Buscar

exames laboratoriais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 209 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 209 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 209 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÃO
DE EXAMES 
LABORATORIAIS 
Tamira Negrão
Nutricionista pela UFRJ
Nutricionista Concursada da Prefeitura de Queimados/RJ
Residência Profissional em Saúde HUAP / UFF
Pós Graduada em Nutrição na Atenção Oncológica - HUAP / UFF
Pós Graduanda em Nutrição ortomolecular, Biofuncional e Fitoterapia – Faculdade Redentor 
CONSULTA 
NUTRICIONAL
O que pensar ao 
solicitar um exame 
laboratorial ?
Em relação ao paciente
 Observar a clínica do paciente (Sinais e 
sintomas)
 Observar o estilo de vida atual e pregresso 
 Observar antecedentes familiares de doenças 
 Observar o perfil alimentar do paciente 
Em relação a você Nutricionista 
 Quais são os exames pertinentes?
 Os exames têm comprovação científica?
 Você Nutricionista sabe interpretá-los?
 O plano de saúde cobre os exames ou seu 
paciente pode pagá-los?
Objetivos dos exames laboratoriais 
• Oferecer informações sobre o estado nutricional, por meio de 
avaliação bioquímica;
• Auxiliar no diagnóstico nutricional, ou avaliar as mudanças do estado 
clínico ou dietético;
• Evidenciar alterações precoces. 
Nemer, 2010
Sensibilidade X Especificidade 
Sensibilidade = capacidade de um teste detectar os indivíduos
verdadeiramente positivos, ou seja, de diagnosticar corretamente
os doentes.
Quando utilizar um teste com alta sensibilidade ?
Ex. quando o ônus de não fazer o diagnóstico é alto. 
Especificidade = capacidade de um teste detectar os
indivíduos verdadeiramente negativos, ou seja diagnosticar os
saudáveis.
Quando utilizar um teste com alta especificidade ?
confirmar um diagnóstico sugerido por outros exames com menor 
especificidade.
Hemograma - Série Vermelha 
Hematopoise
Avaliação Hematólogica
• HEMOGRAMA
• Constituído por: 
• Eritrograma (Glóbulos vermelhos = eritrócitos = hemácias)
• contagem total de hemácias 
• hemoglobina 
• hematócrito 
• Índices hematimétricos
• Leucograma (Glóbulos Brancos = leucócitos )
• contagem global de leucócitos 
• contagem diferencial de leucócitos 
• Leucograma (Glóbulos Brancos = leucócitos )
• plaquetas (opcional)
• Eritrograma
Avaliação Hematólogica 
CONTAGEM TOTAL DE HEMÁCIAS 
(céls/mm3)
Homem 4.5000.000 – 6.000.000 
Mulher 4.000.000 – 5.500.000
Valores aumentados: diarreias, desidratação, queimaduras, policitemia severa, 
cardiopatia crônica, intoxicações por álcool etílico ou fármacos, vômitos e acidose 
metabólica.
Valores diminuídos: anemias, leucemias, após hemorragias graves e infecções graves.
• Eritrograma
Avaliação Hematólogica 
HEMOGLOBINA (g/dL)
(pigmento responsável por carrear oxigênio)
Homem 13,5 – 18,0 
Mulher 12,0 – 16,0 
Valores diminuídos: sugestivo de anemia por deficiência de ferro ou talassemias.
• Eritrograma
Avaliação Hematólogica 
HEMATÓCRITO (%)
Indica a porcentagem de células vermelhas no volume 
total de sangue.
Homem 40 – 54% 
Mulher 37 – 47%
Valores aumentados: hemoconcentração, desidratação, queimaduras, diarreia e 
vômitos intensos. Pode ser indicativo de macrocitose.
Valores diminuídos: anemias, leucemias e infecções. Pode ser indicativo de 
microcitose.
Atenção as alterações de volemia
• Índices Hematimétricos
Avaliação Hematólogica
VCM >100fl - macrocitose
Sugere-se alteração em metabolismo de folato
e/ou B12 Diferencial – fumantes, alcool
VOLUME CORPUSCULAR 
MÉDIO (VCM) 
(tamanho médio da hemácia.)
VCM <80fl - microcitose
Sugere-se alteração em metabolismo de ferro 
talassemia
• Índices Hematimétricos
Avaliação Hematólogica
HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – (HCM)
Avalia a concentração de hemoglobina nas hemácia.
HCM < 27pg
Hipocromia = baixo teores
• Índices Hematimétricos
Avaliação Hematólogica
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) 
Avalia % de hemoglobina em 100ml de hemácia.
CHCM < 32% - hipocromia
Sugere-se alteração em metabolismo de ferro
• Índices Hematimétricos
Avaliação Hematólogica
RDW 
Avalia a dispersão das hemácias em relação ao tamanho
RDW >14,5% - anisocitose
(diferentes tamanhos).
Índice de anisocitose
- Alteração precoce na deficiência de Fe antes mesmo das 
alterações do VCM e da diminuição da hemoglobina. 
- Na Anemia ferropriva: tendência à heterogeneidade do 
tamanho das hemácias; logo, de valores de RDW 
elevado 
- Talassemia: tende a homogeneidade da população 
microcítica, levando a valores normais de RDW. 
• Índices Hematimétricos
Avaliação Hematólogica
RETICULÓCITOS 
Avalia a produção medular das hemácias - Hemácias imaturas
Adultos 0,5 – 1,5%
Sugere-se alteração em metabolismo de ferro
Valores aumentados: anemia hemolítica, hiperplasia medular, doença hemolítica do recém-nascido e hemorragias pós-
cirúrgicas.
Valores diminuídos: anemias carenciais, aplasias medulares e anemias não-hemolíticas.
Anemias 
Anemia Ferropriva
• Anemia hipocrômica e microcítica: redução VCM, HCM e CHCM 
• Frequente anisocitose ( diferentes tamanhos) e poiquilocitose (diferentes formas)
• Reticulócitos normais ou reduzidos 
• Ferro sérico reduzido 
• Capacidade total de fixação do ferro está aumentada 
• Ferritina baixa
• Ferritina
- Indicador mais sensível para a quantidade de ferro armazenada no organismo. PROTEÍNA DE FASE AGUDA
Anemia Ferropriva 
Níveis reduzidos = Deficiência crônica de ferro 
Níveis Elevados: – Excesso de ferro, Infecções, traumatismos e inflamações agudas (fase aguda) , pacientes 
transfundidos, Neoplasias (leucemias, linfomas e carcinomas de mama, fígado, pulmão, cólon e próstata), 
Anemias hemolítcas e megaloblásticas, Lesões hepáticas (alcoólicas, virais, tóxicas, hemossiderose, 
hemocromatose), Artrite reumatóide, doenças renais, parasitoses
MULHERES 10 - 200UI/L. 
HOMENS 30 - 300UI/L.
Só interromper a suplementação de ferro
após normalização da ferritina
• Ferro sérico 
• Há troca dinâmica entre as reservas no organismo e o plasma 
• Parâmetro de menor especificidade
• Altera-se na anemia por doença crônica e na deficiência de vit C
Anemia Ferropriva 
Adultos 30 – 160 μg/dl
• Transferrina
- Proteína a qual o ferro se liga para circular no sangue. 
Anemia Ferropriva
• TIBC ou CTLF (Total iron bind capacity ou capacidade total de ligação do ferro)
-Representa a porção total de ferro ligado à transferrina
250 a 450g/dl 
TIBC Aumentada 
•anemia por deficiência de ferro
•gestação (tardia)
•policitemia vera
•TIBC Diminuída
•cirrose
•anemia hemolítica
•hipoproteinemia
•anemia perniciosa
•anemia de células falciformes
Anemia Ferropriva
Ferritina
capacidade de ligação de 
Do ferro 
Saturação de Transferrina
Hb, Ht, VCM, HCM e CHCM
Evo
lu
ção
 d
a an
em
ia 
Outros parâmetros a serem observados 
 Riboflavina: absorção do ferro, mobilização do armazenamento
 Vitamina C: absorção do ferro não heme, participa no armazenamento de ferro. Avaliar 
vit C plasmática
 Vitamina A: mobilização do armazenamento, sua deficiência leva a queda da Hb. Avaliar 
retinol sérico e retinol ligado a proteína (RBP)
 Cobre: ceruloplasmina - mobilização do armazenamento. Avaliar cobre sanguíneo, 
eritrocitário, ceruloplasmina
 Piridoxal 5 fosfato: primeira enzima na síntese do grupamento heme
 Zinco: segunda enzima na síntese do grupamento heme, sensível ao chumbo. Avaliar 
zinco sanguíneo, eritrocitário ou Zn plasmático
Anemia Ferropriva
Suplementação de ferro não elevou ferritina?
