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FÍGADO ALTERAÇÕES: Metabolismo de carboidratos: baixa glicose Síntese proteica: baixa albumina e TAP prolongado Catabolismo proteico: alta amônia e baixa ureia Metabolismo de fármacos: meia vida biológica do fármaco aumenta Metabolismo lipídico: alto colesterol e triglicerídeos. Metabolismo de ácidos biliares: aumento ácido biliar. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Icterícia Hipertensão portal Insuficiência hepática e encefalopatia Alterações no metabolismo de medicamentos Anormalidades nutricionais e metabólicas e imunológicas. SINTOMAS Dor abdominal Vômitos Dor de cabeça Coceira Tontura Cansaço Fezes amareladas Diarreia. ICTERÍCIA Primeira manifestação de doença hepática, não é específica. HIPERTENSÃO DA VEIA PORTA Pressão de 10 para 20mmHg Hepatoesplenomegalia Sindrome Hepatorrenal Ascite INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E ENCEFALOPATIA Disfunção mental e neuromuscular aumentada Aumento da concentração de amônia no sangue Presente em processos agudos ou crônicos. ANORMALIDADES NUTRICIONAIS Resistência à insulina Passagem inadequada de sais biliares no duodeno, prejudica a absorção de vitaminas A,D, E e K, causando deficiência crônica. TESTES HEPÁTICOS SERVEM PARA TRIAGEM : identificar tipo e local da lesão e caracterizar anormalidades. Diagnosticar e acompanhar doenças hepáticas. Presença de lesão ou gravidade e diminuição da função. ENZIMAS HEPÁTICAS - TRANSAMINASES Marcadores de lesão. AST/TGO - coração, fígado, músculo esquelético e rins ALT/TGP - fígado e rins. ALT- 100% citosol. Meia vida 10hrs AST- 20% citosol e 80% nas mitocôndrias. Meia vida 5hrs AST Analisada em doenças hepáticas e musculares. Valores muito elevados >500U/L sugerem hepatites ou outra forma de necrose hepatocelular, podendo ser encontradas em tumores necróticos grandes, hipóxia, insuficiência congestiva e choque. Valores diminuídos ocorrem em azotemia, diálise renal crônica, deficiência de piridoxal fosfato (desnutrição, gravidez e doença hepática alcoólica). AST AMOSTRA: soro MÉTODO: enzimático cinético INTERFERENTES: utilização de heparina, opiáceos, tetraciclinas, isoniazida, oxacilina, metronidazol, progesterona, esteróides, anabolizantes (causam aumento). PREPARO DO PACIENTE: jejum de 4hrs VALOR DE REFERÊNCIA: < 40U/L. ALT Mais sensível que o AST na detecção de lesão do hepatócito Níveis de ALT são maiores que AST e hepatites e esteatoses não alcoólicas. Valores elevados são encontrados em: etilismo, hepatites virais, hepatites não alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemia hemolítica, hipotireoidismo, IAM, insuficiência cardíaca, doença musculoesquelética, doença de Wilson e deficiência de alfa 1 antitripsina. EXAME AMOSTRA: soro MÉTODOS: enzimático, cinético. PREPARO: jejum de 4 hrs INTERFERENTES: estresse muscular, salicilatos, tetraciclinas, isocriazida, etanol, metotrexato, esteróides, anabolizantes, fenobarbital, ácido valpróico, causam aumento na dosagem. O uso de metildopa e dopamina diminui a dosagem, lipemia e hemólise intensa interferem na análise. VALORES DE REFERÊNCIA HOMENS: 41U/L MULHERES 31U/L CAUSAS CRÔNICAS DE AST/ALT AUMENTADOS Etanol aumenta ate 8x o VR. Alcool, esteatose hepatica e esteatohepatite não alcoolica. AST>ALT MEDICAMENTOS Melhora com a suspensão. DOENÇA DE WILSON Cobre urinário Acumulo de cobre no tecido hepatico Baixa ceruloplasmina. CAUSAS EXTRA HEPATICAS Doenças musculares Polimiosite Exercicio vigoroso Triagem CPK - CKMB FOSFATASE ALCALINA Utilizada na avaliação e no acompanhamento de doenças hepáticas e ósseas No fígado é encontrada nos candiculos biliares (colestase) Está presente em osteoblastos ativos, durante o estirão de crescimento puberal os níveis podem alcançar 650U/L, o que é normal. Esta elevada tambem em: Hipertireoidismo ICC IRC Mononucleose infecciosa Leucemias Está diminuida em: Hipofosfatasia Doença autossomica recessiva Alteração de dentição e fragilidade óssea hipotireoidismo Desnutrição Ingestão excessiva de vitamina D Nefrite cronica EXAME MATERIAL: soro MÉTODO: cinético colorimétrico, química seca. PREPARO: jejum de 8hrs INTERFERENTES: