e a opacificação dos 
cristalinos (possuem valor relativo e devem ser levados em conta com os 
demais meios de prova). 
 
A partir dos 50 anos (cinquenta anos) é possível notar uma diminuição na 
audição. 
 
No cadáver é possível se identificar a idade a partir do desenvolvimento e das 
lesões dos órgãos; assim, por exemplo, é característica da senilidade a 
diminuição do peso dos órgãos e o aumento da próstata nos homens. 
4. Identificação da Idade 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
 
 
Curiosidade: As moleiras (seis fontanelas no crânio 
infantil) desaparecem entre 1 ano e 1 ano e meio em 
razão da interpenetração dos ossos, dando lugar às 
suturas. 
 
Como já dissemos anteriormente a radiologia do sistema 
ósseo (punho, cotovelo, úmero, fêmur, joelho, bacia, 
crânio) tem grande importância na determinação da 
idade. 
 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Prova: Instituto Acesso – 2019 – PC-ES – Delegado de Polícia 
Em junho de 2011, um menino de 11 anos de nome Juan foi morto na Grande Vitória. 
Seu desaparecimento durou duas semanas. Um corpo de criança foi encontrado, no 
mesmo período, em estado de putrefação, nas margens de um córrego, cerca de alguns 
quilômetros de distância do local do crime. Na perícia de local, a antropóloga forense 
identificou o cadáver como sendo de uma menina. Posteriormente, por meio de exame 
genético, comprovou-se que aquele cadáver era do menino de 11 anos. A antropóloga 
forense, para identificação daquele corpo, de acordo com sua faixa etária, não poderia 
utilizar o(s)/a(s): 
a) desenvolvimento de pelos pubianos. 
b) parâmetros morfológicos confiáveis. 
c) radiografias das mãos. 
d) crânio braquicéfalo. 
e) suturas cranianas afastadas. 
Gabarito: D 
5. Identificação da Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Estatuta corresponde à altura total do indivíduo. A estatura varia em razão 
da raça, sexo, idade, desenvolvimento, hormônios etc. Em geral as mulheres 
possuem menor estatura quando comparadas aos homens. 
 
A estatura é medida na pessoa viva, de pé, já no cadáver e nas crianças as 
medidas são tomadas em decúbito dorsal por dois planos verticais que 
passam pelo vértice e pela planta dos pés. 
5. Identificação da Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Obs.: No cadáver, deve-se subtrair 16mm da medida total, correspondente 
ao achatamento natural dos discos intervertebrais sobre as cartilagens intra-
articulares, e, no esqueleto em posição normal, deve-se aumentar, nessa 
medida total, 6cm correspondentes às partes moles destruídas. 
 
Existem tabelas próprias para comparação de ossos longos, então mesmo 
que não se tenha todo o esqueleto ainda assim é possível identificar a 
estatura. 
 
5. Identificação da Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Assim, é possível determinar a altura aproximada do indivíduo multiplicando-
se o comprimento de um dos ossos longos pelos seguintes números: 
TÁBUA 
OSTEOMÉTRICA 
DE BROCA 
Fêmur Tíbia Perônio Úmero Rádio Cúbito 
Homens 3,66 4,53 4,58 5,06 6,86 6,41 
Mulheres 3,71 4,61 4,66 5,22 7,16 6,66 
5. Identificação da 
Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Outra tabela muito usada é a 
tabela de Étienne-Rollet que 
indica o comprimento dos 
ossos conforme as estaturas. 
Membro Inferior Membro Superior 
Estatura Fêmur Tíbia Fíbula Úmero Rádio Ulna 
HOMENS 
1,52m 415mm 334mm 330mm 298mm 223mm 233mm 
1,54m 421mm 338mm 333mm 302mm 226m 237mm 
1,56m 426mm 343mm 338mm 307mm 228mm 240mm 
1,58m 431mm 348mm 343mm 311mm 231mm 244mm 
1,60m 437mm 352mm 348mm 315mm 234mm 248mm 
1,62m 442mm 357mm 352mm 319mm 236mm 252mm 
1,64m 448mm 361mm 357mm 324mm 239mm 255mm 
1,66m 453mm 366mm 362mm 328mm 242mm 259mm 
1,68m 458mm 369mm 366mm 331mm 244mm 261mm 
1,70m 462mm 373mm 369mm 335mm 246mm 264mm 
1,72m 467mm 376mm 373mm 338mm 249mm 266mm 
1,74m 472mm 380mm 377mm 342mm 251mm 269mm 
1,76m 477mm 383mm 380mm 346mm 253mm 271mm 
1,78m 481mm 386mm 384mm 348mm 255mm 273mm 
1,80m 486mm 390mm 388mm 352mm 258mm 278mm 
5. Identificação da 
Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Outra tabela muito usada é a 
tabela de Étienne-Rollet que 
indica o comprimento dos 
ossos conforme as estaturas. 
Membro Inferior Membro Superior 
Estatura Fêmur Tíbia Fíbula Úmero Rádio Ulna 
MULHERES 
1,40m 373mm 299mm 294mm 271mm 200mm 214mm 
1,42m 379mm 304mm 299mm 275mm 202mm 217mm 
1,44m 385mm 309mm 305mm 278mm 204mm 219mm 
1,46m 391mm 314mm 310mm 281mm 206mm 221mm 
1,48m 397mm 319mm 315mm 285mm 208mm 224mm 
1,50m 403mm 324mm 320mm 288mm 211mm 226mm 
1,52m 409mm 329mm 325mm 292mm 213mm 229mm 
1,54m 415mm 334mm 330mm 295mm 215mm 231mm 
1,56m 420mm 338mm 334mm 299mm 217mm 234mm 
1,58m 424mm 343mm 339mm 303mm 219mm 236mm 
1,60m 429mm 347mm 343mm 307mm 222mm 239mm 
1,62m 434mm 352mm 346mm 311mm 224mm 242mm 
1,64m 439mm 356mm 352mm 315mm 226mm 244mm 
1,66m 444mm 360mm 356mm 319mm 228mm 247mm 
1,68m 448mm 365mm 360mm 323mm 230mm 250mm 
5. Identificação da Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Tábua de Manouvier é aquela que estabelece uma relação entre os ossos 
longos e a estatura do indivíduo. 
 