Anemia Ferropriva
paciente pode não estar tomando adequadamente a medicação 
 presença de sangramento mais rápido que a reposição de hemácias pela 
medula óssea 
 ferro suplementar não está sendo absorvido (esteatorréia?; doença 
celíaca?; hemodiálise?) 
Indicação de suplementação endovenosa: conduta médica!
Fontes de Ferro 
Ferro heme Ferro não heme 
Anemias Megaloblásticas
Principais causas: Def.B12 e ácido fólico
Anemia macrocítica e normocrômica: aumento de VCM, HCM, CHCM 
Reticulócitos reduzidos 
Ferro sérico aumentado 
Deficiência de vitamina B12 
Deficiência de ácido fólico 
Eritropoiese ineficaz por comprometimentoda biossíntese do DNA 
Deficiência de folato e B12 possui relação com níveis elevados de homocisteína
Achados laboratoriais: ↓hemoglobina, ↓hematócrito e ↓folato, ↑ferro, ↑ferritina e 
↑homocisteína, ↑VCM 
• Achados Clínicos 
Em geral mesmo quadro anêmico de toda anemia! 
OBS. B12 é fundamental para síntese da bainha de mielina, que envolve os axônios e é 
responsável pela condução dos impulsos nervoso
Anemias Megaloblásticas
Deficiência de B12 cursa com manifestações neuropsiquiátricas 
(mesmo com hematócrito ainda normal) e a de folato não! 
- Parestesia em extremidades 
- Desequilíbrio 
- Ataxia 
- Déficit cognitivo 
-Demência e psicose
Atenção para 
anemia 
perniciosa!
Deficiência de B12 ou Folato ?
Anemias Megaloblásticas
Deficiência de B12 
Achados laboratoriais:
 Hemácias podem diminuir até menos de 01 milhão/mm³
 Macrócitos, normocrômicos
 VCM entre 100 - 160 (normal 87-92) 
 HCM - normal (29-31 pg) 
 CHCM - normal (32-36%) -Diâmetro das hemácias varia amplamente 
encontrando-se muitas com formas bizarras (poiquilocitose) 
 Vitamina B12 sérica - diminuída (150-950 pg/ml) 
 Ácido metilmalônico – 0,08 a 0,56 µmol/L (aumentado B12 na 
metabolização) 
Deficiência de folato
Achados laboratoriais: 
 Hemograma idêntico ao da anemia perniciosa
 Ácido fólico sérico menor ou igual a 4 ng/ ml (normal 6 – 20 
ng/ml) 
 melhor aferição ácido fólico eritrocitário 
É preferível a dosagem de folato eritrocitário, 
já que o sérico sofre interferência da alimentação do dia.
Deficiência de folato em gestantes 
Ideal iniciar suplementação de folato antes da gestação  PLANEJAMENTO FAMILIAR!
Fontes de Folato
Ácido metilmalônico (AMM) 
• O ácido metilmalônico apresenta sua concentração aumentada SOMENTE na presença da 
deficiência de vitamina B12, a def. folato não altera seus valores. 
• A dosagem é feita na urina, soro ou plasma. 
Anemias Megaloblásticas
ATENÇÃO para Situações que elevação do MMA: 
- Insuficiência renal, 
- Gestantes, 
- Doenças da tireóide
AMM Acido succínico
B12
Fontes de vitamina B12
B12 em dietas vegetarianas
Sempre solicitar periodicamente exames!
Alta prevalência de deficiência neste grupo, principalmente 
entre veganos. 
*Atenção para casos de baixa produção de fator intrínseco. 
Avaliar B12 intramuscular 
Anemia Perniciosa 
Estima – se que após a BGYR a prevalência média 
de níveis séricos reduzidos de vitamina B12 varie 
entre 12 e 33%, sugere-se suplementação!
(Lívia et al, 2011)
Ocorre associada a: 
 Infecções crônicas
Doenças inflamatórias (artrite reumatóide, DII)
Neoplasias 
Anemias por doença crônica
Achados laboratoriais: 
 Anemia moderada tipo microcítica, hipocrômica (ou normo/normo) 
 Ht - 25 a 40% 
 Ferro sérico baixo 
 Transferrina baixa ou normal, 
 Coeficiente saturação da transferrina entre10 a 15%
 Ferritina sérica - normal 
Anemias falciforme 
• Doença hereditária devido à presença nas hemácias de uma hemoglobina anormal (hemoglobina 
S), que quando privada de O2 , assume a forma de partículas alongadas, levando a deformação 
das hemácias e sua prematura destruição pelo SRE (sobrevida de 15 a 60 dias). 
• A hemácias falciformes exibem tendência a aderir-se umas as outras formando trombos 
intravasculares
• crises vásculooclusivas
Achados laboratoriais: 
 Anemia normocítica de gravidade média (geralmente 1,5-2,0 milhões/mm³) com algumas 
hemácias falciformes 
 Reticulose acentuada
 Não é rara uma leucocitose de até 30.000 / mm³ durante as crises dolorosas 
 Bilirrubinemia - discreta elevação 
Tratamento da anemia falciforme 
• Alto requerimento energético
• Alta Hidratação
• Alto ácido fólico (suplementação)
• Baixo consumo de ferro (sobrecarga devido as transfusões)
• Avaliar uso de quelantes de ferro
• Alimentos ricos em vitaminas A, C e E, e sais minerais, como zinco e 
cobre,
Hemograma - Série Branca
Leucócitos 
- São os elementos figurados incolores do sangue.
- Desempenham papel essencial no mecanismo de defesa do organismo contra as agressões 
infecciosas ou de outra natureza. 
- Únicas células nucleadas do sangue. 
- Nutrição inadequada - provoca a diminuição do substrato para a produção de imunoglobulinas e 
células de defesa
Série Branca
 Valores aumentados (leucocitose): processos inflamatórios, infecciosos e leucemias.
 Valores diminuídos (leucopenia): redução da produção de leucócitos, destruição celular, febre tifoide, dengue, 
rubéola e caxumba.
Leucócitos 
Adultos 4.000 – 11.000 (céls/mm3)
Série Branca
Leucócitos Função
Neutrófilo
Fagocita microorganismos e outras 
substâncias.
Basófilo
Libera histamina que promove 
inflamação, e heparina que previne a 
formação de coágulos. 
Eosinófilo
Libera mediadores químicos que 
reduzem a inflamação, ataca alguns tipos 
de vermes de parasitas 
Linfócitos 
Produz anticorpos e outros agentes 
químicos responsáveis pela destruição de 
microorganismos, contribui para as 
reações alérgicas, rejeição de tumores, e 
regulação do sistema imunitário
Monócito
Célula fagocítoca do sangue. Ao sair do 
sangue torna-se macrófago, fagocitando
bactérias, células mortas, fragmento de 
células e outros corpos estranhos aos 
tecidos. 
Granulócitos
Agranulócitos
Série Branca
Interpretação 
Leucocitose: 
Elevação do número de leucócitos acima de 9000/mm³
Pode apresentar aumento de um único tipo de célula, de dois, três ou até todos ao 
mesmo tempo
Série Branca
Leucopenia: 
 Diminuição do número total de leucócitos < 6000/ mm³ 
 Geralmente é provocada pela neutropenia
Leve: 9000 – 11000/ mm³
Moderada: 11000 – 13000/ mm³ 
Acentuada: 13000 – 18000/ mm³ 
Muito acentuada: > 18000/ mm³
Interpretação 
Neutrofilia - infecções bacterianas, leucemias, inflamação.
Eosinofilia - Parasitoses e alergias.
Basofilia - leucemia mieloide crônica e processos alérgicos (+ raro).
Monocitose - Infecções.
Linfocitose - infecções virais agudas e bacterianas crônicas, leucemia linfocítica crônica e 
processos ganglionares.
Série Branca
Série Branca
Contagem total de linfócitos
Atenção!
Não é especifico para 
avaliação do estado 
nutricional, pois 
reduz com a idade, 
AIDS, Radioterapia, 
imunossupressor. 
