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TRANSTORNOS DO HUMOR BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO

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Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 1
Problema 5 - UC16 - 
BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO 
(TRANSTORNOS DE HUMOR)
Created
Fast Tags TUTORIA UC16
CONTEÚDO
PSIQUIATRIA TRANSTORNO DEPRESSIVO
TRANSTORNOS DO HUMOR
TRANTORNO BIPOLAR (MANIA)
Professor(a) Dra Isabela
OBJETIVOS:
@February 24, 2023 3:43 PM
Definir “transtornos do humor”.
Discorrer sobre o Transtorno Depressivo Maior (TDM): epidemiologia, fisiopatologia, critérios 
diagnósticos, clínica e tratamento.
Abordar sobre o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB): epidemiologia, fisiopatologia, critérios 
diagnósticos, clínica e tratamento.
Caracterizar os diagnósticos diferenciais do TDM e TAB: distimia, ciclotimia.
Falar sobre as classes e modo de ação dos antidepressivos, assim como sobre seus efeitos 
colaterais.
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 2
Definir “transtornos do humor”.
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
Para compreender os transtornos, é importante diferenciar humor e afeto;
💡 Humor: pode ser definido como tônus afetivo (intensidade da resposta 
afetiva) do indivíduo, estado emocional basal que colore a percepção 
de mundo. Está intimamente ligado ao afeto e pode ser descrito de 
diversas maneiras como: ansioso, deprimido, eufórico, entre outros… 
(Somatório de vivências, elemento mais duradouro e não se relaciona a 
determinado objeto)
💡 Afeto: pode ser definido como uma qualidade emocional que 
acompanha uma ideia, a expressão externa do estado emocional e 
pode ou não estar congruente com o humor; 
(Elemento de curta duração, vivência momentânea relacionada a um 
objeto)
Os transtornos de humor (antes denominados psicoses maníaco-depressivas) 
constituem um grupo de condições clínicas caracterizadas pela perda do 
senso de controle das expressões afetivas, e pela experiência subjetiva 
de grande sofrimento;
Perturbação fundamental > alteração > do humor (depressão com ou sem 
ansiedade associada) ou de uma exaltação excessiva e/ou euforia (mania);
Essa alteração geralmente acompanha uma modificação no nível global de 
atividade e a maioria dos outros sintomas são secundários ou facilmente 
compreendido com as alterações;
A depressão e a mania são dois extremos opostos/polos dos transtornos 
de humor;
Transtorno unipolar: apenas depressão;
Transtorno bipolar: outros transtornos do humor com episódio de 
depressão intercalados com episódio de mania ou hipomania;
Principais transtorno de humor
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 3
Transtorno bipolar
Transtorno depressivo
DSM-V (não usa mais transtorno de humor)
Transtornos bipolar e relacionados;
Transtornos depressivos;
CID-10 (5 categorias) 
Episódio maníaco;
Episódio depressivo;
Transtorno afetivo bipolar;
Transtorno depressivo recorrente
Transtornos persistentes de humor (Ciclotimia e distimia)
Figura 1: Episódios de humor no Transtorno Bipolar. O curso da doença de um 
paciente pode ser registrado em gráfico de humor. Desse modo, um exemplo de 
como o humor pode variar é da hipomania para mania no topo da figura, para a 
eutimia (ou humor normal) no meio, e para a depressão na extremidade inferior da 
figura. (Bosaipo, 2017 Adaptado de Stahl, 2013)... 
Veja mais em - Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/dia-mundial-do-transtorno-
bipolar/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
https://pebmed.com.br/dia-mundial-do-transtorno-bipolar/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 4
Discorrer sobre o Transtorno Depressivo Maior 
(TDM): epidemiologia, fisiopatologia, critérios 
diagnósticos, clínica e tratamento.
Epidemiologia
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
Transtorno de humor mais comum, com prevalência durante a vida de 
cerca de 15% em mulheres;
A prevalência da depressão é 2 vezes maior entre as mulheres 
independente do país ou cultura;
Incidência (frequência) em torno de 10% na população geral, e 15% dos 
pacientes hospitalizados;
Idade média de início é 40 anos;
Ocorre mais em pessoas não têm relações interpessoais íntimas ou são 
divorciadas;
NARDI, Antônio E.; SILVA, Antônio Gda; QUEVEDO, João. Tratado de 
Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. [Digite o 
Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558820345. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820345/ .
