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DESCRIÇÃO Reconhecimento dos fatores relacionados à compactação do solo em laboratório e em campo, à capilaridade e seus efeitos no estado de tensões do solo e à permeabilidade e seus efeitos no solo. PROPÓSITO Compreender características relacionadas ao solo e seus efeitos em projeto, em campo e em laboratório; a compactação dos solos, a capilaridade e seus efeitos no estado de tensões do solo e a permeabilidade e seus efeitos no solo, enfatizando os impactos dessas características nas obras de terra em geral. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as principais características de compactação do solo MÓDULO 2 Identificar os diferentes tipos de efeitos, capilaridades e suas funções MÓDULO 3 Identificar causas e efeitos da permeabilidade no solo COMPACTAÇÃO, CAPILARIDADE E PERMEABILIDADE DOS SOLOS MÓDULO 1 Identificar as principais características de compactação do solo COMPACTAÇÃO DE SOLOS RELAÇÕES PESO-VOLUME DE UM SOLO A compactação é um processo manual ou mecânico que visa a uma aproximação das partículas de solo com a atuação de energia mecânica sobre ele, reduzindo o volume de vazios do solo por meio da expulsão de ar e desenvolvendo um arranjo mais denso das partículas de solo. O efeito da compactação, com a redução do volume de vazios, é o aumento de seu peso específico e a melhoria de suas propriedades mecânicas, como resistência, permeabilidade e compressibilidade. SAIBA MAIS A técnica de compactação de solos é relativamente recente. Tem progredido por meio da evolução tecnológica dos equipamentos de compactação no campo que têm incorporado ações estáticas de maior intensidade, bem como ações dinâmicas pela ação de vibração. Antes de passarmos ao estudo efetivo da compactação, estudaremos um pouco mais sobre as relações entre peso e volume de um solo. O peso específico de um material representa sempre uma medida de sua quantidade referida a um volume de espaço que ele ocupe. Dessa forma, o peso específico se define como: γ γ = P V Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: é o peso do material é o volume de material Uma vez que a densidade real dos grãos de um solo é constante para cada solo, o peso específico do solo só pode ser modificado alterando seu índice de vazios ou seu teor de umidade, como veremos mais à frente. NA MECÂNICA DOS SOLOS, ADOTANDO-SE O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES, O PESO ESPECÍFICO É EXPRESSO EM KN/M³ E A MASSA ESPECÍFICA É EXPRESSA EM KG/M³. O VALOR DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE (G = 9,81M/S²) PODERÁ SER ADOTADO, SENDO APROXIMADO A 10M/S². São definidos diversos pesos específicos, utilizados em função da natureza do problema. Vamos estudá-los agora. PESO ESPECÍFICO APARENTE DO SOLO OU PESO ESPECÍFICO ÚMIDO (Y) Peso específico aparente do solo ou peso específico úmido (y): definido como a relação entre o peso total da amostra e o volume total. P V Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PESO ESPECÍFICO APARENTE DO SOLO SECO (YS) Peso específico aparente do solo seco (ys): nessas condições, a água foi eliminada, geralmente por evaporação, e o peso específico aparente é denominado peso específico aparente seco. Corresponde à relação entre o peso das partículas sólidas e o volume total. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A relação entre os pesos aparentes úmidos e secos pode ser representada a seguir, onde é o índice de umidade do solo: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CURVAS DE COMPACTAÇÃO Quando se compacta um solo em condições de laboratório, sob diferentes condições de umidade e para uma quantidade determinada de energia de compactação, pode-se traçar uma curva de variação das massas específicas aparentes secas em função da umidade, como a retratada a seguir. γ = =P V M⋅g V γs = = Ps V Ms⋅g V h γs = γh X 100100+h Ramo ascendente da curva de compactação. Percebe-se que ela é uma parábola, que apresenta determinado ponto para o qual a massa específica aparente seca é máxima. O teor de umidade correspondente a esse ponto é denominado umidade ótima. ATENÇÃO Para cada solo sob uma energia de compactação, existem, então, uma umidade ótima e uma massa específica aparente seca máxima. Isso pode ser explicado considerando-se que, à medida que cresce o teor de umidade, o solo torna-se mais trabalhável, resultando em massas específicas secas maiores e em teores de ar menores. Entretanto, como não é possível expulsar todo o ar existente nos vazios de solo, a curva de compactação nunca poderá alcançar a curva de saturação, que é uma hipérbole equilátera. Nesse caso, a partir da umidade ótima, a massa específica seca passa a diminuir ao invés de aumentar. Ramo descendente da curva de compactação. Isso prova que a curva de compactação possui um ramo crescente sob adições sucessivas de umidade até chegar a um vértice em que se atinja a máxima densificação do solo. A partir desse ponto, ainda que se acrescente mais água ao solo, a massa específica passa a diminuir, determinando, assim, um ramo decrescente da curva de compactação. No ponto correspondente à umidade ótima, a quantidade de água adicionada ao solo é próxima à estritamente necessária para saturar os vazios correspondentes à máxima densidade possível de ser obtida com o esforço de compactação empregado. Curva de compactação de solo. No retângulo azul, é destacado o ramo ascendente da curva; no retângulo verde, o ramo descendente. ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO EM LABORATÓRIO O ensaio de compactação regulamentado pela norma DNER-ME 119/94 e DNER-ME 162/94, conhecido pelo nome de ensaio normal de Proctor, consiste em se compactar uma amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aproximadamente 1000cm³, de 15,2cm de diâmetro e 12,2cm de altura, em três camadas sucessivas. SAIBA MAIS A ação de compactação é devida a um soquete pesando 2,5kg, caindo de 30,5cm de altura, que deve golpear o solo 25 vezes com o soquete de compactação. O ensaio deve ser repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um deles, o teor de umidade (por meio de ensaios expeditos de determinação) e a massa específica aparente. Os pontos correspondentes a cada teor de umidade determinarão uma curva, que é traçada com pelo menos cinco pontos, sendo que dois se localizem no ramo ascendente, um se localize próximo à umidade ótima, e os outros dois se localizem no ramo descendente da curva. Entretanto, tendo em vista maior peso e eficiência dos equipamentos modernos de compactação, tornou-se necessário alterar as condições do ensaio para manter a correlação com o esforço de compactação obtido no campo. Dessa forma, definem-se os chamados ensaios de energia intermediária e de energia modificada, com condições de execução e energia de compactação de acordo com a tabela abaixo: Ensaio Número de golpes Número de camadas Energia de compactação (kg.cm/cm²) Energia normal 12 5 5,9 Energia intermediária 26 5 12,8 Energia modificada 55 5 27,1 Condições de execução e energia de compactação. Elaborada por: Giuseppe Miceli. ATENÇÃO A curva de compactação de ensaios com energia intermediária e modificada é diferente daquela obtida com ensaios de energia normal. Como mostrado na figura a seguir, com o aumento da energia, o peso específico seco aumenta e o teor de umidade ótima diminui. Família de curvas de compactação de solo. A curva determinada por marcadores azuis refere-se à energia normal; por marcadores vermelhos, à energia intermediária; por marcadores cinza, à energia modificada. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO EM CAMPO Como acabamos de estudar, a curva de compactação de solos depende do teor de umidade e do peso específico aparente seco para ser traçada. Dessa forma, o controle de compactação dos solos deve ocorrer por meio dos seguintes procedimentos: Controle do teor de umidade, antes do início dacompactação, de forma que o solo seja compactado na umidade ótima após as passagens do rolo compactador sobre ele. O método mais utilizado é o speedy, pela sua simplicidade e acurácia. Controle do peso específico aparente seco, após a compactação, por meio de uma grandeza chamada grau de compactação (G), definido como a relação entre o peso específico obtido no campo e aquele obtido em laboratório. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Não sendo atingido o mínimo do grau de compactação, caberá a decisão de se prosseguir na compactação ou de se revolver (ou aerar) o material e de recompactá-lo. O ensaio mais utilizado para determinação do peso específico aparente seco é o chamado método do frasco de areia. Utiliza-se uma areia de peso específico aparente conhecido, determinando-se o volume do orifício escavado pela diferença de peso antes e após a abertura do registro do frasco. G = X100 γcampo γlaboratório ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA O ensaio CBR, atualmente o parâmetro de projeto mais utilizado, expressa a relação entre a resistência à penetração de um cilindro padronizado numa amostra do solo compactado e a resistência do mesmo cilindro em uma pedra britada padronizada. O ensaio permite, também, obter-se um índice de expansão do solo durante o período de saturação por imersão do mesmo corpo de prova utilizado no ensaio de penetração. Existem dois procedimentos para a realização do ensaio: CBR California Bearing Ratio – Índice de Suporte Califórnia DNER-ME 40/94 Utilizando amostras não trabalhadas. DNER-ME 50/94 javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Utilizando amostra moldada na umidade ótima. No segundo procedimento, que é mais usual, compacta-se apenas um corpo de prova moldado na umidade ótima, determinada previamente no ensaio de compactação. ATENÇÃO Se o ensaio de compactação for realizado na energia normal, a moldagem do corpo de prova