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RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → APLICAÇÃO DA LEI PENAL INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL Tipos de interpretação: ➢ Autêntica – É aquela realizada pelo próprio legislador ➢ Doutrinária – É a interpretação realizada pelos estudiosos do Direito ➢ Judicial – É aquela efetuada pelos membros do Poder Judiciário ➢ Gramatical – Também é chamada de literal. ➢ Lógica (ou teleológica) – É aquela que busca entender a vontade da lei. ➢ Declaratória – Decorre da perfeita sintonia entre o que a lei diz e o que ela quis dizer. ➢ Restritiva – Por outro lado, aqui o intérprete restringe o alcance do texto da lei, ➢ Extensiva – Trata-se de uma atividade na qual o intérprete estende o alcance do que diz a lei, em razão de sua vontade ser esta. ➢ Analógica – Permite-se a interpretação analógica da lei penal por ser impossível ao legislador prever todas as situações que podem ocorrer na prática. O Código Penal empregou a interpretação analógica (“intra legem”): o legislador traz uma fórmula casuística (fechada) seguida de uma fórmula genérica. A interpretação analógica não se confunde a com a analogia. ANALOGIA A analogia não é uma forma de interpretação do Direito Penal. Analogia é uma forma de integração do Direito Penal, ou seja, na analogia há uma lacuna na lei. Como fazemos para resolver essa lacuna? Nós aplicamos no caso omisso uma norma que regula um caso semelhante. A analogia só pode ser utilizada para beneficiar o réu (analogia in bonam partem). Então, a analogia é regra de integração; decorre de uma lacuna normativa; SÓ PERMITIDO EM FAVOR DO RÉU. CONTAGEM DE PRAZO Contagem de prazo Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. LEI PENAL EM BRANCO As normas penais em branco são aquelas que dependem de outra norma para que sua aplicação seja possível. Existem dois tipos de lei penal em branco: ➢ Homogêneas (norma penal em branco em sentido amplo) – A complementação é realizada por uma fonte homóloga, ou seja, pelo mesmo órgão que produziu a norma penal em branco. ➢ Heterogêneas (norma penal em branco em sentido estrito) – A complementação é realizada por fonte heteróloga, ou seja, por órgão diverso daquele que produziu a norma penal em branco. LEI PENAL NO TEMPO PRINCÍPIO DA ATIVIDADE DA LEI Como regra geral, uma lei produz efeitos durante o período de vigência. Também é importante saber que entre a publicação e a vigência da lei temos a vacatio legis. Nesse período, a lei não está vigente. Ela foi publicada e a população deve tomar conhecimento da lei antes de ela vigorar. Geralmente, esse período dura 45 dias. No entanto, a lei penal pode produzir efeitos e atingir fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor e continuar produzindo efeitos após sua revogação. Essa exceção chama-se extratividade da lei penal. Nesse ponto, é importante saber que: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. CASOS DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO a. Novatio legis in pejus A lei posterior estabelece uma situação mais gravosa para o réu, embora não inove em relação à criminalização de uma conduta. Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → A nova lei vai produzir efeitos somente a partir de sua vigência, não alcançando fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor. b. Abolitio Criminis: Ocorre quando um tipo penal (crime) deixa de existir porque a lei que o previa foi revogada por outra. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Nesse caso, terá efeitos retroativos, alcançando fatos praticados mesmo antes de sua vigência. c. Lei Nova incriminadora: Atribui caráter criminoso a um fato até então considerado irrelevante. Só tem efeito para fatos consumados após sua entrada em vigor. d. Novatio legis in mellius: Uma lei posterior revoga lei anterior trazendo situação mais benéfica ao réu. Vai retroagir para beneficiar o réu. Nesse caso, a retroatividade é automática, dispensando cláusula expressa nesse sentido, sendo a lei nova aplicada ainda que já haja sentença transitada em julgado. Continuidade típico-normativa/Princípio da continuidade normativa Ocorre quando a lei que revoga o tipo penal insere o tipo penal revogado dentro de outro dispositivo. Ou seja, o fato continua sendo penalmente relevante, só que está inserido dentro de outra lei. Ex: a revogação do artigo 214, do CP (tipificava o crime de atentado violento ao pudor), sendo que a conduta passou a ser tipificada como crime de estupro, previsto no artigo 213, do CP. Combinação de leis Ocorre quando a lei nova tem alguns pontos mais favoráveis e outros mais prejudiciais ao réu. A doutrina é divergente, mas o posicionamento dos Tribunais Superiores é no sentido da impossibilidade de combinação de leis, adotando a Teoria da Ponderação Unitária ou Global, em homenagem ao Princípio da Reserva Legal e Separarão de Poderes. Ou seja, deve ser aplicada apenas uma lei, não podendo ser aplicado um ponto de cada lei. Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS ➢ Especialidade → A norma especial tem o condão de afastar, nesse caso específico, a aplicação da norma geral (lex specialis derrogat lex generalis) ➢ Subsidiariedade → A norma primária tem o condão de afastar a aplicação da norma subsidiária ➢ Consunção → Quando há sucessão de fatos, o mais amplo consome (absorve) os outros fatos menos amplos restando, ao final, apenas a norma mais abrangente, que será a aplicada. ➢ Alternatividade → Uma mesma norma penal descreve diversas condutas que são criminalizadas, sendo que a prática de qualquer uma delas já consuma o delito (não é necessário praticar todas), mas a prática de mais de uma das condutas, no mesmo contexto fático, não configura mais de um crime (chamados de “tipos mistos alternativos”). LEI PENAL NO ESPAÇO TERRITÓRIO BRASILEIRO Considera-se território brasileiro: ➢ O Mar territorial; ➢ O espaço aéreo (Teoria da absoluta soberania do país subjacente); ➢ O subsolo; ➢ Território brasileiro por extensão: o Os navios e aeronaves públicos, onde quer que se encontrem; o Os navios e aeronaves particulares brasileiros, que se encontrem em alto-mar ou no espaço aéreo; TERRITORIALIDADE Princípio da Territorialidade: aplica-se a lei penal os crimes cometidos no território nacional (regra do código penal). O nosso código adotou o princípio da territorialidade mitigada ou temperada: como regra se aplica a lei penal brasileiraao crime ocorrido dentro do território nacional, ressalvadas as convenções, tratados e regras de direito internacional. EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA Não há qualquer condição para aplicação da lei brasileira. Nesse caso, o agente é punido pela lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Os crimes de extraterritorialidade incondicionada são: Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (Princípio da Defesa Real ou Proteção); b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA É necessário a presença de alguns requisitos para aplicação da lei brasileira. Os crimes de extraterritorialidade Condicionada são: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir (Princípio da Universalidade, da Justiça Universal); b) praticados por brasileiro (Nacionalidade- personalidade ativa); c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados (Principio da representação, do Pavilhão, da substituição ou da bandeira). Requisitos da extraterritorialidade condicionada: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. Crime contra brasileiro fora do Brasil se (Princípio da Personalidade Passiva ou da Defesa): a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → TEMPO E LUGAR DO CRIME LUGAR DO CRIME Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Teoria da Ubiquidade TEMPO DO CRIME Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Teoria da atividade LU – TA Lugar – Ubiquidade Tempo - Atividade SÚMULA 711 DO STF A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. LEI PENAL EXCEPCIONAL, ESPECIAL E TEMPORÁRIA. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Quem cometeu crime durante a vigência de uma destas leis responderá pelo fato, nos moldes em que previsto na lei, mesmo após o fim do prazo de duração da norma. As leis excepcionais são aquelas que são produzidas para vigorar durante determinada situação. Por exemplo, estado de sítio, estado de guerra, ou outra situação excepcional. As leis temporárias são aquelas que são editadas para vigorarem durante determinado período, certo, cuja revogação se dará automaticamente quando se atingir o termo final de vigência, independentemente de se tratar de uma situação normal ou excepcional do país. Ex: lei da fifa na Copa do Mundo. Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw RESUMO DIREITO PENAL https://irmaospolicia.com.br/ Para mais conteúdo, clique aqui → LEI ESPECIAL Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. As leis especiais são leis que tratam de um assunto específico e que não estão dentro do código penal. Por exemplo: Lei dos crimes hediondos, lei do crime organizado. Para essas leis, o Código Penal (sua parte geral) é aplicado subsidiariamente. Ou seja, primeiro se analisa se a lei especial contém alguma regulamentação acerca do tema. Se não possuir, aplica-se a regulamentação presente no CP (Princípio da especialidade - a preferência de aplicação é da lei especial). Jhonatan Souza e Silva - jhonatansouza172@gmail.com - CPF: 057.811.251-59 https://irmaospolicia.com.br/ https://instagram.com/irmaospolicia https://www.youtube.com/channel/UCbwFCy44nCv0JpTlkbPbKxw
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