 Acesso em: 26 fev. 2023.
Classificação
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820345/
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 5
Episódio depressivo (Transtorno Depressivo Maior): - sintomas 
depressivos presentes por pelo menos 2 semanas. Os episódios em geral 
duram entre 3 e 12 semanas. CID-10: Leve, moderado ou grave; 
Depressão endógena ou melancólica: vindo de dentro da pessoa, 
consciência infeliz;
Depressão atípica: caracterizada por ganho de peso, aumento apetite, 
sensação corpo pesado;
Depressão sazonal: ocorre durante o menor período de luz diurna, no 
inverno ou outono e desaparece durante a primavera ou verão;
Depressão pós-parto: início de 4 semanas após o parto, crenças 
delirante e homicidas podem acontecer com o bebe, mais frequente em 
mulheres com transtornos do humor ou psiquiátricos subsistentes.
Depressão psicótica: depressão grave associada a um ou mais sintomas 
psicóticos, como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco, 
alucinações com conteúdo depressivo.
Estupor depressivo: prevalece o negativismo, mutismo, recusa alimentar, 
imobilidade, episódio depressivo catatônico. 
Pseudodemência: transtorno depressivo com disfunção cognitiva 
semelhante a demência. Mais em idosos com história prévia de transtornos 
de humor.
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 6
Depressão dupla: pacientes distímicos que desenvolvem transtorno 
depressivo sobreposto
Fisiopatologia
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
A serotonina tornou-se a neurotransmissor mais associado à depressão 
Via SEROTONINÉRGICA
Noradrenalina
VIA NORADRENÉRGICA
Possivelmente estão associados:
Dopamina
Sistema GABA
Peptídeos neuroativos (particularmente vasopressina e opioides 
endógenos) 
Fatores neuroendócrinos: (podem estar associados)
Alterações em hormônios tireoidianos (podem causar tanto depressão 
quanto mania) - por isso a importância da investigação tireoidiana no 
pacientes com transtorno de humor mesmo sem alterações típicas;
Alterações no GH (hormônio do crescimento prod. na hipófise) e 
alterações adrenais, principalmente relacionadas ao cortisol, podendo 
alterar o estado imunológico do paciente.
Neuroimagem, eletrofisiologia e neuropatologia:
Ainda sem resultados consistentes, mas apontam possível 
envolvimento do sistema límbico, gânglios basais e hipocampo.
Critérios diagnósticos
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
Critérios Diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o 
mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 7
relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) 
humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Transtorno Depressivo Maior (1 a 8)
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição 
médica.
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias; 
(Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou 
quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os 
dias;
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendodieta 
(p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um 
mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias;
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada 
quase todos os dias;
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou 
indecisão, quase todos os dias;
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de 
morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma 
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer 
suicídio;
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo. 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou 
a outra condição médica. 
💡 Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo 
maior. 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 8
💡 Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína 
financeira, perdas por um desastre natural, uma doença médica 
grave ou incapacidade) podem incluir os sentimentos de tristeza 
intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e 
perda de peso observados no Critério A, que podem se 
assemelhar a um episódio depressivo. 
Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados 
apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo 
maior, além da resposta normal a uma perda significativa, 
também deve ser cuidadosamente considerada. Essa decisão 
requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico 
baseado na história do indivíduo e nas normas culturais 
para a expressão de sofrimento no contexto de uma perda.*
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada 
por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno 
esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro 
da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno da 
esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. 
💡 Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo 
maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por substância ou 
são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica.
Clínica
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
Têm como elemento central o humor entristecido;
Sintomas afetivos: tristeza, melancolia, choro fácil e/ou frequente, apatia 
(indiferença afetiva), sentimento de falta de sentimento, incapacidade de 
sentir prazer, tédio e aborrecimento, angústia ou ansiedade…
Alterações físicas: fadiga, cansaço fácil e constante, distúrbios do sono, 
perda ou aumento do apetite, indigestão, distúrbios sexuais (libido e função 
erétil), palidez, cefaleia, alteração na menstruação;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 9
Distúrbios do pensamento: ideação negativa, pessimismo, ideias de 
arrependimento e culpa, ideias de abandono, autopunição, morte, 
tentativas de suicídio.
