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Paola Góes - Seminário III

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Módulo Incidência e Crédito Tributário
ALUNA: PAOLA DE GÓES CARVALHO
SEMINÁRIO III - AÇÕES TRIBUTÁRIAS ANTIEXACIONAIS: DECLARATÓRIA, ANULATÓRIA E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Questões
1.	 Observadas as situações concretas abaixo descritas, identifique o(s) instrumento(s) processual(is) judicial(is) adequado(s) para a defesa dos interesses do sujeito passivo da obrigação tributária, considerando as ações que são estudadas neste Seminário III:
	a) Exercício da competência tributária pelo ente político com a edição e publicação da regra-matriz de incidência tributária, mas antes da constituição da obrigação tributária;
Resposta: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária ou Mandado de Segurança
	b) Constituição da obrigação tributária sem que tenha havido a intimação do sujeito passivo desse ato constitutivo da dívida;
Resposta: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica tributária.
	c) Dúvida a respeito do sujeito ativo da obrigação tributária;
Resposta: Ação Declaratória de inexistência de relação jurídica tributária.
	d) Inscrição do crédito tributário em dívida ativa;
Resposta: Ação Anulatória de débito fiscal
	e) Constituição da obrigação tributária com a intimação do sujeito passivo desse ato constitutivo da dívida;
Resposta: Ação Anulatória de Débito Fiscal 
	f) Ajuizamento de execução fiscal cobrando crédito tributário prescrito;
Resposta: Ação Anulatória de Débito Fiscal c/c efeito suspensivo e ou embargos à execução
	g) O sujeito ativo da obrigação tributária está condicionando o pagamento do tributo ao pagamento de uma multa instituída por instrução normativa;
Resposta: Consignação em pagamento 
	h) Intimação de penhora de bens nos autos de execução fiscal.
Resposta: Consignação em pagamento e ou embargos à execução.
2.	Quanto à ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária, pergunta-se:
	a) Quando nasce o interesse processual para sua propositura?
Resposta: O interesse processual para a propositura da ação declaratória de inexistência de relação jurídico tributária nasce diante da necessidade do contribuinte de que seja declarada a inexistência de relação jurídico-tributária entre o Fisco, esclarecendo em síntese, a acerca da isenção, imunidade e ou não incidência. 
Nesse sentido, leciona Hugo de Brito[footnoteRef:1]: [1: MACHADO, Hugo de Brito. Processo Tributário. 12 Ed. São Paulo: Atlas, 2020, pag. 449] 
“Trata-se de um instrumento de emprego frequente e de grande utilidade. Através dela o contribuinte pode requerer a declaração da inexistência de relação jurídico tributária que o obrigue a pagar determinado tributo, em face da inconstitucionalidade da lei que o instituiu, ou da ilegalidade de normas infralegais que regulamentam a sua cobrança, ou em razão do direito à isenção do qual se considera titular.”
b) O manejo do referido instrumento processual em momento anterior à constituição do crédito configura questionamento de “lei em tese”? Aponte o que é questionamento de “lei em tese”.
Resposta: A propositura da ação declaratória em momento anterior à constituição do crédito configura questionamento de “lei em tese”, vez que, não foi consumado a situação ou fato da qual irradiaria a relação jurídica sobre a qual se suscita a incerteza e se pede a declaração. 
Por oportuno, o questionamento de “lei em tese” trata-se de lei dotada de generalidade e abstração, dessa forma, a sua aplicação no referido instrumento processual somente é possível pela via do controle concentrado, nas ações de competência do STF (ADIN e ADC).
c) Há interesse jurídico na sua propositura após a expedição do ato constitutivo do crédito tributário? Em caso afirmativo, quais seriam os efeitos da referida tutela jurisdicional? (Vide anexos I e II)
Resposta: Entendo que pode ocorrer a propositura da ação após a expedição do ato constitutivo do crédito tributário, mas com o intuito de formular um pedido declaratório e também um pedido constitutivo negativo, a fim de que não apenas declare a inexistência de relação jurídica como também desconstitua o lançamento já efetuado. 