Há autores que entendem possível a determinação da estatura através dos 
dentes. Nesse caso as medições são feitas em milímetros, dos dentes 
incisivos medial e distal e canino, por suas faces externa e interna. A tomada 
de medida externa aplica-se à determinação da altura máxima do 
examinando e a interna à sua altura mínima (assim temos: altura máxima = a 
x 6 (em mm) x Pi/2 (em cm) e altura mínima = a x 6 (em mm) x Pi/2 (em cm)). 
Então somam-se os resultados e divide-se por dois. 
5. Identificação da Estatura 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Em 1985, o Instituto Médico Legal de São 
Paulo, em perícia de determinação de 
identidade procedida em cadáver 
identificaram a ossada como sendo do 
criminoso de guerra Joseph Mengele, 
conhecido como o “anjo da morte”, 
carrasco que atuava nos campos nazistas e 
promoveu centenas de experiências no 
judeus, em especial em gêmeos. 
6. Identificação por Sinais Individuais 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
São sinais que diferenciam a pessoa, como manchas, verrugas, cicatrizes. 
Vale dispensar especial atenção às cicatrizes. Elas se dividem em: 
 
 Traumáticas: aquelas que aparecem em razão de ferimento causado 
por instrumentos mecânicos, queimaduras ou lesões; 
 Patológicas: aquelas que aparecem em razão de vacinas ou doenças 
ou acne; 
 Cirúrgicas: aquelas que aparecem em 
 razão de cirurgias. 
6. Identificação por Sinais Individuais 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
As cicatrizes inicialmente aparentam coloração vermelha ou rósea e, quando 
antigas, são esbranquiçadas. 
 
É possível que as cicatrizes emrazão do crescimento do indivíduo, mudem 
de localização, forma, dimensões e etc. 
 
 Sinal do “Ferrete”: Consiste em uma marca de ferro ao rubro (ferrete), 
usado no passado para marcar criminosos ou escravos fugitivos (como é 
feito com o gado). O sinal mais conhecido é a chamada “flor de liz”. 
6. Identificação por Sinais Individuais 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Obs.: A tatuagem também é empregada na 
identificação, mas não é critério médico-legal e em 
razão disso não é considerada antropológica. A 
tatuagem teve origem na polinésia e o significado 
da palavra tatuagem é desenho. Acredita-se que no 
início era utilizada como forma de se distinguir o clã, 
a casta ou a profissão. Através da perícia é possível 
identificar eventual desenho coberto por outra 
tatuagem, também, mesmo nos casos em que se 
realiza a “retirada” da tatuagem é possível à perícia 
identificar que no local havia uma tatuagem. 
7. Identificação por meio de Malformações e Sinais Profissionais 
Antropologia Forense 
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Malformações são aqueles “defeitos” côngênitos e os calos formados em 
razão de fratura antiga, dedos supranuméricos, pé torto, falta de um 
membro, lábio leporino dentre outras. 
Algumas profissões deixam marcas, estigmas; como as marcas nas mãos de 
sapateiros e alafaiates, calígrafos, pintores entre outras profissões. 
Orla de Burton é uma linha azulada, na gengiva 
daqueles que trabalham com chumbo. Para 
quem trabalha com cobre a linha é de 
colaração verde-azulada ou verde-amarelada. 
8. Identificação pelo Dentes 
Antropologia Forense 
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É possível desde que haja uma ficha dentária prévia para se fazer a 
comparação. Muito comum a utilização em situações de corpos 
carbonizados. 
9. Identificação por Palatoscopia 
Antropologia Forense 
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Identificação através do ceú da 
boca (pregas palatinas), é 
necessário que haja um 
registro prévio. 
10. Identificação por Queiloscopia 
Antropologia Forense 
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Essa identificação é feita por 
meio da comparação dos 
sulcos dos lábios com 
impressões deixadas em 
pontas de cigarro, 
guardanapos, copos etc... 
11. Identificação por Superposição de Imagens 
Antropologia Forense 
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Pode ser feita por meio de imagens fotográficas, ou imagens fotográficas e 
oriundas de radiografia ou ainda analisando a altura da implantação das 
orelhas. 
 
 
Prosopografia significa descrição da face e é o processo de identificação feito 
a partir da superposição de fotografias do indivíduo, tiradas quando ainda 
vivo, sobre foto do crânio. Faz-se então a correspondência dos pontos ósseos 
e das partes moles da face, principalmente no rosto, nas órbitas e supercílios, 
no nariz. Modernamente usa-se o computador e o resultado tem sido muito 
semelhante. 
 
12. Identificação por DNA 
Antropologia Forense 
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O DNA está presente em todos os nossos tecidos. Como dissemos acima, em 
se tratando de célula nucleada é possível realizar a análise do DNA. 
 
As características provenientes do DNA são únicas em cada indivíduo, salvo 
com relação aos gêmeos univitelinos, pois estes se originam de um único 
óvulo e de um único espermatozóide. Porém a probabilidade de duas 
pessoas possuírem o mesmo DNA é de um em trilhões. 
 
No núcleo de cada célula existem 23 pares de cromossomos (46 
cromossomas) que carregam nossas informações genéticas (DNA). 
12. Identificação por DNA 
Antropologia Forense 
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Os óvulos e espermatozóides carregam apenas 23 cromossomos; e ao 
fundirem-se formam o zigoto que carregará 46 cromossomos, 23 do pai e 23 
da mãe. 
 
Obs.: Glóbulos vermelhos não possuem núcleo. 
Idiograma é o exame dos cromossomos de uma célula. 
 
O DNA é muito resistente, porém em situações de carbonizados (alta 
temperatura) e corpos imersos durante muito tempo em água salgada 
(variação do PH) a identificação por DNA é quase impossível. Por outro lado o 
DNA em razão da sua resistência pode ser arquivado por longos períodos e 
ainda sim pode ser usado para identificação. 
12. Identificação por DNA 
Antropologia Forense 
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Curiosidade: A pessoa que possuí 03 
cromossomos no par 21 é portador de síndrome 
de down ou mongolismo. 
Uma grande vantagem da identificação via DNA em relação aos outros 
métodos é que o padrão de confronto, o elemento que será usado para 
comparação, pode ser colhido do próprio indivíduo e de seus familiares. 
12. Identificação por DNA 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Vale lembrar que ninguém será obrigado a fornecer material genético. 
 