Alterações da autolavoração: sentimento de baixa autoestima e desvalia, 
sentimento de vergonha, autodepreciação e autoacusação;
Alterações da psicomotricidade e volição: aumento da latência entre 
perguntas e respostas, lentificação psicomotora, diminuição do discurso, 
redução do tom de voz, fala lenta, mutismo (negativismo verbal), 
negativismo…
Alterações cognitivas: dificuldade de contração e esquecimentos, 
dificuldade para tomar decisões, pseudodemência depressiva.
Sintomas psicóticos: ideias delirantes de conteúdo negativo, delírios de 
ruína ou miséria, alucinações - geralmente auditivas - com conteúdos 
depressivos ou outros sintomas incongruentes com o humor;
💡 Observar no exame clínico:
No exame psíquico o paciente pode parecer cansado e preocupado, 
apresentando pouco contato visual;
O cuidado com a aparência é reduzido e há tendência de choro;
O humor triste ou irritável;
Fala monossilábica, sem espontaneidade e monótona com longas causas;
Tratamento
O tratamento dos transtornos do humor devem ser pautados em vários 
objetivos:
Garantir a segurança do paciente;
Avaliação diagnóstica completa;
Plano terapêutico que aborde não apenas sintomas imediatos como 
também o bem estar futuro do paciente;
De maneira geral, deve-se enfatizar a farmacoterapia e a psicoterapia em 
conjunto da redução do número e a severidade dos estressores;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 10
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-a622-4767-a79d-7754c5024459/CamScanner_03-22-2023_18.55.pdf
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Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 11
Antidepressivos produzem em geral uma melhora de 60 a 70% dos 
sintomas depressivos em um mês;
Alguns critérios orientam o tratamento antidepressivo:
Depressão leve - apenas tratamento psicoterápico inicialmente;
Presença de história familia/história anterior de resposta positiva a 
determinada droga - tentar essa droga em primeiro lugar;
Há 50% de recaídas a tratamentos inadequados e resistência na 
maioria das vezes deve-se ao uso das subdoses;
Os efeitos colaterais são a principal variável de não adesão (estar 
atento ao perfil de efeitos indesejáveis);
Durante o tratamento, se pós 6 semanas o efeito não for desejado, 
deve-se mudar a classe do antidepressivo e/ou potencializar a terapia;
L tri-iodotironina (T3), Carbonato de lítio e l-triptofano > podem ser 
utilizadas para potencializar os efeitos dos antidepressivos;
Nos casos de depressão bipolar o uso de lítio é a primeira escolha;
Trazodona (moduladores de seratonina) - utilizada em casos de 
depressão com insônia, propriedades sedativas, sem potencial de 
dependência. Em homens, efeito raro de priapismo (ereção dolorosa, 
anormal e persistente sem excitação)
Venlafaxina (DUAL) principal utilizada nos casos de depressão ansiosa 
e seu uso está relacionado ao risco aumentado de síndrome de 
descontinuação (abstinência);
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 12
Em idosos a MIRTAZAPINA (atípicos) tem boa escolha pelos efeitos 
reduzidos e ação sedativa;
Inibidores de monoaminoxidase (IMAO) são indicados para o tratamento 
de depressão atípica; Maior risco de crise hipertensiva quando 
associado a alimentos que contenham tiramina (derivados e leite, 
cerveja, vinhos etc), muitos efeitos colaterais, contraindicação absoluta 
de diversas drogas (ISRS, alfa-metildopa, meperidina…) > Favorecem 
para o uso incomum desses inibidores (IMAO)
Tratamento de manutenção de pelo menos 6 meses previne recaídas. 