Perfil Lípídico
Perfil Lípídico
Os lipídios do sangue (colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos) são transportados 
no sangue ligados a proteínas (as lipoproteínas):
Quilomícrons
VLDL
IDL
LDL
HDL
Perfil Lípídico
Doença cardiovascular no Brasil 
2015
R$ 37,1 
bilhões 
(SIQUEIRA ET AL, 2017)
• Aspecto do Soro : 
Após centrifugação, o soro é separado e fica em repouso por 12h, quando é
analisado visualmente
• Límpido – normal ou colesterol elevado • O colesterol é uma molécula
pequena em relação ao TG, por isso a luz passa por ele e o soro fica límpido
• Turvo – TG elevado • Não dá para saber se o colesterol é normal ou alto
• Cremoso ou Opalacente ou Leitoso – QM aumentado ou TG
exageradamente alto (>500mg/dl)
• Toda vez que a trigliceridemia ultrapassar 500 mg/dl, existe risco
aumentado de desenvolvimento de pancreatite
Perfil Lípídico
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção 
da Aterosclerose – 2017
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da 
Aterosclerose, 2013
Perfil Lípídico – valores de referência
 Risco muito alto – EX. doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica 
 Alto risco – EX. Aneurisma de aorta abdominal
 Risco intermediário - Ex. Indivíduos com Escore de Risco Global entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5 e 10% no sexo 
feminino 
 Baixo Risco - Pacientes do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos < 5%, calculado pelo Escore de Risco Global 
Perfil Lípídico – valores de referência segundo risco
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias
e Prevenção da Aterosclerose – 2017
LDL MUITO BAIXO
E 
HDL MUITO ALTO 
LDL MUITO BAIXO E HDL MUITO ALTO 
HDL 
Atenção: 
Na Síndromemetabólica e DM
- Forma mais facilmente HDL rica em triglicerídeos
- Menos eficaz no transporte reverso de colesterol
High Density Lipoprotein Cholesterol in Diabetes: is higher 
always better?, 2013
LDL
FUNÇÕES DO COLESTEROL
Sais biliares
Serotonina
Hormônios sexuais
Vitamina D
Bainha de Mielina 
*Excesso de uso das estatinas
Investiga-se associação de LDL colesterol muito baixo 
com câncer, alzeimer, depressão...
O papel antiaterogênico da HDL fica comprometido
pelo microambiente inflamatório em pacientes com
LES, originando HDL disfuncional, pró-inflamatória,
que parece contribuir para o risco aumentado de
doença aterosclerótica em pacientes com Lupus.
Dyslipidemia in systemic lupus erythematosus: just another
comorbidity? , 2016
Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). 
Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, 
se a amostra for obtida sem jejum). 
Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 
mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). 
Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se 
considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. 
HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em 
associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
Perfil Lípídico
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017
• ÍNDICE DE CASTELLI (IC)
Consiste na combinação entre níveis plasmáticos de CT, LDL e HDL, para verificar a
influência de cada uma das frações de colesterol no risco de DCV.
Perfil Lípídico
IC – 1 = CT / HDL
♂ Até 5,1 
♀ Até 4,4
IC – 2 = LDL / HDL
♂ Até 3,3
♀ Até 2,9 
Mais indicado para visualizar 
o risco cardiovascular
• Maior componente protéico do colesterol HDL e o agente responsável pela ativação da lecitina-
colesterol-aciltransferase, que catalisa a esterificação do colesterol. 
• Essa esterificação no HDL permite uma maior concentração de colesterol no interior desta 
lipoproteína maior remoção do colesterol livre dos tecidos extra-hepáticos para o fígado. 
• Sítio de síntese da Apo-A - fígado, o intestino ou ambos. 
• Níveis diminuídos de Apo-A
• Preditores de DAC 
Apoliproteína A
♂ 115 – 190 mg/dL
♀ 115 – 220 mg/dL
Valores aumentados: dislipidemia familiar, exercício vigoroso 
e uso moderado de álcool. Está associada ao HDL.
Valores menores estão associados a risco de DCV.
• É a apoproteína do colesterol LDL, que compreende aproximadamente 90% de sua massa. 
• Liga-se aos receptores celulares específicos nas células periféricas e promove a retirada do 
colesterol LDL da circulação. 
• Fator de risco de doença coronariana e desenvolvimento de aterosclerose.
Apoliproteína B
♂ 115 – 190 mg/dL
♀ 115 – 220 mg/dL
Está associada ao LDL. Valores altos estão associados a risco de DCV
LIPOPROTEÍNA A - Lp(a)
• Grande semelhança estrutural com o LDL.
• Produzida principalmente no fígado e tem atividades pró trombóticas e pró aterogênicas.
• É considerada por muitos autores como um fator de risco independente para o 
desenvolvimento de DCV
Níveis acima de 30mg/dL risco para DCV
Homocisteína
• Os alimentos contém pouco ou nenhuma homocisteína livre. 
• É um aminoácido sulfurado formado a partir da demetilação de um aminoácido essencial, a 
metionina. 
Homocisteína
• Determinantes fisiológicos 
- Sexo e idade: homens têm níveis séricos maiores do que mulheres e em ambos os valores 
aumentam com a idade. Essa diferença entre os sexos é mais evidente na puberdade, mostrando 
influência hormonal 
- Função renal: como sua eliminação se dá principalmente pelo catabolismo renal, uma 
função renal prejudicada elevará seus níveis séricos. Uma elevação de creatinina sérica se associa 
com elevação de Homocisteína. 
Determinantes nutricionais 
 B12 e folato: deficiência de ambos pode levar a um moderado ou grave aumento de Hcy sérica, uma vez 
que ambos estão envolvidos no seu metabolismo.
 B6: Está fracamente relacionada com alterações dos níveis de Hcy
 Café: uso exagerado (> 4 xícaras/dia) está relacionado ao aumento de Hcy, por mecanismo ainda não 
identificado 
 Álcool: consumo de 60 drinques/mês (2 a 3 ao dia) foi associado a elevação dos níveis de Hcy por reduzir 
a ingestão e depletar de vitaminas do complexo B
 O fumo também foi identificado como um fator que eleva Hcy
Homocisteína
Atenção a dietas vegetarianas, que
têm baixo vitamina B12.
Homocisteína
Pode sofrer autooxidação formando superoxidos e peroxidos de hidrogênio (EROs) 
Reduz atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase
Aumenta estresse oxidativo levando a lesão endotelial 
Aumenta oxidação da LPL, agregação plaquetária e trombose 
Risco de doença cardiovascular 
• Outras ações...
• Induz a uma disfunção endotelial, seguindo-se de ativação plaquetária e amplificação dos estados 
pró-coagulantes. 
• Capaz de aumentar a deposição de cálcio na placa de ateroma e aumentar a produção de radicais 
livres, o que gera ainda mais inflamação e agravamento do estado pró-trombótico. 
• Reduz a biodisponibilidade de óxido nítrico, reduzindo os efeitos vasodilatador e antitrombóticos 
induzidos por ele. 
• É capaz de elevar tromboxanos da série par, gerando aumento da agregação e adesividade
plaquetária. 
• Sobre o sistema neurológico, a Hcy contribui para o AVC isquêmico e para demência
Homocisteína
Homocisteína
LDL oxidada (anticorpos) 
• A oxidação da LDL ocorre pelos mesmos mecanismos produtores de radicais livres 
bactericidas;
• A LDL oxidada exerce efeito imunológico, atraindo monócitos que são 
transformados em macrófagos e se instalam na nova estria gordurosa endotelial; 
• Valores alto sugerem risco cardiovascular aumentado;
• Jejum de 12 ou mais horas;
• Não utilizar bebidas alcoólicas na véspera do exame.
Anticorpos anti-LDL estão aumentados
em LES
Valor de referência: de 100 A 700 mU/mL
Dysfunctional proinflammatory high-density lipoproteins confer increased risk of
atherosclerosis in women with systemic lupus erythematosus, 2009
E a dieta?
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO 
É uma correlação existente entre a produção e a presença de radicais livres e a capacidade
antioxidante.
 Quanto a maior presença de peróxidos e menor a concentração de antioxidantes endógenos,
maior a predisposição ao estresse oxidativo.
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO 
INVESTIGAÇÃO DO
POTENCIAL OXIDATIVO 
Exames a serem realizados
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO 
CAPACIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL (CAOT) Alguns autores defendem o estudo da CAOT, ao invés
de análise de antioxidantes isolados, principalmente devido à interação que existe entre eles no
plasma ou soro
Obtém-se um parâmetro integrado
Citam-se aqueles conhecidos pelas siglas TRAP, ORAC, FRAP e TEAC
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO 
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL OXIDATIVO 
O QUE EFETIVAMENTO DÁ PARA MEDIR?
Vitaminas antioxidantes;
Zinco (Superóxido dismutase)
Cobre (Superóxido dismutase)
Selênio ( Glutationa Peroxidase)
Inflamação
Inflamação
Inflamação
Proteínas Plasmáticas
PROTEÍNA C-REATIVA ULTRASENSÍVEL
PROTEÍNA C-REATIVA (PC-R mg/dL) Jejum 8h.
Principal proteína de fase aguda dos processos inflamatórios.
Risco para doença Cardiovascular
- • Baixo risco: < 1mg/L. 
