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Angiotrongiloidías� - Angiostrongylus cantonensis - - conhecido como verme do pulmão de rato - - Angiotrongiloidíase - meningoencefalite ou angiostrongiloidíase eosinofílica - - Sudeste da Ásia, ilhas do Pacífico e Austrália são consideradas regiões endêmicas ● MORFOLOGIA - - ADULTOS - - Nematódeos - Possuem corpo filiforme - Com cutícula transparente e lisa - Possuem a extremidade curvada, em ambos os sexos - Na extremidade posterior do macho, há uma bolsa copuladora, que contém espículos - Há dimorfismo sexual - LARVAS - - Sofre 4 mudas, sendo duas no hospedeiro intermediário - L1 L2 e L2 L3 - e no hospedeiro definitivo, sofre mais duas mudas - L3 L4 e L3 adulto ● HABITAT - O parasita Angiostrongylus cantonensis parasita, inicialmente, as meninges e migram posteriormente para a artéria pulmonar e ventrículo direitodos roedores, onde amadurecem em adultos e liberam grandes quantidades de ovos. - Já no hospedeiro acidental (homem), a migração é interrompida no cérebro, devido a reação inflamatória, dificilmente chegando aos pulmões. ● CICLO BIOLÓGICO - - O parasito se desenvolve nas artérias pulmonares, as fêmeas fazem a postura de ovos e ocorre a eclosão da larva - A larva (L1) sobe a árvore respiratória, é deglutida, passa por todo o trato gastrointestinal do roedor e é eliminada nas fezes - A larva L1 invade o hospedeiro intermediário (molusco), a partir da ingestão por parte deste → no tecido fibromuscular do hospedeiro intermediário ocorrem duas mudas: a larva L1 transforma-se em larva L2, que, por sua vez, evolui para a larva L3 (forma infectante) → em 11 dias, já existem larvas infectantes presentes no hospedeiro intermediário - A larva L3 pode ser secretada pelo muco do molusco e ser encontrada em hortaliças e frutas, as quais podem ser ingeridas pelo homem - O hospedeiro definitivo ingere o molusco contendo a larva L3, a qual irá atrvessar a parede intestinal e migrar para o SNC do roedor - encéfalo e medula espinhal - As larvas L3 são carreadas pela circulação do lado direito do coração e, por meio da circulação pulmonar, chegam ao lado esquerdo do coração, de onde seguem para a circulação sistêmica - chegando até o SNC Gabriela Palauro - ATM26 - No encéfalo e na medula espinhal, ocorre o desenvolvimento da larva L3 em L4, e posteriormente, da larva L4 em larva L5, que é a forma imatura - Após 28 dias de infecção, as formas imaturas abandonam o espaço subaracnoide, invadem as veias cerebrais e seguem em direção ao coração direito - assim, haverá o desenvolvimento das formas adultas, as fêmeas realizam a postura dos ovos e há a eclosão das larvas L1 - essas larvas L1, sobem a árvore brônquica, são deglutidas e eliminadas nas fezes - Posteriormente, tais larvas invadem o hospedeiro intermediário, ocorrendo 2 mudas - L1 L2 e L2 L3 - Nos seres humanos, as larvas L3 (infectantes) penetram a parede intestinal e, através da circulação, chegam ao coração direito, pulmões e coração esquerdo - Após isso, pela circulação sistêmica, as larvas chegam ao SNC - Tais larvas evoluem para L4 e posteriormente L5 (forma imatura) - Lembrando que há uma reação granulomatosa - e devido a ela, a evolução da larva é interrompida . ● MODO DE INFECÇÃO - - O ser humano se infecta ao ingerir hortaliças/verduras mal lavadas, ou até pelo consumo de pedaços de molusco ou dos hospedeiros paratênicos (camarão, caranguejo, rã...) - que contenham a larva L3 ● FORMAS CLÍNICAS - - MENINGITE EOSINOFÍLICA - é a mais frequente - Cefaleia intensa - Febre baixa - Rigidez de nuca - Náusea e vômito - Mialgia - Artralgia - Desorientação - Casos graves (mais raros): paralisia facial disartria, parestesia de tronco e membros (por meses) - Leucocitose (10-15mil/mm?3) - Eosinofilia sanguínea - Pleocitose eosinofílica (>10%) - ANGIOSTRONGILOSE OCULAR - - Observa-se perda parcial ou total da visão - Pode estar associada à meningoencefalite ● DIAGNÓSTICO MENINGOENCEFALITE EOSINOFÍLICA- - Clínico - cefaleia severa e eosinofilia no líquor - Dados epidemiológicos - exposição a moluscos e viagens para regiões endêmicas - LABORATORIAL - - Método imunológico - Detecção de anticorpos (soro ou LCR), Western blot (29 kDa) ou Dot-blot ELISA - Hemograma - apresenta leucocitose (10-15mil/mm3) e eosinofilia sanguínea Gabriela Palauro - ATM26 - Liquor - Pleocitose eosinofílica (>10%), Leucócitos: 150 a 2000/uL, Turvo e a detecção de Larvas é extremamente rara - Exames de imagem - SEM LESÕES FOCAIS ● DIAGNÓSTICO DE ANGIOSTRONGILOSE OCULAR - - Exame oftalmológico - Pode estar associada a meningite eosinofílica ● TRATAMENTO - - Anti-helmínticos são contraindicados (podem irritar as terminações nervosas do parasito e ocasionar migração errática deles, agravando os sintomas - SNC - analgésicos, remoção do LCR (edema) e utilização de corticoesteróides - OCULAR - utilização de laser e remoção cirúrgica ● PROFILAXIA - - Para evitar a infecção - → desinfecção de hortaliças (água sanitária 1,5% / 30 min) → evitar contato manual de moluscos → consumo de camarão de água doce e caranguejos (hospedeiros paratênicos) a partir da cocção por 3 a 5m-15°C por 24 horas - Campanha – surto epidêmico → busca ativa - os caramujos podem ser coletados manualmente, com luvas descartáveis → destino do material coletado → esmagar e enterrar em covas de 1,5m de profundidade com cal virgem → não colocar os caramujos no lixo comum → não enterrar os caramujos vivos ● ANGIOSTRONGILOSE ABDOMINAL - ou doença de Morera - Angiostrongylus costaricensis - - Restrita ao continente americano - Não é uma parasitose emergente - Maior causística no Brasil - RS e SC - O parasito se desenvolve (tanto no hospedeiro definitivo como no acidental) nos ramos ileocecais da artéria mesentérica superior - Pode provocar apendicite e quadro de abdome agudo - - MASSAS PSEUDOTUMORAIS - espessamento da parede, aumento do volume dos linfonodos + uma necrose obstrutiva leva a um quadro se abdome agudo ou apendicite perfurante - com letalidade d e7,4% ● QUADRO CLÍNICO - - Casos benignos - febre, anorexia, náuseas, vômitos - Casos graves - dor na fossa ilíaca, dor a palpação e massa tumoral - nesses casos - cirurgia ● DIAGNÓSTICO - - CLÍNICO - Dor a palpação; Massa tumoral Gabriela Palauro - ATM26 - Anamnese - perguntar sobre a exposição ao hospedeiro intermediário (moluscos - LABORATORIAL - - Eosinofilia (20 - 50%) - Sorologia (IgG) - ELISA ● ANISAQUIOSE - - Parasitose intestinal associada a quadros alérgicos - Modo de infecção por Anisakidae - - Consumo de carne crua de pescado / malcozida / salgada / defumada / contendo L3 . Gabriela Palauro - ATM26
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