Em casos recorrentes o uso pode ser prolongado com associação ao 
carbonato de lítio;
A retirada deve ser gradual, ao longo de uma a duas semanas 
dependendo da meia vida do composto;
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA
Sem história prévia > ISRS - Inibidor Seletivo da Recaptação de 
Serotonina + monitorar 2-3 semanas (ger. a resposta aparece em 4 
semanas)
Efeitos colaterais frequentemente: disfunção sexual (diminuição da 
libido e anorgosmia - dificuldade chegar ao orgasmo) e efeitos 
gastrointestinais (náuseas, vômitos)
TRÍCICLICOS
Os principais efeitos colaterais são anticolinérgicos (tontura, sedação, 
boca seca, visão turva, constipação intestinal esforço para urinar) 
Outros efeitos são ganho de peso, hipotensão ortostática e alterações 
na conduta cardíaca;
Está contraindicado em casos de glaucoma de ângulo fechadoBAVT/BRD e em patologias em que os efeitos anticolinérgicos devem 
ser evitados, como disfunção prostática (maior obstrução do fluxo);
Em pacientes com risco de suicídio o uso de tricíclicos devem ser 
evitados, em função do potencial de intoxicação fatal quando em 
excesso;
Estão mais relacionados ao maior risco de “virada maníaca” - episódio 
maníaco em pacientes deprimidos com uso de antidepressivos;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 13
Abordar sobre o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB): 
epidemiologia, fisiopatologia, critérios diagnósticos, 
clínica e tratamento.
Epidemiologia
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
Menos comum, prevalência no período de vida de cerca de 1% 
(semelhante a esquizofrenia);
Idade média de início é 30 anos;
Mais comum em indivíduos divorciados e solteiros; 
NARDI, Antônio E.; SILVA, Antônio Gda; QUEVEDO, João. Tratado de 
Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. [Digite o 
Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558820345. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820345/ .
 Acesso em: 26 fev. 2023.
Herdabilidade pode chegar a 80%
Pode se associar, em vias genéticas/hereditárias, de pacientes com 
esquizofrenia em 0,68;
No mundo, entre os subtipos, a prevalência é de 0,6% no tipo I e 0,4% no 
tipo II e 1,4% subsindrômico; Já no Brasil, a prevalência é de 0,9% ao tipo I 
e 0,2% no tipo II;
Fisiopatologia
Para todas as doenças psiquiátricas, considera-se que existe uma 
contribuição poligênica (não existe apenas 1 gene relacionado as doenças). 
Polimorfismo em nucleotídeos em quatro loci, que podem estar associados a 
outras doenças psiquiátricas TDAH, TBH, depressão e esquizofrenia.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820345/
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 14
Sistema límbico, neurobiologia das emoções/memórias…
https://www.abrata.org.br/transtorno-bipolar-o-que-e-preciso-saber/
Classificação:
Episódio maníaco:
Episódio maníaco grave: 
+ intensa, taquipsiquismo acentuado, agitação psicomotora, 
heteroagressividade, fuga de ideia e delírios;
Episódio maníaco irritado ou disfórico: 
https://www.abrata.org.br/transtorno-bipolar-o-que-e-preciso-saber/
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 15
predomina a irritabilidade, mau humor, hostilidade às pessoas..
Episódio misto:
sintomas maníacos e depressivos simultâneos, ou alterando 
rapidamente;
Estupor maníaco:
assim como no episódio depressivo, estão presentes características 
catatônicas, como atividade motora extrema, sem propósito, 
maneirismo, ecolalia, ecopraxia e negativismo;
Hipomania:
forma atenuada do episódio maníaco, muitas vezes passa 
despercebida
Transtorno Bipolar
Tipo I
Predomínio da euforia (mania, bem caracterizadas, ou hipomania) 
em relação à depressão;
Para diagnóstico, tem que ter pelo menos 1 episódio maníaco;
Quando o paciente tem 4 ou mais episódios de humor (depressivo 
maior, maníaco ou hipomaníaco) por ano > ciclador rápido (intervalo 
de 48-72h)
Tipo II
Predomínio de depressão (tristeza) em relação a hipomania
Paciente nunca teve episódio de mania franca, apenas hipomania 
(se tiver pelo menos 1 episódio > bipolar tipo 1)
Ocorre prejuízo cognitivo;
Ciclotímico:
Altera entre períodos de sintomas hipomania e sintomas 
depressivos;
Não tem sintomas suficientes para caracterizar um quadro 
diagnóstico;
Para diagnóstico não pode permanecer de 2 meses sem sintomas
Induzido por substância:
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 16
Após intoxicação ou abstinência de substância, ou exposição ao 
medicamento;
O medicamento pode produzir os referidos sintomas
Outra condição médica:
Outras patologias/condições, como Doença de Cushing, Esclerose 
múltipla, AVC, TCE…
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 17
Figura 2: Subtipos do Transtorno Bipolar e o Especificador “Com 
ciclagem Rápida”. Os esquemas ilustram o curso dos principais subtipos do 
Transtorno Bipolar, além do especificador “Com ciclagem rápida”. O termo 
Distimia se refere ao estado de humor rebaixado que não preenche 
critérios de intensidade de sintomas para um episódio depressivo. 
