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Manutencao-de-Hardware-e-Software

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Série TeCNOLOGiA DA iNFOrMAÇÃO (Ti)
manutenção De 
HaRDWaRe e 
SoFtWaRe
área tecnologia da informação (ti)
manutenção de 
hardware e
software
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
área tecnologia da informação (ti)
manutenção de 
hardware e
software
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
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nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
_________________________________________________________________________ 
 S491m 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Manutenção de hardware e software / Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
Brasília : SENAI/DN, 2012. 
108 p. : il. (Série Tecnologia da informação (TI)). 
 
 ISBN 978-85-7519-572-7 
 
 1. Computadores – Manutenção e reparos. 2. Hardware. 3. 
Software. 4. Responsabilidade social da empresa. 5. 
Responsabilidade ambiental. I. Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. 
Série. 
 
CDU: 004.3 
 _____________________________________________________________________________ 
lista de ilustrações
Figura 1 - EPIs ....................................................................................................................................................................16
Figura 2 - Óculos de proteção .....................................................................................................................................16
Figura 3 - Utilizando a luva ...........................................................................................................................................17
Figura 4 - Pulseira .............................................................................................................................................................17
Figura 5 - Eletricidade .....................................................................................................................................................18
Figura 6 - Aviso alertando sobre eletricidade estática .......................................................................................19
Figura 7 - Testando componentes .............................................................................................................................20
Figura 8 - Chaves diversas .............................................................................................................................................21
Figura 9 - Tipos de ponteiras ........................................................................................................................................21
Figura 10 - Ímã ..................................................................................................................................................................22
Figura 11 - Parafusadeira ...............................................................................................................................................23
Figura 12 - Estojo de parafusadeira ...........................................................................................................................24
Figura 13 - Parafusos .......................................................................................................................................................25
Figura 14 - Alicates ..........................................................................................................................................................26
Figura 15 - Alicate tradicional ......................................................................................................................................27
Figura 16 - Alicate de bico fino ....................................................................................................................................27
Figura 17 - Alicate de decapagem .............................................................................................................................28
Figura 18 - Decapando fio .............................................................................................................................................28
Figura 19 - Alicate de crimpagem ..............................................................................................................................29
Figura 20 - Pinças .............................................................................................................................................................30
Figura 21 - Pinça normal ................................................................................................................................................31
Figura 22 - Pinça de ponta anatômica ......................................................................................................................32
Figura 23 - Ferro de solda ..............................................................................................................................................33
Figura 24 - Suporte de solda ........................................................................................................................................34
Figura 25 - Solda em uso ...............................................................................................................................................35
Figura 26 - Kit de ferramentas .................................................................................................................................... 35
Figura 27 - Upgrade ...................................................................................................................................................... 37
Figura 28 - Visão ................................................................................................................................................................39
Figura 29 - Sentidos.........................................................................................................................................................39
Figura 30 - Cooler sujo ....................................................................................................................................................43
Figura 31 - Cooler limpo .................................................................................................................................................43
Figura 32 - Teclado sujo .................................................................................................................................................44Figura 33 - Teclado limpo com pincel .......................................................................................................................44
Figura 34 - Teclado limpo com pano .........................................................................................................................44
Figura 35 - Limpando monitor com pano ...............................................................................................................45
Figura 36 - Aspirador portátil .......................................................................................................................................46
Figura 37 - Componentes sujos ..................................................................................................................................46
Figura 38 - Peça oxidada ................................................................................................................................................47
Figura 39 - Embalagem de ar comprimido .............................................................................................................48
Figura 40 - Pasta térmica ...............................................................................................................................................49
Figura 41 - Monitor monocromático .........................................................................................................................51
Figura 42 - Monitor 3D ...................................................................................................................................................51
Figura 43 - Monitor holográfico ..................................................................................................................................51
Figura 44 - Caixa de som ...............................................................................................................................................52
Figura 45 - Impressora matricial .................................................................................................................................53
Figura 46 - Impressora a laser ......................................................................................................................................53
Figura 47 - Impressora térmica ...................................................................................................................................53
Figura 48 - Teclado ...........................................................................................................................................................54
Figura 49 - Mouse ............................................................................................................................................................55
Figura 50 - Webcam ...................................................................................................................................................... 56
Figura 51 - Estabilizador ................................................................................................................................................57
Figura 52 - Porta paralela ..............................................................................................................................................58
Figura 53 - Conexão SCSI ...............................................................................................................................................58
Figura 54 - Conexão PS/2 ..............................................................................................................................................58
Figura 55 - ConexãoUSB ................................................................................................................................................59