Então podemos dizer que o DNA nuclear (herdado do pai e da mãe) só 
pode ser analisado nas células que têm núcleo; permite a identificação, 
caso não haja material da própria pessoa, por meio de parentes próximos 
(pais e filhos). 
 
Curiosidade: A técnica PCR é utilizada em casos de identificação de DNA em 
que se tenha pequenos fragmentos. Quando existe bastante material a 
análise se dá no comprimento dos segmentos do DNA e na sequencia de 
seus elementos 
12. Identificação por DNA 
Antropologia Forense 
Prof. Paulo Bilynskyj 
Antes de encerrarmos a questão de identificação por meio do DNA, temos 
que lembrar que existe o chamado DNA mitocondrial, proveniente somente 
da mãe, o qual também permite a identificação, mas nesse caso, ausente o 
material da própria pessoa, para identificação será necessário material de 
parentes da linha materna. 
 
Hoje acredita-se que a probabilidade de acertos do exame de DNA é de 
99,99%, mas como não existe uma padronização nos laboratórios esse 
índice pode não ser nesse patamar, mas ainda assim é uma das formas mais 
seguras de identificação. 
13. Identificação Tipo Sanguíneo 
Antropologia Forense 
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São imutáveis, assim tem grande 
valia para exclusão da identidade. 
Antropologia Forense 
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Prova: Instituto Acesso – 2019 – PC-ES – Delegado de Polícia 
A respeito da identificação criminal, assinale a alternativa correta: 
AA fotografia sinalética constitui um método bastante eficaz de identificação e, por 
sua precisão, pode ser utilizada como método isolado de identificação de pessoas. 
BA rugopalatoscopia é um método de identificação que leva em consideração as 
cristas sinuosas existentes do palato duro. 
CAs tatuagens não possuem valor significativo no processo de identificação de 
pessoas. 
DIlhotas, forquilhas e bifurcações são espécies de pontos característicos existentes 
nos desenhos digitais, sendo que a presença de ao menos quatro destes pontos, sem 
nenhum ponto de divergência, indica confronto positivo para a identificação do 
suspeito. 
EA datiloscopia se constitui um excelente método de identificação e tem como 
principais características a unicidade, a mutabilidade, a praticidade e a 
classificabilidade. 
Gabarito: B 
IDENTIFICAÇÃO 
JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
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IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
Antropologia Forense 
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É aquele realizada com base em documentos, anotações e depoimentos, 
sem realização de perícia médico-legal. Visa tanto a identificação civil 
comum como a identificação de criminosos. 
 
Na antiguidade eram utilizadas medidas rigorosas e cruéis para identificar 
os criminosos, tais como símbolos, letras, flor de lis, marcas no corpo feitas 
com ferro incandescente, mutilações das orelhas, nariz e língua, extração 
de dentes etc. 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
Antropologia Forense 
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O inglês Benjamin Bentham, já no período contemporâneo, sugeriu nova 
forma de identificação, menos cruel, empregando-se a tatuagem (sistema 
dermográfico de Bentham) para identificação de criminosos e de todas as 
pessoas. 
 
Obs.: Icard sugeriu a injeção de parafina em regiões do corpo, gerando-se 
assim uma saliência perceptível, que revelaria que a pessoa era ou não 
criminosa, esse processo nunca foiacolhido na prática. 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
Antropologia Forense 
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Assim, dizemos que a identificação policial se divide em 02 (dois) 
momentos: 
 
1º Momento = técnica de identificação policial 
 
 FERRETE 
Marca com ferro em brasa nos: 
-criminosos (letras e símbolos identificando o 
crime cometido) 
-escravos 
-animais 
 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
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• MUTILIAÇÃO 
Dos órgãos correspondentes ao crime: 
- mãos. 
- lingua 
- narinas 
 
• TATUAGEM 
- Tribos indígenas (Nova Zelândia, Japão, Nigéria) 
- Nazistas (Waffen SS - Tipo sanguíneo) 
- Judeus no campo de concentração 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
Antropologia Forense 
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Alphonse Bertillon 
1879 - Integrante da polícia francesa, descontente com as técnicas de 
identificação policial existentes, inventou o “método bertillon” utilizando 
antropometria (Antropo = homem, metria = medida). 
 
Problemas: 
-equipamentos utilizados na medição = não havia consistência 
-envelhecimento = modificações corpóreas alteram as medições. 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
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• 1903 = Caso Will West = inocente 
mesma identificação 
antropomórfica Willian West = 
condenado 
 
• Leavenworth Kansas = o caso 
somente foi esclarecido por 
utilização de comparação de 
impressões digitais. 
Caso Will West – prisioneiros idênticos 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
Antropologia Forense 
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2º Momento da história da identificação policial – judicial 
 
As curiosas marcas das pontas dos dedos. 
Desenho formado pelo contato das pontas dos dedos com uma superfície. 
Ocorre pelo depósito de suor e gordura em um objeto. 
 
• 1880 - Henry Faulds 
Publicou na revista NATURE um artigo científico expondo o potencial das 
impressões digitais como método de identificação. Faulds descobriu que um 
litro de álcool puro sumiu do laboratório, com as impressões digitais do 
frasco, identificou o autor do furto como um assistente de laboratório. 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
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• 1891 - Juan Vucetich 
Classificação das impressões digitais. Sistema que poderia ser utilizado para 
identificar criminosos. 
 
• 1892 - Classificação de Vucetich 
Utilizado para esclarecer um caso em que uma mulher (Francisca Rojas) 
matou seus 2 filhos e depois cortou a própria garganta para simular a 
participação de um terceiro. A coleta e comparação de impressões digitais 
possibilitou a solução do caso. 
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL 
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Implementação do sistema de identificação por individuais datiloscópicas: 
 Reino Unido: Scotland Yard = 1901 
 Estados Unidos = FBI = 1924 
 Brasil = 1903 = Decreto 4764-1903 
 
Identificação Criminal oposto de Identificação Civil. 
 Lei 12.037-09 
 Art. 5º, inc LVII 
Hoje não cabe mais aceitar métodos de identificação que segreguem ou 
mutilem os seres humanos, há que se respeitar a dignidade da pessoa 
humana. 
1. Assinalamento Sucinto 
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Feita através das características do indivíduo como a estatura, cor da pele, 
dos olhos, do cabelo, a idade; etc. 
 