de CBR também será na energia normal. Existem dois tipos de ensaio de compactação. Veja mais sobre eles: ENSAIO DE PENETRAÇÃO DO CORPO DE PROVA A medição da resistência à penetração é feita por meio de uma punção na face superior da amostra, de um pistão com aproximadamente 5cm de diâmetro, sob uma velocidade de penetração de 1.25mm/min. A deformação é medida por meio de um deflectômetro fixo no pistão e apoiado no cilindro recipiente da amostra. Por meio destas leituras e da curva de aferição do anel, obtém-se as cargas atuantes no pistão, a partir do qual podem-se obter as pressões aplicadas na amostra, dividindo as cargas pela área. A pressão assim obtida, expressa em porcentagem das “pressões padrão" como mostrada no quadro abaixo, denomina-se Índice de Suporte California – ISC (ou CBR), adotando-se como valor final do CBR o maior dos percentuais obtidos para as penetrações de 0,1” e 0,2”. Penetração Pressão padrão (kg/cm²) 0,1” = 2,54mm 70,31 0,2” = 5,08mm 105,46 Elaborada por: Giuseppe Miceli. CBR (%) = X100Pressão lida na amostra Pressão padrão Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ENSAIO DE EXPANSÃO DO CORPO DE PROVA A determinação da expansão do material, devida à absorção de água, é feita com o corpo de prova previamente compactado, colocando-se sobre ele um papel filtro. Imerge-se, em seguida, o cilindro com a amostra compactada em um depósito cheio d'água por 4 (quatro) dias. Fazem-se as leituras da expansão em um extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a expansão do material em relação à altura inicial do corpo de prova. ENSAIO DE EXPANSÃO DO CORPO DE PROVA A determinação da expansão do material, devida à absorção de água, é feita com o corpo de prova previamente compactado, colocando-se sobre ele um papel filtro. Imerge-se, em seguida, o cilindro com a amostra compactada em um depósito cheio d'água por 4 (quatro) dias. Fazem-se as leituras da expansão em um extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a expansão do material em relação à altura inicial do corpo de prova. EXEMPLO Para construir uma rodovia, é necessário escolher solos ou misturas de solos que detenham uma capacidade de suporte de acordo com sua utilização. Solos de bases e sub-bases de pavimentos devem apresentar, por exemplo, maior capacidade de suporte que solos de camadas mais inferiores. Da mesma forma, quanto menos expansivo o solo, melhor ele será; veja que, em bases, a norma admite que ele possua o máximo de 0,5% de expansão. Na tabela a seguir, você verá os requisitos de CBR e de expansão necessários para cada camada de terraplenagem e de pavimento rodoviário. Camada de pavimento CBR mínimo Expansão máxima admitida Base 80% (energia intermediária) 0,5% Sub-base 20% (energia intermediária) 1,0 % Reforço de subleito Superior ao subleito 2,0% Subleito 2% 2,0% Corpo de aterro 2% Elaborada por: Giuseppe Miceli EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM Você deve conhecer vários tipos de equipamentos para construção de estradas. Em geral, eles se dividem nas seguintes categorias: Unidades tratoras Unidades escavo-empurradoras Unidades escavo-transportadoras Unidades escavo-carregadoras Unidades aplainadoras Unidades transportadoras Unidades compactadoras As operações de compactação ocorrem pela ação das unidades compactadoras, que têm por objetivo densificar os solos distribuídos nos aterros, reduzindo os seus índices de vazios e conferindo-lhes maior estabilidade. Os chamados rolos compactadores podem assumir diversos tipos, sendo mais comuns os seguintes: ROLOS PNEUMÁTICOS Compostos por uma plataforma equipada com dois eixos, cada um deles possuindo 3 ou mais pneumáticos. Trata-se de um rolo compactador versátil, podendo ser aplicado a um grande grupo de solos, desde os finos e coesivos até os granulares e pouco plásticos. Podem ser aplicados igualmente a serviços de pavimentação. ROLOS PÉ DE CARNEIRO Compostos de um tambor equipado com saliências denominadas patas, que penetram na camada de solo e o adensam das porções mais baixas para as superiores. Ao final da compactação, praticamente não há penetração das patas na camada. Tem sua aplicação principalmente a solos finos e coesivos, sejam eles siltosos ou argilosos. ROLOS LISOS Aplicam-se a solos não coesivos, podendo ser vibratórios ou não. Em compactação de solos, os rolos lisos vibratórios proporcionam o adensamento rápido e vibratório de solos granulares, como os arenosos, pela aproximação de seus grãos. Quando não são vibratórios, podem ser utilizados até mesmo em serviços de pavimentação asfáltica. TEORIA NA PRÁTICA Seja um solo submetido a um ensaio de compactação. Os pesos da amostra compactada referentes a cada um dos cinco pontos do ensaio de compactação estão a seguir: Molde Amostra Compactada (g) Volume do corpo de prova (cm³) 2 1679,1 1000 3 1723,1 1000 5 1962,8 1000 7 1934,4 1000 9 1829,9 1000 Elaborada por: Giuseppe Miceli A seguir, você