(Nosaipo, 2017 adaptado de Stahl, 2013)...Veja mais em - Portal PEBMED: 
https://pebmed.com.br/dia-mundial-do-transtorno-bipolar/?
utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
https://pebmed.com.br/dia-mundial-do-transtorno-bipolar/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 18
Critérios diagnósticos
Assim como na esquizofrenia o diagnóstico e fenomenológico, a partir da 
observação e descrição do paciente;
DSM-V 
A. Um período distinto de humor anormal e persistente elevado, 
expansivo ou irritável, durando pelo menos uma semana (ou qualquer 
duração, se a hospitalização é necessária)
B. Durante o período de perturbação do humor, três ou mais, dos 
seguintes sintomas persistem (quatro se o humor é apenas irritável) 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 19
e estão presentes em um grau significativo;
Autoestima inflada ou grandiosidade;
Necessidade de sono diminuída;
Mais falante do que o habitual ou pressão por falar;
Fuga das ideias ou experiência subjetiva de pensamentos 
correndo;
Distratabilidade;
Aumento da at. dirigida a objetivos ou agitação psicomotora
Envolvimento excessivo em atividade prazerosas com alta 
consequências dolorosas (econômico, sexual…)
C. Perturbação do humor causando prejuízo acentuado no 
funcionamento ocupacional, atividades socias ou relacionamentos
D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma 
substância (droga de abuso, medicamento, condição médica -ex. 
hipertireoidismo)
A diferença entre a DSM-V e a CID-10 é que a primeira permite o 
diagnóstico de transtorno bipolar já no primeiro episódio maníaco (episódio 
maníaco único > tipo 1/ pelo menos 1 episódio hipomaníaco > tipo 2). 
Já no CID-10 exige-se pelo menos 2 episódio maníacos, caso contrário o 
diagnóstico é de mania.
Clínica
FONTE: MEDGRUPO: PSIQUIATRIA: TRANSTORNOS DIVERSOS, ESQUIZOFRENIA E OUTROS. EDITORA 
CLÍNICA MÉDICA LTDA. RIO DE JANEIRO, 2019.
A euforia, ou alegria patológica constitui o aspecto principal da síndrome 
maníaca;
É importante notar, quase sempre presente, a aceleração de todas as 
funções psíquicas (taquipsiquismo)
De maneira geral, pode-se observar: 
Aumento de autoestima (paciente se sente superior, melhor, mais 
potente);
Intensa satisfação pessoal e bem estar exagerado;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 20
Elação (sentimento de expansão e engrandecimento do eu)
Sintomas vegetativos (aumento da libido, perda de peso, anorexia e 
insônia - ger. ligada a sensação da diminuição do sono)
Logorreia: produção verbal rápida, fluente e persistente;
Pressão para falar (necessidade para falar ininterruptamente)
Distraibilidade (atenção voluntária reduzida e espontânea 
aumentada);
Irritabilidade e arrogância;
Agitação psicomotora e heteroagressividade;
Disnibição social e sexual (comportamentos inadequados);
Hipersensualidade e promiscuidade
Tendência exagerada e gastos excessiva (descontrole dos impulsos)
Delírios de grandeza ou de poder, que podem estar associados a 
alucinações auditivas;
Na clínica, de maneira geral, o profissional pode observar pacientes com 
aparências extravagantes, com roupas coloridas, excesso de maquiagem, 
acessórios bizarros e desatenção quanto a aparência pessoal. 