A crítica a esse sistema é o uso de expressões imprecisas e subjetivas, como 
velho, moço, gordo, magro, alto, baixo. 
2. Fotografia 
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Identifica-se geralmente por meio das fotografias utilizadas nos 
documentos. 
 
A fotografia passou a ter mais importância e começou a ser utilizada como 
meio subsidiário de identificação no ano de 1882, em razão do método 
antropométrico de Bertillon, o qual conferiu à identidade judiciária um base 
científica e estável. 
3. Retrato Falado 
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Obtido a partir de informações prestadas pelas testemunhas, vítimas ou 
outra pessoa interessada, as quais descrevem de forma minuciosa as 
características da pessoa a ser identificada, especialmente, altura, 
compleição física, cor dos olhos, formato e cor de cabelo, presença ou não 
de barba ou bigode, presença de rugas. 
 
Com a descrição rigorosa do indivíduo é possível ao perito traçar o retrato 
falado, hoje utiliza-se modernos programas de computador. 
3. Retrato Falado 
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Obs.: O retrato falado não é meio de prova; mas é um importante método 
que auxilia as investigações policiais. 
4. Sistema Antropométrico de Bertillon 
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Esse sistema, também chamado de bertillonagem, é a base dos processos de 
identificação civil e criminal. Baseia-se na imutabilidade do esqueleto após 
os 20 (vinte) anos e faz uso de onze medidas e a elas associam-se caracteres 
complementares. Assim não se aplica aos menores de 20 (vinte) anos, já que 
neles a ossatura ainda está em desenvolvimento. 
4. Sistema Antropométrico de Bertillon 
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A antropometria leva em consideração as medidas dos diâmetros 
longitudinal e transversal do crânio, o diâmetro bizigomático, o tamanho dos 
dedos médio e mínimo, o tamanho do antebraço e do pé do lado esquerdo 
do corpo, a altura da orelha direita, a cor da íris esquerda, a estatura, a 
envergadura e a altura do busto. Mede-se tudo em milímetros e faz-se um 
assinalamento descritivo de todos os sinais profissionais e individuais, 
tatuagens, deformidades, malformações e cicatrizes encontradas. 
4. Sistema Antropométrico de Bertillon 
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Compõem o Sistema Antropométrico de Bertillon: a antropometira 
(estatura, altura do busto e envergadura), a antroposcopia (cor dos olhos, 
cabelo, pele, formato do nariz, boca e orelha) e os sinais particulares 
(cicatrizes, tatuagens e eventuais manchas). 
 
Essa técnica é complementada pela fotografia sinalética e pelas impressões 
digitais. 
5. Fotografia Sinalética 
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Sistema de identificação que utiliza a fotografia tirada de frente e perfil, com 
redução de 1/7, faz-se a superposição de imagens e compara-se os mínimos 
detalhes. Para esse tipo de fotografia existem uma série de cuidados como 
por exemplo iluminação e distância padronizadas. 
6. Sistema Dactiloscópico de Vucetich 
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O que é dactiloscopia? é a ciência que tem como objeto a identificação de 
pessoas por meio das impressões digitais ou reproduções físicas dos 
desenhos formados pelas cristas papilares das pontas dos dedos. 
 
Sem dúvida, dentre todos os métodos existentes, a dactiloscopia é o mais 
fácil, econômico e seguro. 
 
6. Sistema Dactiloscópico de Vucetich 
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No Sistema Vucetich temos as seguintes figuras fundamentais: 
 
 Linhas pretas: impressões das cristas papilares; 
 Linhas brancas: sulcos que existem entre as cristas papilares (são 
paralelas às linhas pretas); 
 Pontos brancos: encontrados nas linhas pretas (espaços puntiformes 
que correspondem aos poros). 
6. Sistema Dactiloscópico de Vucetich 
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O que se entende por Desenho digital? é o desenho 
formado pelas cristas e sulcos existentes nas polpas dos 
dedos. 
 
Faz uso do desenho impresso; isto é, a IMPRESSÃO DIGITAL, 
que é o reverso do desenho digital. 
Se você examinar diretamente a ponta dos dedos você verá 
uma série de linhas. A pele apresenta saliências (papilas) e 
depressões (cristas). 
6. Sistema Dactiloscópico de Vucetich 
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A impressão digital é o desenho existente nos 
dedos humanos constituído pelas chamadas 
cristas papilares e sulcos interpapilares. 
 
Esse desenho formado pelo contato das pontas 
dos dedos com uma superfície – a conhecida 
impressão digital – ocorre na maioria dos casos 
pelo depósito de suor e gordurada mão contra 
um objeto. 
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A impressão digital se forma a partir do 6º mês de vida intrauterina e permanece 
inalterado durante toda a sua vida, perdurando até após a morte, somente 
desaparecendo quando da putrefação. 
 
Caso destruídas, as papilas podem ser regenerar e o desenho se refaz. 
 
Diz-se que a primeira utilização prática da impressão digital ocorreu em 1858 como 
uma forma de assinatura. William Herschel, um Oficial Britânico que trabalhava na 
Índia passou a utilizá-la com o intuito de evitar fraudes contratuais. 
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Existem quatro características nas impressões digitais que as fazem ideais como 
meio de identificação: 
Característica Descrição 
Perenidade 
(Universalidade) 
Cada pessoa é classificada por um conjunto de características que 
permanecem por toda vida 
Imutabilidade 
(Unicidade) 
Propriedade dos desenhos digitais onde cada pessoa tem suas 
características próprias (mesmo que sofram a ação de queimaduras, 
corrosivos, acetona se refazem em 48 (quarenta e oito horas) 
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Existem quatro características nas impressões digitais que as fazem ideais como 
meio de identificação: 
Classificabilidade 
As figuras digitais podem ser classificadas para arquivamento e 
pesquisas. Estas características digitais podem ser medidas 
quantitativamente 
Variabilidade 
Propriedade dos desenhos digitais em variar de dedo para dedo 
e de pessoa para pessoa 
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Em razão dessas características em 1880 o médico Henry Faulds, publicou um 
artigo científico na Revista Nature, na qual demonstrava o potencial das 
impressões digitais como método de identificação. Vale dizer que Faulds foi o 
primeiro a utilizar a comparação entre digitais para identificar o autor de um delito. 
 
