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TEMA 9 CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Aula II Desobediência

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MÓDULO 9: CRIMES EM ESPÉCIE 
 
TEMA 9 – CRIMES PRATICADOS POR 
PARTICULARES CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Desobediência 
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
 
 Estrutura do tipo penal incriminador 
 
O crime de desobediência apresenta pontos em comum com o delito de resistência, 
diferenciando-se deste, entretanto, pela ausência de emprego de violência ou ameaça a 
funcionário público competente, justificando-se, assim, o tratamento menos severo dispensado 
pelo legislador1. 
 
O verbo nuclear é desobedecer, que significa não ceder à autoridade, resistir passivamente. 
Não à toa o crime também ser chamado de resistência passiva. 
 
É preciso que a ordem dada seja do conhecimento direto de quem necessita cumpri-la. E, 
finalmente, que seja emitida por funcionário público competente para tanto. É o teor do artigo 
330, do CP2. 
 
A conduta pode ser praticada por ação, quando o conteúdo da ordem impor uma conduta 
negativa. A ordem do funcionário público impõe a abstenção de um ato ao seu destinatário, 
mas este prefere agir. Imagine que durante a abordagem a diversas pessoas, um policial militar 
determina que todas elas fiquem imóveis, a fim de proceder à revista pessoal, mas um dos 
suspeitos foge3. Tratando-se de conduta comissiva, o crime se consuma no momento em que 
se concretiza o descumprimento da ordem. 
 
A conduta também pode ser praticada por omissão, quando o conteúdo da ordem impor uma 
conduta positiva. Caso real, presente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é a do 
estagiário que se recusou a abrir a pasta após ultrapassar detector de metais instalado no foro 
e que sinalizou a existência de metal (RHC 85.624/SP). O momento consumativo se verifica 
quando, após um prazo de cumprimento, caso haja, ou após um período juridicamente 
razoável, evidencia-se o propósito de opor-se ao cumprimento da ordem. 
 
 
1 MASSON, Cleber. Direito Penal – Parte Especial, Vol. 3. RJ: Forense, 7ª ed., página 797. 
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal – Vol. 2. RJ: Forense, 2017, pag. 564. 
3 MASSON, Cleber. Direito Penal – Parte Especial, Vol. 3. RJ: Forense, 7ª ed., página 800. 
Aula II – Desobediência 
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A “ordem legal”, objeto material do crime em estudo, deve ser emanada por funcionário público 
e revestida de uma determinação a alguém para fazer ou deixar de fazer algo. O simples 
pedido ou uma solicitação não são suficientes à caracterização do delito, caso não cumpridas. 
 
Na visão do Supremo Tribunal Federal, essa ordem legal precisa ser direta e individualizada ao 
seu destinatário. Exige-se conhecimento direto (na presença de quem emite o comando, por 
notificação ou outra forma inequívoca, não valendo o simples envio de ofício ou carta) por parte 
do funcionário ao qual se destina a ordem, sem ser por interposta pessoa, a fim de não existir 
punição por mero “erro de comunicação”, que seria uma indevida responsabilidade objetiva4. 
 
A ordem, consoante o próprio tipo penal determinado, deve ser legal, revelando a existência de 
um elemento normativo. A ordem deve ser formal e materialmente legal. Não se pode compelir 
uma pessoa a cumprir ordem ilegal, seja em sua forma, seja em sua substância. Afinal, em 
face do princípio da legalidade, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei (art. 5, inc. II, CF). 
 
No sentido de inocorrência do crime de desobediência, por ausência de referido elemento 
normativo, podemos citar os seguintes exemplos: a) o morador que se recusa a permitir o 
cumprimento de mandado judicial em sua residência no período noturno; b) o gerente de 
instituição financeira que não fornece dados bancários de um cliente à autoridade policial; c) 
pessoa que deixa de atender ordem judicial emanada de juízo manifestamente incompetente5. 
 
 Elemento subjetivo: dolo. Inexiste elemento subjetivo específico. Não se pune a forma 
culposa. 
 
 Sujeito Ativo: crime comum. 
 
O sujeito ativo pode ser, inclusive, funcionário público, quando a ordem recebida e 
descumprida não se inclua entre seus deveres funcionais. 
 
Se o funcionário público deixar de cumprir algum ato de ofício, estará configurado o crime de 
prevaricação, se presente o especial fim de agir para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal. Exemplificativamente, se um funcionário público, transitando com sua bicicleta em via 
pública, descumprir a determinação de parada de um comando policial, responderá pelo crime 
de desobediência. Se o funcionário público, entretanto, deixar de cumprir uma liminar emitida 
em ação judicial, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, responderá por prevaricação. 
 
 
 
4 NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal – Vol. 2. RJ: Forense, 2017, pag. 564. 
5 MASSON, Cleber. Direito Penal – Parte Especial, Vol. 3. RJ: Forense, 7ª ed., página 798. 
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 Sujeito Passivo: é o Estado e, secundariamente, o funcionário público emissor da ordem 
legal injustificadamente descumprida. 
 
 Objeto material: é a ordem legal, conforme acima analisado. 
 
 Objeto Jurídico: Administração Pública. 
 