Figura 56 - Gabinete padrão vazio .............................................................................................................................61
Figura 57 - Placa-mãe .....................................................................................................................................................62
Figura 58 - Parafusos de sustentação da placa-mãe ...........................................................................................62
Figura 59 - Local reservado para o processador ...................................................................................................62
Figura 60 - Correto ...........................................................................................................................................................63
Figura 61 - Incorreto ........................................................................................................................................................63
Figura 62 - HD ....................................................................................................................................................................63
Figura 63 - Memória ........................................................................................................................................................64
Figura 64 - DDR 1 .............................................................................................................................................................65
Figura 65 - DDR 2 .............................................................................................................................................................65
Figura 66 - DDR 3 .............................................................................................................................................................66
Figura 67 - Conectores ...................................................................................................................................................68
Figura 68 - Chip BIOS .......................................................................................................................................................75
Figura 69 - Educação .......................................................................................................................................................98
Quadro 1 - Matriz curricular ..........................................................................................................................................13
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Manutenção de Hardware ..........................................................................................................................................15
2.1 Equipamentos de proteção individual – EPIs ....................................................................................16
2.2 Eletricidade estática – ESD .......................................................................................................................18
2.3 Equipamentos essenciais na manutenção de hardwares .............................................................20
2.3.1 Chaves ...........................................................................................................................................21
2.3.2 Parafusadeira ..............................................................................................................................23
2.3.3 Parafusos ......................................................................................................................................25
2.3.4 Alicate............................................................................................................................................26
2.3.5 Pinças ............................................................................................................................................30
2.3.6 Ferro de solda .............................................................................................................................322.3.7 Montando um kit de ferramentas .......................................................................................35
2.4 Upgrade de hardware .................................................................................................................................37
2.5 Procedimentos de teste de hardware ..................................................................................................38
2.5.1 Identificando um problema ..................................................................................................38
2.5.2 Testando o hardware ............................................................................................................. 40
2.5.3 Limpeza ........................................................................................................................................41
2.5.4 Materiais úteis na limpeza .....................................................................................................48
2.6 Conhecendo o Hardware ..........................................................................................................................50
2.6.1 Monitor .........................................................................................................................................50
2.6.2 Caixas de som .............................................................................................................................52
2.6.3 Impressora ...................................................................................................................................52
2.6.4 Teclado ..........................................................................................................................................54
2.6.5 Mouse ......................................................................................................................................... 54
2.6.6 Webcam ..................................................................................................................................... 55
2.6.7 Estabilizador X no-break ....................................................................................................... 56
2.7 Conexões de hardwares .......................................................................................................................... 57
2.8 Instalação de hardware ........................................................................................................................... 59
2.8.1 Passo a passo ..............................................................................................................................61
2.8.2 Upgrade de hardware ............................................................................................................ 64
2.9 Substituição e reparação de hardware ................................................................................................66
2.10 Erros mais comuns do técnico iniciante ...........................................................................................66
3 Softwares ...........................................................................................................................................................................71
3.1 Instalação de softwares ...................................................................................................72
3.2 Software de diagnóstico ...........................................................................................................................75
3.3 Drives ...............................................................................................................................76
3.4 Antivírus ..........................................................................................................................78
3.5 Gerenciamento de download ..........................................................................................83
3.6 Remoção de softwares.....................................................................................................84
3.7 Ferramentas e softwares de diagnóstico .............................................................................................85
3.8 Upgrade de software ........................................................................................................86
3.9 Configuração e manutenção de sistemas operacionais e de softwares ...........................88
3.9.1 Tipos de sistemas operacionais ...........................................................................................88
3.10 Ferramentas de recuperação de dados ............................................................................................89
4 Responsabilidade Socioambiental ..........................................................................................................................93
4.1 Definição ........................................................................................................................................................94
4.2 Sustentabilidade ..........................................................................................................................................96
4.3 Investimento educacional ........................................................................................................................97
4.4 Educação ambiental ...................................................................................................................................98
Referências ........................................................................................................................................................................ 101
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 103
Índice .................................................................................................................................................................................. 105
1
Você está iniciando a unidade curricular Manutenção de Hardware e Software na área de 
Telecomunicações. Esse conteúdo tem por objetivo fornecer detalhes sobre a conservação e a 
correção de possíveis falhas desses componentes, deixando você por dentro de cada detalhe 
em relação à composição e problemas mais comuns que podem ocorrer nessa área de atuação. 
