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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS Tamira Negrão Nutricionista pela UFRJ Nutricionista Concursada da Prefeitura de Queimados/RJ Residência Profissional em Saúde HUAP / UFF Pós Graduada em Nutrição na Atenção Oncológica - HUAP / UFF Pós Graduanda em Nutrição ortomolecular, Biofuncional e Fitoterapia – Faculdade Redentor CONSULTA NUTRICIONAL O que pensar ao solicitar um exame laboratorial ? Em relação ao paciente Observar a clínica do paciente (Sinais e sintomas) Observar o estilo de vida atual e pregresso Observar antecedentes familiares de doenças Observar o perfil alimentar do paciente Em relação a você Nutricionista Quais são os exames pertinentes? Os exames têm comprovação científica? Você Nutricionista sabe interpretá-los? O plano de saúde cobre os exames ou seu paciente pode pagá-los? Objetivos dos exames laboratoriais • Oferecer informações sobre o estado nutricional, por meio de avaliação bioquímica; • Auxiliar no diagnóstico nutricional, ou avaliar as mudanças do estado clínico ou dietético; • Evidenciar alterações precoces. Nemer, 2010 Sensibilidade X Especificidade Sensibilidade = capacidade de um teste detectar os indivíduos verdadeiramente positivos, ou seja, de diagnosticar corretamente os doentes. Quando utilizar um teste com alta sensibilidade ? Ex. quando o ônus de não fazer o diagnóstico é alto. Especificidade = capacidade de um teste detectar os indivíduos verdadeiramente negativos, ou seja diagnosticar os saudáveis. Quando utilizar um teste com alta especificidade ? confirmar um diagnóstico sugerido por outros exames com menor especificidade. Hemograma - Série Vermelha Hematopoise Avaliação Hematólogica • HEMOGRAMA • Constituído por: • Eritrograma (Glóbulos vermelhos = eritrócitos = hemácias) • contagem total de hemácias • hemoglobina • hematócrito • Índices hematimétricos • Leucograma (Glóbulos Brancos = leucócitos ) • contagem global de leucócitos • contagem diferencial de leucócitos • Leucograma (Glóbulos Brancos = leucócitos ) • plaquetas (opcional) • Eritrograma Avaliação Hematólogica CONTAGEM TOTAL DE HEMÁCIAS (céls/mm3) Homem 4.5000.000 – 6.000.000 Mulher 4.000.000 – 5.500.000 Valores aumentados: diarreias, desidratação, queimaduras, policitemia severa, cardiopatia crônica, intoxicações por álcool etílico ou fármacos, vômitos e acidose metabólica. Valores diminuídos: anemias, leucemias, após hemorragias graves e infecções graves. • Eritrograma Avaliação Hematólogica HEMOGLOBINA (g/dL) (pigmento responsável por carrear oxigênio) Homem 13,5 – 18,0 Mulher 12,0 – 16,0 Valores diminuídos: sugestivo de anemia por deficiência de ferro ou talassemias. • Eritrograma Avaliação Hematólogica HEMATÓCRITO (%) Indica a porcentagem de células vermelhas no volume total de sangue. Homem 40 – 54% Mulher 37 – 47% Valores aumentados: hemoconcentração, desidratação, queimaduras, diarreia e vômitos intensos. Pode ser indicativo de macrocitose. Valores diminuídos: anemias, leucemias e infecções. Pode ser indicativo de microcitose. Atenção as alterações de volemia • Índices Hematimétricos Avaliação Hematólogica VCM >100fl - macrocitose Sugere-se alteração em metabolismo de folato e/ou B12 Diferencial – fumantes, alcool VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) (tamanho médio da hemácia.) VCM <80fl - microcitose Sugere-se alteração em metabolismo de ferro talassemia • Índices Hematimétricos Avaliação Hematólogica HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – (HCM) Avalia a concentração de hemoglobina nas hemácia. HCM < 27pg Hipocromia = baixo teores • Índices Hematimétricos Avaliação Hematólogica CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) Avalia % de hemoglobina em 100ml de hemácia. CHCM < 32% - hipocromia Sugere-se alteração em metabolismo de ferro • Índices Hematimétricos Avaliação Hematólogica RDW Avalia a dispersão das hemácias em relação ao tamanho RDW >14,5% - anisocitose (diferentes tamanhos). Índice de anisocitose - Alteração precoce na deficiência de Fe antes mesmo das alterações do VCM e da diminuição da hemoglobina. - Na Anemia ferropriva: tendência à heterogeneidade do tamanho das hemácias; logo, de valores de RDW elevado - Talassemia: tende a homogeneidade da população microcítica, levando a valores normais de RDW. • Índices Hematimétricos Avaliação Hematólogica RETICULÓCITOS Avalia a produção medular das hemácias - Hemácias imaturas Adultos 0,5 – 1,5% Sugere-se alteração em metabolismo de ferro Valores aumentados: anemia hemolítica, hiperplasia medular, doença hemolítica do recém-nascido e hemorragias pós- cirúrgicas. Valores diminuídos: anemias carenciais, aplasias medulares e anemias não-hemolíticas. Anemias Anemia Ferropriva • Anemia hipocrômica e microcítica: redução VCM, HCM e CHCM • Frequente anisocitose ( diferentes tamanhos) e poiquilocitose (diferentes formas) • Reticulócitos normais ou reduzidos • Ferro sérico reduzido • Capacidade total de fixação do ferro está aumentada • Ferritina baixa • Ferritina - Indicador mais sensível para a quantidade de ferro armazenada no organismo. PROTEÍNA DE FASE AGUDA Anemia Ferropriva Níveis reduzidos = Deficiência crônica de ferro Níveis Elevados: – Excesso de ferro, Infecções, traumatismos e inflamações agudas (fase aguda) , pacientes transfundidos, Neoplasias (leucemias, linfomas e carcinomas de mama, fígado, pulmão, cólon e próstata), Anemias hemolítcas e megaloblásticas, Lesões hepáticas (alcoólicas, virais, tóxicas, hemossiderose, hemocromatose), Artrite reumatóide, doenças renais, parasitoses MULHERES 10 - 200UI/L. HOMENS 30 - 300UI/L. Só interromper a suplementação de ferro após normalização da ferritina • Ferro sérico • Há troca dinâmica entre as reservas no organismo e o plasma • Parâmetro de menor especificidade • Altera-se na anemia por doença crônica e na deficiência de vit C Anemia Ferropriva Adultos 30 – 160 μg/dl • Transferrina - Proteína a qual o ferro se liga para circular no sangue. Anemia Ferropriva • TIBC ou CTLF (Total iron bind capacity ou capacidade total de ligação do ferro) -Representa a porção total de ferro ligado à transferrina 250 a 450g/dl TIBC Aumentada •anemia por deficiência de ferro •gestação (tardia) •policitemia vera •TIBC Diminuída •cirrose •anemia hemolítica •hipoproteinemia •anemia perniciosa •anemia de células falciformes Anemia Ferropriva Ferritina capacidade de ligação de Do ferro Saturação de Transferrina Hb, Ht, VCM, HCM e CHCM Evo lu ção d a an em ia Outros parâmetros a serem observados Riboflavina: absorção do ferro, mobilização do armazenamento Vitamina C: absorção do ferro não heme, participa no armazenamento de ferro. Avaliar vit C plasmática Vitamina A: mobilização do armazenamento, sua deficiência leva a queda da Hb. Avaliar retinol sérico e retinol ligado a proteína (RBP) Cobre: ceruloplasmina - mobilização do armazenamento. Avaliar cobre sanguíneo, eritrocitário, ceruloplasmina Piridoxal 5 fosfato: primeira enzima na síntese do grupamento heme Zinco: segunda enzima na síntese do grupamento heme, sensível ao chumbo. Avaliar zinco sanguíneo, eritrocitário ou Zn plasmático Anemia Ferropriva Suplementação de ferro não elevou ferritina? Anemia Ferropriva paciente pode não estar tomando adequadamente a medicação presença de sangramento mais rápido que a reposição de hemácias pela medula óssea