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Módulo II - Seminário III

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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS 
Módulo II: Incidência e Crédito Tributário 
Seminário III: Ações Tributárias Antiexacionais: Declaratória, Anulatória e 
Consignação em Pagamento 
 
1. Observadas as situações concretas abaixo descritas, identifique o(s) 
instrumento(s) processual(is) judicial(is) adequado(s) para a defesa dos interesses do 
sujeito passivo da obrigação tributária, considerando as ações que são estudadas 
neste Seminário III: 
 
a) Exercício da competência tributária pelo ente político com a edição e publicação 
da regra-matriz de incidência tributária, mas antes da constituição da obrigação 
tributária; 
 
 Ação declaratória ou Mandado de segurança preventivo 
 
b) Constituição da obrigação tributária sem que tenha havido a intimação do sujeito 
passivo desse ato constitutivo da dívida; 
 
 Ação declaratória ou Mandado de segurança preventivo 
 
c) Dúvida a respeito do sujeito ativo da obrigação tributária; 
 
 Ação declaratória ou Mandado de segurança preventivo 
 
d) Inscrição do crédito tributário em dívida ativa; 
 
 Ação anulatória ou Mandado de segurança repressivo 
 
e) Constituição da obrigação tributária com a intimação do sujeito passivo desse ato 
constitutivo da dívida; 
 
 Ação anulatória ou Mandado de segurança repressivo 
 
f) Ajuizamento de execução fiscal cobrando crédito tributário prescrito; 
 
 Exceção à Pré- Executividade ou Embargos à Execução. 
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g) O sujeito ativo da obrigação tributária está condicionando o pagamento do tributo 
ao pagamento de uma multa instituída por instrução normativa; 
 
 Consignação em pagamento 
 
h) Intimação de penhora de bens nos autos de execução fiscal. 
 
 Embargos à Execução Fiscal ou Exceção à Pré-Executividade 
 
2.Quanto à ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária, pergunta-
se: 
 
a) Quando nasce o interesse processual para sua propositura? 
 
 A Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária, 
trata-se de tutela jurisdicional preventiva, utilizada na etapa inicial do processo de 
positivação da norma jurídica tributária. 
 
 Destaca-se que a ação declaratória não pode ser ajuizada em face de 
possíveis exações tributárias a serem cometidas pelos entes políticos. Necessário que 
haja um justo e iminente receio por parte do contribuinte de que será autuado em 
decorrência de uma ilegítima exação tributária cujo cumprimento lhe é imposta ou 
tenha certeza de uma possível negativa por parte da fazenda pública acerca do 
direito de reconhecimento de créditos tributários decorrentes da prática de 
determinadas operações. 
 
b) O manejo do referido instrumento processual em momento anterior à constituição 
do crédito configura questionamento de “lei em tese”? Aponte o que é 
questionamento de “lei em tese”. 
 
 Com o fulcro no art. 19 do Código de Processo Civil, essa ação possui 
como requisito a discussão de uma relação anterior à constituição definitiva do 
crédito tributário, sendo assim, poderá ser considerada questionamento de lei em 
tese. 
 
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 Ressalta-se, que o questionamento de “lei em tese” é o questionamento 
do texto do direito positivo, antes de ser efetivamente aplicado ao caso concreto. 
 
c) Há interesse jurídico na sua propositura após a expedição do ato constitutivo do 
crédito tributário? Em caso afirmativo, quais seriam os efeitos da referida tutela 
jurisdicional? (Vide anexos I e II) 
 
 Conforme exposto na questão anterior, um dos requisitos para a 
propositura da ação declaratória é a inexistência de um lançamento do crédito 
tributário, tendo em vista que possui caráter preventivo, tal ocorrência desconstituiria 
sua legitimidade. 
 
 Portanto, não é cabível o ajuizamento de Ação Declaratória após a 
constituição do crédito tributário em razão de tal etapa não abranger o objeto da 
ação, pois o lançamento do crédito tributário é o marco inicial para uma nova etapa 
do processo de positivação da norma jurídica tributária, sendo cabível a proposição 
de Ação Anulatória ou Mandado de Segurança Repressivo. 
 