Nossa expectativa é de que, ao final deste estudo, você esteja apto a montar um computar 
novinho em folha ou consertar e melhorar um usado. Para ajudá-lo a chegar a esse resultado, 
essa unidade vai abordar diversos assuntos, desde ferramentas necessárias ao seu trabalho até 
dicas de como ser um técnico mais qualificado e se destacar no mercado profissional.
Fique atento porque com certeza seu conhecimento será expandido de forma a agregar 
métodos que irão auxiliá-lo a ser um excelente técnico de hardware e software.
Conheça no quadro a seguir a matriz curricular que apresenta os módulos e as unidades 
previstos e suas respectivas cargas horárias.
Montador e Reparador de Computadores 
MóDULOS DENOMINAÇÃO UNIDADES CURRICULARES
CARGA 
hORáRIA
CARGA 
hORáRIA 
DO 
MóDULO
Básico Básico
•	 Fundamentos de Eletricidade 12h
32h•	Informática Básica e Documentação Técnica 8h
•	Qualidade, Terminologia de Hardware e 
Software
18h
Específico I
Montagem e 
Reparação
•	Arquitetura e Montagem de Computador 40h
128h•	Instalação e Configuração de Software e Redes 40h
•	Manutenção de Hardware e Software 48h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Bons estudos!
introdução
2
Manutenção de Hardware
Neste capítulo você vai conhecer os principais componentes que integram o computador 
e os aspectos que dizem respeito à manutenção de um hardware. Através deste estudo, você 
ainda vai aprender como deve ser feita a instalação e o conserto desses equipamentos. 
Vamos conhecer agora alguns dos objetivos de aprendizagem desta seção. Acompanhe:
a) utilizar equipamentos de proteção individuais(EPIs);
b) utilizar equipamentos de prevenção de ESD;
c) identificar o hardware e suas especificações;
d) utilizar técnicas e ferramentas de diagnóstico.
Ao final deste estudo, além de já contar com um bom conhecimento de manutenção de 
hardware, você também terá noções sobre os equipamentos de proteção e os devidos cuida-
dos que você deve ter ao realizar esse trabalho. Fique atento às dicas para estar sempre além da 
maioria dos profissionais da área e se destacar nesse cenário competitivo.
manutenção de hardware e software16
2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPIS
Alguns materiais são altamente recomendados para que você possa trabalhar 
com segurança. Evitar queimaduras e cortes são os principais objetivos de quem 
trabalha com manutenção de hardwares e, consequentemente, você zela pela in-
tegridade dos componentes e circuitos elétricos do computador. Veja a seguir os 
principais equipamentos de segurança utilizados pelos técnicos de informática.
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Figura 1 - EPIs
a) Óculos de proteção: Evita que faíscas atinjam os olhos.
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Figura 2 - Óculos de proteção
b) Luva antiestática: Impede que curtos-circuitos queimem componentes ou 
emanem descargas elétricas, provocando choque.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
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Figura 3 - Utilizando a luva
c) Pulseira antiestática: Como estamos emanando constantemente carga es-
tática gerada pelo nosso próprio corpo, esta é uma ferramenta indicada para 
evitar choques. Funciona como um fio terra conectado entre o nosso corpo 
e o gabinete, por exemplo, eliminando cargas acumuladas.
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Figura 4 - Pulseira
 CASOS E RELATOS
Descarga elétrica
Tiago, técnico experiente de uma empresa renomada, foi acionado há 10 
anos para atender uma solicitação de um cliente com problemas em seu 
equipamento residencial. Ao chegar ao local, o profissional logo efetuou 
testes para identificar a falha do computador. Ao detectar que a placa de 
memória havia queimado, logo começou os procedimentos para realizar a 
troca da peça. Acostumado a fazer esse tipo de atendimento, Tiago já foi 
manuseando a placa nova com as mãos, sem usar as luvas antiestáticas, 
crente de que saberia fazer isso sem danificar o componente. Ao finalizar 
o serviço, ligou o computador, porém a memória recém-instalada não foi 
manutenção de hardware e software18
reconhecida. Por não estar usando o EPI necessário, o técnico provocou 
uma descarga elétrica quase imperceptível ao ser humano, porém sufi-
ciente para inutilizar a peça. 