Faulds ao notar que um frasco de álcool puro desapareceu de seu laboratório, 
checou as fichas de identificação de seus funcionários, nas quais existia a 
impressão digital de cada um deles e identificou o autor do delito como sendo um 
de seus assistentes. 
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Apenas em 1891 foi desenvolvido um sistema de classificação de impressões 
digitais para utilização na identificação de criminosos, o responsável pela criação 
desse sistema foi o argentino Juan Vucetich. 
 
Em 1892 a classificação de Vucetich foi utilizada com sucesso no caso conhecido 
como o homicídio de Rojas em que uma mulher matou seus dois filhos e cortou a 
própria garganta simulando a participação de uma 3ª pessoa. Graças à colheita e 
comparação das impressões digitais esclareceu-se o caso. 
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A Scotland Yard implementou o sistema de identificação através das digitais em 1901 
na Inglaterra e Reino Unido e o FBI - Federal Bureau of Investigation em 1924 nos 
Estados Unidos. 
 
No Brasil a identificação através das digitais teve início com o Decreto 4.764 de 5 de 
fevereiro de 1903, seu grande defensor foi Félix Pacheco, patrono do Instituto de 
Identificação do Rio de Janeiro. 
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Em geral a coleta de impressões datiloscópicas que sejam de interesse para a 
investigação policial fica a cargo dos Papiloscopistas Policiais e Auxiliares de 
Papiloscopistas. Ambos os cargos se submetem à Autoridade Policial que é a 
responsável por requisitar a realização do levantamento das impressões e seu 
posterior confronto com as Fichas de Identificação de possíveis suspeitos. 
 
A identificação datiloscópica é uma das mais importantes técnicas de investigação já 
que garante absoluta certeza sobre a relação entre a impressão digital e seu 
possuidor, pois cada conjunto de características é uno, perene e imutável, sendo 
impossível a negativa por parte do suspeito quanto a sua relação com a impressão 
deixada. 
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Nem sempre as impressões digitais estarão visíveis na cena de crime, muitas vezes 
elas estão ocultas, mas mesmo as impressões ocultas podem ser colhidas. 
Serão consideradas visíveis aquelas impressões cuja observação e coleta não 
dependem de agente revelador, já que o contraste entre a superfície e a impressão 
digital é marcado por algum agente externo como tinta, sujeira ou sangue. 
 
Já as impressões ditas ocultas são aquelas não aparentes, cuja visualização 
dependerá da utilização de uma técnica reveladora como o pó que tem aderência ao 
suor e à gordura revelando a impressão, o vapor de iodo, comumente utilizado para 
revelar impressões em objetos pequenos, o nitrato de prata e a ninidrina que 
reagem quimicamente com a impressão, tornando-a visível. 
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Já afirmamos que o Sistema de Vucetich tem por base a impressão digital. 
 
 
Vucetich notou que é possível a impressão de 04 (quatro) figuras e que 
cada um dos dedos pode apresentar qualquer uma dessas figuras. 
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Também observou que temos, basicamente, 03 (três) sistemas de linhas 
formando as figuras: 
 
 Linhas basilares, na base da polpa 
digital; 
 Linhas marginais, no contorno da 
polpa digital; 
 Linhas nucleares, situadas entre as 
duas anteriores. 
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O ponto de encontro dos três sistemas é chamado de delta (um triângulo formado 
pela junção dos três sistemas de linhas). O delta é a base de todo o sistema de 
Vucetich. 
 
 
 
Impressão digital Latente ou Invisível é aquela que necessita de técnica 
especializada para ser visualizada. Não é possível a visualização da digital a olho nu. 
 
Você lembra que falamos que os gêmeos univitelinos têm 
o mesmo DNA? E com relação à impressão digital, é a 
mesma? NÃO! As digitais são diferentes. 
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Em razão da sua grande importância abriremos um tópico específico para tratar das 
impressões digitais. 
Desenho Digital = conjunto de cristas e vales presentes na falange 
Distal. 
Impressão digital = reprodução do desenho digital em uma superfície. 
Impressão palmar = reprodução do desenho da mão inteira. 
Impressão plantar = reprodução do desenho da planta do pé. 
Impressão papilar = digital + palmar = plantar 
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• Elementos formadores da Impressão Digital 
 
Linhas pretas = cristas entintadas 
Linhas brancas = vales 
Pontos característicos: acidentes que ocorrem nas linhas pretas e brancas. 
12 pontos: tridente, arpão, forquilha, ilhota, bifurcação, cortada. 
 
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• Linha Albodatiloscópica 
 
-Interrupção de uma ou mais linhas pretas ou brancas 
-Aparecem ou desaparecem de acordo com a hidratação da pele e o decurso do 
tempo 
*único elemento que não serve para identificar uma impressão digital 
 
 
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• Linha interfalangeana 
 
- linha que divide as falanges 
Podem ser impressas as seguintes figuras fundamentais: 
 
A) Verticilo: Apresenta dois deltas e um núcleo central; a 
parte central do polegar forma um turbilhão que se encontra 
com as linhas do sistema basal e marginal, formando dois 
deltas (um do lado esquerdo e outro do lado direito). É 
representado pela letra “V” quando estiver nos polegares e 
pelo numeral 04 nos demais dedos. 
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B) Presilha externa: Apresenta um delta à esquerda e o 
núcleo à direita. As linhas se dividem da direita para o centro 
e retornam para a direita, formando um delta à esquerda do 
observador. É representado pela letra “E” quando estiver nos 
polegares e pelo numeral 03 nos demais dedos. 
 
