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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA PÓS-GRADUÇÃO EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA NÁIRON JOSÉ CORREIA GUIMARÃES INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A GESTÃO DE PESSOAS EM EMPRESAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE Goiânia 2017 NÁIRON JOSÉ CORREIA GUIMARÃES INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A GESTÃO DE PESSOAS EM EMPRESAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE Artigo apresentado visa à elaboração do requisito imprescindível à obtenção de certificado de especialista em Gestão Financeira e Controladoria pela Universidade Salgado de Oliveira. Orientador: Professor Msc. André Costa Dias Goiânia 2017 RESUMO A Gestão de Pessoas possui papel crucial na busca pelos objetivos estratégicos das empresas. Um sistema de medição de desempenho baseado em indicadores numéricos estratégicos permite à Controladoria e à equipe de Gestão de Pessoas alinhar os objetivos departamentais da área de Gestão de Pessoas com o Planejamento Estratégico da empresa. No entanto, por tratar de temas aparentemente intangíveis, a Gestão de Pessoas pode encontrar dificuldades na definição de indicadores e metas. Através de pesquisa bibliográfica, este artigo apresenta um conjunto de indicadores para cada função da área de Recursos Humanos (RH) de forma a permitir que a Controladoria, Alta Direção e o próprio RH possam medir e alinhar suas ações ao Planejamento Estratégico. Palavras-chave: indicadores, kpi, controladoria, recursos humanos, gestão de pessoas, planejamento estratégico. ABSTRACT People management has a crucial role in search for the strategic objectives of companies. A performance measurement system based on strategic indicators allows the Controller and People Management team to align the departmental objectives of People Management with company’s Strategic Planning. However, due to apparently intangible matters, People Management area may have difficulties in definition of indicator and goals. Using a bibliographic research, this article presents a set of indicators for each function of the Human Resources area in order to allow Controller, Senior Management and Human Resources managers to measure and align their actions to Strategic Planning. Keywords: indicators, kpi, controllership, human resources, people management, strategic planning. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1 2 METODOLOGIA ............................................................................................... 3 3 INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A GESTÃO DE PESSOAS EM EMPRESAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE .................................................. 4 3.1 Indicadores de desempenho ........................................................... 4 3.2 Funções e objetivos comuns à área de Gestão de Pessoas ........ 5 3.3 Sugestões de indicadores à Gestão de Pessoas .......................... 8 3.3.1 Planejamento de RH ............................................................... 9 3.3.2 Recrutamento e Seleção ...................................................... 12 3.3.3 Avaliação de Desempenho ................................................... 14 3.3.4 Administração de Cargos, Salários e Carreiras .................... 16 3.3.5 Treinamento e Desenvolvimento .......................................... 20 3.3.6 Saúde, Segurança e Qualidade de Vida ............................... 22 3.3.7 Função legal ......................................................................... 24 3.3.8 Gestão do Clima Organizacional .......................................... 26 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 29 5 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 30 1 1 INTRODUÇÃO Empresas são feitas de pessoas. A gestão dessas pessoas possui papel crucial na busca pelos objetivos estratégicos das empresas. A retenção do conhecimento, a redução dos custos operacionais, a eficiência nos processos, a segurança jurídica, enfim, todas as atividades são impactadas pela forma que os colaboradores são geridos. As organizações necessitam medir, avaliar e comparar o que é boa gestão de pessoas. Em todas as organizações, o Planejamento Estratégico e a medição de resultados são aspectos chave para que se possa avaliar se os objetivos estão sendo atingidos. De acordo com Kaplan e Norton (2001) apud Arraya (2016), “se o desempenho não está sendo medido não está sendo gerido”. Consideremos, ainda, que a medição de desempenho organizacional deve levar em consideração as particularidades do contexto em que se insere por meio dos valores e preferências do tomador de decisões, além efetuar a ligação dos objetivos operacionais com os estratégicos (BORTOLUZZI, 2009 apud ARRAYA, 2016) As principais vantagens de um sistema de medição são: poder avaliar o desempenho e indicar as ações corretivas necessárias; apoiar a melhoria do desempenho; e manter a convergência de propósitos e a coerência de esforços na organização por meio da integração de estratégias, ações e medições (CHIAVENATO, 2003). Com a finalidade de efetuar a medição dos resultados, visando a qualidade, é indispensável a utilização de indicadores de desempenho. Indicadores são formas mensuráveis de representação das características de processos e produtos (TAKASHINA & FLORES, 2005 apud NUINTIN & NAKAO, 2011). Tendo em vista a definição acima, a área de Gestão de Pessoas encontra dificuldades na definição do que seria “o produto” a ser mensurado, devido aos diversos assuntos intangíveis que a permeiam. Questões como satisfação dos empregados, interesses dos empregadores, eficácia do processo principal e redução de passivos futuros são alguns destes aspectos de difícil mensuração. Igualmente, a área de Controladoria tem seu papel preventivo e controlador prejudicado por estas indefinições. 2 Este artigo tem o propósito de apresentar um conjunto de indicadores de desempenho voltado à gestão de pessoas, onde seja possível abordar variáveis tangíveis e intangíveis. Através destes indicadores, espera-se que os gestores da área de Recursos Humanos e Controladoria possam escolher melhor os indicadores que desejam trabalhar e alinhar o Planejamento Estratégico às funções de Gestão de Pessoas, mensurando resultados através de comparações históricas ou com outras empresas. Segundo Ávila e Stecca: O planejamento estratégico de gestão de pessoas refere-se à maneira como a função de gestão de pessoas pode contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais dos funcionários. Trata-se de alinhar talentos e competências com as necessidades organizacionais. (AVILA & STECCA, 2015) Iniciaremos conceituando indicadores de desempenho e sua importância no Planejamento Estratégico. A seguir definiremos funções e objetivos comuns à gestão de pessoas na maioria das empresas e, ao final, apresentaremos diversos indicadores de desempenho relacionados visando o alinhamento ao Planejamento Estratégico. Este artigo não tem como propósito detalhar as teorias de Gestão de Pessoas nem as metodologias de elaboração do Planejamento Estratégico, mas sim realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os principais indicadores de desempenho da área de Gestão de Pessoas, que possam ser escolhidos e utilizados pela área de Controladoria e Recursos Humanos de várias empresas. Também consideramos inviável definir metas para tais indicadores, tendo em vista que a definição das metas está intimamente ligada à estratégia única de cada empresa. A principal questão que este trabalho buscará clarificarserá qual a gama de indicadores as empresas podem utilizar para avaliar o desempenho da gestão de pessoas de forma a possibilitar melhor conexão com os objetivos estratégicos. 