ferro suplementar não está sendo absorvido (esteatorréia?; doença celíaca?; hemodiálise?) Indicação de suplementação endovenosa: conduta médica! Fontes de Ferro Ferro heme Ferro não heme Anemias Megaloblásticas Principais causas: Def.B12 e ácido fólico Anemia macrocítica e normocrômica: aumento de VCM, HCM, CHCM Reticulócitos reduzidos Ferro sérico aumentado Deficiência de vitamina B12 Deficiência de ácido fólico Eritropoiese ineficaz por comprometimentoda biossíntese do DNA Deficiência de folato e B12 possui relação com níveis elevados de homocisteína Achados laboratoriais: ↓hemoglobina, ↓hematócrito e ↓folato, ↑ferro, ↑ferritina e ↑homocisteína, ↑VCM • Achados Clínicos Em geral mesmo quadro anêmico de toda anemia! OBS. B12 é fundamental para síntese da bainha de mielina, que envolve os axônios e é responsável pela condução dos impulsos nervoso Anemias Megaloblásticas Deficiência de B12 cursa com manifestações neuropsiquiátricas (mesmo com hematócrito ainda normal) e a de folato não! - Parestesia em extremidades - Desequilíbrio - Ataxia - Déficit cognitivo -Demência e psicose Atenção para anemia perniciosa! Deficiência de B12 ou Folato ? Anemias Megaloblásticas Deficiência de B12 Achados laboratoriais: Hemácias podem diminuir até menos de 01 milhão/mm³ Macrócitos, normocrômicos VCM entre 100 - 160 (normal 87-92) HCM - normal (29-31 pg) CHCM - normal (32-36%) -Diâmetro das hemácias varia amplamente encontrando-se muitas com formas bizarras (poiquilocitose) Vitamina B12 sérica - diminuída (150-950 pg/ml) Ácido metilmalônico – 0,08 a 0,56 µmol/L (aumentado B12 na metabolização) Deficiência de folato Achados laboratoriais: Hemograma idêntico ao da anemia perniciosa Ácido fólico sérico menor ou igual a 4 ng/ ml (normal 6 – 20 ng/ml) melhor aferição ácido fólico eritrocitário É preferível a dosagem de folato eritrocitário, já que o sérico sofre interferência da alimentação do dia. Deficiência de folato em gestantes Ideal iniciar suplementação de folato antes da gestação PLANEJAMENTO FAMILIAR! Fontes de Folato Ácido metilmalônico (AMM) • O ácido metilmalônico apresenta sua concentração aumentada SOMENTE na presença da deficiência de vitamina B12, a def. folato não altera seus valores. • A dosagem é feita na urina, soro ou plasma. Anemias Megaloblásticas ATENÇÃO para Situações que elevação do MMA: - Insuficiência renal, - Gestantes, - Doenças da tireóide AMM Acido succínico B12 Fontes de vitamina B12 B12 em dietas vegetarianas Sempre solicitar periodicamente exames! Alta prevalência de deficiência neste grupo, principalmente entre veganos. *Atenção para casos de baixa produção de fator intrínseco. Avaliar B12 intramuscular Anemia Perniciosa Estima – se que após a BGYR a prevalência média de níveis séricos reduzidos de vitamina B12 varie entre 12 e 33%, sugere-se suplementação! (Lívia et al, 2011) Ocorre associada a: Infecções crônicas Doenças inflamatórias (artrite reumatóide, DII) Neoplasias Anemias por doença crônica Achados laboratoriais: Anemia moderada tipo microcítica, hipocrômica (ou normo/normo) Ht - 25 a 40% Ferro sérico baixo Transferrina baixa ou normal, Coeficiente saturação da transferrina entre10 a 15% Ferritina sérica - normal Anemias falciforme • Doença hereditária devido à presença nas hemácias de uma hemoglobina anormal (hemoglobina S), que quando privada de O2 , assume a forma de partículas alongadas, levando a deformação das hemácias e sua prematura destruição pelo SRE (sobrevida de 15 a 60 dias). • A hemácias falciformes exibem tendência a aderir-se umas as outras formando trombos intravasculares • crises vásculooclusivas Achados laboratoriais: Anemia normocítica de gravidade média (geralmente 1,5-2,0 milhões/mm³) com algumas hemácias falciformes Reticulose acentuada Não é rara uma leucocitose de até 30.000 / mm³ durante as crises dolorosas Bilirrubinemia - discreta elevação Tratamento da anemia falciforme • Alto requerimento energético • Alta Hidratação • Alto ácido fólico (suplementação) • Baixo consumo de ferro (sobrecarga devido as transfusões) • Avaliar uso de quelantes de ferro • Alimentos ricos em vitaminas A, C e E, e sais minerais, como zinco e cobre, Hemograma - Série Branca Leucócitos - São os elementos figurados incolores do sangue. - Desempenham papel essencial no mecanismo de defesa do organismo contra as agressões infecciosas ou de outra natureza. - Únicas células nucleadas do sangue. - Nutrição inadequada - provoca a diminuição do substrato para a produção de imunoglobulinas e células de defesa Série Branca Valores aumentados (leucocitose): processos inflamatórios, infecciosos e leucemias. Valores diminuídos (leucopenia): redução da produção de leucócitos, destruição celular, febre tifoide, dengue, rubéola e caxumba. Leucócitos Adultos 4.000 – 11.000 (céls/mm3) Série Branca Leucócitos Função Neutrófilo Fagocita microorganismos e outras substâncias. Basófilo Libera histamina que promove inflamação, e heparina que previne a formação de coágulos. Eosinófilo Libera mediadores químicos que reduzem a inflamação, ataca alguns tipos de vermes de parasitas Linfócitos Produz anticorpos e outros agentes químicos responsáveis pela destruição de microorganismos, contribui para as reações alérgicas, rejeição de tumores, e regulação do sistema imunitário Monócito Célula fagocítoca do sangue. Ao sair do sangue torna-se macrófago, fagocitando bactérias, células mortas, fragmento de células e outros corpos estranhos aos tecidos. Granulócitos Agranulócitos Série Branca Interpretação Leucocitose: Elevação do número de leucócitos acima de 9000/mm³ Pode apresentar aumento de um único tipo de célula, de dois, três ou até todos ao mesmo tempo Série Branca Leucopenia: Diminuição do número total de leucócitos < 6000/ mm³ Geralmente é provocada pela neutropenia Leve: 9000 – 11000/ mm³ Moderada: 11000 – 13000/ mm³ Acentuada: 13000 – 18000/ mm³ Muito acentuada: > 18000/ mm³ Interpretação Neutrofilia - infecções bacterianas, leucemias, inflamação. Eosinofilia - Parasitoses e alergias. Basofilia - leucemia mieloide crônica e processos alérgicos (+ raro). Monocitose - Infecções. Linfocitose - infecções virais agudas e bacterianas crônicas, leucemia linfocítica crônica e processos ganglionares. Série Branca Série Branca Contagem total de linfócitos Atenção! Não é especifico para avaliação do estado nutricional, pois reduz com a idade, AIDS, Radioterapia, imunossupressor. Perfil Lípídico Perfil Lípídico Os lipídios do sangue (colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos) são transportados no sangue ligados a proteínas (as lipoproteínas): Quilomícrons VLDL IDL LDL HDL Perfil Lípídico Doença cardiovascular no Brasil 2015 R$ 37,1 bilhões (SIQUEIRA ET AL, 2017) • Aspecto do Soro : Após centrifugação, o soro é separado e fica em repouso por 12h, quando é analisado visualmente • Límpido – normal ou colesterol elevado • O colesterol é uma molécula pequena em relação ao TG, por isso a luz passa por ele e o soro fica límpido • Turvo – TG elevado • Não dá para saber se o colesterol é normal ou alto • Cremoso ou Opalacente ou Leitoso – QM aumentado ou TG exageradamente alto (>500mg/dl) • Toda vez que a trigliceridemia ultrapassar 500 mg/dl, existe risco aumentado de desenvolvimento de pancreatite Perfil Lípídico Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017 V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2013 