C) Presilha interna: Apresenta um delta à direita e o núcleo à 
esquerda. As linhas se dividem da esquerda para o centro e 
retornam para a esquerda, resultando a presença de um delta 
à direita do observador. É representado pela letra “I” quando 
estiver nos polegares e pelo numeral 02 nos demais dedos. 
 
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D) Arco: Não apresenta deltas (as linhas nucleares são 
ausentes). Temos apenas o sistema de linhas marginais e 
basais, não há o sistema central. É representado pela letra “A” 
quando estiver nos polegares e pelo numeral 01 nos demais 
dedos. 
 
Obs.: No caso das presilhas externas, se o observador 
olhar para seu próprio dedo os deltas estarão invertidos. 
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À sequência das digitais do polegar, indicador, médio, anular e mínimo, dá-se o 
nome de fórmula fundamental. A fórmula fundamental corresponde à fração, 
colocando-se no numerador a mão direita e no denominador a mão esquerda. Aos 
dedos da mão direita dá se o nome de série e aos da mão esquerda de secção. O 
polegar da série é chamado de fundamental e os demais dedos de divisão. O 
polegar da secção chama-se subclassificação e os demais dedos de subdivisão. 
 
Exemplo: Fd = A -3221 (mão direita) 
 V -1443 (mão esquerda) 
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Para o nosso exemplo teremos: 
• Mão direita: Arco no polegar, presilha externa no dedo indicador, presilha 
interna no dedo médio, presilha interna no dedo anular e arco no mínimo. 
• Mão esquerda: Verticilo no polegar, arco no dedo indicador, verticilo no dedo 
médio, verticilo no dedo anular e presilha externa no dedo mínimo. 
E as situações de anomalias, como ficam? 
 Ausência de dedo: representa-se pelo número 0. 
 Cicatriz que altera a impressão digital: representa-se pela letra X. 
 Dedos supranumerários: representa-se por letra minúscula após o polegar. 
 O sistema decadactilar (a figura impressa dos dez dedos) permite variabilidade 
de combinações e é de fácil arquivamento. 
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Dactilograma é a impressão de 
um dedo; a impressão 
registrada dos dez dedos 
constitui a individual 
dactiloscópica. 
 
Vucetich dividiu os tipos 
fundamentais em subtipos: 
Tipos 
Arco 
-simples 
 
- angular 
Presilhas 
Verticiladas 
-
transversai
s 
-
longitudina
is 
Verticilo 
-circular 
-espiral 
-ovoidal 
- sinuoso 
- ganchoso 
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Porém o que realmente servirá à identificação serão as irregularidades existentes 
nas diversas linhas, os acidentes, já que é possível duas individuais dactiloscópicas 
semelhantes. 
 
Por isso temos a “regra dos 12 pontos” (doze pontos característicos). No Brasil 
para que se afirme que a impressão digital é de determinada pessoa é necessário 
que os mesmos acidentes coincidam em 12 (doze) pontos. Se forem coincidentes 
de 08 a 12 pontos existe grande probabilidade de ser a pessoa. 
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Os acidentes mais comuns são: 
 Ponto 
 Ilhota: a linha papilar forma uma espécie de um ponto; 
 Cortada: a linha se interrompe dá um espaço e continua; 
 Bifurcação: a linha se divide em duas, em ângulo aberto e curvilíneo; 
 Confluência (forquilha): muito parecida com a bifurcação, a linha se divide em 
duas, em ângulo agudo e quase retilíneo; 
 Encerro: resultante de duas cortadas que se opõem, formando um anel oval; 
 Haste: um segmento de linha forma um apêndice na linha, semelhante a uma 
haste ou uma "fisga de arpão"; 
 Anastomose: duas linhas são ligadas por um seguimento curto formando entre 
elas uma ponte de ligação. 
 
 
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 Papiloscopia: é a ciência que estuda todas as impressões: dactiloscópica, 
quiroscopia e podoscopia. 
 Datiloscopia: impressão das pontas dos dedos (digitais). 
 Quiroscopia: impressão das plantas palmares (palmas das mãos). 
 Podoscopia: Impressão das pontas solares (sola dos pés). 
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Assim que iniciamos o estudo das impressões digitais dissemos que elas se 
formam aos seis meses de vida uterina. 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente regula a identificação do recém-
nascido. E estabelece que os hospitais e demais estabelecimentos de atenção 
à saúde da gestante estão obrigados a identificar o recém-nascido mediante 
impressão plantar e digital e sua mãe mediante impressão digital: 
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Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, 
públicos e particulares, são obrigados a: 
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários 
individuais, pelo prazo de dezoito anos; 
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e 
digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas 
normatizadas pela autoridade administrativa competente; 
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no 
metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; 
 
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IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as 
intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; 
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à 
mãe. 
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações 
quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, 
utilizando o corpo técnico já existente. 
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Além disso os registros devem ser guardados por 18 (dezoito) anos. 
A identificação incorreta é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à 
saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião 
do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei: 
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
 
Parágrafo único. Se o crime é culposo: 
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. 
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• Poroscopia: Estuda a presença de pontos claros nas linhas papilares, dos poros 
feitos para identificar de quem é a impressão digital. Esse estudo tem lugar 
quando o fragmento da impressão encontrada no local é muito pequeno, de 
modo que não há pontos característicos suficientes para se estabelecer a 
identidade ou a não identidade. 
• Albodactilograma: Estudo da presença de linhas brancas nas impressões digitais. 
Setenta por cento (70%) dessas linhas são permanentes, fornecendo um resultado 
seguro. 
• Impressão plantar: da sola dos pés, de grande importância para identificação do 
recém nascido, é obrigatória a sua coleta nas maternidades, conforme dispõe o 
artigo 10, II do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
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As impressões digitais podem ser visíveis, latentes, moldadas e inversa. 
Visíveis são aquelas percebidas a olho nu. 
Invisíveis ou latentes são aquelas que para serem vistas necessitam do emprego de 
reagentes como o carbonato de chumbo, o grafite, o alumínio em pó, o pó de bronze, 
o Pongekouk-vermeillionjaponês etc. O carbonato de chumbo geralmente é utilizado 
para revelar impressões digitais latentes em superfícies de granito, mármore, 
plásticos de cor escura, vidro, madeira envernizada ou pintada a esmalte; já o grafite 
em pó tem uso para revelar impressões digitais latentes em superfícies metálicas. 
Tanto o alumínio como o bronze em pó revelam impressões digitais latentes em 
superfícies esmaltadas brancas, ferro ágate e louça branca, plásticos e papel couché 
brancos. Por último o Pongekouk-vermeillion japonês serve para arabescos digitais 
latentes em papel. 
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Pulveriza-se o pó cuidadosamente a superfície onde estão os desenhos 
digitais, o excesso é removido com um pincel de pelos de marta, de cerdas 
longas, fazendo aparecer, de forma visível, os desenhos latentes. 
 