- • Médio risco: 1 a 2 mg/L.
- • Alto risco: > 2mg/L. 
- • Muito alto risco: ≥ 10mg/L. 
- Prova inflamatória: < 0,5 mg/dL
PROTEÍNA C-REATIVA
VHS 
Teste da velocidade de sedimentação das hemácias (VHS)
O VHS pode ser útil na documentação de processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos, na
avaliação do grau de atividade ou da extensão da doença de base e, em alguns casos, da resposta
à terapêutica instituída.
Exame inespecífico, aumenta em várias patologias.
Alimentos antiinflamatórios
Perfil Glicídico 
Perfil Glicêmico 
Principais sintomas de Diabetes 
Perfil GlicêmicoPerfil Glicêmico 
Glicemia de jejum  Diagnóstico de Diabetes 
Perfil Glicêmico 
 Coleta deve ser feita 2 horas após 75 g de dextrosol ou 2 horas após alimentação habitual
Valor de referência : < 140 mg/dl
Perfil Glicêmico 
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE
 Jejum mínimo de 10 horas, máximo de 16 horas
 Evitar drogas pelo menos 3 dias antes, e contraceptivos
Não é indicado para pacientes > 200 mg/dl ou com diagnóstico de DM tipo 1
Tipos:
 Clássica: basal, 30, 60, 90 e 120 minutos
 Clássica gestantes: basal, 60, 120, 180 minutos
 Simplificada para gestantes: basal e 60 minutos
Variada: tempo conforme pedido pelo médico
 Prolongada: basal, 30, 60, 120, 180, 240 e 300 minutos
Perfil Glicêmico 
Perfil Glicêmico 
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE
Hemoglobina Glicosilada
 É um marcador metabólico de longo prazo.
 Serve para diagnóstico e acompanhamento de DM
Demonstra adesão ao tratamento.
Valor de referência: 
 4,4% a 6,4% da hemoglobina total (HbA1C)
 Risco para DM – 5,7 a 6,4%
 Diabetes: > 6,5%
Perfil Glicêmico 
Frutosamina
É uma proteína glicada constituindo principalmente de albumina
 Reflete o controle glicêmico em torno de 1 a 3 semanas anteriores ao exame, já a meia-vida da 
albumina é de 14 a 20 dias 
É útil na avaliação da eficácia de uma mudança terapêutica, sendo mais precocemente afetada 
que a hemoglobina glicada.
Não substitui a Hemoglobina glicosilada 
Valor de referência: 205 a 285 mcmol/L
A hiperglicemia crônica é capaz de inibir tanto a secreção de insulina induzida por glicose quanto a 
sensibilidade celular à insulina. A deterioração da função da célula beta e da ação insulínica inicia-se 
anos antes do diagnóstico do diabetes, e, comumente, a hiperglicemia crônica está associada à 
secreção insulínica deficiente e à RI
INSULINA (UI/mL) – jejum 8h
Resistência Insulínica 
Adultos 2,5 – 25 UI/mL
Método Homa
PEPTÍDIO C
Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado em proporção equimolar, junto com a 
insulina, embora, ao contrário dela, não sofra extração hepática.
Sua dosagem não se altera na presença de anticorpos anti-insulina, refletindo, nestes casos, 
melhor que a insulina, a capacidade secretória das células beta.
Sua principal utilização é a avaliação da reserva de insulina endógena, auxiliando na 
orientação terapêutica.
Valores séricos de referência: 0,8 a 4 ng/mL
Valores baixos -- indivíduos insulino-dependentes.
Na presença de hipoglicemia, valores elevados podem ser encontrados em casos de insulinoma
Glicosúria
Geralmente ocorre quando a glicose sangüínea encontra-se em valores superiores a 160 ou 200 
mg/dl 
 Glicosúria é influenciado não só pela glicemia, mas também: pela taxa de filtração glomerular, 
pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo urinário 
Glicosúria depende de um rim normal
Outras situações patológicas como queimaduras, infecções, doenças neurológicas e terapia oral 
com esteróides podem, também, causar glicosúria. 
Não se faz diagnóstico de diabetes pela glicosúria
CROMO
• A deficiência pode predispor o indivíduo à resistência à insulina.
Soro 0,05 – 5,0mcg/L 
Hemácias 20 – 36mcg/L 
Urina 0,1 – 2,0mcg/L
E a dieta?
• Baixo IG e CG
• Baixo carboidrato e/ou contagem de carboidratos
• Gorduras mono e poli-insaturadas
• Fibras alimentares solúveis
• Fibras solúveis (Beta glucana)
• Proteínas fracionadas (excesso estimula hiperinsulinemia)
Ácido úrico
Ácido Úrico 
ÁCIDO ÚRICO (mg/dL) – jejum 8h
É o produto final do catabolismo das purinas. Seus níveis séricos estão diretamente relacionados 
com a velocidade de sua formação e inversamente com a velocidade e a capacidade de excreção.
Outros fatores, como predisposição genética, raça, sexo, idade, peso corporal, ingestão de álcool, 
diabetes, dislipidemia, dieta e uso de medicamentos também influenciam seus níveis séricos.
Apenas uma minoria de pacientes com ácido úrico elevado desenvolve gota.
Valores aumentados: dietas de alto teor de purinas, medicamentos e doença tipo gota.
♂ 3,5 – 7,2 mg/dL
♀ 2,6 – 6,0 mg/dL
Ácido Úrico 
E a dieta?
Hepatograma
TGP / ALT (Transaminase pirúvica / alanina aminotransferase)
Enzima intracelular, presente em grandes quantidades no fígado e no rim, e em pequenas 
quantidades na musculatura esquelética e no coração.
Como teste de função hepática, a ALT é mais sensível para detecção de danos do hepatócito do 
que para a obstrução biliar, considerada um excelente marcador hepatocelular.
Recomendada para rastreamento de hepatites => normalmente elevação importantes nas 
hepatites virais, mas é menos sensível que a TGO para hepatite alcoólica.
Atenção: geralmente está elevada em obesos, mesmo sem doença hepática ou muscular! => 
esteatohepatite não alcoólica! 
Valores de referência
 Feminino: até 31U/L. 
Masculino: até 41U/L
TGO / AST (Transaminase oxalacética / aspartato aminotransferase)
Enzima encontrada no miocárdio, fígado, musculatura esquelética, rim e cérebro, a dosagem de 
seus níveis auxilia no diagnóstico de doenças cardíacas, hepáticas e musculares.
AST ou TGO <50 U/L 
ALT ou TGP <40 U/L
Esteatose Hepática
Inflamação  Muitas vezes, a esteatose é resultado de alta
ingestão de carboidratos
 Comum encontrar aumento de triglicerídeos
associado
BILIRRUBINAS
É um exame que pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do 
fígado. 
A primeira bilirrubina a ser produzida é a bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada 
– vinda da hemólise), que circula no sangue ligada à albumina sérica. 
A BI é transportada para o fígado e, no hepatócito, é conjugada ao ácido glicurônico transformando-se em 
mono e diglicuronídio de bilirrubina (bilirrubina direta). A bilirrubina direta é excretada pelo fígado para a 
vesícula biliar, fazendo parte da bile. 
Níveis elevados de bilirrubina sérica total, geralmente acima de 2,5mg/dL, causam icterícia clínica, 
caracterizada pela cor amarelada da pele e mucosas.
Nos quadros de hiperbilirrubinemia, a investigação diagnóstica deve considerar se predomina a fração 
conjugada ou a não conjugada.
Bilirrubina direta 
pode estar elevada na 
obstrução biliar, onde há 
refluxo para o sangue
Bilirrubina Indireta 
observada em distúrbios de 
hiperprodução de 
bilirrubina, como na 
hemólise, ou associação a 
redução da conjugação 
hepática como nas lesões 
intensas de hepatócitos
BILIRRUBINAS
Fosfatase alcalina (FA ou ALP)
 jejum 8h.
Está elevada em: 
obstrução canalicular hepática (bom marcador de colestase)
Doenças ósseas (níveis muito elevados na doença de paget) 
Valores de referência
Adultos 40 – 130 UL/L
GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase)
• Enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata 
• Refere-se principalmente às doenças do fígado e das vias biliares. 
• Indicador sensível de colestase intra ou extra-hepáticas, com elevação precoce e duradoura!
Valores de referência
♂ <50 UI/L
♀ <30 UI/L
Valores aumentados: doenças hepáticas, alcoolismo crônico e icterícia obstrutiva.
Função Pancreática 
Amilase
Na pancreatite aguda, os níveis de amilase podem alcançar valores de 4 a 6 vezes o limite 
superior de referência 
Eleva-se precocemente ( em 2 a 12 horas), atinge pico em 24h e retorna aos níveis normais em 2 
a 3 dias. 