O afeto é instável e o humor eufórico, exaltado ou irritável.
Podem haver mudanças de humor abruptas (labilidade afetiva)
Pensamento acelerado, egocêntrico
Fala pressionada, falante (logorreico) dramática podendo ser 
incompreensível;
Na sua forma clínica atenuada pode-se observar a hipomania, odiscurso 
com loquacidade, sarcasmo com ideias abundantes, não produz disfunção 
social grave mas pode haver indiscrições sociais e financeiras; 
Tratamento
Agentes estabilizadores do humor, principalmente carbonato de lítio 
(melhor para pacientes com pensamentos suicidas), ácido valproico e 
carbamazepina;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 21
Anticonvulsivantes: volproato, carbamazepina e lamotrigina.
Casos de resistência, associação com estabilizadores de humor;
Olanzapina tem sido considerada eficaz no controle da mania aguda e 
como estabilizador de humor;
Nos casos de manias agudas, o tratamento geral inclui a utilização de 
drogas sedativas como clonazempam (agitação e insônia) e antipsicóticos;
O tratamento de manutenção está indicado geralmente na profilaxia do 
transtorno bipolar;
Para mulheres grávidas e mulher em idade fértil que pensam engravidar: + 
recomendados Lamotrigina;
Caracterizar os diagnósticos diferenciais do TDM e 
TAB: distimia, ciclotimia.
Diagnóstico diferencial:
Distimia: 
Depressão leve de intensidade duradora e início insidioso. Mais 
comum em mulheres. Pessoas com estresse prolongado e perdas 
súbitas. 
Envolve sintomas persistentes de baixo humor, desesperança e falta 
de prazer na vida por pelo menos dois anos em adultos (ou um ano 
em crianças e adolescentes). 
As pessoas com transtorno distímico geralmente se sentem tristes, 
desmotivadas e têm dificuldade para se concentrar e tomar 
decisões.
Não é incapacitante mas compromete o desempenho e o 
relacionamento interpessoal;
Ciclotimia
Instabilidade persistente do humor com alternância de inúmeros 
períodos distímicos (períodos depressivos leves) ou falta de interesse 
e prazer com episódios hipomaníacos;
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 22
Episódio nem graves e nem duradouros para serem considerados 
bipolares e a condição é crônica;
Esses sintomas devem estar presentes por pelo menos dois anos em 
adultos (ou um ano em crianças e adolescentes) para serem 
diagnosticados com o transtorno ciclotímico.
Borderline x Bipolaridade
Em comum:
Em comum, eles apresentam manifestações como as mudanças no 
humor, carência afetiva excessiva, descontrole emocional, 
ansiedade, impulsividade, dificuldades de relacionamento, 
automutilação, choro, alterações do sono, comportamentos de 
risco, culpa, agressividade, irritabilidade, inquietação, compulsão, 
falta de moderação, tristeza e perda de interesse em atividades 
que antes davam prazer.
Diferenças:
Variação/Regularidade: no transtorno bipolar o humor varia em 
dias, semanas ou meses, seguindo o ciclo circadiano do humor 
entre a mania e a depressão (polos) (ex. acorda triste e pode ir 
melhorando, ficando feliz). Já no Boderline as variações são entre 
momentos de extrema euforia e profunda melancolia ocorrendo 
repentinamente e sem regularidade.
Classificação: Transtorno de Borderline é um transtorno de 
personalidade e o Transtorno Bipolar um transtorno do humor;
Falar sobre as classes e modo de ação dos 
antidepressivos, assim como sobre seus efeitos 
colaterais.
Existem vários tipos de antidepressivos com diferentes classes e modos de ação. 
Aqui estão alguns dos principais antidepressivos, suas classes, modos de ação e 
efeitos colaterais comuns:
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): 
Incluem medicamentos como fluoxetina, sertralina, paroxetina e 
citalopram. 