Moldada: Impressão digital produzida contra uma superfície moldável. 
 
Inversa: precisa ser analisada de forma negativa (software de imagem). 
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O examinador, muitas vezes, não pergunta a regra e sim a exceção por isso 
vale conhecer algumas especificidades: 
 
 Síndrome de Nagali - Rara forma de 
displasia ectodermal, causa: 
 
-manchas na pele 
-função diminuída das glândulas 
 sudoríparas 
-ausência de dentes 
-hiperqueratose 
*Ausência de Impressões Digitais 
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• Polidactilia - Alteração da quantidade de dedos das 
mãos ou dos pés. Como o fenômeno gera dedos que 
podem ou não serem funcionais, o fenômeno deverá 
ser mostrado pelo papiloscopista que colherá a 
impressão caso exista. 
 
• Sindactilia - Ocorre por fusão dos dedos das mãos ou 
dos pés, podendo ser óssea ou somente da pele. 
Anotação do fenômeno. Se existir a possibilidade 
colher as impressões. 
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• Ectrodactilia - Ausência de um ou mais dedos das 
mãos ou dos pés. 
 
- Símbolo na ficha dactiloscópica – 0 
- Anotação do fenômeno. 
 
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Análise e processamento das impressões digitais 
 
Por meio do sistema manual: FBI – 1974 (fichas com as individuais dactiloscópicas). 
Um pedido demorava de 30-45 dias. 
 
Automated Fingerprint Identification System – AFIS (FBI – 1969). Em 2010 foram 61 
milhões de pedidos de comparação 27 minutos no Banco de Dados Criminal, 1 hora 
e 12 minutos no banco civil. 
 
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Análise e processamento das impressões digitais 
 
Quem usa o AFIS: Canadá, Israel, Paquistão, Argentina, Chile. Em São Paulo já está 
implantado (desde 2014), porém ainda não se tem todos os cadastros, de modo que 
ainda são utilizadas as fichas, até a completa digitalização. 
 
Obs.: A União Européia, em 2008, por meio de resolução, implantou base de dados 
unificada (PRUM DECISION), que engloba DNA, impressões digitais e veicular. 
 
AFIS 
Automatic Fingerprint 
Identification System 
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AFIS 
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Não que seja impossível, mas um sistema manual de análise e processamento de 
impressões digitais seria quase impraticável, seria como procurar por uma agulha 
em um palheiro. Para se ter uma ideia no ano de 1974, através do sistema manual 
de comparação de impressões digitais o FBI levava de 30 a 45 dias para processar 
um pedido de identificação de impressão digital. 
 
Em razão dessa grande demora no processamento dos dados através do sistema 
manual o qual acabaria por tornar inviável o uso da análise da impressão 
datiloscópica, em 1969 o FBI iniciou a implantação de um sistema automático de 
identificação de impressões digitais, conhecido como AFIS, automated fingerprint 
identification system. 
AFIS 
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O AFIS permite que a busca de impressões digitais no banco de dados criminal leve 
cerca de 27 minutos. 
 
 
 
Esse sistema automático torna a busca muito mais célere; para se ter uma ideia, a 
busca no banco de dados civil leva cerca de uma hora e 12 minutos. 
AFIS 
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IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
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IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
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A identificação criminal se desenvolve em etapas: 
1. Identificação dactiloscópica para fins criminais; 
2. Fotografia sinaléptica (frente e perfil);e 
3. Vida pregressa. 
 
Etapas da identificação criminal 
 
Nossa Constituição estabelece que aquele que estiver civilmente identificado não 
será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos em lei: 
Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei. 
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
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O que se entende por civilmente identificado? Indivíduo que esteja portando 
documento hábil de identificação, que nos termos da Lei 12.037/2009 são: 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: 
I – carteira de identidade; 
II – carteira de trabalho; 
III – carteira profissional; 
IV – passaporte; 
V – carteira de identificação funcional; 
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos 
de identificação civis os documentos de identificação militares. 
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A Constituição faz uma ressalva quanto a possibilidade de identificação em alguns 
casos previstos em lei. Qual Lei? A Lei 12.037/2009. E o que diz essa Lei? Ela entre 
outras coisas estabelece os casos em que mesmo civilmente identificado, haverá a 
identificação criminal. 
 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer 
identificação criminal quando: 
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o 
indiciado; 
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações 
conflitantes entre si; 
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IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante 
representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; 
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição 
do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
 
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos 
autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas 
insuficientes para identificar o indiciado. 
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A Lei ainda estabelece que a identificação criminal incluirá o processo dactiloscópico 
e o fotográfico, sendo que a autoridade deverá tomar as providências necessárias 
para evitar o constrangimento do identificado. 
 
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade 
encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do 
identificado. 
 
Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que 
serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito 
policial ou outra forma de investigação. 
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O artigo 109 do Estatuto da Criança e do Adolescente também enfrenta o tema e 
excepciona a identificação criminal para os casos de o adolescente não estar 
civilmente identificado ou quando haja fundada dúvida: 
 
Art. 109. O adolescentecivilmente identificado não será submetido a identificação 
compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de 
confrontação, havendo dúvida fundada. 
 
Por fim cumpre esclarecer que a vedação constitucional se refere apenas à 
identificação criminal sendo, possível a exigência de identificação para fins civis. 
 
RECONHECIMENTO 
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RECONHECIMENTO 
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Não utiliza nenhuma das técnicas até aqui estudadas, porém não deixa de ser uma 
forma de identificação. É uma identificação não científica; é uma identificação 
empírica. 
Lembre-se que toda identificação é feita por comparação então até para o 
reconhecimento vale essa regra. 
 