3.	Quanto à ação anulatória de débito fiscal, pergunta-se:
	a) É viável a propositura de ação anulatória para desconstituição de relação jurídica constituída pelo próprio contribuinte por meio de DCTF, cujo recolhimento do tributo ainda não tenha ocorrido?
Resposta: Sim, pois não há óbice legal para que a ação não seja proposta a fim de anular atos praticados pelo próprio contribuinte, vez que o crédito tributário é constituído pelo próprio sujeito passivo, cabendo ao Fisco a simples fiscalização do ato já praticado. Também, por não haver distinção entre as obrigações constituídas por lançamento ou autolançamento (art. 156, CTN), sendo que ambos são veículos introdutores de norma jurídica. 
Dessa forma, negar a propositura da ação anulatória nesses casos afronta o princípio da ampla defesa, padecendo de fundamento jurídico. 
b) E para a desconstituição de crédito tributário inserido em parcelamento, onde houve confissão da dívida por parte do contribuinte? Em caso de resposta positiva, indaga-se: qualquer tipo de questão (causa de pedir) poderá ser objeto desta ação anulatória (questões de fato e/ou questões de direito)?
Resposta: É possível a ação anulatória para desconstituição de crédito tributário inserido em parcelamento, onde houve confissão da dívida por parte do contribuinte, vez que a confissão da dívida não inibe o questionamento judicial da obrigação tributária, no que se refere aos aspectos jurídicos. 
Outrossim, a confissão de débitos exigida para ingresso no parcelamento incide sobre os fatos e direitos, não abrangendo sua qualificação jurídica como fatos jurídicos de obrigação tributária, podendo qualificar a referida confissão como ineficaz. 
	c) Qual o prazo prescricional para a ação anulatória de débito fiscal? É possível ingressar com ação anulatória de débito após a propositura da ação executiva fiscal? E após o transcurso do prazo para apresentação dos embargos à execução?
Resposta: O prazo prescricional para a ação anulatória é de 05 anos, consoante art. 1º do Decreto n 20.910/32. 
A ação anulatória pode ser proposta mesmo após o início da ação executiva fiscal, devido o principio do acesso a justiça, devido processo legal e ampla defesa, independente do transcurso do prazo para apresentação dos embargos.
	d) O depósito do valor do débito fiscal discutido na ação anulatória é condição específica dessa ação?
Resposta: Não é necessário garantir o juízo para a propositura dessa ação, consoante Súmula Vinculante nº 28 do STF, sendo que tal prática é tomada apenas quando se deseja a suspensão da exigibilidade do crédito na execução fiscal. 
4.	Que relações podem existir entre as ações anulatória de débito, executiva fiscal e embargos à execução: conexão, continência ou prejudicialidade (ou nenhuma das alternativas)? Qual o juízo competente para julgá-las? Deverão ser reunidas para julgamento conjunto? Responder a essa pergunta, com base nas disposições do código de processo civil de 2015 que tratam da modificação da competência (artigos 54 a 63). (Vide anexos III e IV – aplicam-se tais precedentes?)
Resposta: A ação anulatória de débito fiscal com a ação executiva e os embargos possuem causa de pedir e pedidos diversos, mas similares, devendo haver conexão. 
Dessa forma, no caso de ajuizamento posterior da ação anulatória, compete ao juízo onde tramita a execução fiscal o processamento e julgamento, pela possibilidade de decisões conflitantes e para economia processual.
Portanto, equivocado o entendimento jurisprudencial dos Anexos, posto que as varas especializadas tem competência absoluta para o processamento e julgamento, além das execuções fiscais e embargos à execução, a ação anulatória, que embora receba outra denominação possui o mesmo pedido, qual seja, a desconstituição do crédito tributário. 