3 2 METODOLOGIA O trabalho será elaborado através de pesquisa bibliográfica qualitativa utilizando o método de abordagem dedutivo. Haverá também, certo nível de conhecimento empírico presenciado em dois anos de assessoria à Diretoria Administrativa e um ano de atividade gerencial e de supervisão na área de Gestão de Pessoas em empresa de grande porte na área de distribuição de energia elétrica. No método dedutivo, usa-se o silogismo, que é a construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993 apud SILVA & MENEZES, 2001). 4 3 INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A GESTÃO DE PESSOAS EM EMPRESAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE 3.1 Indicadores de desempenho Os sistemas informatizados têm levado à possibilidade de extração de inúmeros dados das bases de recursos humanos: quantidade de empregados, custo total, custo por área, minutos de falta, absenteísmo por categoria, segmentação por idade, por sexo etc. Vivemos a era do Big Data. A criação de infinitos números não tem relação qualquer com o bom planejamento se não estiverem ligados a um objetivo estratégico. Indicadores não são apenas números, dados, informações. Indicadores devem fazer o que o nome diz: indicar, indicar o caminho. Um número solto, sem ligação com um objetivo é apenas um número e não gera informação útil na tomada de decisão. Como exemplo, tomemos as informações “Quantidade de empregados” ou “horas de treinamento”. Imagine qualquer empresa e qualquer número: doze, quinhentos, dois mil. Estes números não dizem nada se não estiverem ligados a um objetivo ou a uma comparação. Segundo Lima (2005) apud Navarro (2005), deve-se ter definido que “as medidas, isoladamente, não são geralmente capazes de fornecer informações suficientes para tomada de decisão”. Indicador é um valor quantitativo que possibilita a empresa medir o que está sendo executado e gerenciá-la de forma adequada para o atingimento das metas organizacionais ou departamentais planejadas. […] É uma métrica que indica algo útil, relevante e que ajuda na tomada de decisões (PAULA, 2015) Chiavenato (2003) explica que "para os autores matemáticos, indicadores de desempenho são os sinais vitais de uma organização, pois permitem mostrar o que ela está fazendo e quais os resultados de suas ações”. Lembramos também que é comum encontrarmos as definições “Indicador Chave de Desempenho” ou o, em inglês, “Key Performance Indicator (KPI)”. Segundo Costa et al (2005) apud Navarro (2005), uma das principais deficiências da medição de desempenho está no fato de que os indicadores utilizados 5 são raramente integrados com o processo de negócio e, na maioria das vezes, não são selecionados segundo os objetivos estratégicos e fatores críticos. Dessa forma, pode-se dizer que os indicadores devem estar alinhados a um objetivo estratégico específico. Devem ser usados para o gerenciamento, ou seja, a tomada de decisão, e não apenas para monitoramento. Os indicadores principais devem ser aqueles ligados aos objetivos estratégicos principais ou aos processos mais complexos. Segundo Chiavenato: Da mesma forma como os objetivos organizacionais, os indicadores também obedecem a uma hierarquia na qual os mais simples são contidos em indicadores mais complexos. Nas organizações com estruturas tradicionais, a hierarquia corresponde aos níveis hierárquicos. Nas organizações organizadas por processos, a hierarquia dos indicadores corresponde ao desdobramento dos processos mais complexos em processos mais simples. (CHIAVENATO, 2003) Deve-se evitar a criação de muitos indicadores por área de forma a não haver perda de foco da equipe de trabalho ou equipe da controladoria. O foco deve ser em indicadores que visem o sucesso do Planejamento Estratégico. Na criação de um indicador, deve ser definido um bom nome (não complexo demais ou curto demais), a forma de cálculo, a periodicidade de atualização e o responsável pela atualização. Nem sempre o responsável pela atualização será o responsável pela melhoria ou atingimento da meta ligada ao indicador. Meta é o objetivo a se alcançar transformado em número ligado ao indicador. 3.2 Funções e objetivos comuns à área de Gestão de Pessoas Conforme explicado, para termos bons indicadores precisamos de tarefas e objetivos bem definidos. Tentaremos, neste tópico, chegar às funções e objetivos mais comuns à área de Gestão de Pessoas ou Recursos Humanos (RH) em empresas de médio e grande porte, independentemente do modelo de planejamento estratégico ou política de gestão de pessoas escolhida pelas empresas. Devemos lembrar que a área de Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas não é estática, está em constante evolução. Práticas que eram tidas como boas, em poucos anos são superadas por outras, seja por questões legais, culturais ou econômicas. 6 Segundo Lins & Zúniga (1998), a organização tradicional do departamento de RH quanto ao aspecto operacional visa “planejar, organizar, dirigir e controlar as funções de procura, desenvolvimento, compensação, treinamento, avaliação e utilização da mão-de-obra, voltadas para os objetivos econômicos e estratégicos da empresa, cujo output é uma mão-de-obra capacitada para o desempenho de uma função pré-estabelecida”. Ávila & Stecca (2015) entende que a Administração de Recursos Humanos "busca conquistar e manter empregados na organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva e favorável”, além de ser a área com maior responsabilidade pelo “abastecimento, aplicação, manutenção, monitoramento, desenvolvimento de novos talentos, da gestão, orientação, treinamento das pessoas.” Ávila & Stecca (2015) ainda cita Ulrich (2003) indicando que os quatro papéis principais de RH são a administração de estratégias de RH, a administração da infraestrutura da empresa, a administração da contribuição dos funcionários e a administração da transformação e da mudança. Para Marques (2015), as funções essenciais da Gestão de Pessoas são: motivar os colaboradores, treinar e desenvolver, assegurar vantagem competitiva, gerir a qualidade de vida, gerenciar mudanças e assegurar uma política ética. Teixeira (2013), citando relatório publicado pelo Instituto de Direitos Humanos Norberto Bobbio, informa que os quatro principais objetivos da gestão de pessoas hoje são: 1. Atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais, por meio de experiências significativas, desafiadoras e enriquecedoras. 2. Buscar o engajamento por meio da felicidade e do propósito. 3. Criar um ambiente positivo que valorize as relações e motive as pessoas. 4. Garantir a aderência à cultura, por meio da escolha de pessoas com alinhamento entre valores pessoais e valores organizacionais. (TEIXEIRA, 2013) Lins & Zúnica (1998) organizou as funções básicas (operacionais) de RH, segundo a Administração de Recursos Humanos Tradicional em: Recrutamento e Seleção, Avaliação de Desempenho, Administração de Cargos, Salários e Carreiras, Treinamento e Desenvolvimento, Desenvolvimento Gerencial e Planejamento de Recursos Humanos. Cita ainda, fatores da visão não tradicional da Administração de Recursos Humanos como Relações de Poder, Cultura Organizacional, Relações e Processos de Trabalho, Comprometimento Organizacional, Qualidade de Vida e Stress no trabalho. 