É muito comum um técnico achar que não precisa trabalhar com o equi-
pamento desligado da energia elétrica ou que não precisa utilizar os EPIs 
para reavaliar a manutenção de hardware. Também não é raro um técnico, 
por puro descuido, queimar componentes por tocar em partes sensíveis, 
causando descarga estática e danificando os circuitos. Lembre-se de que 
um bom profissional resolve o problema sempre que possível rapidamente 
e trabalha com honestidade e segurança. A pessoa que solicita o serviço 
nem sempre é leiga no assunto e pode ter acionado um técnico por falta de 
tempo e não por falta de conhecimento.
2.2 ELETRICIDADE ESTÁTICA – ESD
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Figura 5 - Eletricidade
Já falamos sobre esse assunto aqui, mas vamos explanar melhor para que você 
entenda corretamente os danos que o próprio corpo humano pode causar duran-
te a manutenção de computadores. 
Você já sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo ao tocar uma blusa de 
lã ou a porta de um automóvel? Esse é um evento comum entre os seres humanos. 
A partir de agora, você vai entender como isso acontece e quais os prejuízos que 
esse fenômeno pode acarretar na hora de fazer a manutenção de computadores. 
Para completar o estudo, você ainda vai aprender a evitar acidentes envolvendo 
essa energia que não podemos evitar e à qual chamamos de eletricidade estática.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
A eletricidade estática surge naturalmente ante o atrito com materiais isolantes 
(cabelo, vidro, lã etc.) e, como geralmente estamos em solo isolado (carpetes ou 
de tênis), ela não tem para onde fluir e acaba ocasionando o famoso “choque”. Isso 
não é nenhum motivo de preocupação, pois apesar de o corpo humano acumu-
lar milhares de volts, a amperagem é muito baixa e inofensiva para nosso corpo. 
Infelizmente, não podemos dizer o mesmo quando nos referimos ao efeito que a 
eletricidade estática pode causar nos hardwares, pois nesses casos ela tem força 
suficiente para danificar ou mesmo inutilizar os delicados circuitos eletrônicos.
Esse contato pode ocorrer por meio do manuseio inadequado e sem as prote-
ções recomendadas na hora de manipular esses componentes como, por exem-
plo, quando o vendedor arruma uma placa para exposição na vitrine de uma loja. 
Essa é uma tarefa bastante rotineira e, em algumas situações, a eletricidade es-
tática do contato manual pode oferecer riscos à integridade da peça. Etiquetar, 
informando preço e garantia, ou embalar a peça para entregar ao cliente também 
são atividades em que é preciso tomar o mesmo cuidado. Já com os técnicos, 
pode ocorrer esse mesmo problema ao ter contato, sem proteção, no momento 
da instalação.
O contato inadequado pode danificar o desempenho do componente ou até 
mesmo inutilizá-lo, e isso pode gerar um custo desnecessário, pois o técnico pode 
ser obrigado a arcar com o prejuízo provocado pelo erro de manuseio. O pior é 
que, quando não danifica a peça por completo, ela pode acusar defeito só de-
pois de algum tempo, levando o usuário a questionar a qualidade do seu serviço. 
Para evitar esses problemas, basta ficar atento a algumas medidas simples. Vamos 
conhecê-las?
 VOCÊ 
 SABIA?
Equipamentos como chips, placas e discos rígidos são 
embalados de fábrica com avisos em cores chamativas 
informando sobre a possibilidade de ESD. Cabe à pessoa 
que desembala a peça tomar os devidos cuidados.
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Figura 6 - Aviso alertando sobre eletricidade estática
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Tecnologias foram desenvolvidas justamente para preservar as peças mais 
suscetíveis a danos advindos da eletricidade estática. Luvas de borracha e plás-
tico antiestático são algumas dessas ferramentas. Outra dica interessante e que 
pode garantir um bom desenvolvimento do serviço é trabalhar manuseando os 
componentes pela borda.