3. Quanto à ação anulatória de débito fiscal, pergunta-se: 
 
a) É viável a propositura de ação anulatória para desconstituição de relação jurídica 
constituída pelo próprio contribuinte por meio de DCTF, cujo recolhimento do tributo 
ainda não tenha ocorrido? 
 
 Sim, pois o lançamento tributário, previsto no art. 142 do CTN não 
representa a única forma de constituição da norma individual e concreta que 
instaure a obrigação tributária. 
 
 Sendo assim, o ajuizamento de ação anulatória é viável, uma vez que 
não distingue a forma de lançamento, apenas possui como requisito que ele tenha 
ocorrido. 
 
b) E para a desconstituição de crédito tributário inserido em parcelamento, onde 
houve confissão da dívida por parte do contribuinte? Em caso de resposta positiva, 
indaga-se: qualquer tipo de questão (causa de pedir) poderá ser objeto desta ação 
anulatória (questões de fato e/ou questões de direito)? 
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 Independente da confissão de dívida pelo contribuinte, os aspectos 
jurídicos do parcelamento poderão ser discutidos no judiciário por meio de ação 
anulatória, tendo em vista a inafastabilidade do judiciário, nos termos do art. 5ª, XXXV 
da CF, assim como os aspectos fáticos poderão ser reapreciados se ficar 
comprovado qualquer vício que acarrete a nulidade do ato jurídico. 
 
c) Qual o prazo prescricional para a ação anulatória de débito fiscal? É possível 
ingressar com ação anulatória de débito após a propositura da ação executiva 
fiscal? E após o transcurso do prazo para apresentação dos embargos à execução? 
 
 Aplica-se o prazo prescricional de 5 anos, nos termos do artigo 1° do 
Decreto 20.910 de 1932 para a propositura da ação anulatória de débito fiscal. 
 
 A ação anulatória de débito fiscal tem natureza desconstitutiva de 
lançamento e de certidão de dívida ativa que produz uma norma individual e 
concreta. A ação anulatória pode ser proposta mesmo após o início da execução 
fiscal. 
 
 Na execução fiscal, para que o executado possa manejar embargos à 
execução precisa garantir o juízo, o que não é necessário para a propositura da ação 
anulatória de debito fiscal. Nesse sentido, há súmula vinculante n. 28 do STF: 
 
Súmula Vinculante nº 28 – STF: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como 
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
d) O depósito do valor do débito fiscal discutido na ação anulatória é condição 
específica dessa ação? 
 
 Embora haja previsão no caput do artigo 38, da Lei nº 6.830/80 
estabelecendo como pressuposto para ajuizamento desta modalidade de ação o 
depósito em juízo, o atendimento de tal quesito não se faz necessário, pois a 
exigência de depóstivo prévio caracterizaria expressa afronta ao princípio 
constitucional da universalidade da jurisdição (Art. 5º, XXXV, CF/88). 
 
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 Seguindo essa premissa, o Supremo Tribunal Federal editou a súmula 
vinculante nº 28, veja-se: 
 
Súmula Vinculante nº 28 – STF: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como 
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
4.Que relações podem existir entre as ações anulatória de débito, executiva fiscal e 
embargos à execução: conexão, continência ou prejudicialidade (ou nenhuma das 
alternativas)? Qual o juízo competente para julgá-las? Deverão ser reunidas para 
julgamento conjunto? Responder a essa pergunta, com base nas disposições do 
código de processo civil de 2015 que tratam da modificação da competência 
(artigos 54 a 63). (Vide anexos III e IV – aplicam-se tais precedentes?) 
 
 A relação que pode existir é a de conexão entre a ação anulatória de 
débitofiscal, a execução e os embargos à execução, uma vez que as três ações 
possuem, nos termos do art. 55 do CPC, pedido e causa de pedir comuns entre si e, 
sendo assim, devem ser reunidas para que sejam proferidas decisões harmoniosas e 
não conflitantes, em respeito à segurança jurídica. 
 
 Quanto a competência para julga-las, nos termos do art. 58 do CPC, 
será do juízo prevento que, nos termos do art. 59 do mesmo diploma, será aquele em 
que o registro ou a distribuição da petição inicial tiver ocorrido primeiro. 
 