Perfil Lípídico – valores de referência Risco muito alto – EX. doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica Alto risco – EX. Aneurisma de aorta abdominal Risco intermediário - Ex. Indivíduos com Escore de Risco Global entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5 e 10% no sexo feminino Baixo Risco - Pacientes do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos < 5%, calculado pelo Escore de Risco Global Perfil Lípídico – valores de referência segundo risco Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017 LDL MUITO BAIXO E HDL MUITO ALTO LDL MUITO BAIXO E HDL MUITO ALTO HDL Atenção: Na Síndromemetabólica e DM - Forma mais facilmente HDL rica em triglicerídeos - Menos eficaz no transporte reverso de colesterol High Density Lipoprotein Cholesterol in Diabetes: is higher always better?, 2013 LDL FUNÇÕES DO COLESTEROL Sais biliares Serotonina Hormônios sexuais Vitamina D Bainha de Mielina *Excesso de uso das estatinas Investiga-se associação de LDL colesterol muito baixo com câncer, alzeimer, depressão... O papel antiaterogênico da HDL fica comprometido pelo microambiente inflamatório em pacientes com LES, originando HDL disfuncional, pró-inflamatória, que parece contribuir para o risco aumentado de doença aterosclerótica em pacientes com Lupus. Dyslipidemia in systemic lupus erythematosus: just another comorbidity? , 2016 Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG. Perfil Lípídico Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017 • ÍNDICE DE CASTELLI (IC) Consiste na combinação entre níveis plasmáticos de CT, LDL e HDL, para verificar a influência de cada uma das frações de colesterol no risco de DCV. Perfil Lípídico IC – 1 = CT / HDL ♂ Até 5,1 ♀ Até 4,4 IC – 2 = LDL / HDL ♂ Até 3,3 ♀ Até 2,9 Mais indicado para visualizar o risco cardiovascular • Maior componente protéico do colesterol HDL e o agente responsável pela ativação da lecitina- colesterol-aciltransferase, que catalisa a esterificação do colesterol. • Essa esterificação no HDL permite uma maior concentração de colesterol no interior desta lipoproteína maior remoção do colesterol livre dos tecidos extra-hepáticos para o fígado. • Sítio de síntese da Apo-A - fígado, o intestino ou ambos. • Níveis diminuídos de Apo-A • Preditores de DAC Apoliproteína A ♂ 115 – 190 mg/dL ♀ 115 – 220 mg/dL Valores aumentados: dislipidemia familiar, exercício vigoroso e uso moderado de álcool. Está associada ao HDL. Valores menores estão associados a risco de DCV. • É a apoproteína do colesterol LDL, que compreende aproximadamente 90% de sua massa. • Liga-se aos receptores celulares específicos nas células periféricas e promove a retirada do colesterol LDL da circulação. • Fator de risco de doença coronariana e desenvolvimento de aterosclerose. Apoliproteína B ♂ 115 – 190 mg/dL ♀ 115 – 220 mg/dL Está associada ao LDL. Valores altos estão associados a risco de DCV LIPOPROTEÍNA A - Lp(a) • Grande semelhança estrutural com o LDL. • Produzida principalmente no fígado e tem atividades pró trombóticas e pró aterogênicas. • É considerada por muitos autores como um fator de risco independente para o desenvolvimento de DCV Níveis acima de 30mg/dL risco para DCV Homocisteína • Os alimentos contém pouco ou nenhuma homocisteína livre. • É um aminoácido sulfurado formado a partir da demetilação de um aminoácido essencial, a metionina. Homocisteína • Determinantes fisiológicos - Sexo e idade: homens têm níveis séricos maiores do que mulheres e em ambos os valores aumentam com a idade. Essa diferença entre os sexos é mais evidente na puberdade, mostrando influência hormonal - Função renal: como sua eliminação se dá principalmente pelo catabolismo renal, uma função renal prejudicada elevará seus níveis séricos. Uma elevação de creatinina sérica se associa com elevação de Homocisteína. Determinantes nutricionais B12 e folato: deficiência de ambos pode levar a um moderado ou grave aumento de Hcy sérica, uma vez que ambos estão envolvidos no seu metabolismo. B6: Está fracamente relacionada com alterações dos níveis de Hcy Café: uso exagerado (> 4 xícaras/dia) está relacionado ao aumento de Hcy, por mecanismo ainda não identificado Álcool: consumo de 60 drinques/mês (2 a 3 ao dia) foi associado a elevação dos níveis de Hcy por reduzir a ingestão e depletar de vitaminas do complexo B O fumo também foi identificado como um fator que eleva Hcy Homocisteína Atenção a dietas vegetarianas, que têm baixo vitamina B12. Homocisteína Pode sofrer autooxidação formando superoxidos e peroxidos de hidrogênio (EROs) Reduz atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase Aumenta estresse oxidativo levando a lesão endotelial Aumenta oxidação da LPL, agregação plaquetária e trombose Risco de doença cardiovascular • Outras ações... • Induz a uma disfunção endotelial, seguindo-se de ativação plaquetária e amplificação dos estados pró-coagulantes. • Capaz de aumentar a deposição de cálcio na placa de ateroma e aumentar a produção de radicais livres, o que gera ainda mais inflamação e agravamento do estado pró-trombótico. • Reduz a biodisponibilidade de óxido nítrico, reduzindo os efeitos vasodilatador e antitrombóticos induzidos por ele. • É capaz de elevar tromboxanos da série par, gerando aumento da agregação e adesividade plaquetária. • Sobre o sistema neurológico, a Hcy contribui para o AVC isquêmico e para demência Homocisteína Homocisteína LDL oxidada (anticorpos) • A oxidação da LDL ocorre pelos mesmos mecanismos produtores de radicais livres bactericidas; • A LDL oxidada exerce efeito imunológico, atraindo monócitos que são transformados em macrófagos e se instalam na nova estria gordurosa endotelial; • Valores alto sugerem risco cardiovascular aumentado; • Jejum de 12 ou mais horas; • Não utilizar bebidas alcoólicas na véspera do exame. Anticorpos anti-LDL estão aumentados em LES Valor de referência: de 100 A 700 mU/mL Dysfunctional proinflammatory high-density lipoproteins confer increased risk of atherosclerosis in women with systemic lupus erythematosus, 2009 E a dieta? INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO É uma correlação existente entre a produção e a presença de radicais livres e a capacidade antioxidante. Quanto a maior presença de peróxidos e menor a concentração de antioxidantes endógenos, maior a predisposição ao estresse oxidativo. INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO Exames a serem realizados INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL (CAOT) Alguns autores defendem o estudo da CAOT, ao invés de análise de antioxidantes isolados, principalmente devido à interação que existe entre eles no plasma ou soro Obtém-se um parâmetro integrado Citam-se aqueles conhecidos pelas siglas TRAP, ORAC, FRAP e TEAC INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO O QUE EFETIVAMENTO DÁ PARA MEDIR? Vitaminas antioxidantes; Zinco (Superóxido dismutase) Cobre (Superóxido dismutase) Selênio ( Glutationa Peroxidase) Inflamação Inflamação Inflamação Proteínas Plasmáticas PROTEÍNA C-REATIVA ULTRASENSÍVEL PROTEÍNA C-REATIVA (PC-R mg/dL) Jejum 8h. Principal proteína de fase aguda dos processos inflamatórios. Risco para doença Cardiovascular - • Baixo risco: < 1mg/L. - • Médio risco: 1 a 2 mg/L. - • Alto risco: > 2mg/L. - • Muito alto risco: ≥ 10mg/L. - Prova inflamatória: < 