7 Quanto à função de administração de salários, importante observar seu caráter financeiro/econômico: a busca por custos de pessoal ótimos, que se adequem aos objetivos estratégicos da empresa. Nem tão baixos que levem à falta de competitividadee desmotivação e nem tão altos que levem à inviabilidade de preços em comparação com o mercado. Por exemplo, uma empresa de tecnologia provavelmente optará por remunerar muito bem os talentos inovadores, enquanto um supermercado que tenha como estratégia de marketing “o menor preço” provavelmente optará por salários mais baixos. Segundo Ávila & Stecca (2015), "não adianta pagar mal e ter baixa produtividade, pois isso aumenta o custo da mão de obra, mas não adianta imaginar que o aumento salarial será o fator decisivo para aumentar a produtividade." Lins & Zúniga (1998) ainda indica como tendência futura a saída de atividades do RH como treinamento, carreira e salários que, em sua pesquisa, vêm sendo delegadas às chefias diretas dos empregados. Ao RH, caberá elaborar diretrizes e apoio aos gerentes nestes assuntos, como um consultor interno, abandonando as tarefas operacionais de RH. Lins & Zúniga (1998) observou também o crescimento da terceirização como processo institucionalizado ao invés de apenas modismo. Citamos, ainda, o Clima Organizacional que, de acordo com Chiavenato 2003, "representa o quadro mais amplo da influência ambiental sobre a motivação”: “O clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da organização que influencia o seu comportamento. O ambiente organizacional apresenta certas propriedades que podem provocar motivação para determinados comportamentos." (Chiavenato 2003) Em nossa análise bibliográfica, percebemos pouca abordagem da função legal do RH, assunto que consideramos de fundamental importância a qualquer empresa. A complicada legislação trabalhista leva o Brasil a ser um dos países que possui maior quantidade de dissídios trabalhistas no mundo. Foram 3,9 milhões de novos processos somente em 2016. (MARCHESAN, 2017) Por função legal, entendemos como a busca pelo melhor cumprimento das disposições legais e éticas relativas à gestão de pessoas, orientação aos gerentes, atendimento a acordos coletivos, Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 8 jurisprudências trabalhistas e normativos do Ministério do Trabalho, de forma a dar segurança jurídica a empresa. O princípio protetor do Direito do Trabalho no Brasil e a inversão do ônus da prova em processos trabalhistas obrigam ao empregador especial atenção, não só ao cumprimento das disposições legais, mas também a ao registro e comprovação deste cumprimento. Devemos lembrar a atenção às normas internas da empresa e princípios éticos. A falta de atenção à função legal do RH leva a alto risco na operação das empresas, devido a pesadas multas aplicadas por órgãos fiscalizadores ou processos trabalhistas onerosos e imprevisíveis. Lembramos que, durante a elaboração deste trabalho, ainda não estava vigente a reforma trabalhista brasileira sancionada em 2017. Finalmente, para este artigo, podemos compilar que a função principal da área de recursos humanos é captar, manter e desenvolver mão de obra qualificada, produtiva, saudável e satisfeita a um custo ótimo, que ajude a empresa a atingir seus objetivos estratégicos e evitar passivos trabalhistas. Para fins de apresentação dos indicadores neste trabalho faremos uma organização dos mesmos segundo a administração de recursos humanos tradicional. Incluiremos também dois aspectos da visão não tradicional, além da gestão do clima organizacional e da função legal do RH. Dessa forma, agruparemos os indicadores através das funções: (1) Planejamento de Recursos Humanos, (2I) Recrutamento e Seleção, (3) Avaliação de Desempenho, (4) Administração de Cargos, Salários e Carreiras, (5) Treinamento e Desenvolvimento, (6) Saúde, Segurança e Qualidade de vida, (7) Função Legal e (8) Gestão do Clima Organizacional. 3.3 Sugestões de indicadores à Gestão de Pessoas Geralmente, um mesmo indicador será útil para várias funções de Gestão de Pessoas e não apenas uma função. Tentaremos organizar os indicadores nas funções onde consideramos que o mesmo é mais importante. A periodicidade de apuração de cada indicador costuma variar de acordo com o fluxo de trabalho e acompanhamento de cada empresa, podendo ser mensal, 9 anual ou por evento. Indicadores percentuais devem ser convertidos multiplicando-se o resultado por 100%. 3.3.1 Planejamento de RH a) Rotatividade (turnover) O índice de rotatividade ou turnover diz respeito à quantidade relativa de colaboradores que deixaram a empresa dentro de determinado período. Este indicador é importante para o planejamento de RH pois possibilita, entre outras análises, a identificação da periodicidade ideal para novas contratações. Método de apuração: Este é outro indicador com diversas formas de apuração. A que consideramos mais proveitosa por envolver também a mensuração de empregados admitidos é somar a quantidade de empregados demitidos com a quantidade de empregados admitidos, em seguida dividir pelo total de empregados ao final do período analisado. Consideramos bastante útil que o indicador seja medido a nível de departamento, de forma a identificar as áreas com menor ou maior rotatividade (possível problema de clima) e também haja estratificação de demissões a pedido ou demissões por parte da empresa. Ligado às funções: planejamento de RH (definição de periodicidade e quantitativos para as novas contratações), recrutamento e seleção (alta rotatividade pode indicar seleção de candidatos errados), administração de cargos, salários e carreiras (pode indicar que a empresa não é atrativa para os talentos), qualidade de vida (pode indicar que a empresa ou determinados departamentos são estressantes) e gestão do clima organizacional. b) Média de horas extras por empregado Horas extras são as horas trabalhadas além do regularmente contratado com os empregados, pelas quais os mesmos recebem remuneração maior que a habitual. São fortemente regulamentadas pela CLT (Decreto-Lei N.º 5.452/1943). Como a execução de horas extras é mais cara que a execução de horas normais, há que se planejar até que ponto elas são vantajosas. 10 A execução de horas extras constantes, concentradas em um departamento ou grupo de empregados, mesmo que em pouca quantidade, indica necessidade de pessoal ou falta de controle interno nos registros de ponto (entrada e saída do trabalho). Método de apuração: Quantidade de horas extras dividido pela quantidade de empregados. Ligado às funções: planejamento de RH, qualidade de vida (empregados submetidos a várias horas de trabalho tendem a apresentar maior stress), função legal, Administração de Cargos Salários e Carreiras. c) Horas extras / Horas Contratuais Tão importante quanto a média de horas extras por empregado, a relação entre a quantidade de horas extras e a quantidade de horas contratuais é importante para o planejamento do quantitativo de empregados e análise se a empresa está em um nível vantajoso de horas extras (quando a execução de horas extras é mais vantajosa que a contratação de um novo empregado). Método de cálculo: quantidade de horas extras do universo escolhido dividido pela quantidade de horas contratuais do universo escolhido. Exemplo: caso se escolha periodicidade mensal e segmentação por departamento deve-se primeiro somar o quantitativo de horas extras realizada por cada departamento no mês escolhido em seguida dividir pelo somatório de horas mensais contratuais dos empregados do mesmo departamento. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Planejamento de RH, Administração de Cargos Salários e Carreiras, Função Legal. d) Produtividade Este indicador é um dos mais importantes para medir o sucesso da área de Recursos Humanos pois é impactado diretamente por todas as funções de RH e impacta o lucro e sobrevivência da empresa. Métodode cálculo: Em indústrias, a produtividade geral pode ser calculada através da quantidade de produtos produzidos dividido pela quantidade de empregados. Em comércio ou área de serviços, a produtividade geral pode ser 11 calculada através do faturamento líquido dividido pela quantidade de empregados ou folha de pagamento. Pode ser segregada por área a fim de identificar os pontos de atenção. No caso de segregação, dificuldades surgirão em atividades meio como contabilidade, jurídico e recursos humanos, onde deverão ser definidos outros quantificadores de meta para o sucesso. Ligado às funções: Planejamento de RH, Recrutamento e seleção, Avaliação de desempenho, Administração de Cargos, Salários e Carreiras, Treinamento e Desenvolvimento, Saúde, Segurança e Qualidade de Vida, Função legal, Gestão do clima organizacional. e) Lucro Líquido por Empregado Indicador ligado à produtividade. Deve ser utilizado através de comparação com outras empresas do mesmo ramo e porte, se estes dados de quantitativo de empregados e lucro estiverem disponíveis por parte das outras empresas. Possui pouca utilidade se analisado apenas internamente pois pode levar a conclusões indevidas sobre ajuste de quantitativo de pessoal, quando sabemos que o lucro de uma empresa depende de inúmeros outros fatores. Método de cálculo: lucro líquido da empresa dividido pela quantidade média de empregados no período analisado. Ligado às funções: planejamento de RH, administração de cargos, salários e carreiras, treinamento e desenvolvimento. f) Índice de Departamentos que Atingiram Metas A identificação de departamentos que atingiram ou não suas metas pré- definidas, ou fiquem abaixo das expectativas de forma reiterada, auxilia o planejamento de RH a saber áreas que necessitem de reforço de pessoal, seja quantitativamente (recrutamento e seleção) ou qualitativamente (desenvolvimento e treinamento). Um excesso de departamentos sem atingir metas pode indicar má definição das metas ou crise no clima organizacional. Método de cálculo: quantidade de departamentos que atingiram metas dividido pela quantidade de departamentos. Dividir por 100 para transformar em percentual. 12 Ligado às funções: planejamento de RH, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento. 3.3.2 Recrutamento e Seleção a) Custo da rotatividade A rotatividade pode ter consequências positivas, como a renovação de ideias, e consequências negativas, como os custos associados à substituição de empregados, perda de capital intelectual e redução de comprometimento. Através deste indicador, busca-se deixar mais mensuráveis dois destes aspectos negativos: custos de substituição e perda de capital intelectual. Método de cálculo: somar os custos das demissões, custo de contratação do mesmo quantitativo desligado e despesas com treinamentos dados aos desligados. Em seguida dividir pela quantidade de desligados no período apurado. As despesas com treinamentos devem ser trazidas a valor presente. Este indicador deve ser segregado entre as demissões por decisão da empresa e as demissões a pedido. Importante a estratificação a nível de departamento ou cargo, visando conhecer os grupos onde mais se deve evitar evasão de empregados. Ligado às funções: planejamento de RH, recrutamento e seleção, administração de cargos, salários e carreiras, e treinamento e desenvolvimento. b) Candidatos que se Apresentaram pelo Total de Vagas Recrutamento e seleção são duas etapas distintas. A primeira visa chamar candidatos no mercado, a segunda visa filtrar, entre os que se apresentaram, os escolhidos para ocupar as vagas de emprego. Medir a quantidade total de candidatos que se apresentaram à seleção em comparação com o total de vagas abertas ajuda a acompanhar a qualidade da etapa de recrutamento em dois aspectos: divulgação das vagas e atratividade das vagas. Claramente, o índice de desemprego na região ou nicho da vaga pode ter peso nas variações sazonais encontradas. Dessa forma é interessante observar os índices de desemprego ao acompanhar indicador deste tópico. 13 Método de cálculo: quantidade de candidatos que se apresentaram para as seleções dividido pelo total de vagas. A segmentação por canal de divulgação (internet, banco de empregos, outros empregados) é bastante útil para definição dos melhores canais, podendo ser realizada comparação histórica ou com outras empresas. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Recrutamento e seleção. c) Índice de Pré-Selecionados O índice de empregados pré-selecionados pela seleção sobre o total dos que se apresentaram ao chamamento das vagas também ajuda a medir a efetividade da etapa de recrutamento. Um índice baixo pode indicar que a divulgação das vagas não está chegando aos profissionais desejados ou que a descrição das vagas não está suficientemente clara, entre outras possíveis interpretações. Método de cálculo: quantidade de pré-selecionados dividido quantidade de candidatos que se apresentaram. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Recrutamento e seleção, Administração de Cargos, Salários e Carreiras. d) Índice de Mantidos Após Período de Experiência A etapa de seleção ocorre após o recrutamento e visa selecionar, dentre os candidatos que se apresentaram, quais se enquadram na vaga e no perfil da empresa. Uma das maneiras de se verificar se a seleção está sendo efetiva é verificar quantos selecionados se mantém após o período de experiência, que costuma ser de três meses. Método de cálculo: quantidade de empregados mantidos após período de experiência dividido pela quantidade de selecionados. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Recrutamento e seleção, Avaliação de desempenho. e) Nota Média na Avaliação dos Novos Empregados 14 Este indicador permite acompanhar se os contratados, em seu primeiro ciclo de avaliação, têm avaliação positiva. Dessa forma é possível mensurar a eficiência da etapa de seleção. Método de cálculo: em uma avaliação de desempenho que tenha como resultado dados numéricos, somar as notas dos empregados que estiverem em seu primeiro ciclo de avaliação e dividir pela quantidade destes mesmos empregados. Ligado às funções: Recrutamento e Seleção e Avaliação de Desempenho. f) Tempo Médio para Preenchimento das Vagas Pode ser interessante acompanhar a duração entre a necessidade inicial de uma vaga até seu preenchimento com sucesso. Além de medir a agilidade da equipe de Recrutamento e Seleção, também possibilita ao Planejamento de RH definir previsões sobre o momento ideal para se iniciar as seleções frente a tendência de evasão (rotatividade), de forma que “não falte empregado” em áreas críticas, mesmo antes da evasão ocorrer. Método de cálculo: data do preenchimento de cada vaga menos data que o departamento solicitante informou ao RH. Realizar médias das últimas seleções, conforme definido pelo Planejamento de RH. Ligado às funções: Recrutamento e Seleção, Planejamento de RH. 3.3.3 Avaliação de Desempenho a) Índice de Empregados com Desempenho Ruim Segundo Russo, Viana e Hall (2007): (...) a avaliação de desempenho não é, somente, um fator de custo (ou monetário), mas, também, é uma questão de motivação e aumento de competitividade para a empresa. Uma avaliação de desempenho transparente e justa faz com que o profissional busque estar altamente qualificado na execução de suas atividades e estimula a multifuncionalidade. (RUSSO, VIANA & HALL, 2007) Atualmente, muitas empresas possuem diferentes sistemas de avaliação de desempenho. Um método interessante para observar os resultados trazidos pela avaliação de desempenho é analisar o quantitativo de empregados considerados ruins. 