verá os pesos encontrados de água e de solo seco nos ensaios de umidade realizados (em estufa, no laboratório) para cada um dos cinco pontos do ensaio de compactação. Cápsula Peso Solo Úmido (g) Peso Solo Seco (g) 13 91,6 82,20 34 117,8 105,60 81 142,4 123,20 68 195,8 163,80 5 109,1 88,50 Elaborada por: Giuseppe Miceli Calcule a curva de compactação referente ao solo. RESOLUÇÃO Para calcular a curva de compactação, são necessários dois dados para cada um dos cinco pontos do ensaio ‒ o teor de umidade do solo e o peso específico aparente seco. Primeiro, vamos ao cálculo da umidade. A umidade de um solo é dada pela fórmula: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo assim, o peso de água é obtido diminuindo o peso do solo úmido do peso do solo seco, de acordo com a fórmula, em que Ph é o peso de solo úmido e Ps é o peso de solo seco. Dividindo o peso da água com o peso de solo seco, a umidade pode ser determinada como se segue: Cápsula Peso Solo Úmido (g) Peso Solo Seco (g)Peso de água (g) Teor de Umidade (%) 13 91,6 82,20 9,4 11,4 34 117,8 105,60 12,2 11,6 81 142,4 123,20 19,2 15,6 68 195,8 163,80 32 19,5 5 109,1 88,50 20,6 23,3 Elaborada por: Giuseppe Miceli Agora, vamos ao cálculo do peso específico aparente seco, multiplicando o peso específico aparente úmido pelo teor de umidade determinado pela tabela anterior. Podemos utilizar a fórmula a seguir: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal h = Ph−Ps Ps γs = γh X 100100+h Molde Amostra Compactada (g) Volume do corpo de prova (cm³) Peso específico aparente úmido ( ) Peso específico aparente seco ( ) 2 1679,1 1000 1,68 1,51 3 1723,1 1000 1,72 1,54 5 1962,8 1000 1,96 1,70 7 1934,4 1000 1,93 1,62 9 1829,9 1000 1,83 1,48 Elaborada por: Giuseppe Miceli Dessa forma, tendo as umidades e os pesos específicos aparentes secos correspondentes, temos a curva de compactação, ilustrada a seguir: Extraindo do gráfico, temos: umidade ótima de 15,5% e peso específico aparente seco de 1,7kg/cm3. γh γs CÁLCULO DE CURVA DE COMPACTAÇÃO MÃO NA MASSA VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar os diferentes tipos de efeitos capilaridades e suas funções ESTADO DE TENSÕES NO SOLO SOLOS E ÍNDICES FÍSICOS As formações de solo constituem-se de um conjunto de grãos – ou partículas sólidas – que podem ou não se tocar entre si, deixando um espaço vazio entre elas. Esse espaço pode estar cheio de ar ou outro gás ou parcial ou totalmente preenchido com água. Assim, pode-se dizer que o solo é um sistema trifásico, formado de materiais nos três estados da matéria – gasoso, líquido e sólido – como mostrado a seguir no diagrama de fases do solo. Diagrama das fases de solo. Sendo assim, informações sobre a relação entre essas três fases são importantes, principalmente para os cálculos de capacidade de carga de fundações, do recalque das construções e da estabilidade de taludes de terra. Os índices físicos são basicamente os seguintes: ÍNDICE DE VAZIOS POROSIDADE GRAU DE SATURAÇÃO TEOR DE UMIDADE ÍNDICE DE VAZIOS Marca a relação entre o volume não ocupado pelas partículas de solo – o volume de vazios e o volume de sólidos. É expresso sempre sob forma decimal. Areias naturais possuem índices de vazios entre 0,5 e 0,8, enquanto as argilas, 0,7 a 1,1. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal POROSIDADE Marca a relação entre o volume de vazios e o volume total. É representada em porcentagem e está sempre no intervalo entre 0 e 1. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Combinando as duas equações de índice de vazios e de porosidade, pode-se perceber a seguinte relação: e = = Vv Vs Vg+Va Vs n = . 100% VV V Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal GRAU DE SATURAÇÃO Marca a proporção do volume total de vazios que contém água, ou seja, o quão saturado o solo está, a relação entre o volume de vazios e o volume total. É representada em porcentagem e está sempre no intervalo entre 0 e 1. 0 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal TEOR DE UMIDADE Relação, expressa em percentagem, entre o peso da água existente em certa massa de solo e o peso das partículas sólidas desse solo. O teor de umidade de um solo pode variar de h = 0% até algumas centenas, principalmente no caso de algumas argilas orgânicas e marinhas. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Podemos utilizar também a seguinte relação entre o grau de saturação, o índice de vazios e a umidade de um solo, por meio da relação: , em que: e = n1+n S = x 100% Va Vv h = x100% Pa Ps S . e = h . δ é o grau de saturação é o índice de vazios é a umidade do solo é a densidade real dos grãos CONCEITO GERAL DE TENSÃO A Mecânica do Contínuo admite que as forças atuantes em qualquer corpo são de duas categorias: as forças de massa e as forças de superfície. Forças de massa São aquelas que atuam em todo o volume do corpo. Por exemplo, pode-se citar aquelas que são derivadas das ações do campo gravitacional. Forças de superfície S e h δ Por outro lado, as forças de superfície existem somente quando dois corpos exercem pressão entre si, por exemplo, quando há uma carga de parede distribuída sobre uma viga. Um corpo se encontra em equilíbrio, quando as forças internas e as forças externas são iguais em valor e de direções opostas. Na maioria dos materiais empregados na Engenharia, como aço, madeira, concreto etc., essas condições de equilíbrio são bem próximas da realidade. Entretanto, um solo não é assim, pois é composto por um conglomerado complexo de partículas, sob várias formas, tamanhos e orientações. Na verdade, um solo não é nem contínuo: ele é dividido em grãos de solo, água e ar. Dessa forma, são necessárias novas considerações de tensões específicas para os solos, que serão discutidas a seguir. TENSÕES TOTAIS EM SOLO Em inúmeras situações reais, o comportamento dos solos relaciona-se à tensão decorrente da ação da gravidade sobre a massa de solo. Veja o exemplo do perfil de solo a seguir. O terreno possui superfície plana e horizontal, formado por dois horizontes de diferentes solos. Se considerarmos um elemento infinitesimal situado a uma profundidade Z abaixo da superfície, vemos que a única tensão que age é a tensão vertical decorrente do peso das camadas de solo acima deste elemento. ENTÃO, SE EXTRAPOLARMOS ESSA SITUAÇÃO PARA UM PERFIL COM N CAMADAS DE SOLO, CADA UM DELES COM ESPESSURA E PESO ESPECÍFICO , A TENSÃO VERTICAL TOTAL, NAQUELE ELEMENTO, SERÁ CALCULADA PELA EXPRESSÃO: hi Yi σV = ∑ n i=1 Hiγi EM QUE: É A TENSÃO TOTAL QUE AGE EM UM ELEMENTO DE SOLO. É O PESO ESPECÍFICO DE UMA CAMADA DE SOLO I. É A ESPESSURA DA CAMADA DE SOLO I. Os pesos específicos devem considerar todos os elementos (grãos, vazios e água) presentes no solo. Assim, se o solo estiver em uma condição saturada, o peso específico saturado ( ) deverá ser adotado. No caso da figura anterior, se o solo 2 estiver saturado, a tensão vertical de solo no elemento infinitesimal é dada por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal σV γi Hi γsat σV = ∑ n i=1 Hiγi σV = H1γ1 + H2γsat,2 TENSÕES NEUTRAS EM SOLO Vamos nos lembrar: o solo é formado por vazios, grãos e água. Os vazios de solos podem estar preenchidos por um ou mais fluidos. Para o caso do solo, vamos considerar que este fluido é a água que, como uma camada contínua, preenche os vazios e envolve os grãos de solo. SAIBA MAIS A pressão que atua na água dos vazios denomina-se pressão neutra (u). Quando uma massa de água está em equilíbrio, a pressão da água varia linearmente com a profundidade. Levando-se em conta que a superfície da água atua à pressão atmosférica, a pressão total que age em um elemento de solo a uma profundidade h terá o valor: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal p = patm + u Em que , sendo a espessura de solo saturado com água, e o peso específico da água. VOCÊ SABIA A pressão de água nos vazios dos solos não participa da resistência ao cisalhamento desses solos, daí ela recebe o nome de pressão neutra. TENSÕES EFETIVAS EM SOLO Terzaghi, em 1936, com base em experiências de laboratório, enunciou o princípio da tensão efetiva, estabelecendo que o comportamento de um solo depende de uma combinação da tensão total e da pressão neutra. O princípio é dividido em duas afirmativas: 1 Todos os efeitos mensuráveis, decorrentes de uma variação de tensões, tais como, compressão, distorção e resistência ao cisalhamento, são exclusivamente devidas à variação da tensão efetiva. 2 Nos solos saturados, a tensão efetiva é definida pela expressão: u = h. γa h γa javascript:void(0) javascript:void(0) Em que: 1. σ′ é a tensão efetiva. 2. σ é a tensão total. 3.u é a tensão neutra. IMPORTANTE Dois solos com as mesmas características geotécnicas, submetidos a tensões totais e pressões neutras diferentes, somente terão comportamentos mecânicos se as tensões efetivas forem iguais. Se um solo é carregado ou descarregado, sem variação de volume e sem sofrer qualquer distorção, não ocorrerão modificações na tensão efetiva. Se a pressão neutra de um solo aumentar ou diminuir, haverá alterações do volume de um solo: aumento de volume provoca uma expansão, diminuição de volume provoca uma compressão. Na solução de muitos problemas geotécnicos, necessita-se calcular as tensões efetivas de um solo, em várias profundidades. Quando essas tensões são produzidas pelo peso das camadas de solo, referentes a um plano, são denominadas pressões geostáticas. Veremos no exemplo a seguir como se calculam as pressões totais, neutras e efetivas de solo. TEORIA NA PRÁTICA Calcule as tensões totais, neutras e efetivas com relação às cotas -1,0m, -5,0m e -12,0m do perfil de solo divulgado abaixo. σ' = σ − u RESOLUÇÃO CÁLCULO DE TENSÕES TOTAIS, NEUTRAS E EFETIVAS EM SOLO MÃO NA MASSA VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Identificar causas e efeitos da permeabilidade no solo