0,5 mg/dL PROTEÍNA C-REATIVA VHS Teste da velocidade de sedimentação das hemácias (VHS) O VHS pode ser útil na documentação de processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos, na avaliação do grau de atividade ou da extensão da doença de base e, em alguns casos, da resposta à terapêutica instituída. Exame inespecífico, aumenta em várias patologias. Alimentos antiinflamatórios Perfil Glicídico Perfil Glicêmico Principais sintomas de Diabetes Perfil GlicêmicoPerfil Glicêmico Glicemia de jejum Diagnóstico de Diabetes Perfil Glicêmico Coleta deve ser feita 2 horas após 75 g de dextrosol ou 2 horas após alimentação habitual Valor de referência : < 140 mg/dl Perfil Glicêmico TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE Jejum mínimo de 10 horas, máximo de 16 horas Evitar drogas pelo menos 3 dias antes, e contraceptivos Não é indicado para pacientes > 200 mg/dl ou com diagnóstico de DM tipo 1 Tipos: Clássica: basal, 30, 60, 90 e 120 minutos Clássica gestantes: basal, 60, 120, 180 minutos Simplificada para gestantes: basal e 60 minutos Variada: tempo conforme pedido pelo médico Prolongada: basal, 30, 60, 120, 180, 240 e 300 minutos Perfil Glicêmico Perfil Glicêmico TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE Hemoglobina Glicosilada É um marcador metabólico de longo prazo. Serve para diagnóstico e acompanhamento de DM Demonstra adesão ao tratamento. Valor de referência: 4,4% a 6,4% da hemoglobina total (HbA1C) Risco para DM – 5,7 a 6,4% Diabetes: > 6,5% Perfil Glicêmico Frutosamina É uma proteína glicada constituindo principalmente de albumina Reflete o controle glicêmico em torno de 1 a 3 semanas anteriores ao exame, já a meia-vida da albumina é de 14 a 20 dias É útil na avaliação da eficácia de uma mudança terapêutica, sendo mais precocemente afetada que a hemoglobina glicada. Não substitui a Hemoglobina glicosilada Valor de referência: 205 a 285 mcmol/L A hiperglicemia crônica é capaz de inibir tanto a secreção de insulina induzida por glicose quanto a sensibilidade celular à insulina. A deterioração da função da célula beta e da ação insulínica inicia-se anos antes do diagnóstico do diabetes, e, comumente, a hiperglicemia crônica está associada à secreção insulínica deficiente e à RI INSULINA (UI/mL) – jejum 8h Resistência Insulínica Adultos 2,5 – 25 UI/mL Método Homa PEPTÍDIO C Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado em proporção equimolar, junto com a insulina, embora, ao contrário dela, não sofra extração hepática. Sua dosagem não se altera na presença de anticorpos anti-insulina, refletindo, nestes casos, melhor que a insulina, a capacidade secretória das células beta. Sua principal utilização é a avaliação da reserva de insulina endógena, auxiliando na orientação terapêutica. Valores séricos de referência: 0,8 a 4 ng/mL Valores baixos -- indivíduos insulino-dependentes. Na presença de hipoglicemia, valores elevados podem ser encontrados em casos de insulinoma Glicosúria Geralmente ocorre quando a glicose sangüínea encontra-se em valores superiores a 160 ou 200 mg/dl Glicosúria é influenciado não só pela glicemia, mas também: pela taxa de filtração glomerular, pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo urinário Glicosúria depende de um rim normal Outras situações patológicas como queimaduras, infecções, doenças neurológicas e terapia oral com esteróides podem, também, causar glicosúria. Não se faz diagnóstico de diabetes pela glicosúria CROMO • A deficiência pode predispor o indivíduo à resistência à insulina. Soro 0,05 – 5,0mcg/L Hemácias 20 – 36mcg/L Urina 0,1 – 2,0mcg/L E a dieta? • Baixo IG e CG • Baixo carboidrato e/ou contagem de carboidratos • Gorduras mono e poli-insaturadas • Fibras alimentares solúveis • Fibras solúveis (Beta glucana) • Proteínas fracionadas (excesso estimula hiperinsulinemia) Ácido úrico Ácido Úrico ÁCIDO ÚRICO (mg/dL) – jejum 8h É o produto final do catabolismo das purinas. Seus níveis séricos estão diretamente relacionados com a velocidade de sua formação e inversamente com a velocidade e a capacidade de excreção. Outros fatores, como predisposição genética, raça, sexo, idade, peso corporal, ingestão de álcool, diabetes, dislipidemia, dieta e uso de medicamentos também influenciam seus níveis séricos. Apenas uma minoria de pacientes com ácido úrico elevado desenvolve gota. Valores aumentados: dietas de alto teor de purinas, medicamentos e doença tipo gota. ♂ 3,5 – 7,2 mg/dL ♀ 2,6 – 6,0 mg/dL Ácido Úrico E a dieta? Hepatograma TGP / ALT (Transaminase pirúvica / alanina aminotransferase) Enzima intracelular, presente em grandes quantidades no fígado e no rim, e em pequenas quantidades na musculatura esquelética e no coração. Como teste de função hepática, a ALT é mais sensível para detecção de danos do hepatócito do que para a obstrução biliar, considerada um excelente marcador hepatocelular. Recomendada para rastreamento de hepatites => normalmente elevação importantes nas hepatites virais, mas é menos sensível que a TGO para hepatite alcoólica. Atenção: geralmente está elevada em obesos, mesmo sem doença hepática ou muscular! => esteatohepatite não alcoólica! Valores de referência Feminino: até 31U/L. Masculino: até 41U/L TGO / AST (Transaminase oxalacética / aspartato aminotransferase) Enzima encontrada no miocárdio, fígado, musculatura esquelética, rim e cérebro, a dosagem de seus níveis auxilia no diagnóstico de doenças cardíacas, hepáticas e musculares. AST ou TGO <50 U/L ALT ou TGP <40 U/L Esteatose Hepática Inflamação Muitas vezes, a esteatose é resultado de alta ingestão de carboidratos Comum encontrar aumento de triglicerídeos associado BILIRRUBINAS É um exame que pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do fígado. A primeira bilirrubina a ser produzida é a bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada – vinda da hemólise), que circula no sangue ligada à albumina sérica. A BI é transportada para o fígado e, no hepatócito, é conjugada ao ácido glicurônico transformando-se em mono e diglicuronídio de bilirrubina (bilirrubina direta). A bilirrubina direta é excretada pelo fígado para a vesícula biliar, fazendo parte da bile. Níveis elevados de bilirrubina sérica total, geralmente acima de 2,5mg/dL, causam icterícia clínica, caracterizada pela cor amarelada da pele e mucosas. Nos quadros de hiperbilirrubinemia, a investigação diagnóstica deve considerar se predomina a fração conjugada ou a não conjugada. Bilirrubina direta pode estar elevada na obstrução biliar, onde há refluxo para o sangue Bilirrubina Indireta observada em distúrbios de hiperprodução de bilirrubina, como na hemólise, ou associação a redução da conjugação hepática como nas lesões intensas de hepatócitos BILIRRUBINAS Fosfatase alcalina (FA ou ALP) jejum 8h. Está elevada em: obstrução canalicular hepática (bom marcador de colestase) Doenças ósseas (níveis muito elevados na doença de paget) Valores de referência Adultos 40 – 130 UL/L GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase) • Enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata • Refere-se principalmente às doenças do fígado e das vias biliares. • Indicador sensível de colestase intra ou extra-hepáticas, com elevação precoce e duradoura! Valores de referência ♂ <50 UI/L ♀ <30 UI/L Valores aumentados: doenças hepáticas, alcoolismo crônico e icterícia