MODO DE AÇÃO: Eles trabalham aumentando a disponibilidade de 
serotonina no cérebro e podem ajudar a melhorar o humor, a ansiedade e 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 23
os sintomas de transtornos alimentares. 
O mecanismo de ação dos ISRS consiste em bloquear seletivamente a 
recaptação de serotonina pelos neurônios pré-sinápticos, permitindo que 
mais serotonina permaneça disponível no espaço sináptico entre os 
neurônios. Isso aumenta a estimulação dos receptores pós-sinápticos 
de serotonina, o que pode ajudar a melhorar o humor e reduzir os 
sintomas da depressão. 
Embora o mecanismo exato de como os ISRS funcionam não seja 
totalmente compreendido, sabe-se que eles afetam principalmente o 
sistema de neurotransmissão da serotonina, sem afetar significativamente 
outros sistemas de neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina. 
Isso os torna menos propensos a causar efeitos colaterais como tremores, 
agitação e insônia, que podem ocorrer com outras classes de 
antidepressivos.
Efeitos colaterais comuns incluem náusea, diarreia, insônia, sonolência e 
disfunção sexual.
Inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSN): 
Incluem medicamentos como venlafaxina e duloxetina. 
MODO DE AÇÃO: Eles trabalham aumentando a disponibilidade de 
serotonina e noradrenalina no cérebro e podem ajudar a melhorar o 
humor e a ansiedade. 
Efeitos colaterais comuns incluem náusea, tontura, sudorese, aumento da 
pressão arterial e insônia.
Antidepressivos tricíclicos (ATC): 
Incluem medicamentos como amitriptilina e nortriptilina. 
MODO DE AÇÃO: Eles trabalham aumentando a disponibilidade de 
serotonina e noradrenalina no cérebro e também afetam outros 
neurotransmissores. 
Os ATCs também atuam como antagonistas dos receptores de 
histamina, acetilcolina e alfa-adrenérgicos. Esses efeitos colaterais 
podem causar sedação, boca seca, visão turva, constipação, retenção 
urinária e tontura. 
Outro efeito dos ATCs é a inibição da recaptação de dopamina pelos 
neurônios pré-sinápticos. Isso pode levar a um aumento da 
concentração de dopamina no espaço sináptico, o que pode estar 
associado à melhora da motivação, energia e iniciativa em alguns 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 24
pacientes. 
Os ATCs também podem afetar a sensibilidade dos receptores de 
serotonina e noradrenalina, regulando sua expressão e atividade. Isso 
pode melhorar a função de neurotransmissores no longo prazo e ajudar a 
manter a estabilidade emocional.
Eles podem ajudar a melhorar o humor, a ansiedade e a dor crônica. 
Efeitos colaterais comuns incluem sonolência, boca seca, constipação, 
visão turva e tontura.
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): 
Incluem medicamentos como fenelzina e tranilcipromina. 
MODO DE AÇÃO: Eles trabalham aumentando a disponibilidade de 
serotonina, noradrenalina e dopamina no cérebro e podem ser usados 
para tratar transtornos depressivos resistentes a outros tratamentos. 
O mecanismo de ação dos IMAOs consiste em bloquear a atividade da 
enzima monoaminaoxidase (MAO), responsável por degradar os 
neurotransmissores. Com a inibição da MAO, há um aumento dos níveis 
desses neurotransmissores no cérebro, o que pode melhorar o humor, 
a motivação e a energia.
Efeitos colaterais comuns incluem aumento da pressão arterial, sudorese, 
ganho de peso e tontura.
Inibidores da recaptação de dopamina e noradrenalina (IDRN): 
Incluem medicamentos como bupropiona. 
MODO DE AÇÃO: Eles trabalham aumentando a disponibilidade de 
dopamina e noradrenalina no cérebro e podem ajudar a melhorar o 
humor e a ansiedade. 
Efeitos colaterais comuns incluem náusea, insônia, boca seca, dor de 
cabeça e aumento da pressão arterial.