EFEITOS DA PERMEABILIDADE EM SOLOS CONCEITO DE PERMEABILIDADE Permeabilidade é a propriedade que solos possuem de permitir a passagem da água pelos vazios interligados de sua estrutura. Esta propriedade está diretamente ligada a alguns problemas de engenharia, dentre os quais podemos destacar: Estimar a quantidade de água que percola no subsolo sob variadas condições hidráulicas. Analisar a estabilidade de barragens de terra e de estruturas de arrimo, principalmente aquelas sujeitas a forças de percolação. Analisar o comportamento do lençol freático para o projeto de construções enterradas em solo. PERMEABILIDADE EM SOLOS Em 1806, Henry Darcy, de posse de um dispositivo semelhante ao da figura a seguir, publicou o resultado de suas experiências. Darcy constatou que o volume de água escoado no tubo, sob uma determinada unidade de tempo, era proporcional à área da seção transversal do tubo e da relação entre o desnível entre os níveis de água e o comprimento da amostra. HENRY DARCY Cientista observador do então chamado fator de Darcy, fator de atrito dos fluidos que modela a equação mais antiga de Mecânica dos Fluidos, que é a equação de Darcy-Weisbach. O resultado desta equação, chamado de Lei de Darcy, é o mostrado a seguir: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal q = k.A. Δh L javascript:void(0) Em que: é a vazão de água que passa pela massa de solo. – coeficiente de permeabilidade, uma constante de proporcionalidade que depende das características do solo. Determinado experimentalmente, é um coeficiente que é homogêneo a uma velocidade. ‒ comprimento da amostra. ‒ seção transversal da amostra de solo. – perda de carga durante o ensaio. Determinado pelo desnível entre os níveis d'água dos reservatórios de entrada e saída da água. A quantidade ( ) é chamada de gradiente hidráulico, relação entre o desnível geométrico e o comprimento percorrido pelo solo. O valor de coeficiente de permeabilidade k pode variar de acordo com os seguintes fatores: Forma e dimensões das partículas: a forma e as dimensões dependem da geometria. Índice de vazios: quanto maior o índice de vazios do solo, maior sua permeabilidade. Grau de saturação: quanto maior o grau de saturação do solo, maior sua permeabilidade. Estrutura interna do solo: solos de granulação fina, como siltes e argilas, possuem coeficiente mais elevada que aqueles de granulação mais graúda e dispersa, como areias e pedregulhos. Viscosidade e temperatura da água: quanto maior for a temperatura, menor a viscosidade da água e, portanto, seu escoamento entre os vazios do solo torna-se mais Q K L A Δh Δh/L fácil. Composição dos solos: principalmente: principalmente no caso de solos com argilas minerais, pois dependem de reações específicas que ocorrem entre a água e a estrutura interna desses casos específicos de solos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE A seguir, você conhecerá valores comuns de coeficiente de permeabilidade de todos os tipos de solo: Tipo de solo K (cm/s) Condições de drenagem Pedregulhos Muito boa Areia grossa Boa Areia fina Fraca Silte Muito fraca Argila Praticamente impermeável Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ENSAIOS DE LABORATÓRIO 1 a 102 1 a 10−2 10−2 a 10−3 10−3 a 10−5 Menor que 10−6 Existem dois ensaios de laboratório para determinação do coeficiente de permeabilidade: Permeâmetro de carga constante. Permeâmetro de carga variável. Conheceremos agora cada um deles. PERMEÂMETRO DE CARGA CONSTANTE No dispositivo para o ensaio de permeabilidade com carga constante, a alimentação de água é feita de tal modo que a diferença de carga entre a entrada e a saída da água é mantida constante, durante o período do ensaio. Quando o fluxo estiver em regime permanente, a água que atravessa o solo é recolhida, durante um certo tempo, num recipiente graduado. SAIBA MAIS Trata-se de um ensaio que é mais adequado para solos de granulação mais graúda, como pedregulhos e areias. A DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE É DIRETA, PELA LEI DE DARCY. NESTE CASO: É O VOLUME DE ÁGUA RECOLHIDO NO FRASCO. É A SEÇÃO DA AMOSTRA. É O COMPRIMENTO DA AMOSTRA. Q A L É A DURAÇÃO DA COLETA DE ÁGUA. O volume é igual à vazão q multiplicado pelo tempo de duração da coleta : Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Mas: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Então: o que, isolando k, leva a: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PERMEÂMETRO DE CARGA VARIÁVEL No dispositivo para o ensaio de permeabilidade com varga variável, a água provém de uma pipeta de vidro vindo a atravessar o solo. Na verdade, é registrada a diferença entre as cargas (no início do ensaio) e (após a água ter percolado através do solo, decorrido o tempo t). t Q t Q = qt q = k.A. Δh L Q = k.A. . tΔh L k = QL h.A.t h1 h2 SAIBA MAIS Trata-se de um ensaio que é mais adequado para solos de granulação mais fina, como argilas e siltes. A DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE É DIRETA, PELA LEI DE DARCY. NESTE CASO: É A SEÇÃO DA AMOSTRA. É O COMPRIMENTO DA AMOSTRA. A L É A DURAÇÃO DA COLETA DE ÁGUA. Pela lei de Darcy: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Mas, neste caso, é uma taxa de variação dh que varia por um tempo decorrido dt. Da mesma forma, se a vazão de água que atravessa o solo e a é a seção da bureta por onde a água passa, então podemos escrever: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Isolando-se , tem-se que: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal t q = k.A. Δh L Δh q = a. v = a (dh/dt) k.A. = −ah L dh dt dt = (− )aL AK dh h ∫ t 0 dt = ∫ h2 h1 (− )aL AK dh h K K = 2,303 . logaL At h1 h2 EM QUE: É A SEÇÃO DA AMOSTRA. É O COMPRIMENTO DA AMOSTRA. É A DURAÇÃO DA COLETA DE ÁGUA. É A ALTURA DE CARGA ANTES DO ENSAIO. É A ALTURA DE CARGA DEPOIS DO ENSAIO. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE PERCOLAÇÃO ESCOAMENTO ESCALONADO HORIZONTAL Quando o escoamento é escalonado horizontalmente, a descarga de água q se divide em , e , cada uma delas correspondente a um dos solos que fazem parte da sequência. A L t h1 h2 q1 q2 q3 Verificamos que a perda de carga entre a entrada e a saída de cada camada é a mesma, então os gradientes hidráulicos i também são os mesmos. Então, aplicando-se a lei de Darcy, tem-se: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontalIsso faz: Assim, determinamos o coeficiente de permeabilidade, que pode ser encontrado, no caso do exemplo a seguir, por: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal q = Δq1 + Δq2 + Δq3 h1 = h2 = h3 = h i1 = i2 = i3 = i q =(D1 + D2 + D3).B.K. i K = D1K1+D2K2+D3K3 D1+D2+D3 ESCOAMENTO ESCALONADO VERTICAL Quando o escoamento é escalonado verticalmente, a descarga de água q será a mesma em todas as camadas, cada uma delas correspondente a um dos solos que fazem parte da sequência. Entretanto, em cada camada ocorrerá um gradiente hidráulico i diferente. Assim: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal e a perda de carga total i1 = h1 D1 i2 = h2 D2 i3 = h3 D3 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal o que nos leva a: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal RESUMINDO As fórmulas podem se generalizar ainda para um solo com n camadas. Então, para o escoamento horizontal, temos: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E para o escoamento vertical, tem-se: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal h = h1 + h2 + h3 K = D + + D1 K1 D2 K2 D3 K3 KH = ∑nx=1 KHx .Dx ∑n x=1 Dx KV = ∑Dx ∑nx=1 Dx KVx ESTUDO DA PERCOLAÇÃO EM MACIÇOS TERROSOS Anteriormente, estudamos que a aplicação direta da lei de Darcy nos habilita a calcular a descarga de água através da massa de solo, o gradiente hidráulico, o coeficiente de permeabilidade etc. Entretanto, esse deslocamento pode ocorrer não apenas em uma direção, mas em duas direções diferentes, como acontece em obras de terras e barragens. Quando o problema se torna bi ou até tridimensional, fica mais generalizado. Para o caso em que a percolação é bidimensional e o índice de vazios e o grau de saturação são constantes, tem-se: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal kx. + ky. = 0 ∂2h ∂x2 ∂2h ∂y2 EM QUE: SÃO COEFICIENTES DE PERMEABILIDADE NAS DIREÇÕES HORIZONTAL E VERTICAL RESPECTIVAMENTE. É A FUNÇÃO DE CARGA HIDRÁULICA, VARIÁVEL EM DUAS DIREÇÕES. Quando o solo é homogêneo, isotrópico, saturado e atende à lei de Darcy, então a equação acima torna-se mais simplificada e se transforma na equação de Laplace definida abaixo: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal DICA A solução dessa equação não será explicada aqui, mas é constituída por dois grupos de funções em que são representadas por duas famílias de curvas ortogonais entre si. REDE DE FLUXO Kh e Ky h + = 0∂ 2h ∂x2 ∂2h ∂y2 Denomina-se rede de fluxo ou rede de escoamento o conjunto de linhas de fluxo e equipotenciais, representando o escoamento em um maciço de solo. Linhas de fluxo Definem-se linhas de fluxo as curvas em que as tangentes, em cada ponto, coincidem com a direção dos vetores de velocidade. As linhas de fluxo sempre representam o escoamento percorrido pela água. Linhas equipotenciais Definem-se linhas equipotenciais o lugar geométrico dos pontos de mesma carga total. Essas linhas se relacionam à carga hidráulica total do líquido. Existem vários métodos de se traçar uma rede de fluxo: Soluções analíticas são resultado da integração da equação diferencial do fluxo, como a equação de Laplace. Soluções numéricas são resultado da utilização de recursos computacionais, como os métodos de elementos finitos e das diferenças finitas. Solução gráfica é o mais rápido e prático, como será discutido a seguir. TRAÇADO GRÁFICO DA REDE DE FLUXO Vamos estudar um pouco destas características: A água tende a seguir o caminho mais curto entre dois pontos. As partículas de