15 Tal indicador se torna interessantepara comparação com a rotatividade segregada por interesse da empresa e/ou para comparação com o de % de empregados treinados. Dependendo do objetivo da empresa, pode ser interesse investir no desenvolvimento destes empregados ruins ou ter certo nível de demissão para estes. Método de cálculo: Após realizada a avaliação de desempenho onde seja possível extrair informação numérica, verificar o quantitativo de empregados com nota considerada ruim e dividir este valor pelo quantitativo de empregados. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Avaliação de desempenho, Planejamento de RH e Treinamento e Desenvolvimento. b) Índice de Empregados com Desempenho Bom Indicador interessante para se comparar historicamente com o indicador de produtividade e com de ações de treinamento e desenvolvimento. Método de cálculo: contar o quantitativo de empregados com nota considerada boa e dividir pelo quantitativo de empregados. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Avaliação de desempenho, Planejamento de RH e Treinamento e Desenvolvimento. c) Índice de Empregados e Gerentes que Consideraram a Avaliação Justa Importante para verificar o sistema de Avaliação de Desempenho adotado pela empresa, com impacto também no Clima Organizacional. Ao final do ciclo avaliativo, convém elaborar rápida pesquisa anônima sobre o método de avaliação aplicado. Como, provavelmente, a opinião dos gerentes, empregados bem avaliados e empregados mal avaliados será bem divergente, convém segregar estes três grupos. Método de cálculo: através de pesquisa somar o quantitativo de pessoas que considerou a avaliação justa e dividir pelo total do universo pesquisado. Dividir por 100 para transformar em percentual. 16 Ligado às funções: Avaliação de Desempenho e Gestão do Clima Organizacional. 3.3.4 Administração de Cargos, Salários e Carreiras a) Salário médio por cargo Indicador crucial para comparação com o praticado pelo mercado e definição da política de remuneração que a empresa deseja atingir. Também pode ser interessante a segregação por desempenho na avaliação: salário médio dos empregados acima da média e dos abaixo da média de desempenho. Dessa forma, pode-se verificar se os empregados com desempenho acima da média são mal remunerados, gerando, assim, um risco de evasão. Indicador importante também para a atratividade das vagas da empresa, mesmo que o acesso inicial se dê por um cargo com remuneração menor. Método de cálculo: somar salários do segmento escolhido e dividir pela quantidade de empregados. Ligado às funções: Administração de Cargos, Salários e Carreiras, Gestão do Clima Organizacional, Avaliação de Desempenho, Recrutamento e Seleção. b) Desvio Médio Salarial Sabemos que um dos principais motivos de insatisfação dos empregados se refere a salários discrepantes dentro da mesma atividade. Segundo a Teoria da Equidade de Stacy Adams: (...) as pessoas sentem-se motivadas sempre que esperam receber da organização (seja em forma monetária, reconhecimento público, promoção, transferências, ou outra) uma compensação justa pelos os seus esforços em favor da organização. A justiça desta compensação é avaliada pelas pessoas através da comparação entre o que recebem outras pessoas cujos contributos são semelhantes. No caso da compensação ser injusta (inferior à compensação atribuída a outras pessoas), as pessoas sentem-se insatisfeitas e tendem a reduzir as suas contribuições ou, se estas “injustiças” se repetirem, pode mesmo sair da organização. Quando a compensação é justa (equilibrada com a de outras pessoas), as suas contribuições continuam idênticas. Sempre que a compensação está acima da recebida pelas outras pessoas, verifica-se a tendência para um maior esforço." (ADAMS, 1965 apud NUNES, 2016) 17 Não podemos esquecer o aspecto legal. A CLT, art. 461, nos diz que sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 anos. Ao verificarmos apenas o indicador de média salarial não temos como avaliar a possível discrepância entre os salários dos vários segmentos de empregados. Dois conjuntos de dados podem ter a mesma medida de centro (valor típico), porém com uma dispersão diferente em torno desse valor. Desse modo, além de uma medida que nos diga qual é o valor típico do conjunto de dados, precisamos de uma medida do grau de dispersão (variabilidade) dos dados em torno do valor típico (REIS & REIS, 2002) A literatura nos mostra diversas formas de calcular esta dispersão: amplitude, desvio-padrão, variância, etc. Optaremos por utilizar o Desvio Médio devido à sua simplicidade de entendimento e cálculo em comparação com outros indicadores de dispersão mais complexos. O desvio médio se refere à média das distâncias que os valores se encontram da média central. Será mais fácil entender ao ver o método de cálculo abaixo. Método de cálculo: Primeiro calcule a média salarial do universo de empregados escolhido. Em seguida, para cada empregado, calcule a diferença entre seu salário e a média salarial (subtração simples). Caso o resultado seja negativo, usar multiplicar por -1 para torná-lo positivo. Em seguida calcular a média dessas diferenças. Ligado às funções: Administração de Cargos, Salários e Carreiras, Gestão do Clima Organizacional, Função Legal. c) Índice de Incremento Salarial Gerencial O senso comum nos diz que o salário do gerente deve ser relativamente maior que o de seus subordinados, pois ele conta com mais responsabilidades e geralmente está disponível para trabalhos em horários diferenciados. No entanto, isto nem sempre ocorre, em especial no poder público, subordinado a regras de Planos de Carreira. Um salário gerencial próximo ao salário dos subordinados desestimula o desejo de crescimento na carreira e assunção de responsabilidades, podendo prejudicar a produtividade e segurança das atividades. Dividir por 100 para transformar em percentual. 