Se não puder ter acesso a esses materiais, há outra medida que pode ser to-
mada antes de manusear os equipamentos. Você pode tocar com as duas mãos 
em uma janela metálica ou na fonte de alimentação do computador, desde que 
não sejam pintadas. Se não for possível, toque em outra parte interna do gabinete 
que seja de metal e não pintada. Repita essa descarga a cada 15 minutos 
De qualquer maneira, manuseie corretamente as placas, memórias e processa-
dores sempresegurando-os pelas bordas.
2.3 EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS NA MANUTENÇÃO DE HARDWARES
Imagine chegar a uma oficina mecânica em que o mecânico peça a você as 
ferramentas que ele irá precisar para consertar um defeito no seu carro. Com cer-
teza você não terá a metade das chaves e peças que ele precisará. Para que esse 
tipo de problema não aconteça em sua carreira, tenha sempre um kit de peças e 
ferramentas com que você irá trabalhar com grande frequência.
Veja na figura a seguir um exemplo de um serviço de teste que pode ser reali-
zado no dia a dia de trabalho na área de manutenção de hardwares.
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Figura 7 - Testando componentes
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
2.3.1 Chaves
Experimente abrir um gabinete de computador para ver a quantidade de 
parafusos que existe por lá. De vários tipos e tamanhos, eles são essenciais para 
manter todas as peças em seus devidos lugares, e quanto mais variados forem os 
parafusos, maior o número de chaves que você deve ter para poder manuseá-los. 
Na imagem seguinte, você pode observar alguns modelos:
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Figura 8 - Chaves diversas
Ferramentasde uso comum, as chaves são facilmente encontradas no comér-
cio, pois são utilizadas na construção civil, em oficinas mecânicas, nos serviços 
elétricos e em muitas outras profissões populares em nosso país. Na sua casa com 
certeza deve haver algumas delas, pois com elas podemos trocar chuveiros ou 
fixar quadros nas paredes, entre outros serviços rotineirosno nosso cotidiano.
Cada chave possui características que a diferenciam de outras e cada uma tem 
uma função, de acordo com o tipo de serviço a que se destina.
Vamos conhecer os tipos de chaves mais comuns utilizadas na manutenção de 
hardwares. Veja:
 Den
is
 P
ac
he
r 2
01
2
Figura 9 - Tipos de ponteiras
a) Chave de Fenda: Você encontrará facilmente essa ferramenta no mercado 
local. Esse é o modelo mais comum e mais utilizado na manutenção de com-
putadores. Com a ponta em linha reta, ela permite, assim como as outras, 
afrouxar ou apertar os parafusos que compõem a estrutura do gabinete. 
Você ainda pode escolher a grossura e o tamanho da chave.
manutenção de hardware e software22
b) Chave Philips: Com a ponta em forma de estrela, essa ferramenta disputa 
as atenções com a chave de fenda devido à quantidade de parafusos que 
você encontra dentro do gabinete que demandam seu uso. É ideal que você 
tenha alguns exemplares de tamanhos diferentes.
c) Chave Pozidriv: Além da chave de fenda e da chavePhilips, que são as mais 
comuns utilizadas no dia a dia, você também irá se deparar com outros tipos 
mais diferenciados, como é o caso da chave Posidriv. Essa ferramenta é uma 
versão evoluída da chave Philips com uma pequena alteração do formato da 
ponta, o que permitiu diminuir o escape da chave e dar maior torque.
d) Chave Hexagonal: A chave em formato hexagonal encobre toda a cabeça 
do parafuso, semelhante à chave utilizada para trocar um pneu de carro.
e) Chave Torx: A chave Torx, que também possui um desenho hexagonal, é 
mais utilizada nos discos rígidos.
f) Chave Allen: Com formato em “L” e conexão hexagonal, a chave Allen pos-
sui diversas espessuras e geralmente é utilizada na manutenção de HDs e 
drivers.
g) Chave Robertson: A chave Robertson possui a ponta quadrada, o que garan-
te o torque e dificulta o escape. Seu tamanho é facilmente identificado pelas 
cores dos cabos.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que as chaves com a ponta imantada, ou seja, que pos-
sua uma camada de ímã na ponta facilita o resgate de 
um parafuso que eventualmente caia em um local de 
acesso difícil.