Assim, por exemplo, suponha que uma vítima tenha sido assaltada e quando do 
registro dos fatos ela relata que o indivíduo que a assaltou tinha cabelos loiros e 
olhos claros, altura de cerca de 1,70 e pele parda, um indivíduo, com essas 
características, é capturado pela polícia, a vítima é chamada para realizar 
reconhecimento e, ao ver o indivíduo entre outros o reconhece. 
 
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GENÉTICA FORENSE 
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Consiste na identificação humana por meio do DNA. 
 
O DNA é uma estrutura descoberta em 1953, como já vimos o DNA contém as 
instruções para o desenvolvimento e funcionamento dos seres humanos. 
 
Do ponto de vista da identificação temos o DNA Profiline - Impressão Genética 
 
• Utilizado como técnica de identificação policial em 1987. 
• Utilidade: de ponta a ponta o genoma possui 290 milhões de bases 
nitrogenadas. (Base: A,C,T,G). 
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No exame de DNA profiline, de impressão genética, são analisadas sequências 
repetitivas dessas bases nitrogenadas = VNTR, variable number tandem repeat. 
Dois seres humanos terão sequências diferentes, a não ser que sejam gêmeos 
univitelinos, idênticos, pois estes possuem exatamente o mesmo DNA, conforme já 
estudado. 
 
Amostras utilizadas: 
-sangue 
-saliva 
-sêmen 
*Probabilidade de existirem dois perfis iguais = 1 em 10 trilhões. 
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Outras informações importantes: 
 
• Sexo das amostras: cromossomos X e Y 
Mulher: XX 
Homem: XY 
 
• Relação de parentesco entre as amostras 
 -Banco de dados genético. 
Um problema de bancos de dados genéticos é a dificuldade de se manter a 
confidencialidade das redes informáticas; e do ponto de vista operacional, um banco 
de dados genéticos exigiria uma padronização na forma da coleta, análise e 
armazenamento do DNA. 
 
 
EXAMES DE LOCAIS DE 
CRIME 
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LOCAL DO CRIME 
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É o local ou os locais onde ocorreram os fatos de interesse policial e judiciário. 
Primeiramente classifica-se o local quanto à sua área, se interna ou externa, após 
verifica-se a sua localização, se urbana ou rural. Feito este levantamento verifica-se 
os indícios, faz-se um levantamento do local por meio de descrição, desenhos e 
fotografias ou filmagens. 
Com relação aos indícios classifica-se o local em: 
a) Local preservado: quando os indícios estão preservados desde o momento da 
 ocorrência até o completo registro dos fatos. 
b) Local contaminado: quando o local foi alterado, seja por adição, subtração ou 
 substituição de elemento incriminador. Nesses casos o local é considerado 
 inidôneo. 
c) Local referido: quando duas áreas possuem relação na configuração do delito. 
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A Autoridade Policial deve diligenciar para que o local permaneça preservado, sem 
alterações, até a chegada dos peritos, devendo interditar a área e impedir a entrada 
de pessoas estranhas ao local a ser periciado. 
 
 
 
 
Obs.: Na hipótese de necessidade de socorro é permitido que se altere o estado das 
coisas, como por exemplo, para retirada de pessoa das ferragens de veículo. 
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E o que podemos encontrar em um local de crime que pode ser de interesse para as 
investigações? Muitas coisas; dentre elas, destacamos as mais relevantes: 
 
 Impressões digitais. 
 
Mesmo que imperfeitas, pouco nítidas ou fragmentadas são de grande importância 
para as investigações. Elas podem ser: 
1. Coloridas: quando provenientes de mãos sujas, por exemplo de sangue. 
2. Moldadas: quando deixadas em uma superfície depressível, como massa de 
vidraceiro, por exemplo. 
3. Latentes: deixadas em razão do suor das mãos. 
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 Manchas de esperma. 
 
Quando forem encontrados espermatozoides 
haverá certeza de que se trata de esperma, se 
ausentes, faz-se a dosagem da fosfatase ácida que 
é um sinal de probabilidade já que esta 
substância está presente em outras secreções. 
Também é possível confirmar a presença de 
esperma pela dosagem da glicoproteína P30. 
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• Manchas de sangue. 
 
É possível a utilização de diversas reações para detecção de manchas de sangue. 
Podemos dividir essas reações em 04 (quatro) grupos: 
 
1. Provas de orientação. Se negativas, excluem a possibilidade de ser sangue, 
quando positivas indicam que pode ser sangue (sem certeza, sendo necessário 
outros testes). Assim as provas de orientação têm valor apenas quando 
negativas (certeza de que não é sangue). 
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2. Provas de certeza. Se negativas, não é sangue, quando positivas indicam que é 
sangue, porém não indicam se é sangue animal ou humano. 
 
 
A identificação de manchas e amostras de sangue se faz pelo uso de microscópio, 
espectroscopia (luzes especiais) ou por uso de reagentes químicos que fazem surgir 
as imagens as quais se da o nome de cristais de teichmann. 
 
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3. Provas específicas. Identificam a origem do sangue, se animal (boi, cavalo, 
cachorro etc...) ou humano. Bastante utilizado para identificação de venda de 
carne proibida, como por exemplo a de cachorro. 
 
Obs.: As estruturas morfológicas das hemácias nos humanos são anucleadas e 
circulares. Como vimos acima para verificar se se trata de sangue humano ou 
animal se faz necessária a realização de exames específicos, notadamente o 
processo de UHLENHUTH (reação de soroprecipitação ou albumina reação). 
 
A prova de Coombs é uma reação para dosagem de hemácias (inibição de 
antiglobulina). 
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4. Provas individuais. Identificam os grupos sanguíneos (A, B, AB, O, Rh+, Rh-...). 
 
 Pêlos e saliva. 
 Manchas de leite e colostro. 
 
Associadas à presença de líquido amniótico ou ao indulto sebáceo podem indicar 
infanticídio. 
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O artigo 6º do Código de Processo Penal impõe alguns deveres à autoridade policial 
assim que esta tiver conhecimento da prática de infração penal: 
 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
 
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V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo 
III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
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