É menos específica e mais sensível para pancreatite do que a lipase
 ATENÇÃO: A magnitude da elevação NÃO reflete gravidade da lesão => indica forte probabilidade 
de pancreatite aguda, porém cerca de 20% de pacientes com pancreatite aguda apresentam 
índices normais de amilase sérica.
 Em episódios agudos de pancreatite crônica, esses níveis podem estar ligeiramente aumentados, 
porém, com freqüência, permanecem normais.
Valores de referência
28 a 100 UI/L
Lipase 
Produzida apenas no pâncreas exógeno, sendo um marcador de pancreatite 
 Mais específica do que a amilase para pancreatite
Valores de referência
Menor que160UI/L
Função pancreática
Função Renal
CREATININA
Marcadora de função renal, em razão da creatinina endógena ser proporcional à massa muscular, 
a produção varia com a idade e gênero.
Valores de referência
♂ 0,7 – 1,6 mg/dL
♀ 0,6 – 1,1 mg/dL
Clearence de creatinina
CCr: [140 – idade em anos] x Peso em kg 
Creatinina sérica x 72
*Mulheres, multiplicar por 0,85
URÉIA
Principal produto nitrogenado do metabolismo de proteínas e aminoácidos.
Sofre influência de problemas renais, desidratação, excessiva quantidade de proteína da dieta e 
catabolismo proteico aumentado.
Valores de referência
Adultos 10 – 40 mg/dL
EAS (elementos anormais e sedimento) 
Estudo de doenças renais e do trato urinário e outras doenças sistêmicas, bem como infecções.
Análise Valor esperado Interpretação
Bilirrubina Não detectado Avaliação do nível de bilirrubina não conjugada, o que pode indicar doenças hepáticas, como 
colelitíase
Cetonas Negativo Presente em enfermos com DM não controlado, ou em febre, anorexia, vômito, caquexia, inanição.
Dietas cetogênicas
Densidade específica 1,01 a 1,025mg/mL Capacidade de diluente dos rins
Esterase leucocitária Negativo Detecção de leucócitos , possibilidade de avaliar indiretamente a presença de bacteriúria.
Glicose Não detectada Presente em indivíduos com DM (2 A 10g/dL).
Nitrato Negativo Indica bacteriúria
pH 5 a 8 pH ácido: dieta hiperproteica ou acidose ( DM ou inanição)
Ph Báscico: dieta rica em vegetais ou laticínios, infecção do trato urinário, cálculos renais de fosfato e 
carbonato de cálcio. 
Proteinúria 2 a 8mg/dL Leve: doenças renais ou de trato urinário inferior
Moderada: doenças renais, pré-eclampsia, processos inflamatórios urinário
Elevada: síndrome nefrótica e na glomerulonefrite grave 
Sangue Negativo Infecção do trato urinário, neuplasia ou trauma, lesão muscular traumática e anemia hemolítica
Urobilinogênio 0,1 a 1 UI/dL Aumenta em condições hemolíticas
Pesquisa de Cetonas na urina 
Bom método para avaliação rápida de cetose 
Cálculo renal 
Avaliar a 
hipercalciúria, 
Hiperuricosúria, 
Hiperoxalúria, 
Hipocitratúria
Hipomagnesúria
Muitos pacientes que 
formam cálculos de ácido 
úrico não apresentam 
ácido úrico muito 
elevado, porém 
apresentam pH urinário 
persistentemente baixo 
(menor que 5,5). 
Microalbuminúria
Define-se como excreção urinária de albumina está entre 30 a 300mg/dia
Indícios de nefropatia
Atenção em pacientes 
DIABÉTICOS!!!
Microalbuminúria x 
nefropatia diabética 
Vitaminas lipossolúveis 
Vitamina A
Dosa-se como retinol sérico 
Níveis < 10 μg/dl indicam reservas hepáticas esgotadas com sinais clínicos freqntemente
presentes
Beta caroteno 
 Indicado para diagnóstico de hipercarotenemia
São mais variáveis de acordo com a ingestão de carotenóides ≠ vit A que é + estável por conta do 
depósito
Valor de referência 
1,2 a 4,2 µmol/L
Valor de referência 
100,0 A 850,0 ng/mL
Vitamina D 25 (OH) D3 (calcidiol)
Forma circulante predominante e a principal forma de armazenamento
1,25 (OH)2 D3 (forma ativa) meia vida curta não utilizado
Vitaminas lipossolúveis
Ideal: Entre 32 a 100 ng/mL
saúde óssea máxima, menor risco cardiovascular, 
controle de DM, Doença imune e prevenção de 
cânceres 
Cuidar em obesos
Saúde óssea 
Metabolismo ósseo
Cálcio
Constitui cerca de 1,5 – 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano.
Aproximadamente 99% está presente nos ossos e dentes, na forma de hidroxiapatita, sendo o cálcio 
dos dentes não-permutável.
Homeostase controlada por paratormônio, calcitriol e calcitonina
Cálcio sérico inadequado para determinar o estado corporal deste mineral  firmes mecanismos de 
controleAlterações muitas vezes vem acompanhadas de fósforo
Cálcio ionizável ou difusível  vantagem de não sofrer influência das proteínas plasmáticas e ser sua 
fração ativa  + caro
Eleva-se no hiperparatireoidismo, nas neoplasias com metástases ósseas e na hipervitaminose D.
Ao contrário, está baixo no hipoparatireoidismo e no pseudo-hipoparatireoidismo.
Saúde óssea 
FÓSFORO SÉRICO – 85% encontram-se nos ossos e dentes. Sua absorção está sob o controle da vit D
PARATORMÔNIO (PTH) – estimula reabsorção renal de cálcio e diminui de fosforo. Mobiliza cálcio da 
reserva óssea. Estimula os rins a sintetizarem 1,25 (OH)2
FOSFATASE ALCALINA ÓSSEA ESPECÍFICA (OE) Auxilia no diagnóstico diferencial, orientando ainda 
quanto às avaliações hormonais e bioquímicas específicas a serem realizadas como complementação 
diagnóstica de doenças ósseas
Saúde óssea 
Valores de referência 
Cálcio sérico - 8,8 a 10,2 mg/dL
Cálcio Total Ionizado - 4,0 a 5,6 mg/dL
Fósforo sérico - 2,7 a 4,5 mg/dL
Fosfatase alcalina OE - VR do laboratório 
PTH - 10 a 65 pg/mL
VITAMINA D 25(OH)- Entre 32 a 100 ng/mL
Vitamina E
Alfatocoferol: Por ser transportado por lipoproteína, em especial, colesterol, 
recomenda-se correlacionar com mol de colesterol ou mg de lipídeos plasmáticos
Vitaminas lipossolúveis
Recomendação:
Vitamina K - Tempo de protrombina (TAP|TP) 
A síntese de protrombina pelo fígado é dependente da vit. K. 
 Na prática clínica, o TP é um método simples, barato e útil na avaliação do conjunto dos fatores 
de coagulação e, portanto, da síntese hepática. O teste : determina o tempo necessário para a 
ativação completa da cascata de coagulação, uma vez iniciada pela tromboplastina.
Vitaminas lipossolúveis
Valores de referência 
tempo de protrombina: entre 10 e 14 seg
RNI: Até1,5.
*RNI – Relação Normatizada internacional, que é a atividade de protrombina corrigida de acordo com a 
sensibilidade da tromboplastina (reagente). 
Vitaminas hidrossolúveis 
 Tiamina, Ácido pantotênico e biotina - falta de biomarcadores sensíveis
Riboflavina - pode ser avaliada urinária, porém tem muitas limitações 
Niacina:
 É na urina de 24h como N1-metilnicotinamida 
 N1MN < 0,8mg/dia  deficiência
Def. de niacina  Pelagra (Diarréia, demência e dermatite)
Vitamina B6 
Medição a partir da forma biologicamente ativa piridoxal fosfato (PLP) no plasma
O PLP reflete armazenamento a longo prazo no corpo
Não existe pontos de corte específicos 
Nivéis de inferiores a 20nmol/L são usados para definir a recomendação diária. 
Vitaminas hidrossolúveis 
Ácido Fólico
Formação de DNA (cuidar com doenças agudas, exemplo grande queimados )
O ideal seria folato nas hemácias, mas o mais utilizado é o sérico 
Realizar junto com a de B12 pois a redução de ácido folico pode levar a redução de B12.
Valores plasmáticos diminuídos podem levar a anemia megaloblástica e espinha bífida em fetos. 
