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TEMA 01 JÚRI I Aula III Pronúncia e Impronúncia

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MÓDULO 8: JÚRI, NULIDADES, 
RECURSOS E AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO 
 
TEMA 1 – JÚRI I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
PRONÚNCIA 
 
Trata-se de decisão interlocutória mista, que julga admissível a acusação, remetendo o caso à 
apreciação do Tribunal do Júri. É uma decisão de natureza mista, pois encerra a fase de 
formação da culpa, inaugurando a fase de preparação do plenário, que levará ao julgamento de 
mérito. Embora seja formalmente uma decisão interlocutória, a pronúncia mantém a estrutura 
de uma sentença, ou seja, deve conter o relatório, a fundamentação e o dispositivo. 
 
Para a admissão pelo juiz-presidente há a necessidade de provas da existência do crime, e 
indícios de sua autoria. Assim entendendo, o magistrado deverá proferir “sentença” de 
pronúncia, fundamentando com as justificativas para sua conclusão. 
 
É entendimento doutrinário que o juiz não deve pronunciar o réu apenas e tão somente por 
presunção de fatos, e sim com provas da materialidade do fato, a fim de que não se leve a 
pleito de um Tribunal um acusado que o próprio magistrado absolveria. 
 
É fato que o juiz-presidente deve abster-se de demasiadas fundamentações a fim de não 
influenciar os jurados, pois o juiz deve assumir o papel de figura imparcial para os integrantes 
do júri. Sendo assim, uma decisão que declara o réu “culpado”, mesmo que não 
intencionalmente, acabaria motivando os jurados a pensar desta ou daquela forma. 
 
O juiz deverá classificar o crime como simples ou qualificado e também é permitido a ele 
manifestar-se sobre causas de aumento, mas somente isto, sob pena de nulidade, pois se 
entende que ao fazer mais que isso o juiz esteja interferindo na soberania dos veredictos 
pertencente somente ao júri. 
 
No caso de terem sido encontradas provas na instrução que indiquem o envolvimento de mais 
pessoas, é viável o envio dos autos ao Ministério Público para que seja feito o aditamento. 
 
Serão encaminhados para apreciação do júri também os crimes conexos, mesmo que estes 
não dolosos a vida, como, por exemplo, roubo, sequestro, ocultação de cadáver, etc. 
 
No momento da pronúncia ficará a critério do juiz fazer ou não a manutenção, substituição ou 
revogação da prisão ou medida de restrição de liberdade decretada em oportunidade anterior, 
Aula III – Pronúncia e Impronúncia 
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ou também a decretação de prisão ou imposição de medida restritiva de liberdade ao réu solto. 
 
A citação da decisão de pronúncia deverá ser feita pessoalmente ao acusado, ao defensor 
nomeado e ao Ministério Público. Ao defensor constituído, advogado do querelante e ao 
assistente será feita por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da 
comarca. E, por fim, quando o réu não for encontrado, será feita por edital. 
 
Observe-se que se houver recurso em sentido estrito da decisão de pronúncia o juiz pode 
retratar-se impronunciando o réu. 
Ressalta-se que a pronúncia interrompe o curso da prescrição. 
 
IMPRONÚNCIA 
 
Trata-se da decisão interlocutória mista de conteúdo terminativo, que encerra a primeira fase 
do processo (formação da culpa ou judicium accusationis), sem haver juízo de mérito. Assim, 
inexistindo prova da materialidade do crime ou não havendo indícios suficientes de autoria, 
deve o magistrado impronunciar o réu, significando julgar improcedente a denúncia ou queixa e 
não a pretensão punitiva do Estado. Desse modo, se, porventura, novas provas advierem, 
outro processo pode instaurar-se. 
 
Vale dizer então que a impronúncia, ao contrário da pronúncia, não produziu materialidade de 
fatos tampouco indícios suficientes para o encaminhamento da denúncia ao Tribunal Popular. 
 
Entretanto, assim como na pronúncia o juiz deve fundamentar sua decisão de maneira sucinta, 
uma vez que a decisão poderá ser recorrida e possivelmente apresentada ao júri, o que 
geraria, assim como na decisão de pronúncia, uma possibilidade de julgamento imparcial por 
parte do exagero de linguagem advindo do juiz-presidente. 
 
Observe-se que se houver recurso em sentido estrito da decisão de pronúncia o juiz pode 
retratar-se impronunciando o réu. 
 
Poderá o réu recorrer de decisão de impronúncia, vez que esta forma apenas coisa julgada 
formal, que possibilita a repropositura da ação. Sendo assim, poderá recorrer pleiteando a 
absolvição sumária com o escopo de gerar coisa julgada material. 
 
Como supracitado, a decisão de impronúncia permite a instauração de novo processo. 
 
Entretanto, para que este seja possível, deverá ocorrer o surgimento de novas provas 
substanciais. Serão consideradas substancialmente novas provas as até então inexistentes, 
como também poderão ser provas formalmente novas, ou seja, já conhecidas, mas utilizadas 
sob outro ângulo. 
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LEITURA COMPLEMENTAR 
 
“Muito questionado se o princípio in dubio pro reo se aplica ou não na primeira fase do tribunal 
do júri no momento da pronúncia ou impronúncia (são os institutos que trataremos aqui, 
deixando claro que não nos esquecemos da absolvição sumária e nem da desclassificação). E 
porque não se aplicaria? 
 
Para que possamos melhor entender cada instituto, comecemos pela pronúncia e sua previsão 
legal no artigo 413 do CPP: 
 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade 
do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008). (...)”. 
 
Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: 
 
Pronúncia e impronúncia no Tribunal do Júri 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. HOMICÍDIO. IMPRONÚNCIA. 
MATERIALIDADE E INDÍCIOS DE AUTORIA. SUFICIÊNCIA. INCOMPORTABILIDADE. 
QUALIFICADORAS. MOTIVO TORPE. RECURSO QUE DIFICULTOU OU TORNOU 
IMPOSSÍVEL A DEFESA DA VÍTIMA. MANUTENÇÃO. 1) Havendo prova da materialidade e 
indícios sérios que delineiam a autoria do crime de homicídio duplamente qualificado, inviável 
nesta fase analisar qualquer questão de mérito, em relação a conduta do recorrente, que deve 
ser analisada pelos jurados, sob pena de suprimir a competência do Tribunal do Júri, 
afastando-se, com isso, a possibilidade de impronúncia. 2) A existência de indícios de que os 
autores agiram de surpresa, sem possibilitar à vítima qualquer defesa, motivados torpemente 
pelo senso de vingança, estas bastam para viabilizar a apreciação das qualificadoras pelo 
Tribunal Popular. 3) RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.(TJ-GO - RSE: 
02145698120168090051, Relator: DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES, Data de 
Julgamento: 02/05/2017, 1A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2278 de 
31/05/2017). 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri.2. ed. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2011, págs. 73-109. 
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https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8517/Pronuncia-e-impronuncia-no-Tribunal-do-Juri
 
 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. ed., São Paulo: Editora Saraiva, 2017, 
págs. 656-659 660. 
 
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: Esquematizado. 3. ed., Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011. págs. 813-821. 
 
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