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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 MÓDULO 8: JÚRI, NULIDADES, RECURSOS E AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO TEMA 1 – JÚRI I 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 RESUMO PRONÚNCIA Trata-se de decisão interlocutória mista, que julga admissível a acusação, remetendo o caso à apreciação do Tribunal do Júri. É uma decisão de natureza mista, pois encerra a fase de formação da culpa, inaugurando a fase de preparação do plenário, que levará ao julgamento de mérito. Embora seja formalmente uma decisão interlocutória, a pronúncia mantém a estrutura de uma sentença, ou seja, deve conter o relatório, a fundamentação e o dispositivo. Para a admissão pelo juiz-presidente há a necessidade de provas da existência do crime, e indícios de sua autoria. Assim entendendo, o magistrado deverá proferir “sentença” de pronúncia, fundamentando com as justificativas para sua conclusão. É entendimento doutrinário que o juiz não deve pronunciar o réu apenas e tão somente por presunção de fatos, e sim com provas da materialidade do fato, a fim de que não se leve a pleito de um Tribunal um acusado que o próprio magistrado absolveria. É fato que o juiz-presidente deve abster-se de demasiadas fundamentações a fim de não influenciar os jurados, pois o juiz deve assumir o papel de figura imparcial para os integrantes do júri. Sendo assim, uma decisão que declara o réu “culpado”, mesmo que não intencionalmente, acabaria motivando os jurados a pensar desta ou daquela forma. O juiz deverá classificar o crime como simples ou qualificado e também é permitido a ele manifestar-se sobre causas de aumento, mas somente isto, sob pena de nulidade, pois se entende que ao fazer mais que isso o juiz esteja interferindo na soberania dos veredictos pertencente somente ao júri. No caso de terem sido encontradas provas na instrução que indiquem o envolvimento de mais pessoas, é viável o envio dos autos ao Ministério Público para que seja feito o aditamento. Serão encaminhados para apreciação do júri também os crimes conexos, mesmo que estes não dolosos a vida, como, por exemplo, roubo, sequestro, ocultação de cadáver, etc. No momento da pronúncia ficará a critério do juiz fazer ou não a manutenção, substituição ou revogação da prisão ou medida de restrição de liberdade decretada em oportunidade anterior, Aula III – Pronúncia e Impronúncia 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 ou também a decretação de prisão ou imposição de medida restritiva de liberdade ao réu solto. A citação da decisão de pronúncia deverá ser feita pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público. Ao defensor constituído, advogado do querelante e ao assistente será feita por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca. E, por fim, quando o réu não for encontrado, será feita por edital. Observe-se que se houver recurso em sentido estrito da decisão de pronúncia o juiz pode retratar-se impronunciando o réu. Ressalta-se que a pronúncia interrompe o curso da prescrição. IMPRONÚNCIA Trata-se da decisão interlocutória mista de conteúdo terminativo, que encerra a primeira fase do processo (formação da culpa ou judicium accusationis), sem haver juízo de mérito. Assim, inexistindo prova da materialidade do crime ou não havendo indícios suficientes de autoria, deve o magistrado impronunciar o réu, significando julgar improcedente a denúncia ou queixa e não a pretensão punitiva do Estado. Desse modo, se, porventura, novas provas advierem, outro processo pode instaurar-se. Vale dizer então que a impronúncia, ao contrário da pronúncia, não produziu materialidade de fatos tampouco indícios suficientes para o encaminhamento da denúncia ao Tribunal Popular. Entretanto, assim como na pronúncia o juiz deve fundamentar sua decisão de maneira sucinta, uma vez que a decisão poderá ser recorrida e possivelmente apresentada ao júri, o que geraria, assim como na decisão de pronúncia, uma possibilidade de julgamento imparcial por parte do exagero de linguagem advindo do juiz-presidente. Observe-se que se houver recurso em sentido estrito da decisão de pronúncia o juiz pode retratar-se impronunciando o réu. Poderá o réu recorrer de decisão de impronúncia, vez que esta forma apenas coisa julgada formal, que possibilita a repropositura da ação. Sendo assim, poderá recorrer pleiteando a absolvição sumária com o escopo de gerar coisa julgada material. Como supracitado, a decisão de impronúncia permite a instauração de novo processo. Entretanto, para que este seja possível, deverá ocorrer o surgimento de novas provas substanciais. Serão consideradas substancialmente novas provas as até então inexistentes, como também poderão ser provas formalmente novas, ou seja, já conhecidas, mas utilizadas sob outro ângulo. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 LEITURA COMPLEMENTAR “Muito questionado se o princípio in dubio pro reo se aplica ou não na primeira fase do tribunal do júri no momento da pronúncia ou impronúncia (são os institutos que trataremos aqui, deixando claro que não nos esquecemos da absolvição sumária e nem da desclassificação). E porque não se aplicaria? Para que possamos melhor entender cada instituto, comecemos pela pronúncia e sua previsão legal no artigo 413 do CPP: Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008). (...)”. Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: Pronúncia e impronúncia no Tribunal do Júri JURISPRUDÊNCIA RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. HOMICÍDIO. IMPRONÚNCIA. MATERIALIDADE E INDÍCIOS DE AUTORIA. SUFICIÊNCIA. INCOMPORTABILIDADE. QUALIFICADORAS. MOTIVO TORPE. RECURSO QUE DIFICULTOU OU TORNOU IMPOSSÍVEL A DEFESA DA VÍTIMA. MANUTENÇÃO. 1) Havendo prova da materialidade e indícios sérios que delineiam a autoria do crime de homicídio duplamente qualificado, inviável nesta fase analisar qualquer questão de mérito, em relação a conduta do recorrente, que deve ser analisada pelos jurados, sob pena de suprimir a competência do Tribunal do Júri, afastando-se, com isso, a possibilidade de impronúncia. 2) A existência de indícios de que os autores agiram de surpresa, sem possibilitar à vítima qualquer defesa, motivados torpemente pelo senso de vingança, estas bastam para viabilizar a apreciação das qualificadoras pelo Tribunal Popular. 3) RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.(TJ-GO - RSE: 02145698120168090051, Relator: DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES, Data de Julgamento: 02/05/2017, 1A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2278 de 31/05/2017). FONTE BIBLIOGRÁFICA NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri.2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, págs. 73-109. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8517/Pronuncia-e-impronuncia-no-Tribunal-do-Juri CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. ed., São Paulo: Editora Saraiva, 2017, págs. 656-659 660. AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: Esquematizado. 3. ed., Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011. págs. 813-821. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8
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