Vitaminas hidrossolúveis 
Valores de referência 
Ácido fólico sérico menor ou igual a 4 ng/ ml (normal 6 – 20 ng/ml) 
Vitaminas hidrossolúveis 
Deficiência de B12 cursa com manifestações neuropsiquiátricas 
- Parestesia em extremidades 
- Desequilíbrio 
- Ataxia 
- Déficit cognitivo 
-Demência e psicose
E anemias megaloblástica 
Valores de Referência 
Vitamina B12 sérica - diminuída (150-950 pg/ml) 
Ácido metilmalônico – 0,08 a 0,56 µmol/L (aumentado B12 na metabolização) 
Vitamina C 
Vitamina C sérica
Não é necessário jejum.
Reflete estado recente de vitamina C
Vitaminas hidrossolúveis 
Valores de Referência 
0,6 a 1,6 mg/dL
Valores diminuídos no alcoolismo, fumantes, doença reumática, escorbuto, gravidez, hipertireodismo, 
Insuficiência renal. 
Minerais 
Magnésio
 Magnésio sérico
 jejum de 4 horas
 Indicador do estado nutricional de magnésio, porém pouco sensível  1 a 2% do magnésio está 
no espaço extracelular
Valores de Referência 
1,8 a 2,3 mEq/L
Valores diminuídos: fraqueza, formigamento, tremor, arritmias, tetania e convulsões.
Valores aumentados (raro): diminuição dos reflexos, sono, fraqueza muscular, hipotensão e bradicardia
Atuação na saúde óssea
Cobre
Cobre sérico (jejum de 4 a 8 horas) e ceruloplasmina (jejum de 6 horas)
 Avaliação de deficiência ou toxidade de cobre e doença de wilson
Minerais 
Valoresde Referência 
Cobre sérico homens 70 a 140 µg/dL
Mulheres 85 a 155 µg/dL
Ceruloplasmina 25 a 63mg/dL
Doença de Wilson - Distúrbio 
genético do metabolismo do 
mineral cobre.
Valores diminuídos: anemias, neutropenia, anormalidades esqueléticas. 
Valores aumentados (raro): doença de wilson
Zinco
Zinco sérico 
Não é necessário jejum.
 Avaliação de deficiência de zinco
Minerais 
Valores diminuídos: baixa estatura, hipogonadismo, anemia leve, hipogeusia, alopecia, lesões de pele, rash
cutâneo
rash cutâneo 
Valores de Referência 
70 a 150 µg/dL
Selênio 
Selênio sérico 
Não é necessário jejum.
 Avaliação de deficiência de selênio 
Minerais 
Valores de Referência 
46 a 143 µg/dL
Cromo - não existe exames confiáveis
Manganês – exame para avaliação de toxidade ( raro) 
Minerais 
• Os eletrólitos estão intimamente ligados a homeostase
• Funções:
Regulação de fluidos
Contração muscular
Homeostase cardíaca
Eletrólitos 
Eletrólitos 
Sódio
Principal eletrólito extracelular
Função do sódio: manter osmolalidade plasmática
Controla a distribuição de água pelo corpo
Contração muscular e transmissão de impulsos nervosos 
Valores de Referência 
Hiponatremia <135 mmol/L
Hipernatremia > 145mmol/L
Hiponatremia
Eletrólitos 
Hiponatremia Hipernatremia
Eletrólitos 
Potássio 
Principal eletrólito intracelular
Contração muscular e transmissão de impulsos nervosos
Valores de Referência 
Hipocalemia < 3,6 mEq/L
Hipercalemia < 5,5 mEq/L
Hipocalemia Hipercalemia
Eletrólitos 
PERFIL TIREOIDIANO
TRH - Hormônio liberador de tireotrofina)
Perfil Tireodiano
TSH 
A secreção de TSH pela hipófise é estimulada por um hormônio hipotalâmico, liberador de tireotrofina
(TRH), e inibida pelos hormônios tireoidianos.
O TSH estimula a liberação de T4 e T3 pela tireóide; por sua vez, a redução dos níveis de T3 e T4 no 
plasma estimula a secreção de TSH.
T4 LIVRE 
O efeito metabólico do hormônio tireoidiano é provocado por sua fração livre, principal responsável 
pelo feedback com o TSH.
 Indica-se a dosagem do T4 livre no diagnóstico do hipo ou hipertireoidismo, uma vez que esse 
hormônio não sofre influência significativa dos níveis de TBG circulantes.
Perfil Tireodiano 
T3 LIVRE 
Cerca de 0,3% do T3 circula sob a forma livre, sendo considerada a fração metabolicamente ativa.
 Indica-se a dosagem de T3 livre para pacientes com diagnóstico duvidoso de hipertireoidismo, 
quando se deseja avaliar possíveis alterações de ligação ou resistência periférica aos hormônios 
tireoidianos
T3 REVERSO 
É produzida em pequena quantidade pela glândula tireóide, e em maior quantidade pela 
metabolização do T4, num processo de inativação.
Útil na avaliação do status metabólico da tireóide em pacientes gravemente enfermos, em que se 
pode detectar níveis séricos diminuídos de hormônios tireoidianos, com triiodotironina reversa 
(T3R) aumentado.
Pode acontecer na deficiência de ferro (comum em paciente com hipotireoidismo, por conta da 
baixa acidez estomacal)
Perfil Tireodiano 
ANTICORPO ANTITIREOGLOBULINA 
 Indicada como complemento no diagnóstico das tireoidites auto-imunes, principalmente a de 
Hashimoto.
Outra indicação é na avaliação do uso da tireoglobulina na monitoração do câncer diferenciado da 
tireóide, já que estes anticorpos interferem na dosagem dessa substância.
ANTICORPO ANTIPEROXIDASE TIREOIDIANA (TPO) 
Componente antigênico primário dos microssomas. É usado para o diagnóstico de doenças 
tireoidianas auto-imunes, especialmente a tireoidite de hashimoto, com positividade de 95%.
Perfil Tireodiano 
Valores de referência 
Perfil Tireodiano
Perfil Tireodiano
Iodúria
A biossíntese dos hormônios tireoidianos ocorre nos folículos tireoidianos e depende da captação 
de iodeto do sangue. 
 Os níveis de iodúria correlacionam-se com a gravidade dos distúrbios associados à deficiência de 
iodo. 
• HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO - T4 baixo associado a TSH elevado (>20mcUI/ml).
• HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO - T4 normal associado a TSH borderline (4,5 a 10mcUI/ml).
• HIPERTIREOIDISMO - T4 elevado associado a TSH baixo.
• BÓCIO NODULAR TÓXICO - T4 normal associado a TSH baixo e T3 alto.
• Doença de Graves - é uma doença autoimune que leva à superatividade da glândula tireoide 
(hipertireoidismo)
Perfil Tireodiano
Sintomas HIPERTIREOIDISMO 
 Estado de alta excitabilidade
 Fome excessiva 
 Aumento da motilidade intestinal 
(diarréia) 
 Perda de peso
 Tremores
 Intolerância ao calor (sudorese) 
 Palpitações 
 Exoftalmia
 Fraqueza muscular 
 Fadiga extrema
 Incapacidade de adormecer
 Bócio
Perfil Tireodiano
Hormônios Sexuais 
Hormônios Sexuais 
ANDRÓGENOS 
Testosterona
– Andrógeno mais potente e abundante 
– Secretada pelas células de Leydig dos Testículos ou 
Ou produzido no ovários em pequenas quantidades
Funções: 
Diferenciação da genitália externa masculina na vida fetal 
Maturação sexual de meninos na puberdade 
 Início e manutenção da espermatogênese 
Controle do comportamento sexual masculino na vida adulta 
Hormônios Sexuais 
Hormônios Sexuais 
• Efeitos Deletérios da Testosterona Como Agente Anabolizante
Hormônios Sexuais 
Hormônios Sexuais 
Testosterona 
Adultos
Homens : 175 A 781 ng/dL
Mulheres: menor ou igual A 75 ng/dL
Globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) 
Homem de 20 a 50 anos : de 13,2 a 89,5 nmol/l 
Mulher de 20 a 46 anos : de 18,2 a 135,7 nmol/l 
Mulher de 47 a 91 anos (pós-menopausa): de 16,8 a 106,9 nmol/l
Testosterona livre calculada (TLIVC)
Método: cálculo baseado nos níveis de testosterona total e shbg, segundo vermeulen, a.Et al.,1999.
Homem de 20 a 50 anos : DE 3,17 A 19,04 ng/dl 
Mulheres de 20 a 46 anos : DE 0,17 A 1,59 ng/dl 
Mulheres de 47 a 91 anos (pós-menopausa):de 0,05 A 0,95 ng/dL
Jejum não obrigatório.