18 Outro aspecto a se considerar é a Função Legal. A definição de um índice salarial mínimo para os gerentes não é claramente expressa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no entanto o Art. 62, inciso II, da CLT orienta que empregados em cargo de confiança devem ter um acréscimo de 40% para que não se enquadrem no regime de horários comum. Ou seja, gerentes que não recebem 40% a mais tem direito a recebimento de sobreaviso ou horas extras, caso atendam à empresa fora da hora contratual. Método de cálculo: calcular a média salarial dos gerentes, dividir pela média salarial dos empregados (excluídos gerentes). Neste caso, é fácil definir a meta mínima, independente do Planejamento Estratégico: 40%. Ligado às funções: Administração de Cargos, Salários e Carreiras, Função Legal, Gestão do Clima Organizacional. d) Despesas com Horas Extras / Salário Normal Como vimos em tópico anterior, a execução de horas extras constantes, concentradas em um departamento ou grupo de empregados, indica necessidade de pessoal ou falta de controle interno nos registros de ponto. O indicador deste tópico permite a mesma visão que o indicador “% quantidade de horas extras / horas contratuais” mostrado anteriormente, porém na forma de valores. Analisando os dois indicadores em conjunto, será possível observar se os empregados que fazem horas extras são os que possuem maior salário ou menor salário. Se o indicador % de despesas com horas extras/salário normal for maior que indicador % quantidade de horas extras/horas contratuais, temos um indicativo que os empregados mais caros estão fazendo horas extras. Dependendo do serviço executado durante as horas extras, talvezseja possível ao gerente investir em treinamento para substituir o executor por uma mão de obra mais barata. Método de cálculo: despesas de horas extras do universo escolhido dividido pelos salários totais do universo escolhido. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Planejamento de RH, Administração de Cargos Salários e Carreiras, Função Legal. e) Benefícios / Folha 19 Benefícios aos empregados são importantes ferramentas de retenção de talentos e atratividade das vagas de emprego das empresas. Além disso, tem pouca incidência de tributação e encargos, sendo uma opção mais barata e mais perceptível que um simples aumento salarial. Por exemplo: um aumento no vale alimentação ou pagamento de plano odontológico pode ser mais perceptível e mais barato que um aumento de 5% no salário, que sofre incidência de diversos encargos. Deve-se tomar cuidado com excessos a fim de evitar passivos jurídicos futuros. Método de cálculo: valor total gasto com benefícios dividido pelo valor total gasto com a folha de pagamentos. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Administração de Cargos Salários e Carreiras, Gestão do Clima Organizacional e Função Legal. f) Recompensas por Desempenho / Folha No caso de a empresa contar com recompensas por desempenho, é interessante analisar o impacto das recompensas por desempenho em relação à folha total. Nesse sentido, um programa de remuneração variável pode contribuir para melhorar o desempenho de áreas-chave da empresa. Uma parte da remuneração dos profissionais pode ser atrelada ao sucesso do negócio ou desempenho de cada uma das áreas. Esse sistema é um poderoso instrumento de comunicação das metas e objetivos, incentivando a identificação de oportunidades para melhorar o desempenho de cada área e o desenvolvimento dos negócios. (RUSSO, VIANA & HALL, 2007) Método de cálculo: valor total gasto com recompensas por desempenho (inclusive encargos) dividido pelo total da folha. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Administração de Cargos Salários e Carreiras, Avaliação de Desempenho, Gestão do Clima Organizacional. g) Rotatividade dos Empregados com Bom Desempenho Interessante maneira de analisar a gestão de carreiras e retenção de talentos é acompanhar a rotatividade dos empregados com bom desempenho. Em qualquer empresa, é desejável que os empregados bem avaliados permaneçam e cresçam para que não haja evasão do conhecimento e despesas com novas contratações. 20 Método de cálculo: de certa forma, é uma segregação da rotatividade geral. Somar a quantidade de bons empregados demitidos em seguida dividir pelo total de bons empregados ao final do período analisado. Ligado às funções: Administração de Cargos Salários e Carreiras, Avaliação de Desempenho, Gestão do Clima Organizacional. h) Taxa de promoção interna Uma boa Taxa de Promoção Interna é importante meio para gerar expectativas positivas nos empregados, elevando a motivação, melhorando o clima organizacional e reduzindo evasão dos bons talentos. Segundo a Teoria dos Dois Fatores de Hezberg, o crescimento profissional é um dos fatores motivadores. Os fatores que indicam a motivação e que despertam a satisfação têm como principal característica estarem ligados ao trabalho em si e às possibilidades de progresso e crescimento dentro da empresa. (BERGAMINI, 1994, p.205 apud LUCAS & DAL’COL, 2013). Método de cálculo: quantidade de empregados internos promovidos no ano dividido pela quantidade média de empregados. Ligado às funções: Administração de Cargos Salários e Carreiras, Gestão do Clima Organizacional. 3.3.5 Treinamento e Desenvolvimento a) Média de Horas de Treinamento por Empregado Indicador simples e importante para a área de treinamento. O acompanhamento histórico deste indicador simples em conjunto com outros como “melhoria do lucro”, “criação de novos produtos” ou “aumento da produtividade” permite à alta direção avaliar a eficácia das ações de treinamento. Método de cálculo: Total de horas de treinamento dividido pelo total de empregados. Interessante a segregação por departamento e acompanhamento anual. Ligado às funções: Treinamento e Desenvolvimento. b) Lucro Líquido por Investimento em Treinamento. 21 Interessante para verificar o impacto das ações de desenvolvimento e treinamento da empresa no resultado operacional e geração de valor. A comparação com outras empresas ou períodos históricos também podem se mostrar bastante úteis. Método de cálculo: lucro líquido dividido pelo valor total investido em treinamento aos empregados. Como, muitas vezes, as melhorias provocadas por ações de desenvolvimento e treinamento não surgem no mesmo ano, é interessante também utilizar a variação lucro líquido dividido pelo valor investido em treinamento no ano anterior. Outra variação importante seria somar ao valor investido em treinamento pela empresa, os valores investidos pelos próprios empregados, inclusive antes de sua entrada na empresa, mesmo que valores aproximados. Isto permitiria verificar quanto a empresa é impactada por um bom recrutamento e seleção. Ligado às funções: Planejamento de RH, Treinamento e Desenvolvimento e Recrutamento e Seleção. c) Auto Desenvolvimento O incentivo ao auto desenvolvimento por parte do próprio empregado é uma maneira interessante e econômica para melhorar o capital intelectual da empresa. Dessa forma, caso esta questão esteja alinhada ao Planejamento Estratégico, é interessante medir este indicador. Porém é importante observar para que este incentivo não se torne um tipo de cobrança ou assédio, o que pode causar problemas no clima organizacional e passivo trabalhista. Método de cálculo: quantidade de horas de treinamento externas bancadas pelos próprios empregados dividido pela quantidade de horas de treinamento bancadas pela empresa. Ligado às funções: Treinamento e Desenvolvimento. d) Índice de Empregados que Melhoraram sua Nota na Avaliação de Desempenho Um indicador que permite ver de forma rápida e direta o impacto mais imediato das ações de treinamento é a avaliação de crescimento na quantidade de empregados que melhoraram seu conceito na avaliação de desempenho. 