elevado durante a gravidez e situação de crescimento acelerado. VALORES DE REFERÊNCIA PEDIÁTRICOS: RN a 1 ano: até 460U/L 1 a 12 anos: até 850U/L ADOLESCENTES até 300U/L homens até 187U/L mulheres ADULTOS Homens: 40 a 130U/L Mulheres: 35 a 104U/L Gestante: 40 a 200U/L A resposta hepática a qualquer tipo de agressão da árvore biliar é sintetizar fosfatase alcalina principalmente nos canalículos biliares ÓSSEA: associada à calcificação HEPÁTICAS: doença hepatobiliar Na obstrução intra hepática o aumento é mais discreto quando comparado a obstrução extra hepática onde seus valores podem se elevar até 12x o VR GGT Localizado na MP, alta sensibilidade e especificidade baixa. Não se eleva na doença óssea e nem nas doenças do músculo esquelético. Diferencia colestase mecânica e viral das induzidas por drogas. Na colestase induzida por drogas os valores são muito mais altos Quanto maior o valor de GGT maior o grau da lesão hepática. É utilizada para monitorar a adesão ao tratamento do alcoolismo. EXAME MATERIAL: soro MÉTODO: enzimático PREPARO: jejum 4 hrs INTERFERÊNCIAS: aumenta com a idade nas mulheres, mas nos homens não. Valores diminuídos na gestação. FA x GGT O consumo de álcool é sugestivo quando a relação GGT/FA for maior que 2,5 Se a FA estiver aumentada mas a GGT não, isso se deve a doença óssea. BILIRRUBINA É utilizada para avaliação da função hepática, da eficácia da fototerapia em neonatos e dos processos que afetam a produção, armazenamento, metabolismo e excreção de bilirrubina. Bilirrubina direta: conjugada Bilirrubina indireta: ligada a proteínas plasmáticas. Bilirrubina total: soma das 2. SINAL CLÍNICO DE HIPERBILIRRUBINEMIA Icterícia, torna-se evidente quando a concentração plasmática de bilirrubina total excedem 3mg/dL. Níveis elevados de bilirrubina total e direta são encontrados na doença hepatocelular ou biliar. O aumento isolado de bilirrubina indireta ocorre quando a taxa de produção excede a conjugação, sendo encontrada na hemolise e anemia megaloblastica. Sindrome de Gilbert: causa mais comum de elevação de bilirrubina indireta. A icterícia em neonatos também se deve a bilirrubina indireta. ICTERÍCIA FISIOLÓGICA DO RN Críterios de definição patologica: Aumento dos niveis de bilirrubina s´rica a taxa de >5mg/dL/dia Bilirrubina sérica excedendo 15mg/dL em bebes nascidos prematuramente. Bilirrubina direta excedendo 1,5mg/dL a qualquer momento. Persistencia de icterícia após o décimo dia de vida em nascimentos a termo. Persistencia da ictericia após 2 semanas de vida em prematuros. ICTERÍCIA HEMOLÍTICA Dificilmente ultrapassa 5mg/dL em adultos, em neonatos pode passar de 20mg/dL (anemia hemolítica do recem nascido - incompatibilidade de Rh e outros casos). Sindrome de Cringler Najjar tipos 1 e 2. Deficiencia de UDPGT Tipo 1: mais raro e grave, pode levar a morteno 1º ano de vida. Bilirrubina total >40mg/dL Síndrome de Gilbert Deficiencia parcial de UDPGT 20 a 50%. Defeitos de transporte de membrana. PREDOMÍNIO DE BILIRRUBINA DIRETA Disfunção hepatocelular aguda ou crônica Infecção: hepatites virais A - E, hepatites por citomegalovírus, hepatite por Epsten Baar virus e sepse. Inflamação sem infecção: lesão tóxica, hemocromatose, medicamentos, alcool, hepatite auto imune, doença de Wilson. Disfunção metabólica: isquemia, esteatose, nutrição parenteral total. Síndromes colestáticas hereditárias Doenças que interferem no fluxo biliar para o intestino. EXAME PACIENTE: jejum 8 hrs AMOSTRA: soro Interferentes: hemólise, lipemia, luz. MÉTODO: espectrofotometria direta, enzimático, cromatografia líquida de alta eficiência. VALORES DE REFERÊNCIA ADULTO: Total: 0,3 a 1,2 mg/dL Direta: até 0,2mg/dL Indireta: até 1mg/dL Urobilinogênio Fezes: 75 a 400 Urina: 0,5 a 4 PEDIÁTRICO Total: 0 a 1 dia <6mg/dL 1 a 2 dias <8mg/dL 2 a 5 dias <12mg/dL Direta até 0,4mg/dL LABORATÓRIO NA ICTERÍCIA Eritrograma para pesquisa de hemólise Transaminases Serológicos: HBsAg, anti HBC, anti HVC FA GGT Alcool sanguíneo ou paracetamol Anticorpos antimitocondriais, antimusculo liso Ferro e estudos genéticos - hemocromatose Cobre em suspeita de doença de Wilson.
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