• Ciclo menstrual 
Hormônios Sexuais 
ESTRÓGENOS 
Estradiol 
Estrógeno mais potente e abundante 
Secretado pelas células da granulosa dos folículos ovarianos e também pelo corpo lúteo 
*Estrógenos menos potentes - Estrona - Estriol
Funções: 
 Indução de caracteres sexuais secundários em meninas na puberdade 
Crescimento do útero
Proliferação do endométrio na 1.a metade do ciclo menstrual 
Espessamento da mucosa vaginal 
Produção de muco cervical aquoso 
Efeitos dos Estrógenos: 
Características sexuais secundárias: proliferação celular em determinadas regiões do corpo ∴ aumento da vagina, útero, 
tubas uterinas e ovários, deposição de gordura na genitália externa, crescimento de pelos, desenvolvimento das mamas, 
alargamento pélvico, deposição de tecido adiposo nas áreas femininas características, e crescimento ósseo rápido até o 
“esgotamento”. 
Hormônios Sexuais 
PROGESTÁGENOS 
Progesterona 
Principal progestágeno secretado pelo corpo lúteo dos ovários e pela placenta 
*Progestágenos menos importantes - Pregnenolona - 17-hidroxiprogesterona 
Funções: 
 Indução da secreção e decidualização do endométrio 
 Implantação do ovo e manutenção da gravidez 
 Inibição das contrações uterinas 
Desenvolvimento glandular das mamas 
Hormônios Sexuais 
Hormônios Gonadotrópicos 
FSH - Hormônios folículo estimulante 
 Inicia o crescimento dos folículos e estimula a produção de estrogênio - ovários;
Promove o desenvolvimento do espermatozóide – testículos; 
LH - hormônio luteinizante 
Secreção de estrogênio e progesterona e ruptura do folículo – fertilização; 
Testículos - secreção de testosterona.
Hormônios Sexuais 
Estradiol 
Adultos 
- Mulher:
- fase folicular : 27 a 122 pg/ml 
- Fase ovulatoria: 95 a 433 pg/ml 
- Fase luteinica : 49 a 291 pg/ml 
- Pós-menopausa:menor ou igual a 40 pg/ml 
- Homem : menor ou igual a 47 pg/ml 
Progesterona
Mulheres: fase folicular: 0,31 a 1,52 ng/ml 
Fase luteinica: 5,16 a 18,56 ng/ml 
Pós-menopausa : 0,08 a 0,78 ng/ml
Homens : 0,14 a 2,06 ng/ml 
Gravidez: primeiro trimestre: 4,73 a 50,74 ng/ml 
Segundo trimestre : 19,41 a 45,30 ng/ml 
FSH
Mulher: fase folicular: 3,85 a 8,78 mui/ml
Fase ovulatoria: 4,54 a 22,51 mui/ml 
Fase luteinica : 1,79 a 5,12 mui/ml 
Pos menopausa : 16,74 a 113,59 mui/ml 
Homem : 1,27 a 19,26 mui/ml 
Hormônios Sexuais 
LH 
Mulher: fase folicular : 2,12 a 10,89 mui/ml 
Fase ovulatoria: 19,18 a 103,03 mui/ml 
Fase luteinica : 1,20 a 12,86 mui/ml 
Pos menopausa : 10,87 a 58,64 mui/ml 
Homem : 1,24 a 8,62 mui/ml 
Valores de referência
podem mudar de acordo
com o laboratório.
Hiperandrogenismo: 
Testosterona ↑ em mulheres (total > 84 ng/dL e livre > 47 pmol/L) 
Testosterona pouco ↑ (total: 85-150 ng/dL), razão LH/FSH > 3 e androstenediona 
pouco ↑ (3-5 ng/mL): sugere-se síndrome dos ovários policísticos 
 Testosterona muito ↑ (total > 200 ng/dL) e LH/FSH ↓ (< 0,6 U/L e < 1,0 U/L): –
sugere-se síndrome virilizante: - tumor adrenal (dehidroep-sulf > 10.000 ng/mL) 
Hormônios Sexuais 
Hipogonadismo
Níveis diminuídos de hormônios sexuais: 
– testosterona ↓ (< 250 ng/dL em homens) 
– estradiol ↓ (< 14 pg/mL em mulheres) 
LH e FSH ↓ (< 0,6 U/L e < 1,0 U/L): 
– sugerem hipogonadismo de origem hipotalâmica ou hipofisária
– incremento do LH e FSH após estímulo com GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina ): sugere 
distúrbio hipotalâmico
– prolactina ↑: sugere microprolactinoma (50-200 ng/mL) ou macroprolactinoma (> 200 ng/mL) 
LH e FSH ↑ (> 10 U/L):
– sugerem hipogonadismo primário (falência testicular ou ovariana, menopausa) 
Hormônios Sexuais 
Cortisol
Glicocorticoides. 
É produzido pela parte superior da glândula suprarenal (no córtex 
adrenal), diretamente envolvido na resposta ao estresse.
A secreção de cortisol se dá a partir de um estímulo estressante 
(atividade física ou contusão em alguma parte do corpo), que 
transmite impulsos nervosos ao hipotálamo. Este, por sua vez, 
libera o fator liberador de corticotropina (CHC), que chega a 
hipófise, cujas células secretam hormônio adrenocorticotrópico
(ACTH) que flui pelo sangue até o córtex suprarenal onde será 
produzido o cortisol.
Efeitos do cortisol em resposta ao estresse 
Cortisol
Adaptado de Berne e Levi, Fisiologia 6 0 ed, 2008
Efeitos do cortisol cronicamente 
Cortisol
Adaptado de Berne e Levi, Fisiologia 6 0 ed, 2008
• Tecido ósseo: O cortisol inibe a formação de novas estruturas ósseas 
• Tecido conjuntivo: a inibição da síntese colagênica produz adelgaçamento cutâneo e das paredes vasculares, podendo 
provocar pequenas hemorragias cutâneas. 
• Sistema vascular: ajuda a manter a pressão arterial porque diminui a permeabilidade vascular endotelial, evita perdas de 
volume circulante.
• O cortisol altera os padrões do sono. Em geral, os glicocorticoides atenuam a percepção dos sentidos, olfativo, gustativo, 
auditivo e visual; contudo, melhoram a capacidade integrativa e geradora de respostas apropriadas. 
• Em excesso, o cortisol pode provocar insônias e elevar ou deprimir, marcadamente, o humor.
• Resposta ao Estresse: Ansiedade, competição, depressão, exercício físico, hipoglicemia, queimaduras, exposição ao frio e 
hipertermia. Por isso que o cortisol é considerado o "hormônio do estresse". 
• Processos inflamatórios muito prolongados acarretam certos prejuízos ao microambiente envolvido. Por isso, é 
necessário haver um controle da intensidade da inflamação. Outra função do cortisol é justamente realizar esse controle.
• Ação Imunossupressora e Anti-inflamatória - Inibe a ação de “mensageiros da inflamação”, como a IL-1 (Interleucina I), 
Diminui a atividade dos linfócitos B, diminuindo a produção de anticorpos; Dificulta a vasodilatação na região afetada, a 
qual permitiria um extravasamento de células de defesa e líquido (o causador dos inchaços característicos de 
inflamações).
Cortisol
A concentração de cortisol se altera durante as horas do 
dia, apresentando seu pico pelas primeiras horas da 
manhã.
Cortisol
As concentrações de cortisol aumentam durante o exercício, 
aumentando o metabolismo protéico, liberando aminoácidos 
para serem utilizados no processo da gliconeogênese.
Cortisol salivar 
Horário de coleta do cortisol salivar: conforme orientação médica.
Preparo
Não se alimentar por um período de 30 minutos antes da coleta (com exceção de água).
Permanecer em repouso por uma hora antes da coleta.
Imediatamente antes da coleta e aconselhável lavar a boca com água através de 
bochechos leves.
A coleta não é recomendável em caso de lesões orais com sangramento ativo ou 
potencial.
Escovar os dentes pelo menos duas horas antes da coleta para evitar sangramento 
gengival.
Cortisol
Cortisol Sérico 
O cortisol basal deverá ser coletado entre 7 e 9h (idealmente às 8h).
Cortisol
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE
Teste de glicemia para pesquisa de tolerância à lactose:
1.Fazer glicemia jejum 
2.Fornecer lactose pura (50g ou 02g/kg até 50 g) ao paciente diluído em água 
3.Mensurar os níveis de glicose plasmática 
•15 min (às vezes, não é realizada) 
•30min 
•60 min 
•90 min Naúsea
Vômitos
Flatulência
Diarréia
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
 Jejum mede-se a quantidade de H2 basal; 
Oferece-se 50g de lactose; 
Faz-se coletas seriadas a cada 15 a 20 minutos durante pelo menos duas horas; 
Espera-se que haja pouca ou nenhuma formação de H2 (menor do que 20 ppm); 
Aumento ≥ 20ppm má absorção de lactose.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO
TESTE DE ACIDEZ FECAL
Detecta os ácidos produzidos pela má digestão da lactose. Este teste é útil em crianças muito 
novas e pode fornecer alguma ideia se a criança é intolerante à lactose.