5.	Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda que lhe apresenta o seguinte:
	CASO CONCRETO – Em função de sua atividade aempresa AZT Foods do Brasil Ltda. está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda de seu produto. Nos últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades financeiras, ela não pagou o tributo devido (e sequer informou seus débitos ao Fisco), pretendendo fazê-lo agora por se encontrar em melhores condições financeiras. Contudo, em função do inadimplemento, a confissão do débito para fins “denúncia espontânea” está sujeita a multa de 45% do valor da operação (venda de seu produto), cuja instituição se deu por ato normativo infralegal.
	A AZT solicita um parecer em que você deverá apontar: 
(a) a estratégia processual (a medida judicial ou medidas judiciais) a ser adotada para a defesa dos seus interesses, devendo ser justificada a opção da(s) medida(s), com a indicação do dispositivo de lei que determina o seu cabimento; 
Resposta: A estratégia processual mais adequada é o Mandado de Segurança Preventivo para evitar a lesão de direito, vez que seu pressuposto é a existência da situação de fato que ensejaria a prática do ato tido como ilegal, que no caso em apreço, é a instituição da multa, conforme artigo 1º da Lei 12.016/2009 e artigo 5º, inciso LXIX, da CF. 
(b) o(s) fundamento(s) jurídico(s) que poderá(ão) ser(em) utilizado(s) para afastar a exigência dessa multa – causa de pedir; 
Resposta: Conforme discorrido acima, não pode ser exigido o pagamento da multa de 45% do valor da operação, posto que foi instituída por ato normativo infralegal, não atendendo os requisitos legais dos artigo 5º, II da CF e artigo 97, V e 113 do CTN.
(c) a necessidade, ou não, de efetivação do depósito judicial;
Resposta: Não há necessidade, porém, é prática do depósito voluntário para a discussão dos tributos com a finalidade de suspender a exigibilidade do tributo discutido. 
(d) o pedido da ação (ou ações); 
Resposta: O reconhecimento dos tributos devidos sem a incidência da multa.
(e) o efeito da sentença pretendido com a ação (ou ações).
Resposta: Conceder a segurança pleiteada, a fim de que a Fazenda receba a denúncia espontânea com o pagamento dos tributos devidos, mas sem a aplicação da multa, pela sua flagrante inconstitucionalidade.
6.	Na ação de consignação em pagamento, o que extingue a obrigação tributária: (i) a consignação em pagamento; (ii) a conversão em renda do valor consignado; (iii) a sentença que julga procedente a ação de consignação em pagamento; (iv) a decisão judicial de procedência da ação transitada em julgado? Fundamente sua resposta.
Resposta: No caso de consignação em pagamento, o que se extingue a obrigação tributária é pela sentença que julga procedente a ação, sendo que após o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda, conforme estabelece o artigo 164, §2º do Código Tributário Nacional. 
7. Contribuinte sediado no Estado de São Paulo tem lavrado em seu desfavor auto de infração de ICMS pelo Estado do Mato Grosso (problemas atinentes à documentação fiscal que acompanhava a mercadoria, bem como ao não destaque do diferencial de alíquotas supostamente devido ao Estado do Mato Grosso). Inconformado com essa situação, referido contribuinte lhe procura para que ajuíze ação anulatória, questionando-lhe, nessa ocasião, acerca do foro competente no qual deve ser processada a referida ação. Apresente, de forma fundamentada, sua resposta a esse questionamento, analisando o caso à luz da regra veiculada no parágrafo único do artigo 52 do Código de Processo Civil/15.
Resposta: Primeiramente, importante ressaltar que em se tratando de futura demanda judicial (execução fiscal) em que figura no polo ativo o Estado do Mato Grosso, a propositura da mesma deve ser, exclusivamente, no foro de domicílio do réu (contribuinte sediado em São Paulo) , nos termos do parágrafo único do art. 52 do CPC.
Entretanto, no caso de ação anulatória do débito fiscal ajuizada pelo contribuinte em face do Estado do Mato Grosso, esta pode ser proposta ou no Estado de São Paulo ou no Estado do Mato Grosso, em conformidade com o art. 52, §único, do CPC.

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