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Figura 10 - Ímã
As chaves são ferramentas essenciais em um kit de manutenção de compu-
tadores. Um bom técnico deve estar sempre munido desses utensílios, evitando 
qualquer imprevisto ou atraso no serviço prestado que possa comprometer a ex-
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
pectativa do seu cliente. São muitas as chaves, não é mesmo? Saiba que existe 
uma boa solução para diminuir a quantidade de ferramentas do seu kit. Todas 
as chaves mencionadas podem ser substituídas por uma parafusadeira elétrica. 
Além de diminuir o peso e o volume de seu kit, você ainda consegue um melhor 
ajuste na hora da manutenção, sem fazer muito esforço.
2.3.2 Parafusadeira
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Figura 11 - Parafusadeira
A parafusadeira elétrica agiliza o serviço de manutenção, já que pode fazer o 
trabalho com mais rapidez e precisão, evitando o desgaste físico. Sua função é 
retirar e apertar os parafusos de um computador. 
Todo estojo conta com uma variedade enorme de ponteiras próprias para 
cada tipo de parafuso. Nesse caso, cabe ao técnico apenas a função de identificar 
a ponteira correta e acionar o botão para que ela faça o serviço. Fenda, Philips, 
Posidriv, Robertson e várias outras estarão à sua disposição, aguardando apenas 
a troca para executar sua função.
 FIQUE 
 ALERTA
Para a manutenção de computadores, prefira sempre para-
fusadeiras de baixo torque, recomendadas para trabalhos 
mais delicados.
Como utilizar
Com o auxílio de uma chave especial incorporada ao estojo da parafusadeira, 
você pode trocar as ponteiras e ainda indicar a direção em que ela deve girar. 
Não coloque muita força ao utilizar o equipamento para não danificar o local de 
entrada do parafuso. 
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Figura 12 - Estojo de parafusadeira
 VOCÊ 
 SABIA?
A maioria das parafusadeiras funciona com bateria. Por-
tanto, se faltar energia elétrica, você poderá continuar 
seu trabalho.
Cuidados
Alguns cuidados são fundamentais para garantir sua integridade física e a boa 
funcionalidade do equipamento. Veja:
a) Nunca utilize esse equipamento em locais úmidos e, principalmente, evite 
contato com água. Essas ações podem causar descarga elétrica e queimar o 
aparelho;
b) Monitore o estado físico dos cabos e tomadas. Se estiverem danificados, 
troque o equipamento ou consulte um técnico;
c) Sempre insira o equipamento na tomada no modo desligado;
d) Evite aproximar o equipamento dos cabelos e de partes frouxas das roupas, 
como as mangas de camisa, ou mesmo de gravatas;
e) Nunca ligue o aparelho em contato com o corpo, para que não ocorra a 
perfuração da pele;
f) Mantenha o equipamento longe do alcance das crianças.
Outro benefício dessa ferramenta é que você mantém sua integridade física, 
evitando problemas como LER (lesão por esforço repetitivo).
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
2.3.3 Parafusos
Já vimos que a parafusadeira pode substituir a velha maleta cheia de chaves, 
facilitando o manuseio dos parafusos e simplificando o trabalho do técnico. Ago-
ra, mesmo com uma única ferramenta, porque ainda é preciso tantas ponteiras?
Parafusar corretamente as peças é apenas uma das partes fundamentais para 
fazer com que o equipamento funcione de maneira correta. Saber o que fazer e 
como fazer é muito importante, pois quando você adquire um computador, rece-
be, além das caixas do monitor e do gabinete, várias outras bem menores cheias 
de parafusos. E aí, quando você se depara com uma situação como a que vê na 
imagem a seguir, inicia-se um quebra-cabeças.
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Figura 13 - Parafusos
Com tantos tipos de chaves ou ponteiras, você só pode encontrar muitos tipos 
de parafusos. São muitos e chegam a confundir os mais experientes técnicos em 
montagem de computadores. 
Essas “pecinhas” se diferenciam quanto ao uso e localização de cada uma. Ta-
manhos, tipos de rosca, grossura e comprimento são algumas das diferenças visí-
veis que existem entre os parafusos, mas lembre-se de que todos fazem parte do 
mesmo equipamento.
Os parafusos são fundamentais para manter as peças fixas em seus devidos 
lugares dentro do gabinete, até porque muitas delas ficam suspensas e sustenta-
dasapenas por eles.
