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TEMA 06 - Crimes contra a Paz Pública - Aula 02 Milícia Privada

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Módulo:
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Aula 02 – Milícia Privada
Código Penal, art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear 
organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finali-
dade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: Pena - reclu-
são, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
Conforme previsto no artigo 288-A do Código Penal, configura o crime de cons-
tituição de milícia privada formar, organizar, integrar, manter ou custear organização pa-
ramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos 
crimes previstos no Código Penal.
O crime de constituição de milícia privada ingressou no ordenamento jurídico bra-
sileiro por meio lei nº 12.720, de 27 de setembro de 2012, que, entre outras coisas, ainda 
acrescentou ao artigo 121 do Código Penal a causa especial de aumento de pena quando 
este é praticado por milícia privada, conforme:
CP/40. Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. §6º A 
pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado 
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou 
por grupo de extermínio.
Entende-se por organização paramilitar  a  associação civil ou grupo não oficial 
que atua paralelamente ao Estado de maneira ilegal, com o emprego de armas, e estrutura 
parecida com a militar. 
Já a milícia particular se conceitua como grupo militar que cobra pequenos valo-
res para fazer a “segurança” de determinada área. 
  E, por fim, grupo ou esquadrão  são  termos  utilizados  na legislação  relaciona-
dos com o extermínio de pessoas, ou seja, são grupos formados por civis ou militares com 
a finalidade de exterminar pessoas, são tidos como uma espécie de “justiceiros”. 
Difere-se da associação criminosa por estar limitada a qualificação por crimes 
que estejam elencados somente no Código Penal. Enquanto que a associação crimino-
sa possui um rol de crimes maior, enquadrando em seu tipo também os crimes cometidos 
que estejam dispostos em legislação esparsa. 
Distingue-se também pela exigência de agentes, enquanto na associação há a 
necessidade de três agentes, na constituição de milícia privada, somente dois. 
 Este crime, assim como a associação criminosa, também necessita de durabilida-
de e estabilidade para sua classificação sob pena de confusão com concurso de agentes. 
 Tem como sujeito ativo qualquer indivíduo, e como sujeito passivo a sociedade. 
Tem como seu objeto jurídico e material a paz pública. 
  Se consuma quando o grupo se tornar duradouro e estável. Ou, nos casos de 
manter e custear, quando se demonstrar a habitualidade. 
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5 Crimes em Espécie
Trata-se de crime comum, aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa, 
formal, aquele crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, de 
forma livre, aquele que pode ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente, comissivo 
e, excepcionalmente, omissivo impróprio ou comissivo por omissão (quando o agente tem 
o dever jurídico de evitar o resultado, nos termos do art. 13, §2º, CP).
Será permanente, cuja consumação se prolonga no tempo, nas formas constituir, 
organizar, integrar, mas habitual nas modalidades manter e custear; de perigo comum 
abstrato, ou seja, coloca um número indeterminado de pessoas em perigo; plurissubjetivo, 
delito que somente pode ser cometido por vários sujeitos; plurissubsistente, delito cuja 
ação é composta por vários atos.
 Não admite tentativa, em razão da estabilidade e permanência requeridas. Além 
disso, há as condutas com caráter de habitualidade que não comportam tentativa.
01. Este artigo pretende problematizar a aplicabilidade da Lei nº 12.720 / 
2012 que tipificou os crimes praticados por organizações criminosas, e al-
terou diversas diplomas legais ( como o Código de Processo Penal e o Có-
digo Penal) criando alguns dispositivos que já geram acirrada controvérsia 
em que não deve demorar a ser alvo de ações de inconstitucionalidade, em 
particular a caracterização das milícias, conhecidas como a Constituição 
da milícia privada e previstas no artigo 288 do Código Penal. Esta lei sofreu 
várias críticas porque não define o que seria organização paramilitar, milí-
cia privada ou particular, grupo ou esquadrão e da morte e, além disso, não 
conseguiu trazer o número mínimo necessário de agentes para caracterizar 
tais organizações, o que poderá acarretar sua inaplicabilidade. A ausência 
de tipo penal específico somada aos princípios norteadores do direito pú-
blico em geral, de do direito penal em particular, não só podem inviabilizar a 
efetiva aplicação da lei em tela.
02. O objetivo deste trabalho é abordar os riscos que a milícia e organização 
criminosa têm causado a segurança pública e qual legislação vigente visa 
combater esses criminosos. O trabalho tem por base a pesquisa qualitati-
va, bibliográfica e documental. Inicialmente o trabalho aborda a segurança 
pública como garantia constitucional, vedação das atividades paramilitar 
diante da atuação da milícia, organização criminosa, as alterações nos cri-
mes hediondos e a mudança na lei 12.720/2012 com a definição do que é 
milícia privada.
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http://unig.edu.br/revistas/index.php/RevJurSoc/article/view/226
Tema 06 - Aula 02 6
Código Penal
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização para-
militar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos 
crimes previstos neste Código: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
Não há falar em ilegalidade na majoração da pena-base, quanto ao delito de cons-
tituição de milícia privada (art. 288-A do Código Penal), amparada em fundamentação 
concreta, consistente na formação de um grupo armado de cerca de 100 (cem) milicianos 
que, por mais de 15 (quinze) anos, impuseram ‘verdadeiro regime de terror entre mora-
dores e comerciantes’ da comunidade, tendo o recorrente, como líder do grupo, praticado 
todos os verbos do tipo penal em tela. (REsp n. 1.497.490/RJ).
ALVES, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal: Parte Geral e Parte Especial, Juspo-
divm, 2020.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, 
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BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Proces-
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BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Bra-
sília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso 
em: 19/05/2020.Legislação
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BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal 
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