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Larv� Migran� ● São duas - - Larva Migrans visceral - Larva Migrans cutânea ● O que é síndrome de larva migrans? - Migração e sobrevivência de larvas helmintos em tecidos de órgãos de hospedeiros acidentais; ● SÍNDROME DA LARVA MIGRANS VISCERAL (LMV) ou TOXOCARÍASE - - Resulta da migração e sobrevivência de larva de helmintos por períodos prolongados, em tecidos de órgãos de hospedeiros NÃO próprios - A larva NÃO evolui - NÃO ocorre evolução! - Parasitose tecidual de difícil tratamento - Soroprevalência - em países em desenvolvimento - AGENTES ETIOLÓGICOS DA LMV - - Larva de nematódeos de animais Toxocara canis - é o principal - TOXOCARA - é um ascarídeo - semelhança biológica e morfológica - Seu hospedeiro definitivo é o cão - sua forma adulta habita o intestino delgado - Seu hospedeiro paratênico - isto é, aquele que transporta a larva infectante, mas ela não evolui - Bovinos, ovinos, suínos, aves, camundongos .... - Ser humano (hospedeiro paratênico acidental) - Nestes, habita órgãos e musculatura - CICLO BIOLÓGICO - - Em cães jovens - - Neles, há a migração hepatopulmonartraqueal - Mesmo ciclo do Ascaris no ser humano - Em cães adultos - - Larvas distribuídas nos tecidos - quescência - Sem migração hepatopulmonartraqueal - transmissão vertical - via placentária ou mamária - ocorre reativação - devido os hormônios da gravidez - cães jovens - são a principal fonte de infecção - Uma vez que - ocorre transmissão placentária e lactogênica, os filhos de 2-3 semanas a 6 meses apresentam maior prevalência e carga parasitária, pois já nascem contamidados ou se contaminam nos primeiros dias. Assim, a principal medida profilática é cuidar de cães jovens - Ser humano - - Geralmente se infecta ingerindo água ou alimentos contaminados com ovos contendo L3, e menos frequentemente, ingerindo carne e víceras de hospedeiros paratênicos. Gabriela Palauro - ATM26 - Ao se ingerir ovo contendo a larva L3 (o ovo larvado) - - o ovo ao chegar no intestino eclode, e as larvas liberadas, penetram na parede intestinal, caindo na circulação sanguínea e distribuindo-se pelo corpo do hospedeiro; - Elas rompem novamente os vasos, e agora, alojam-se nos tecidos, como fígado, rins, pulmões, coração... - Após isso, elas realizam migração nos órgãos, lesionando-os, e causando GRANULOMA ALÉRGICO - lesão típica dessa parasitologia - Ademais, essas larvas se encistam, e assim, mantem-se estáveis por anos; - MODO DE INFECÇÃO - - Ingestão de ovos com L3 - é o principal modo - Através de mãos e objetos contaminados, ingestão de frutas e hortaliças mal higienizadas, ingesta de ovos aderidos aos pelos de cães (rola em solo contaminado - adere ao cão), água contaminada ... - Ingestão de L3 - consumo de carne ou fígado mal cozido - do hospedeiro paratênico - Infecção congênita - é rara - 1 caso apenas relatado - RESUMINDO - - Forma infectante - ovo com L3 - Forma parasitária - L3 - pois não há evolução - Fatores de risco de infecção - - Presença de cães em casa - Geofagia - Onicofagia - hábito de roer unhas - Consumo de carnes e víceras cruas ● PATOGENIA - conforme há a migração das larvas pelo organismo se segue uma reação inflamatória por onde elas passam - migração pelos órgãos + produtos de excreção e secreção - - O dano depende - - localização - intensidade da infecção - resposta imune (do hospedeiro) - Aspecto clínico - - assintomático - subclínica - forma grave ou sistêmica - TOXOCARÍASE VISCERAL - - Atinge principalmente crianças de 1-5 anos - Quadro clássico - - febre - hepatomegalia - sintomatologia respiratória - tosse, dispneia (falta de ar) ... - linfadenopatia - Dados laboratoriais - - leucocitose - hipereosinofilia sanguínea (36 a 72) - a mais alta entre as parasitoses - IgE total elevado Gabriela Palauro - ATM26 - Sorologia + para Toxocara - Localização HEPÁTICA - - Gera desconforto e dor abdominal além de hepatomegalia - Localização PULMONAR - - Síndrome de Loeffer, asma, broncopneumonia e manchas em exames de imagem - Outras patologias - - Miocardite e derrames pericárdicos, síndrome nefrótica, pancreatite, colescistite, artrite e eczema. - TOXOCARÍASE OCULTA/ COMUM - - Atinge crianças ou adultos - Forma subclínica - com sintomas mais leves e inespecíficos - dificuldade para respirar, dor abdominal, lesões cutâneas, astenia ... - Apresenta sorologia + - TOXOCARÍASE OCULAR - - Perda da acuidade visual - unilateral em 90% - Morbidade - 2-7% - Sem eosinofilia sanguínea - Sorologia + - Pacientes