22 Método de cálculo: após a avaliação de desempenho, filtrar os empregados que tiveram crescimento na nota, em comparação com a avaliação do ciclo anterior, somar a quantidade e dividir pelo total de empregados. Dividir por 100 para transformar em percentual. Interessante análise secundária é ver se estes mesmos empregados efetuaram bons cursos no período avaliado. Ligado às funções: Treinamento e Desenvolvimento e Avaliação de Desempenho. e) Inovação A mensuração da inovação, assunto aparentemente “intangível”, não costuma ser simples. Os tipos de inovação são variados: novos produtos e serviços, novas tecnologias, descoberta de novos mercados ou necessidades dos consumidores, novas parcerias, novos processos, novos métodos de trabalho, novos fornecedores, novos modelos de negócios (MARQUES, 2016). Se a inovação é um dos objetivos estratégicos da empresa, deve ser criada uma forma de organizá-la e medi-la. Para facilitar a organização da inovação, é interessante que as ideias sejam acompanhadas na forma de projetos, contendo objetivo, início e fim bem definidos. Método de cálculo: Não há um método único. A definição do melhor método para medir a Inovação é individual de cada empresa, dependendo de como a inovação é organizada e dos objetivos do planejamento estratégico. Podem ser usados, por exemplo, os indicadores de quantidade de projetos de inovação iniciados, quantidade de projetos de inovação bem sucedidos, retorno financeiro dos projetos de inovação. Todos são consequência direta dos incentivos à inovação oferecidospela empresa e consequência indireta de funções do RH como Treinamento e Desenvolvimento. Ligado às funções: Treinamento e Desenvolvimento, Recrutamento e Seleção, Planejamento de RH e Gestão do Clima Organizacional. 3.3.6 Saúde, Segurança e Qualidade de Vida a) Quantidade de Acidentes 23 O acompanhamento simples da quantidade absoluta de acidentes, redução ou aumento, segmentação por departamento, causa e gravidade, permite à empresa determinar diretamente os pontos de atenção e atuar sobre os agrupamentos mais significativos. Método de cálculo: registro histórico da quantidade de acidentes mensal e segregação por departamento, causa e gravidade. Ligado às funções: Saúde, Segurança e Qualidade de Vida e Gestão do Clima Organizacional. b) Taxa de Frequência O registro simples da quantidade de acidentes não permite comparações com outras empresas similares e nem com a mesma empresa caso tenha havido alteração substancial na quantidade de empregados. Para resolver esta questão, existem indicadores relativos Taxa de Frequência (TF) e Taxa de Gravidade (TG) definidos pela Norma Brasileira 14280 da ABNT. Para a Taxa de Frequência, o método de cálculo é: quantidade de acidentes multiplicado por 1.000.000 (um milhão) dividido pelo total de horas trabalhadas pelos empregados. Deve ser expressa com aproximação de centésimos, segundo a Norma, que também define outras estratificações como TF com afastamento e sem afastamento. Ligado às funções: Saúde, Segurança e Qualidade de Vida, Função Legal e Gestão do Clima Organizacional. c) Taxa de Gravidade Para identificar de forma padronizada a gravidade dos acidentes, a Norma Brasileira utiliza a quantidade de dias perdidos devido a acidentes. A Taxa de Gravidade é uma estimativa que pode dar um ótimo retorno de como está a qualidade das políticas de segurança da sua empresa. Esse cálculo pode ajudar muito se for feito regularmente. É uma ótima possibilidade de avaliarmos a eficácia do trabalho de segurança na empresa. (NETO, 2014) Método de cálculo: total de dias perdidos devido acidentes multiplicado por 1.000.000 (um milhão) dividido pelo total de horas trabalhadas. Em caso de morte ou incapacidade permanente, considerar 6.000 (seis mil) dias. Em caso de incapacidade parcial deve ser consultada a Norma Brasileira 14280 da ABNT. 24 Consideramos relativamente confuso o numerador conter uma dimensão em dias e o denominador uma dimensão em horas, porém está definido dessa maneira na Norma ABNT. Ligado às funções: Saúde, Segurança e Qualidade de Vida, Função Legal e Gestão do Clima Organizacional. d) Absenteísmo Um dos mais comuns e importantes indicadores de RH, o indicador de absenteísmo se refere às faltas dos trabalhadores por qualquer motivo, seja por doença ou motivo pessoal. A identificação e atuação correta sobre os motivos mais expressivos, permitirá melhorar aspectos relacionados às funções planejamento de RH (quantidade de pessoal, escala e horários de trabalho, produtividade), saúde, segurança e qualidade de vida (identificação de departamentos estressantes ou com maior grau de insalubridade). Medir os motivos de ausência e as justificativas mais comuns pode ajudar sua empresa a detectar um dos importantes indicadores de RH sobre clima organizacional ou até mesmo ações que precisam ser tomadas para gerar conscientização e apoio à melhoria geral da saúde física e emocional dos colaboradores, gerando equipes mais produtivas e engajadas. (BLOGRH, 2016) Método de apuração: Existem várias formas de medição da taxa de absenteísmo. A que consideramos mais proveitosa e genérica consiste em dividir a quantidade de horas faltosas de todos os empregados pelo quantitativo esperado de horas trabalhadas destes mesmos empregados. Bastante útil é a segregação deste indicador por motivo da falta, departamento e sazonalidade, permitindo assim, aprofundar a identificação das principais causas por departamento e possivelmente visualizar erros na gestão do pessoal. Ligado às funções: planejamento de RH (definição do quantitativo ideal de pessoas ou possíveis substituições), saúde, segurança e qualidade de vida e gestão do clima organizacional. 3.3.7 Função legal 25 a) Quantidade de denúncias internas recebidas A criação de um canal interno para denúncias - seja comitê de ética, compliance, fale com o presidente, etc. - é um importante meio de as empresas identificarem problemas de legalidade e desvios de conduta de gerentes ou empregados antes que atinjam proporções externas. Uma empresa que conta com um canal de apurações anônimo, atuante e justo também incentiva a melhoria do Clima Organizacional. Método de cálculo: simples registro histórico da quantidade de denúncias. Importante o acompanhamento por parte da Controladoria e Alta Direção da empresa Uma segmentação por assunto permitirá atuação em áreas críticas, com treinamento e fiscalização. Ligado às funções: Função Legal, Gestão do Clima Organizacional. b) Quantidade de Denúncias Resolvidas / Quantidade de Denúncias Ainda em relação às denúncias, temos que lembrar que nem todas serão devidas. Muitas são apenas frutos de intrigas internas ou não conhecimento das regras por parte dos empregados. Dessa forma, é importante acompanhar o percentual de questões resolvidas. Lembramos que um alto índice de questões não resolvidas e não explicadas tende a levar a uma piora do clima organizacional. Método de cálculo: quantidade de denúncias resolvidas dividido pela quantidade total de denúncias. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Função Legal, Gestão do Clima Organizacional. c) Reclamações Trabalhistas / Quantidade de Demitidos Ação importante para a área de Recursos Humanos é comparar percentualmente o quantitativo de reclamações trabalhistas pela quantidade de empregados demitidos além de realizar segmentação por departamento e causa, permitindo ao RH atuar preventivamente nas áreas mais críticas. Segundo levantamento efetuado por DRUMMOND (2016) as 4 (quatro) principais causas de ações trabalhistas são referentes a horas extras sem reflexos nos encargos ou não pagas, inobservância das regras de saúde e segurança do trabalho, equiparação salarial e registros inadequados. 