 Consumação: é delito formal, consumando-se com a prática da conduta criminosa, 
independentemente da superveniência de resultado naturalístico. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
“Em relação ao mencionado delito, existem algumas questões específicas que merecem a 
devida atenção, notadamente em razão da atipicidade da conduta. Primeiramente, nas 
situações em que há o descumprimento de medidas protetivas impostas judicialmente com 
fulcro na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), questão que está bem pacificada na 
jurisprudência no sentido de que o descumprimento de ordem ou medida judicial apenas 
representa crime de desobediência nas ocasiões em que não há previsão legal de sanção 
específica. E, nos casos envolvendo a Lei Maria da Penha, a própria legislação especial prevê 
medidas extrapenais para o caso de descumprimento de medidas protetivas. (...)”. 
 
Para a íntegra do texto, segue link abaixo: 
A atipicidade do crime de desobediência 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL DECIDIDO MONOCRATICAMENTE. 
OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INOCORRÊNCIA. 
Os artigos 544 e 557 do Código de Processo Civil/73, aplicável subsidiariamente na área penal, 
autorizavam ao relator apreciar monocraticamente recurso quando estivesse em confronto com 
súmula ou jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Assim, não havia óbice algum à 
análise singular do recurso,inexistindo, portanto, ofensa ao princípio da colegialidade. 
AMEAÇA. CONTEXTO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. 
DOSIMETRIA. AUMENTO DA PENA-BASE. PROPORCIONALIDADE. RECURSO 
IMPROVIDO. A ponderação das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal não é 
uma operação aritmética, mas sim, um exercício de discricionariedade vinculada, devendo o 
magistrado eleger a sanção que melhor servirá para a prevenção e repressão do fato-crime 
praticado, exatamente como realizado na espécie. 
CRIME DE DESOBEDIÊNCIA. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA. ATIPICIDADE 
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https://canalcienciascriminais.com.br/a-atipicidade-do-crime-de-desobediencia/
DA CONDUTA. FLAGRANTE ILEGALIDADE. HABEAS CORPUS. CONCESSÃO DE OFÍCIO. 
1. O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que o crime de desobediência é 
subsidiário, configurando-se apenas quando, desrespeitada ordem judicial, não existir sanção 
específica ou não houver ressalva expressa no sentido da aplicação cumulativa do Código 
Penal. 
2. Considerando-se a existência de medidas próprias na Lei n.º 11.340/2006 e a cominação 
específica do art. 313, inciso III, do Código de Processo Penal, o descumprimento de medidas 
protetivas de urgência não configura o crime de desobediência. 
3. Agravo regimental desprovido. Ordem concedida de ofício para absolver o acusado pela 
imputação do artigo 359 do Código Penal, por atipicidade da conduta. 
(AgRg no AREsp 539.828/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
05/10/2017, DJe 06/11/2017). 
 
PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO. 
LEI MARIA DA PENHA. DESOBEDIÊNCIA. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO. EXCEPCIONALIDADE 
NA VIA DO WRIT. DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR IMPOSTA AO RÉU. 
FLAGRANTE ATIPICIDADE DA CONDUTA EVIDENCIADA. AMEAÇA. REGIME PRISIONAL 
SEMIABERTO MANTIDO. REINCIDÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA CORPORAL POR 
RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 588/STJ. PRISÃO 
DOMICILIAR INCABÍVEL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. WRIT NÃO CONHECIDO E ORDEM 
CONCEDIDA DE OFÍCIO. 
1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que não cabe 
habeas corpus substitutivo do recurso legalmente previsto para a hipótese, impondo-se o não 
conhecimento da impetração, salvo quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no 
ato judicial impugnado. 
2. O writ não se presta, via de regra, para a apreciação de alegações que buscam a absolvição 
do paciente, em virtude da necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório, o que é 
inviável na via eleita. 
3. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça está pacificada no sentido de que o 
descumprimento de medidas protetivas estabelecidas na Lei Maria da Penha não caracteriza a 
prática do delito previsto no art. 330 do Código Penal, em atenção ao princípio da ultima ratio, 
tendo em vista a existência de cominação específica nas hipóteses em que a conduta for 
praticada no âmbito doméstico e familiar, nos termos do art. 313, III, do Código de Processo 
Penal. 
Precedentes. 4. No tocante ao crime de ameaça, malgrado a pena-base tenha sido fixada no 
mínimo legal, restando definida a reprimenda final em patamar inferior a 4 anos de detenção, 
tratando-se de réu reincidente, não há falar em fixação do regime prisional aberto, nos termos 
do art. 33, § 2º, "c", do CP. Este Superior Tribunal de Justiça, inclusive, editou a Súmula 269, 
segundo a qual "é admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes 
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais". 
5. Conforme o entendimento da Súmula 588/STJ, "a prática de crime ou contravenção penal 
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contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a 
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
6. Quanto à concessão do benefício da custódia domiciliar, tal pedido, além de não encontrar 
respaldo na legislação de regência, não foi apreciado pelo Colegiado estadual, pois não restou 
ventilado no bojo do apelo defensivo, o que denota a impossibilidade de apreciação da matéria 
por este Tribunal, sob pena de indevida supressão de instância. 
7. Writ não conhecido e habeas corpus concedido, de ofício, tão somente para absolver o 
paciente em relação à conduta do art. 330 do Código Penal, mantendo-se, no mais, o teor da 
sentença condenatória. 
(HC 406.951/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 26/09/2017, 
DJe 06/10/2017). 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
NUCCI, Guilherme de Souza, Código Penal Comentado. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2017. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza, Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. Vol. 
3. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza, Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. 4. 
ed. Rio de janeiro: Forense, 2015. 
 
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