obstrutiva. Função Pancreática Amilase Na pancreatite aguda, os níveis de amilase podem alcançar valores de 4 a 6 vezes o limite superior de referência Eleva-se precocemente ( em 2 a 12 horas), atinge pico em 24h e retorna aos níveis normais em 2 a 3 dias. É menos específica e mais sensível para pancreatite do que a lipase ATENÇÃO: A magnitude da elevação NÃO reflete gravidade da lesão => indica forte probabilidade de pancreatite aguda, porém cerca de 20% de pacientes com pancreatite aguda apresentam índices normais de amilase sérica. Em episódios agudos de pancreatite crônica, esses níveis podem estar ligeiramente aumentados, porém, com freqüência, permanecem normais. Valores de referência 28 a 100 UI/L Lipase Produzida apenas no pâncreas exógeno, sendo um marcador de pancreatite Mais específica do que a amilase para pancreatite Valores de referência Menor que160UI/L Função pancreática Função Renal CREATININA Marcadora de função renal, em razão da creatinina endógena ser proporcional à massa muscular, a produção varia com a idade e gênero. Valores de referência ♂ 0,7 – 1,6 mg/dL ♀ 0,6 – 1,1 mg/dL Clearence de creatinina CCr: [140 – idade em anos] x Peso em kg Creatinina sérica x 72 *Mulheres, multiplicar por 0,85 URÉIA Principal produto nitrogenado do metabolismo de proteínas e aminoácidos. Sofre influência de problemas renais, desidratação, excessiva quantidade de proteína da dieta e catabolismo proteico aumentado. Valores de referência Adultos 10 – 40 mg/dL EAS (elementos anormais e sedimento) Estudo de doenças renais e do trato urinário e outras doenças sistêmicas, bem como infecções. Análise Valor esperado Interpretação Bilirrubina Não detectado Avaliação do nível de bilirrubina não conjugada, o que pode indicar doenças hepáticas, como colelitíase Cetonas Negativo Presente em enfermos com DM não controlado, ou em febre, anorexia, vômito, caquexia, inanição. Dietas cetogênicas Densidade específica 1,01 a 1,025mg/mL Capacidade de diluente dos rins Esterase leucocitária Negativo Detecção de leucócitos , possibilidade de avaliar indiretamente a presença de bacteriúria. Glicose Não detectada Presente em indivíduos com DM (2 A 10g/dL). Nitrato Negativo Indica bacteriúria pH 5 a 8 pH ácido: dieta hiperproteica ou acidose ( DM ou inanição) Ph Báscico: dieta rica em vegetais ou laticínios, infecção do trato urinário, cálculos renais de fosfato e carbonato de cálcio. Proteinúria 2 a 8mg/dL Leve: doenças renais ou de trato urinário inferior Moderada: doenças renais, pré-eclampsia, processos inflamatórios urinário Elevada: síndrome nefrótica e na glomerulonefrite grave Sangue Negativo Infecção do trato urinário, neuplasia ou trauma, lesão muscular traumática e anemia hemolítica Urobilinogênio 0,1 a 1 UI/dL Aumenta em condições hemolíticas Pesquisa de Cetonas na urina Bom método para avaliação rápida de cetose Cálculo renal Avaliar a hipercalciúria, Hiperuricosúria, Hiperoxalúria, Hipocitratúria Hipomagnesúria Muitos pacientes que formam cálculos de ácido úrico não apresentam ácido úrico muito elevado, porém apresentam pH urinário persistentemente baixo (menor que 5,5). Microalbuminúria Define-se como excreção urinária de albumina está entre 30 a 300mg/dia Indícios de nefropatia Atenção em pacientes DIABÉTICOS!!! Microalbuminúria x nefropatia diabética Vitaminas lipossolúveis Vitamina A Dosa-se como retinol sérico Níveis < 10 μg/dl indicam reservas hepáticas esgotadas com sinais clínicos freqntemente presentes Beta caroteno Indicado para diagnóstico de hipercarotenemia São mais variáveis de acordo com a ingestão de carotenóides ≠ vit A que é + estável por conta do depósito Valor de referência 1,2 a 4,2 µmol/L Valor de referência 100,0 A 850,0 ng/mL Vitamina D 25 (OH) D3 (calcidiol) Forma circulante predominante e a principal forma de armazenamento 1,25 (OH)2 D3 (forma ativa) meia vida curta não utilizado Vitaminas lipossolúveis Ideal: Entre 32 a 100 ng/mL saúde óssea máxima, menor risco cardiovascular, controle de DM, Doença imune e prevenção de cânceres Cuidar em obesos Saúde óssea Metabolismo ósseo Cálcio Constitui cerca de 1,5 – 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% está presente nos ossos e dentes, na forma de hidroxiapatita, sendo o cálcio dos dentes não-permutável. Homeostase controlada por paratormônio, calcitriol e calcitonina Cálcio sérico inadequado para determinar o estado corporal deste mineral firmes mecanismos de controleAlterações muitas vezes vem acompanhadas de fósforo Cálcio ionizável ou difusível vantagem de não sofrer influência das proteínas plasmáticas e ser sua fração ativa + caro Eleva-se no hiperparatireoidismo, nas neoplasias com metástases ósseas e na hipervitaminose D. Ao contrário, está baixo no hipoparatireoidismo e no pseudo-hipoparatireoidismo. Saúde óssea FÓSFORO SÉRICO – 85% encontram-se nos ossos e dentes. Sua absorção está sob o controle da vit D PARATORMÔNIO (PTH) – estimula reabsorção renal de cálcio e diminui de fosforo. Mobiliza cálcio da reserva óssea. Estimula os rins a sintetizarem 1,25 (OH)2 FOSFATASE ALCALINA ÓSSEA ESPECÍFICA (OE) Auxilia no diagnóstico diferencial, orientando ainda quanto às avaliações hormonais e bioquímicas específicas a serem realizadas como complementação diagnóstica de doenças ósseas Saúde óssea Valores de referência Cálcio sérico - 8,8 a 10,2 mg/dL Cálcio Total Ionizado - 4,0 a 5,6 mg/dL Fósforo sérico - 2,7 a 4,5 mg/dL Fosfatase alcalina OE - VR do laboratório PTH - 10 a 65 pg/mL VITAMINA D 25(OH)- Entre 32 a 100 ng/mL Vitamina E Alfatocoferol: Por ser transportado por lipoproteína, em especial, colesterol, recomenda-se correlacionar com mol de colesterol ou mg de lipídeos plasmáticos Vitaminas lipossolúveis Recomendação: Vitamina K - Tempo de protrombina (TAP|TP) A síntese de protrombina pelo fígado é dependente da vit. K. Na prática clínica, o TP é um método simples, barato e útil na avaliação do conjunto dos fatores de coagulação e, portanto, da síntese hepática. O teste : determina o tempo necessário para a ativação completa da cascata de coagulação, uma vez iniciada pela tromboplastina. Vitaminas lipossolúveis Valores de referência tempo de protrombina: entre 10 e 14 seg RNI: Até1,5. *RNI – Relação Normatizada internacional, que é a atividade de protrombina corrigida de acordo com a sensibilidade da tromboplastina (reagente). Vitaminas hidrossolúveis Tiamina, Ácido pantotênico e biotina - falta de biomarcadores sensíveis Riboflavina - pode ser avaliada urinária, porém tem muitas limitações Niacina: É na urina de 24h como N1-metilnicotinamida N1MN < 0,8mg/dia deficiência Def. de niacina Pelagra (Diarréia, demência e dermatite) Vitamina B6 Medição a partir da forma biologicamente ativa piridoxal fosfato (PLP) no plasma O PLP reflete armazenamento a longo prazo no corpo Não existe pontos de corte específicos Nivéis de inferiores a 20nmol/L são usados para definir a recomendação diária. Vitaminas hidrossolúveis Ácido Fólico Formação de DNA (cuidar com doenças agudas, exemplo grande queimados ) O ideal seria folato nas hemácias, mas o mais utilizado é o sérico Realizar junto com a de B12 pois a redução de ácido folico pode levar a redução de B12. Valores plasmáticos diminuídos podem levar a anemia megaloblástica e espinha bífida em fetos. Vitaminas hidrossolúveis Valores de referência Ácido fólico sérico menor ou igual a 4 