5.Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda que lhe apresenta o 
seguinte: 
 
CASO CONCRETO – Em função de sua atividade a empresa AZT Foods do Brasil Ltda. 
está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda de seu produto. Nos 
últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades financeiras, ela não pagou o 
tributo devido (e sequer informou seus débitos ao Fisco), pretendendo fazê-lo agora 
por se encontrar em melhores condições financeiras. Contudo, em função do 
inadimplemento, a confissão do débito para fins “denúncia espontânea” está sujeita 
a multa de 45% do valor da operação (venda de seu produto), cuja instituição se deu 
por ato normativo infralegal. 
 
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A AZT solicita um parecer em que você deverá apontar: 
 
(a) a estratégia processual (a medida judicial ou medidas judiciais) a ser adotada 
para a defesa dos seus interesses, devendo ser justificada a opção da(s) medida(s), 
com a indicação do dispositivo de lei que determina o seu cabimento; 
 
 Existem duas medidas judiciais cabíveis para discussão da situação da 
empresa, vez que o débito ainda não foi constituído: 
 
1. ação declaratória de inexistência de relação jurídica (art. 19 
CPC); 
2. ii) Mandado de segurança preventivo (art. 5º, LXIX das CF e art. 
1º da Lei 12.016/09). 
 
(b) o(s) fundamento(s) jurídico(s) que poderá(ão) ser(em) utilizado(s) para afastar a 
exigência dessa multa – causa de pedir; 
 
1. inconstitucionalidade da multa cobrada com fundamento em 
ato infralegal, em afronta ao art. 150, I da CF e art. 97 do CTN; 
2. a ilegalidade da multa cobrada com base no valor das 
operações e não do tributo, em afronta ao art. 150, IV da CF. 
 
(c) a necessidade, ou não, de efetivação do depósito judicial; 
 
 Não será necessário o depósito judicial. 
 
(d) o pedido da ação (ou ações); 
 
1. Ação declaratória: julgar procedente para declarar a 
inexistência de relação jurídico-tributária com o Estado. 
2. Mandado de segurança: conceder a segurança para declarar o 
direito da impetrante ao não recolhimento da multa aplicada à denúncia 
espontânea. 
 
(d) o efeito da sentença pretendido com a ação (ou ações). 
 
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 As ações terão o mesmo efeito jurídico declaratório. 
 
6. Na ação de consignação em pagamento, o que extingue a obrigação tributária: 
(i) a consignação em pagamento; (ii) a conversão em renda do valor consignado; 
(iii) a sentença que julga procedente a ação de consignação em pagamento; (iv) a 
decisão judicial de procedência da ação transitada em julgado? Fundamente sua 
resposta. 
 
 A Ação de Consignação em Pagamento é uma medida judicial de 
iniciativa do contribuinte ou do responsável tributário. Esta ação possui natureza 
declaratória, uma vez que o contribuinte objetiva a declaração do magistrado de 
que o valor depositado extinguiu a obrigação tributária. 
 
 A referida ação está positivada no artigo 164, do Código Tributário 
Nacional (Lei nº 5.172/66). 
 
 O momento da extinção do crédito tributário será o da procedência da 
consignação em pagamento, sendo, inclusive, prevista expressamente no art. 156, 
VIII do CTN. 
 
7. Contribuinte sediado no Estado de São Paulo tem lavrado em seu desfavor auto de 
infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso (problemas atinentes à documentação 
fiscal que acompanhava a mercadoria, bem como ao não destaque do diferencial 
de alíquotas supostamente devido ao Estado do Mato Grosso). Inconformado com 
essa situação, referido contribuinte lhe procura para que ajuíze ação anulatória, 
questionando-lhe, nessa ocasião, acerca do foro competente no qual deve ser 
processada a referida ação. Apresente, de forma fundamentada, sua resposta a esse 
questionamento, analisando o caso à luz da regra veiculada no parágrafo único do 
artigo 52 do Código de Processo Civil/15. 
 
 O art. 52 do CPC, expressamente dispõe que “Se Estado ou o Distrito 
Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, 
no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no da situação da coisa 
ou na capital do respectivo ente federado”. 
 
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 Ou seja, o contribuinte que é sediado no Estado de São Paulo e teve 
contra si lavrado auto de infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso poderá 
escolher o foro de São Paulo ou de Mato Grosso, tendo em vista as opções 
legalmente previstas do artigo supracitado.

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