26 Método de cálculo: quantidade de reclamações trabalhistas dividida pela quantidade de empregados demitidos. Dividir por 100 para transformar em percentual. Ligado às funções: Função Legal. d) Contingência para ações trabalhistas (Quantidade de causas trabalhistas) Outra forma interessante de o RH e a Controladoria acompanharem a Função Legal do RH é acompanhar, nas Demonstrações Financeiras da empresa, a quantidade de contingências trabalhistas classificadas como risco provável e perda possível. Atenção para interação com a área jurídica tendo em vista a possibilidade de alteração dos critérios de classificação durante os anos, o que pode mascarar os dados. O acompanhamento de causas ainda não encerradas, em vez de causas encerradas, está sendo sugerido pois, devido à demora processual, acompanhar causas transitadas em julgado dará uma visão muito antiga das ações de recursos humanos. O acompanhamento das ações em andamento e já pré-analisadas pela área jurídica permite ter uma visão mais recente. Método de cálculo: simples acompanhamento histórico da quantidade de causas registradas nas contingências das demonstrações financeiras. Ligado às funções: Função Legal. 3.3.8 Gestão do Clima Organizacional a) Indicadores via pesquisa de satisfação: A gestão do clima organizacional pode ser entendida como o resultado da boa execução das várias funções de Recursos Humanos citadas neste trabalho. Vários dos indicadores mostrados anteriormente impactam fortemente o clima organizacional. Gerenciar o ambienteinterno das organizações constitui ação estratégica, já que satisfação e motivação dos empregados representam imperativo para o sucesso dos negócios e demonstração inequívoca do equilíbrio entre competitividade e qualidade de vida no trabalho. (FILHO & RIBEIRO, 2012) Dessa forma, finalizamos nossa gama de indicadores com indicadores de satisfação, provenientes de uma pesquisa de satisfação, pois estes podem abranger 27 um retrato de praticamente todas as funções do RH, tanto na visão dos empregados quanto na visão gerencial ou da direção. É muito importante para uma empresa analisar o seu ambiente interno, através do conjunto de condições que caracterizam o estado de satisfação dos colaboradores. Para isso, existe a aplicação de Pesquisas de Clima Organizacional – PCO, uma ferramenta que além de permitir o acompanhamento do nível de comprometimento dos funcionários, possibilita o alinhamento organizacional, a diminuição da burocracia, a otimização da comunicação, permite ainda conhecer o público interno em suas necessidades e aspirações, reorientando o foco de investimento, identificando os pontos críticos existentes e divulgando para os colaboradores a filosofia, as políticas e os valores da empresa. (MATIAS & ARAÚJO, 2008) O que é uma pesquisa de clima organizacional? É um instrumento voltado para análise do ambiente interno a partir do levantamento de suas necessidades. Objetiva mapear ou retratar os aspectos críticos que configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa através da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações. [...] Não existe uma pesquisa de clima padrão. Cada empresa adapta o questionário à sua realidade, linguagem e cultura de seus funcionários. Para que a empresa tenha sucesso na mensuração do clima organizacional é necessário: credibilidade no processo, sigilo e confiança. (HEMKEIMAIER, 2012) Não entrando em detalhes sobre a elaboração da pesquisa em si, nem sobre o detalhamento das perguntas, sugerimos a criação dos indicadores abaixo ou similares: - Índice de satisfação quanto ao recrutamento e seleção (consulta aos gerentes e diretores); - Índice de satisfação da avaliação de desempenho (consulta aos empregados, gerentes e diretores); - Índice de satisfação salarial (consulta a todos); - Índice de satisfação e adequação com o cargo ocupado (consulta aos empregados); - Índice de satisfação quanto à expectativa de encarreiramento (consulta aos empregados e gerentes); - Índice de satisfação quanto à atuação gerencial (consulta aos empregados e diretores); - Índice de satisfação quanto aos princípios éticos da empresa (consulta aos empregados e gerentes); - Índice de satisfação com as instalações internas (consulta aos empregados e gerentes); 28 - Índice de satisfação quanto a possibilidade de cumprimento das ordens e metas (consulta aos empregados e gerentes); - Índice de satisfação quanto à periodicidade dos treinamentos (consulta aos empregados e gerentes); - Índice de satisfação quanto à qualidade dos treinamentos (consulta aos empregados e gerentes); - % de empregados que indicariam a empresa como empregadora; Método de cálculo: Compilação e registro histórico via pesquisa interna de clima organizacional. Ligado às funções: Gestão do Clima Organizacional; Planejamento de RH; Recrutamento e Seleção; Avaliação de Desempenho; Administração de Cargos Salários e Carreiras; Treinamento e Desenvolvimento; Saúde, Segurança e Qualidade de Vida; e Função Legal. 29 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa bibliográfica permitiu apresentar importantes indicadores para medição de desempenho e controladoria da área de Gestão de Pessoas. Mesmo em assuntos aparentemente "intangíveis", ou com dificuldades de definição do "produto" a ser mensurado, foi possível chegar a variados métodos de apuração de números indicadores do desempenho, para todas as funções de Recursos Humanos. Com a variada opção de indicadores apresentada neste trabalho, as equipes de Controladoria, Recursos Humanos, ou mesmo a Alta Direção, poderão escolher quais os mais importantes para seu contexto em consonância com o foco principal definido no Planejamento Estratégico da empresa. Repetindo Bortoluzzi (2009), a medição de desempenho organizacional deve levar em consideração as particularidades do contexto em que se insere por meio dos valores e preferências do tomador de decisões, além efetuar a ligação dos objetivos operacionais com os estratégicos. Desse modo, espera-se que este estudo venha a contribuir no longo prazo para (1) a padronização de informações de RH visando comparativos, (2) para a melhoria das ações de Gestão de Pessoas, (3) para melhor definição de objetivos às diversas equipes de RH, (4) para melhor controle por parte da Controladoria e (5) para melhor entendimento dos assuntos relativos à Gestão de Pessoas por parte da Alta Direção das empresas. Como consequência, almeja-se também, que as áreas de Gestão de Pessoas das empresas, apoiadas pela Controladoria e Alta Direção, possam cumprir melhor seu objetivo: captar, manter e desenvolver mão de obra qualificada, produtiva, saudável e satisfeita a um custo ótimo, que ajude a empresa a atingir seus objetivos estratégicos e evitar passivos trabalhistas. 30 5 REFERÊNCIAS ABNT. NBR 14280: Cadastro de acidente do trabalho – Procedimento e classificação. Comissão de Estudo de Cadastro de Acidentes. 2001. 94p. ARRAYA, Marco. Uma proposta de sistema de medição de desempenho para a organização desportiva. Rio de Janeiro-RJ: Revista Intercon. Gestão Desportiva. 2016. p. 288-320. 33p. Disponível em <http://www.academia.edu/30695362/>. Acessado em 11 abr 2017. ÁVILA, Lucas Veiga e STECCA, Jaime Peixoto. Gestão de Pessoas. 1a. Edição. Santa Maria-RS: Colégio Politécnico da UFSM, 2015. 76p. 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