mais acometidos - - Crianças com mais de 6 anos - Adultos - Exames - - Exame de fundo de olho - Sem eosinofilia sanguínea - Sorologia e humor vítreo + para Toxocara - Granuloma no polo posterior - + frequente - massa esbranquiçada e vítreo turvo - massa inflamatória sub ou intrarretina - Granuloma periférica - - massa amorfa esbranquiçada com membrana - deslocamento de retina - Endoftalmite - - 25% dos casos - prognóstico grave - diagnóstico referencial - retinoblastoma - deslocamento da retina - causa perda de visão na infância - TOXOCARÍASE NEUROLÓGICA - +rara - Meningoencefalite, meninge, encefalite eosionofílica, vasculite cerebral, mielite, ataques epiliformes, nistagmo, rigidez da nuca, depressão, déficit cognitivo, paresia ou paralisia dos MI. - Hemograma - eosinofilia, leucocitose - Diagnóstico diferencial - - Doença de chagas, cisticircose, toxoplasmose; - No cérebro, a larva não é encapsulada produz mínima reação inflamatória; - DIAGNÓSTICO - Gabriela Palauro - ATM26 - Necessita associar os 5 marcadores - - sinais e sintomas clínicos - características e história do paciente - pesquisa de anticorpos para Toxocara no soro - taxa de eosinófilos no sangue - níveis de Ig Total - E os exames laboratoriais recomendados são - o hemograma e métodos de imunodiagnósticos (ELISA e Western Blotting). - Lembrando que tem que associar o resultado do teste ELISA à clínica do paciente - Teste ELISA e sem clínica - infecção passada - Teste ELISA e com clínica - está infectado - E pode dar falso positivo no teste ELISA - pois o Toxocara e o Ascaris são filogeneticamente relacionados - TRATAMENTO - - Anti-helmínticos - eficácia de 47-70% - Dificuldade - absorção nos tecidos e o controle de cura - Albendazol, mebendazol, Tiabendazol, Ivermectina, Detilcarbamazina ... - PROFILAXIA - - Em relação a contaminação ambiental - - Tutoria responsável - tratamento de cães e gatos na 2ª-3ª semana de vida, além de recolher os dejetos deles; - Evitar a contaminação no peridomicílio e áreas de lazer; - Em relação ao risco de infecção - - Lavar as mãos - Higienizar frutas e hortaliças antes de comer - utilizar de fricção - Congelar carnes e víceras ● LARVA MIGRANS CUTÂNEA (LMC) - - Também chamado de "bicho geográfico" ou "bicho das praias" ou dermatite linear serpiginosa ou dermatite pruriginosa; - Causada pelos ancilostomídeos - Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense - Forma infectante - L3 - Modo de infecção - invasão ativa de L3 na pele - CICLO BIOLÓGICO - - Os ovos dos ancilostomídeos são liberados junto com as fezes do hospedeiro, e num ambiente com condições adequadas, há o desenvolvimento da larva dentro do ovo, tornando-se L3 em até 7 dias. - No solo, esses ovos larvados podem sobreviver por longíquos períodos e cães e gatos podem se infectar por via oral, cutânea e transplacentária. Posteriormente, as larvas chegam até o intestino delgado e ali atingem a forma adulta. - NOS HUMANOS - a infecção é através da migração ATIVA de tais larvas pela pele, com posterior migração para o tecido subcutâneo, em que migram por 2 semanas ou meses. - Infecções secundárias - LMV e síndromede Loeffler. Gabriela Palauro - ATM26 - QUADRO CLÍNICO - - Apresenta lesão característica - - Pápula eritrematosa - Pruriginosa - leva o indivíduo a se coçar - Migração ativa das larvas - 2-5 cm/ dia - túneis do tecido cutâneo superficial - traçado sinuoso - infiltrado de eosinófilos e mononucleares - E as partes mais atingidas pelas lesões - extremidades e outras regiões, como nádegas e antebraço; - E durante a migração, o trajeto mais antigo adquire uma coloração mais escura além de formar crosta; - Pode haver infecções secundárias - E também pode ocorrer, mas é raro - da L3 cair na circulação - assim, ela chegaria até os pulmões - ocasionando a síndrome de Loeffer e sintomas respiratórios; - ou até - chegar aos pulmões - e ir até o intestino - o que é mais raro ainda; - DIAGNÓSTICO - - Lesões cutâneas características - História do paciente - Eosinofilia sanguínea - quando há sucessivas reinfecções - TRATAMENTO - - Tópico: tiabendazol 25 mg/kg 4x / dia (anti-helmíntico) - E se for por infecções múltiplas - associação com uso oral - ivermectina, albendazol ou tiabendazol; - PROFILAXIA - igual ao Toxocara - Em relação a contaminação ambiental] - tutoria responsável - Em relação a evitar a infecção humana - - uso de calçados e luvas ao mexer no solo - desinfecção de canis/ gatis Gabriela Palauro - ATM26
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