É feito por medida do pH fecal e pesquisa de substância redutora nas fezes
Os valores normais de pH fecal estão entre 5,5 e 6,5, se em uso de leite humano e 6,5 e 7,5, se 
em dieta artificial
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
PESQUISA DE GORDURA FECAL 
As fezes normais contêm pouca ou nenhuma gordura
Evidência de má absorção de gorduras
A presença de esteatorréia ocorre na pancreatite crônica, na fibrose cística, neoplasias, doença de 
Whipple, doença celíaca, enterite regional, tuberculose intestinal, giardíase e atrofia da mucosa 
consequente a desnutrição
.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
DIETA 
• Dieta mantida por seis dias.
• Acrescentar à alimentação habitual: 
– 3 colheres de sopa de azeite; 
– 3 fatias de presunto gordo; 
– 2 colheres de sopa de creme de leite; 
– 1 colher de sopa de manteiga (não pode ser 
margarina); 
– 1 fatia de queijo.
• Distribuir durante o dia, a gosto do paciente.
COLETA:
No 4º DIA APÓS O INÍCIO DA DIETA, marcar a data e a hora da 
1ª evacuação deste dia, DESPREZAR ESSA AMOSTRA e anotar 
abaixo. Este será o INÍCIO da contagem das 72 horas
Não "contaminar" o material com urina. Crianças que usam 
fralda e que apresentam fezes amolecidas (pastosas) ou 
diarreicas, colher o material utilizando saquinhos coletores de 
urina.
A partir do horário anotado, TODAS as vezes que evacuar, 
durante o dia ou durante a noite, guardar TODAS as fezes, sem 
perdas, até completar 72 horas
IMPORTANTE:
 Completar as 72 horas para terminar a coleta do material, pois resultados corretos dependem de uma coleta adequada 
 Continuar com a dieta até o último dia da coleta do material
 Não contaminar o material com urina 
 Guardar todas as fezes em geladeira
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
DOENÇA CELÍACA 
É uma intolerância à ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada 
por um processo inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das 
vilosidades intestinais, má absorção e uma variedade de manifestações clínicas.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
Suspeite de doença celíaca:
Diarreia crônica,
Distensão abdominal,
Flatulência, 
Anemia ferropriva, 
Osteoporose de início precoce, 
Elevação de transaminases, 
Familiares de primeiro e segundo graus de pacientes com DC, 
Síndrome do intestino irritável, 
Hipocalcemia, 
Deficiência de ácido fólico e 
Deficiência vitaminaslipossolúveis. 
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
DOENÇA CELÍACA 
Melhor marcador: anticorpos antitransglutaminase tecidual (anti-tTG) 
São sensíveis e específicos para o diagnóstico inicial de DC. 
Alta correlação de seus resultados, não sendo necessária a pesquisa de ambos.
• A pesquisa de anticorpos antigliadina (AGA) e antiendomísio não é comparável aos testes 
supracitados e está em desuso.
Teste sorológico positivo sugere o diagnóstico de DC, mas a biópsia duodenal ainda é o padrão-ouro.
Deve ser feito em pessoas com: IgA antitransglutaminase positivo e em indivíduos em risco, 
apresentando sinais ou sintomas, mesmo se IgA antitransglutaminase negativar
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
ANTITRANSGLUTAMINASE TECIDUAL (ANTI-TTG IgA)
O anti-tTG é o anticorpo contra a transglutaminase tecidual  a enzima responsável pela 
desaminação da gliadina na lâmina própria.
 Isoladamente, é o mais eficiente teste sorológico para detecção de DC.
Pode ser realizado com uma pequena amostra de sangue retirada do dedo.
Pode também, ser detectado na saliva humana, evitando coleta de sangue; o que facilita o 
diagnóstico de DC, especialmente em crianças.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
Valores de referência (sangue): 
Não reagente : inferior a 7,0 u/ml 
Indeterminado: de 7,0 a 10,0 u/ml 
Reagente : superior a 10,0 u/ml 
COPROLOGIA FUNCIONAL
É denominado prova de digestibilidade.
Compreende o estudo das funções digestivas do TGI e das glândulas anexas, permitindo 
diagnosticar como: 
- insuficiência gástrica, pancreática e biliar;
- hipersecreção biliar; 
- desvios de microbiota bacteriana; 
- Síndrome ileal e cecal; 
- constipação; 
- colites; e
- outras alterações do trânsito intestinal.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
Dieta e coleta para o exame de Coprologia
Algumas precauções devem ser tomadas na realização da coprologia funcional: 
• O enfermo não deve usar laxantes e antiácidos nos três dias anteriores e durante a 
coleta; 
• Deve evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas durante os três dias que 
antecedem a coleta; 
• Crianças até 12 anos devem consultar o médico para avaliar a necessidade de 
alterar a dieta; 
• Para enfermos maiores de 12 anos e adultos, recomenda-se que nas 72h que 
antecedem o exame sejam consumidos 
• Desjejum e no lanche – alimentos com manteiga, leite e queijos.
• Almoço e jantar – arroz, batata cozida, feijão, carnes e, de sobremesa, preferencialmente 
banana. 
• No quarto dia deve coletar todo o material fecal da primeira evacuação (o volume mínimo 
necessário para o exame é de 20g); 
• Entregar ao laboratório em no máximo 2h após coleta ou, mantê-la refrigerada em 2 – 8ºC.
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
PESQUISA DE MÁ ABSORÇÃO
Reação adversa aos alimentos
(RAA) – qualquer reação
anormal à ingestão de
alimentos ou aditivos
alimentares, independente da
sua casa.
Alergia alimentar 
Os testes de puntura tem 
 Especificidade de 85 a 90% – resultado negativo 
90% de o paciente não ser alérgico. 
 Sensibilidade de 40% - Podem ser positivo 
mesmo que o paciente não tenha alergia 
Alergia alimentar 
Teste de puntura ou Prick Test 
Teste Rast (radioactive allergosorbent test) –
detecta in vitro IgE específica ao alimento.
Alergia alimentar 
IgE específico sérica – abaixo de 0,35kUI/mL
Patch test atópico
- Paciente fica com o teste durante 48h
- 1 leitura – 20 minutos após retirada
- Leitura final -72h
Alergia alimentar 
Leitura Resultado
- Negativo Negativo
? Somente eritema Duvidoso
+ Eritema, infiltração Positivo
++ Eritema, algumas pápulas Positivo
+++ Eritema, várias pápulas Positivo
++++ Eritema, vesículas Positivo
Teste de Tolerância Oral 
O TPO pode ser realizado de três formas:
 aberto, quando o alimento é oferecido em sua forma natural, com o conhecimento do 
paciente, familiares e médico; 
simples cego, quando o alimento é mascarado, de forma que apenas o médico saiba o 
alimento está sendo administrado;
 duplo cego placebo controlado (DCPC), no qual alimento a ser testado e placebo são 
preparados e codificados por uma terceira pessoa não envolvida na avaliação do paciente, 
reduzindo a influência do paciente e observador
Alergia alimentar 
Alergia alimentar 
Teste de Tolerância Oral 
Exames de rotina nas diversas fases da vida
Exames de rotina nas diversas fases da vida
CRIANÇAS 0 A 2 ANOS 
Anemia ferropriva – Hemograma, Ferritina
Infecções e inflamações – Proteína C reativa
CRIANÇAS 2 A 10 ANOS 
Excesso de Peso – Glicemia de jejum, insulinemia, lipidograma 
*Risco cardiovascular na fase adulta.
Exames de rotina nas diversas fases da vida
ADOLESCENTES 
Anemias carenciais – Hemograma completo
Dislipidemias – Lipidograma
Diabetes Melitus – glicemia de jejum
ADULTOS 
Dislipidemias – Lipidograma
Diabetes Melitus – glicemia de jejum
Exames de rotina nas diversas fases da vida
IDOSOS 
Anemia ferropriva – Hemograma, Ferritina
Dislipidemias – Lipidograma
Diabetes Melitus – glicemia de jejum
Desnutrição – Albumina
Demência – vitamina B12 
Carências vitamínicas - Acido fólico 
Ser nutricionista é um ato de amor para com a sociedade, 
Então exerça com sabedoria !
Tamira Negrão 
Contatos
email: tamirarocha@gmail.com
Instagram: nutritamiranegrao

Outros materiais