ng/ ml (normal 6 – 20 ng/ml) Vitaminas hidrossolúveis Deficiência de B12 cursa com manifestações neuropsiquiátricas - Parestesia em extremidades - Desequilíbrio - Ataxia - Déficit cognitivo -Demência e psicose E anemias megaloblástica Valores de Referência Vitamina B12 sérica - diminuída (150-950 pg/ml) Ácido metilmalônico – 0,08 a 0,56 µmol/L (aumentado B12 na metabolização) Vitamina C Vitamina C sérica Não é necessário jejum. Reflete estado recente de vitamina C Vitaminas hidrossolúveis Valores de Referência 0,6 a 1,6 mg/dL Valores diminuídos no alcoolismo, fumantes, doença reumática, escorbuto, gravidez, hipertireodismo, Insuficiência renal. Minerais Magnésio Magnésio sérico jejum de 4 horas Indicador do estado nutricional de magnésio, porém pouco sensível 1 a 2% do magnésio está no espaço extracelular Valores de Referência 1,8 a 2,3 mEq/L Valores diminuídos: fraqueza, formigamento, tremor, arritmias, tetania e convulsões. Valores aumentados (raro): diminuição dos reflexos, sono, fraqueza muscular, hipotensão e bradicardia Atuação na saúde óssea Cobre Cobre sérico (jejum de 4 a 8 horas) e ceruloplasmina (jejum de 6 horas) Avaliação de deficiência ou toxidade de cobre e doença de wilson Minerais Valoresde Referência Cobre sérico homens 70 a 140 µg/dL Mulheres 85 a 155 µg/dL Ceruloplasmina 25 a 63mg/dL Doença de Wilson - Distúrbio genético do metabolismo do mineral cobre. Valores diminuídos: anemias, neutropenia, anormalidades esqueléticas. Valores aumentados (raro): doença de wilson Zinco Zinco sérico Não é necessário jejum. Avaliação de deficiência de zinco Minerais Valores diminuídos: baixa estatura, hipogonadismo, anemia leve, hipogeusia, alopecia, lesões de pele, rash cutâneo rash cutâneo Valores de Referência 70 a 150 µg/dL Selênio Selênio sérico Não é necessário jejum. Avaliação de deficiência de selênio Minerais Valores de Referência 46 a 143 µg/dL Cromo - não existe exames confiáveis Manganês – exame para avaliação de toxidade ( raro) Minerais • Os eletrólitos estão intimamente ligados a homeostase • Funções: Regulação de fluidos Contração muscular Homeostase cardíaca Eletrólitos Eletrólitos Sódio Principal eletrólito extracelular Função do sódio: manter osmolalidade plasmática Controla a distribuição de água pelo corpo Contração muscular e transmissão de impulsos nervosos Valores de Referência Hiponatremia <135 mmol/L Hipernatremia > 145mmol/L Hiponatremia Eletrólitos Hiponatremia Hipernatremia Eletrólitos Potássio Principal eletrólito intracelular Contração muscular e transmissão de impulsos nervosos Valores de Referência Hipocalemia < 3,6 mEq/L Hipercalemia < 5,5 mEq/L Hipocalemia Hipercalemia Eletrólitos PERFIL TIREOIDIANO TRH - Hormônio liberador de tireotrofina) Perfil Tireodiano TSH A secreção de TSH pela hipófise é estimulada por um hormônio hipotalâmico, liberador de tireotrofina (TRH), e inibida pelos hormônios tireoidianos. O TSH estimula a liberação de T4 e T3 pela tireóide; por sua vez, a redução dos níveis de T3 e T4 no plasma estimula a secreção de TSH. T4 LIVRE O efeito metabólico do hormônio tireoidiano é provocado por sua fração livre, principal responsável pelo feedback com o TSH. Indica-se a dosagem do T4 livre no diagnóstico do hipo ou hipertireoidismo, uma vez que esse hormônio não sofre influência significativa dos níveis de TBG circulantes. Perfil Tireodiano T3 LIVRE Cerca de 0,3% do T3 circula sob a forma livre, sendo considerada a fração metabolicamente ativa. Indica-se a dosagem de T3 livre para pacientes com diagnóstico duvidoso de hipertireoidismo, quando se deseja avaliar possíveis alterações de ligação ou resistência periférica aos hormônios tireoidianos T3 REVERSO É produzida em pequena quantidade pela glândula tireóide, e em maior quantidade pela metabolização do T4, num processo de inativação. Útil na avaliação do status metabólico da tireóide em pacientes gravemente enfermos, em que se pode detectar níveis séricos diminuídos de hormônios tireoidianos, com triiodotironina reversa (T3R) aumentado. Pode acontecer na deficiência de ferro (comum em paciente com hipotireoidismo, por conta da baixa acidez estomacal) Perfil Tireodiano ANTICORPO ANTITIREOGLOBULINA Indicada como complemento no diagnóstico das tireoidites auto-imunes, principalmente a de Hashimoto. Outra indicação é na avaliação do uso da tireoglobulina na monitoração do câncer diferenciado da tireóide, já que estes anticorpos interferem na dosagem dessa substância. ANTICORPO ANTIPEROXIDASE TIREOIDIANA (TPO) Componente antigênico primário dos microssomas. É usado para o diagnóstico de doenças tireoidianas auto-imunes, especialmente a tireoidite de hashimoto, com positividade de 95%. Perfil Tireodiano Valores de referência Perfil Tireodiano Perfil Tireodiano Iodúria A biossíntese dos hormônios tireoidianos ocorre nos folículos tireoidianos e depende da captação de iodeto do sangue. Os níveis de iodúria correlacionam-se com a gravidade dos distúrbios associados à deficiência de iodo. • HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO - T4 baixo associado a TSH elevado (>20mcUI/ml). • HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO - T4 normal associado a TSH borderline (4,5 a 10mcUI/ml). • HIPERTIREOIDISMO - T4 elevado associado a TSH baixo. • BÓCIO NODULAR TÓXICO - T4 normal associado a TSH baixo e T3 alto. • Doença de Graves - é uma doença autoimune que leva à superatividade da glândula tireoide (hipertireoidismo) Perfil Tireodiano Sintomas HIPERTIREOIDISMO Estado de alta excitabilidade Fome excessiva Aumento da motilidade intestinal (diarréia) Perda de peso Tremores Intolerância ao calor (sudorese) Palpitações Exoftalmia Fraqueza muscular Fadiga extrema Incapacidade de adormecer Bócio Perfil Tireodiano Hormônios Sexuais Hormônios Sexuais ANDRÓGENOS Testosterona – Andrógeno mais potente e abundante – Secretada pelas células de Leydig dos Testículos ou Ou produzido no ovários em pequenas quantidades Funções: Diferenciação da genitália externa masculina na vida fetal Maturação sexual de meninos na puberdade Início e manutenção da espermatogênese Controle do comportamento sexual masculino na vida adulta Hormônios Sexuais Hormônios Sexuais • Efeitos Deletérios da Testosterona Como Agente Anabolizante Hormônios Sexuais Hormônios Sexuais Testosterona Adultos Homens : 175 A 781 ng/dL Mulheres: menor ou igual A 75 ng/dL Globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) Homem de 20 a 50 anos : de 13,2 a 89,5 nmol/l Mulher de 20 a 46 anos : de 18,2 a 135,7 nmol/l Mulher de 47 a 91 anos (pós-menopausa): de 16,8 a 106,9 nmol/l Testosterona livre calculada (TLIVC) Método: cálculo baseado nos níveis de testosterona total e shbg, segundo vermeulen, a.Et al.,1999. Homem de 20 a 50 anos : DE 3,17 A 19,04 ng/dl Mulheres de 20 a 46 anos : DE 0,17 A 1,59 ng/dl Mulheres de 47 a 91 anos (pós-menopausa):de 0,05 A 0,95 ng/dL Jejum não obrigatório. • Ciclo menstrual Hormônios Sexuais ESTRÓGENOS Estradiol Estrógeno mais potente e abundante Secretado pelas células da granulosa dos folículos ovarianos e também pelo corpo lúteo *Estrógenos menos potentes - Estrona - Estriol Funções: Indução de caracteres sexuais secundários em meninas na puberdade Crescimento do útero Proliferação do endométrio na 1.a metade do ciclo menstrual Espessamento da mucosa vaginal Produção de muco cervical aquoso Efeitos dos Estrógenos: Características sexuais secundárias: proliferação celular em determinadas regiões do corpo ∴ aumento da vagina, útero, tubas uterinas e ovários, deposição de gordura na genitália externa, crescimento de pelos, desenvolvimento das mamas, alargamento pélvico, deposição de tecido adiposo nas áreas femininas características, e crescimento ósseo rápido até o “esgotamento”. Hormônios Sexuais PROGESTÁGENOS Progesterona Principal progestágeno secretado pelo corpo lúteo dos ovários e pela placenta *Progestágenos menos importantes - Pregnenolona - 17-hidroxiprogesterona Funções: Indução da secreção e decidualização do endométrio Implantação do ovo e manutenção da gravidez Inibição das contrações uterinas Desenvolvimento glandular das mamas Hormônios Sexuais Hormônios Gonadotrópicos FSH - Hormônios folículo estimulante Inicia o crescimento dos folículos e estimula a produção de estrogênio - ovários; Promove o desenvolvimento do espermatozóide – testículos; LH - hormônio luteinizante Secreção de estrogênio e progesterona e ruptura do folículo – fertilização; Testículos - secreção de testosterona. Hormônios Sexuais Estradiol Adultos - Mulher: - fase folicular : 27 a 122 pg/ml - Fase ovulatoria: 95 a 433 pg/ml - Fase luteinica : 49 a 291 pg/ml - Pós-menopausa:menor ou igual a 40 pg/ml - Homem : menor ou igual a 47 pg/ml Progesterona Mulheres: fase folicular: 0,31 a 1,52 ng/ml Fase luteinica: 5,16 a 18,56 ng/ml Pós-menopausa : 0,08 a 0,78 ng/ml Homens : 0,14 a 2,06 ng/ml Gravidez: primeiro trimestre: 4,73 a 50,74 ng/ml Segundo trimestre : 19,41 a 45,30 ng/ml FSH Mulher: fase folicular: 3,85 a 8,78 mui/ml Fase ovulatoria: 4,54 a 22,51 mui/ml Fase luteinica : 1,79 a 5,12 mui/ml Pos menopausa : 16,74 a 113,59 mui/ml Homem : 1,27 a 19,26 mui/ml Hormônios Sexuais LH Mulher: fase folicular : 2,12 a 10,89 mui/ml Fase ovulatoria: 19,18 a 103,03 mui/ml Fase luteinica : 1,20 a 12,86 mui/ml Pos menopausa : 10,87 a 58,64 mui/ml Homem : 1,24 a 8,62 mui/ml Valores de referência podem mudar de acordo com o laboratório. Hiperandrogenismo: Testosterona ↑ em mulheres (total > 84 ng/dL e livre > 47 pmol/L) Testosterona pouco ↑ (total: 85-150 ng/dL), razão LH/FSH > 3 e androstenediona pouco ↑ (3-5 ng/mL): sugere-se síndrome dos ovários policísticos Testosterona muito ↑ (total > 200 ng/dL) e LH/FSH ↓ (< 0,6 U/L e < 1,0 U/L): – sugere-se síndrome virilizante: - tumor adrenal (dehidroep-sulf > 10.000 ng/mL) Hormônios Sexuais Hipogonadismo Níveis diminuídos de hormônios sexuais: – testosterona ↓ (< 250 ng/dL em homens) – estradiol ↓ (< 14 pg/mL em mulheres) LH e FSH ↓ (< 0,6 U/L e < 1,0 U/L): – sugerem hipogonadismo de origem hipotalâmica ou hipofisária – incremento do LH e FSH após estímulo com GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina ): sugere distúrbio hipotalâmico – prolactina ↑: sugere microprolactinoma (50-200 ng/mL) ou macroprolactinoma (> 200 ng/mL) LH e FSH ↑ (> 10 U/L): – sugerem hipogonadismo primário (falência testicular ou ovariana, menopausa) Hormônios Sexuais Cortisol Glicocorticoides. É produzido pela parte superior da glândula suprarenal (no córtex adrenal), diretamente envolvido na resposta ao estresse. A secreção de cortisol se dá a partir de um estímulo estressante (atividade física ou contusão em alguma parte do corpo), que transmite impulsos nervosos ao hipotálamo. Este, por sua vez, libera o fator liberador de corticotropina (CHC), que chega a hipófise, cujas células secretam hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) que flui pelo sangue até o córtex suprarenal onde será produzido o cortisol. Efeitos do cortisol em resposta ao estresse Cortisol Adaptado de Berne e Levi, Fisiologia 6 0 ed, 2008 Efeitos do cortisol cronicamente Cortisol Adaptado de Berne e Levi, Fisiologia 6 0 ed, 2008 • Tecido ósseo: O cortisol inibe a formação de novas estruturas ósseas • Tecido conjuntivo: a inibição da síntese colagênica produz adelgaçamento cutâneo e das paredes vasculares, podendo provocar pequenas hemorragias cutâneas. • Sistema vascular: ajuda a manter a pressão arterial porque diminui a permeabilidade vascular endotelial, evita perdas de volume circulante. • O cortisol altera os padrões do sono. Em geral, os glicocorticoides atenuam a percepção dos sentidos, olfativo, gustativo, auditivo e visual; contudo, melhoram a capacidade integrativa e geradora de respostas apropriadas. • Em excesso, o cortisol pode provocar insônias e elevar ou deprimir, marcadamente, o humor. • Resposta ao Estresse: Ansiedade, competição, depressão, exercício físico, hipoglicemia, queimaduras, exposição ao frio e hipertermia. Por isso que o cortisol é considerado o "hormônio do estresse". • Processos inflamatórios muito prolongados acarretam certos prejuízos ao microambiente envolvido. Por isso, é necessário haver um controle da intensidade da inflamação. Outra função do cortisol é justamente realizar esse controle. • Ação Imunossupressora e Anti-inflamatória - Inibe a ação de “mensageiros da inflamação”, como a IL-1 (Interleucina I), Diminui a atividade dos linfócitos B, diminuindo a produção de anticorpos; Dificulta a vasodilatação na região afetada, a qual permitiria um extravasamento de células de defesa e líquido (o causador dos inchaços característicos de inflamações). Cortisol A concentração de cortisol se altera durante as horas do dia, apresentando seu pico pelas primeiras horas da manhã. Cortisol As concentrações de cortisol aumentam durante o exercício, aumentando o metabolismo protéico, liberando aminoácidos para serem utilizados no processo da gliconeogênese. Cortisol salivar Horário de coleta do cortisol salivar: conforme orientação médica. Preparo Não se alimentar por um período de 30 minutos antes da coleta (com exceção de água). Permanecer em repouso por uma hora antes da coleta. Imediatamente antes da coleta e aconselhável lavar a boca com água através de bochechos leves. A coleta não é recomendável em caso de lesões orais com sangramento ativo ou potencial. Escovar os dentes pelo menos duas horas antes da coleta para evitar sangramento gengival. Cortisol Cortisol Sérico O cortisol basal deverá ser coletado entre 7 e 9h (idealmente às 8h). Cortisol PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE Teste de glicemia para pesquisa de tolerância à lactose: 1.Fazer glicemia jejum 2.Fornecer lactose pura (50g ou 02g/kg até 50 g) ao paciente diluído em água 3.Mensurar os níveis de glicose plasmática •15 min (às vezes, não é realizada) •30min •60 min •90 min Naúsea Vômitos Flatulência Diarréia PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO Jejum mede-se a quantidade de H2 basal; Oferece-se 50g de lactose; Faz-se coletas seriadas a cada 15 a 20 minutos durante pelo menos duas horas; Espera-se que haja pouca ou nenhuma formação de H2 (menor do que 20 ppm); Aumento ≥ 20ppm má absorção de lactose. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO TESTE DE ACIDEZ FECAL Detecta os ácidos produzidos pela má digestão da lactose. Este teste é útil em crianças muito novas e pode fornecer alguma ideia se a criança é intolerante à lactose. É feito por medida do pH fecal e pesquisa de substância redutora nas fezes Os valores normais de pH fecal estão entre 5,5 e 6,5, se em uso de leite humano e 6,5 e 7,5, se em dieta artificial PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO PESQUISA DE GORDURA FECAL As fezes normais contêm pouca ou nenhuma gordura Evidência de má absorção de gorduras A presença de esteatorréia ocorre na pancreatite crônica, na fibrose cística, neoplasias, doença de Whipple, doença celíaca, enterite regional, tuberculose intestinal, giardíase e atrofia da mucosa consequente a desnutrição . PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO DIETA • Dieta mantida por seis dias. • Acrescentar à alimentação habitual: – 3 colheres de sopa de azeite; – 3 fatias de presunto gordo; – 2 colheres de sopa de creme de leite; – 1 colher de sopa de manteiga (não pode ser margarina); – 1 fatia de queijo. • Distribuir durante o dia, a gosto do paciente. COLETA: No 4º DIA APÓS O INÍCIO DA DIETA, marcar a data e a hora da 1ª evacuação deste dia, DESPREZAR ESSA AMOSTRA e anotar abaixo. Este será o INÍCIO da contagem das 72 horas Não "contaminar" o material com urina. Crianças que usam fralda e que apresentam fezes amolecidas (pastosas) ou diarreicas, colher o material utilizando saquinhos coletores de urina. A partir do horário anotado, TODAS as vezes que evacuar, durante o dia ou durante a noite, guardar TODAS as fezes, sem perdas, até completar 72 horas IMPORTANTE: Completar as 72 horas para terminar a coleta do material, pois resultados corretos dependem de uma coleta adequada Continuar com a dieta até o último dia da coleta do material Não contaminar o material com urina Guardar todas as fezes em geladeira PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO DOENÇA CELÍACA É uma intolerância à ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada por um processo inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das vilosidades intestinais, má absorção e uma variedade de manifestações clínicas. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO Suspeite de doença celíaca: Diarreia crônica, Distensão abdominal, Flatulência, Anemia ferropriva, Osteoporose de início precoce, Elevação de transaminases, Familiares de primeiro e segundo graus de pacientes com DC, Síndrome do intestino irritável, Hipocalcemia, Deficiência de ácido fólico e Deficiência vitaminaslipossolúveis. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO DOENÇA CELÍACA Melhor marcador: anticorpos antitransglutaminase tecidual (anti-tTG) São sensíveis e específicos para o diagnóstico inicial de DC. Alta correlação de seus resultados, não sendo necessária a pesquisa de ambos. • A pesquisa de anticorpos antigliadina (AGA) e antiendomísio não é comparável aos testes supracitados e está em desuso. Teste sorológico positivo sugere o diagnóstico de DC, mas a biópsia duodenal ainda é o padrão-ouro. Deve ser feito em pessoas com: IgA antitransglutaminase positivo e em indivíduos em risco, apresentando sinais ou sintomas, mesmo se IgA antitransglutaminase negativar PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO ANTITRANSGLUTAMINASE TECIDUAL (ANTI-TTG IgA) O anti-tTG é o anticorpo contra a transglutaminase tecidual a enzima responsável pela desaminação da gliadina na lâmina própria. Isoladamente, é o mais eficiente teste sorológico para detecção de DC. Pode ser realizado com uma pequena amostra de sangue retirada do dedo. Pode também, ser detectado na saliva humana, evitando coleta de sangue; o que facilita o diagnóstico de DC, especialmente em crianças. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO Valores de referência (sangue): Não reagente : inferior a 7,0 u/ml Indeterminado: de 7,0 a 10,0 u/ml Reagente : superior a 10,0 u/ml COPROLOGIA FUNCIONAL É denominado prova de digestibilidade. Compreende o estudo das funções digestivas do TGI e das glândulas anexas, permitindo diagnosticar como: - insuficiência gástrica, pancreática e biliar; - hipersecreção biliar; - desvios de microbiota bacteriana; - Síndrome ileal e cecal; - constipação; - colites; e - outras alterações do trânsito intestinal. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO Dieta e coleta para o exame de Coprologia Algumas precauções devem ser tomadas na realização da coprologia funcional: • O enfermo não deve usar laxantes e antiácidos nos três dias anteriores e durante a coleta; • Deve evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas durante os três dias que antecedem a coleta; • Crianças até 12 anos devem consultar o médico para avaliar a necessidade de alterar a dieta; • Para enfermos maiores de 12 anos e adultos, recomenda-se que nas 72h que antecedem o exame sejam consumidos • Desjejum e no lanche – alimentos com manteiga, leite e queijos. • Almoço e jantar – arroz, batata cozida, feijão, carnes e, de sobremesa, preferencialmente banana. • No quarto dia deve coletar todo o material fecal da primeira evacuação (o volume mínimo necessário para o exame é de 20g); • Entregar ao laboratório em no máximo 2h após coleta ou, mantê-la refrigerada em 2 – 8ºC. PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO Reação adversa aos alimentos (RAA) – qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares, independente da sua casa. Alergia alimentar Os testes de puntura tem Especificidade de 85 a 90% – resultado negativo 90% de o paciente não ser alérgico. Sensibilidade de 40% - Podem ser positivo mesmo que o paciente não tenha alergia Alergia alimentar Teste de puntura ou Prick Test Teste Rast (radioactive allergosorbent test) – detecta in vitro IgE específica ao alimento. Alergia alimentar IgE específico sérica – abaixo de 0,35kUI/mL Patch test atópico - Paciente fica com o teste durante 48h - 1 leitura – 20 minutos após retirada - Leitura final -72h Alergia alimentar Leitura Resultado - Negativo Negativo ? Somente eritema Duvidoso + Eritema, infiltração Positivo ++ Eritema, algumas pápulas Positivo +++ Eritema, várias pápulas Positivo ++++ Eritema, vesículas Positivo Teste de Tolerância Oral O TPO pode ser realizado de três formas: aberto, quando o alimento é oferecido em sua forma natural, com o conhecimento do paciente, familiares e médico; simples cego, quando o alimento é mascarado, de forma que apenas o médico saiba o alimento está sendo administrado; duplo cego placebo controlado (DCPC), no qual alimento a ser testado e placebo são preparados e codificados por uma terceira pessoa não envolvida na avaliação do paciente, reduzindo a influência do paciente e observador Alergia alimentar Alergia alimentar Teste de Tolerância Oral Exames de rotina nas diversas fases da vida Exames de rotina nas diversas fases da vida CRIANÇAS 0 A 2 ANOS Anemia ferropriva – Hemograma, Ferritina Infecções e inflamações – Proteína C reativa CRIANÇAS 2 A 10 ANOS Excesso de Peso – Glicemia de jejum, insulinemia, lipidograma *Risco cardiovascular na fase adulta. Exames de rotina nas diversas fases da vida ADOLESCENTES Anemias carenciais – Hemograma completo Dislipidemias – Lipidograma Diabetes Melitus – glicemia de jejum ADULTOS Dislipidemias – Lipidograma Diabetes Melitus – glicemia de jejum Exames de rotina nas diversas fases da vida IDOSOS Anemia ferropriva – Hemograma, Ferritina Dislipidemias – Lipidograma Diabetes Melitus – glicemia de jejum Desnutrição – Albumina Demência – vitamina B12 Carências vitamínicas - Acido fólico Ser nutricionista é um ato de amor para com a sociedade, Então exerça com sabedoria ! Tamira Negrão Contatos email: tamirarocha@gmail.com Instagram: nutritamiranegrao
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