água descrevem curvas suaves quando precisam mudar de direção. A água move-se de níveis mais altos de energia para os mais baixos, usando-se de caminhos em que o gradiente de energia é o máximo. As linhas de fluxo são sempre curvas, aproximadamente paralelas, movendo-se dos pontos de maior carga total para os de menos carga. São geralmente segmentos de elipses e de parábolas. As curvas equipotenciais cortam as linhas de fluxo em ângulo reto. TEORIA NA PRÁTICA Calcular a perda de água diária que ocorre pela fundação da parede esquematizada na figura, constituída por uma linha de estacas pranchas. O coeficiente de permeabilidade k é de 5 x 104cm/seg. a) Determinar as linhas equipotenciais e de fluxo limites. No traçado de redes de percolação, o primeiro passo é estabelecermos um nível de referência, a partir do qual devemos medir as cargas hidráulicas a jusante e a montante da parede. Vamos estabelecer a linha de fluxo na linha AB, no limite do solo impenetrável. Vamos estabelecer também o segmento EF, pertencente à parede, também como uma linha de fluxo limite, pois o fluxo contorna a parede e não possui meios de atravessá-la. Estabelecido o RN (nível de referência) na horizontal AB, temos que: CE é uma linha equipotencial inicial de carga 26m, a montante da parede. FG é uma linha equipotencial inicial de carga 16m, a montante da parede. b) Traçar a Rede de Fluxo com elementos quadrados, mantendo-se dentro dos limites estabelecidos. c) Considerando a rede de fluxo do item anterior, a perda de água diária será: , sendo que: K é o coeficiente de permeabilidade, definido como . H é a perda de carga, diferença entre os níveis a montante e a jusante de parede. Assim: 26m -16m = 10m. Pela figura existem 3 linhas de fluxo, então nf = 3. Pela figura existem 8 linhas equipotenciais, então nd = 8. Substituindo na equação, temos: Q = 5 x 10-6 m/seg x 10m x (3/8) Q= 18,75 x 10-6 m³/seg/m Q= 1,62 m³/dia/m RESOLUÇÃO Q = k x h x F 5 x 10−4cm/seg = 5 x 10−6m/seg TRAÇADO E CÁLCULO DE REDE DE PERCOLAÇÃO MÃO NA MASSA VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificamos os conceitos acerca da compactação, capilaridade e permeabilidade do solo. Aprendemos a identificar e comparar as observações e estudos sobre a compactação do solo em laboratório e em campo. Verificamos, também, em condições laboratoriais e em campo, os efeitos de capilaridade e como tais efeitos são de suma importância para preparo e manutenção do solo. Por fim, verificamos os efeitos e condições de permeabilidade do solo, e como tais efeitos podem ser úteis para a humanidade. PODCAST Agora, o especialista Giuseppe Miceli Junior encerra o conteúdo falando sobre os principais tópicos abordados. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações: Volume 1 ‒ Fundamentos. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1988. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações: Volume 3 ‒ Exercícios e problemas resolvidos. 4. ed. – Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1988. CHIOSSI, N. J. Geologia de Engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM., DNER-ME 041/94. Solos – preparação de amostras para caracterização. Rio de Janeiro, 1994. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 051/94. Solos – análise granulométrica. Rio de Janeiro, 1994. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 082/94. Solos – determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro, 1994. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 093/94. Solos – determinação da densidade real. Rio de Janeiro, 1994. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 122/94. Solos – determinação do limite de liquidez – método de referência e método expedito. Rio de Janeiro, 1994. LIMA, M. J. C. P. Prospecção geotécnica do subsolo. 1. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. 1979. LIMA, M. J. C. P. Apostila da disciplina de Mecânica dos Solos. Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 1998. 2 volumes. LIMA, M. J. C. P. Apostila da disciplina de Obras de Terra. Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia,1998. 2 volumes. LIMA, M. J. C. P.; VIEIRA, A. Convênio IME/DNER. Curso de tecnologia de solos. Rio de Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 1998. 2 volumes. MACIEL FILHO, C. L. Introdução à Geologia de Engenharia. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 1997. NOGAMI, J. S.; VILLIBOR, D. F. Pavimentação de baixo custo com solos lateríticos. São Paulo: Villibor, 1995. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, leia os requisitos de ensaios de compactação e de CBR para construção rodoviária. Todas as normas de ensaios de laboratório para construção rodoviária estão disponíveis na página do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). CONTEUDISTA Giuseppe Miceli Junior CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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