CASOS CLÍNICOS - PROFª
CASO CLÍNICO 01 
Uma mulher de 55 anos se apresenta a um psiquiatra com queixa de ter o humor 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 25
deprimido nos últimos 3 meses. Refere que seu humor tem sido 
consistentemente baixo e descreve seu estado recente como “eu não sou 
assim”. Também percebeu uma redução de energia e um ganho de peso de 
uns 3 kg no mesmo período de tempo, embora seu apetite não tenha 
aumentado. Nunca consultou um psiquiatra antes e lembra-se de jamais ter se 
sentido assim deprimida por tanto tempo. Nega problemas clínicos e afirma que 
não está sob medicação. Sua história familiar é positiva para um caso de 
esquizofrenia em uma tia do lado materno. 
No exame do estado mental, a paciente parece deprimida e cansada,embora 
tenha uma variação normal de afeto. Sua fala é um pouco lenta, mas fora isso 
não chama atenção. Seus processos de pensamento são lineares e lógicos. Não 
apresenta risco de suicídio ou de homicídio e não relata alucinações nem delírios. 
Sua cognição está inteiramente preservada. Seu discernimento e seu controle de 
impulsos não estão prejudicados. 
O exame físico revela pressão arterial de 110/70 mmHg e temperatura de 36,7° C. 
Sua glândula 
tireoide está difusamente aumentada, mas não dolorosa. Seu coração bate em 
frequência e ritmo regulares. Ela apresenta cabelo áspero e quebradiço, mas 
nenhuma erupção. 
a) Qual é o diagnóstico mais provável?
Humor deprimido - últimos 3 meses (1)
Redução de energia;
Ganho de peso (3kg em 3 meses) (2)
Sem aumento do apetite
Histórico familia esquizofrenia
Fala pouco lenta
Depressão secundária a hipotireoidismo
b) Qual é o próximo passo diagnóstico?
Exames laboratoriais;
CASO CLÍNICO 02 
Um homem de 27 anos é levado ao setor de emergência pelos amigos e pelo 
colega de quarto. 
Eles relatam que o paciente não tem dormido nas últimas 3 ou 4 semanas e que 
perceberam que ele fica acordado à noite, limpando o apartamento. Adquiriu 
um novo computador e um aparelho de DVD, embora o colega de quarto afirme 
Problema 5 - UC16 - BIPOLARIDADE E DEPRESSÃO (TRANSTORNOS DE HUMOR) 26
que ele não tem dinheiro para comprar esse tipo de coisa. O paciente também 
tem se vangloriado para os amigos de que dormiu com três mulheres 
diferentes na última semana, mas esse não é seu comportamento habitual, e 
tem estado muito irritável e explosivo. 
Tem bebido “um monte de álcool” nas últimas duas semanas, o que não é 
característico. Os amigos referem não tê-lo visto usar drogas e acreditam que ele 
não tenha problema de saúde nem tome qualquer medicamento que precise de 
receita. Não estão a par de história familiar de distúrbios clínicos nem de 
transtornos psiquiátricos. Informam que ele é estudante de serviço social. 
Em um exame do estado mental, o paciente se mostra alternadamente irritável e 
exaltado. Está 
usando uma camisa laranja forte e uma calça vermelha, e suas meias não 
formam par. Fica 
caminhando pela sala e recusa-se a sentar quando convidado pelo examinador. 
Sua fala é rápida e alta, e é difícil interrompê-lo. Diz que seu humor está “ótimo” e 
está muito zangado com os amigos por tê-lo obrigado a vir ao setor de 
emergência. Fala que eles provavelmente tenham insistido porque “estão com 
inveja do meu sucesso com as mulheres”. Afirma que está destinado a algo 
grandioso. Seus processos de pensamento são tangenciais. Nega qualquer 
ideação suicida ou homicida, alucinações ou delírios. 
a) Qual é o próximo passo diagnóstico?
Exame toxicológico - descartar drogas;
b) Qual o diagnóstico mais provável?
Transtorno bipolar tipo 1 - 1 episódio de mania 
c) Qual o tratamento inicial mais adequado
Estabilizador de humor; 
Monoterapia com quetiapina (estabilizador e antipsicótico) ou Lurazidona (1ª 
linha)
Associar Lozapina e Fluoxetina
Valproato + potente
(Antidepressivo pode dar síndrome de mania)
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