Como identificá-los
São muitos os parafusos que integram a montagem de computadores. É im-
portante identificar quais parafusos prendem peças como o disco rígido e outros 
drives. Para facilitar essa identificação, podemos considerar que eles possuem três 
tipos de rosca:
manutenção de hardware e software26
a) autoatarraxante – utilizado apenas para prender a ventoinha responsável 
pela refrigeração do equipamento, em geral tem a cabeça achatada e possui 
forma de estrela, sendo necessária a utilização da chave Philips para ajustá-lo;
b) parafuso – utilizado para fixar discos rígidos ao gabinete, possui uma ponta 
em forma de panela (arredondada);
c) hexagonal – fixa a tampa do gabinete e demais componentes metálicos, 
tem a cabeça achatada com formato hexagonal e conexão Philips. 
Alguns parafusos se encaixam em diversos locais e causam a falsa impressão 
de compatibilidade, porém o comprimento incorreto, ou a espessura inadequada, 
pode lascar, alargar ou até mesmo quebrar algum outro componente.
Para consertar a placa-mãe, por exemplo, o técnico deve utilizar parafusos de 
rosca fina que, em alguns casos, podem ser de plástico. 
 FIQUE 
 ALERTA
De maneira geral, as peças dos computadores são emba-
ladas separadamente com seus respectivos parafusos. É 
sempre bom ter alguns dessesparafusos sobrando no seu 
kit, pois como são pequenos, podem facilmente ser perdi-
dos. Essa é uma boa dica para não deixar seu trabalho pela 
metade.
Além das chaves e dos parafusos, você certamente irá precisar de outras fer-
ramentas que o auxiliarão na manutenção de hardwares. Na próxima seção você 
vai ver que os alicates, assim como as chaves, são indispensáveis. Essa ferramenta 
também é encontrada no mercado em diversos tamanhos e formatos para que 
você possa escolher a que melhor se adapta à sua necessidade. 
2.3.4 aliCate
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Figura 14 - Alicates
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
Você deve ter o alicate mais tradicional em casa. Sua ponta tem um formato 
que lembra aboca de um jacaré. Essa ferramenta possibilita a você realizar muitas 
tarefas como resgatar parafusos que caiam dentro do gabinete, firmar ou pressio-
nar objetos, segurar fios para corte, colocar parafusos em locais de difícil acesso, 
colocar/retirar parafusos hexagonais, entre outras. 
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Figura 15 - Alicate tradicional
Na manutenção de computadores, prefira alicates com a ponta mais estreita, 
conhecido como alicate de bico. Ele é indicado para situações em que o movi-
mento deve ser preciso ou de difícil acesso.Veja a seguir um modelo:
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Figura 16 - Alicate de bico fino
São diversos os fins aos quais se destinam os alicates. Você até pode decapar 
fios usando esse tipo de ferramenta, mas não é recomendável intervir na parte 
elétrica, a não ser que você esteja certo de que o problema está nessa área.
Com a ferramenta correta, você tem mais precisão e segurança para realizar a 
decapagem de fios, evitando o rompimento do cobre responsável pela conexão 
elétrica. Entenda por decapagem a remoção da proteção plástica do cabo elétri-
co. Isso é feito para ajustes internos ou para detectar possível corrosão que possa 
estar ocorrendo. Esse tipo de diagnóstico pode levar até mesmo à substituição 
do fio. Para realizar a decapagem de fios, existe um alicate específico para essa 
finalidade. Vamos conhecê-lo? 
manutenção de hardware e software28
Alicate de decapagem
Como já mencionamos, uma das funcionalidade mais comuns do alicate é a 
decapagem de fios. Para esse tipo de ocasião, o técnico deve optar pelo alicate 
de decapagem. Isso mesmo! Essa ferramenta possui um local próprio para cortes 
e decape de fios. É muito importante que você use-o com calma e firmeza, caso 
contrário pode causar danos em peças mais delicadas. Dessa maneira, seu traba-
lho será realizado com mais facilidade e de maneira mais segura e garantida.
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Figura 17 - Alicate de decapagem
Ao optar pela ferramenta correta, você tem mais precisão e segurança para 
realizar a decapagem de fios, evitando o rompimento do cobre responsável pela 
conexão elétrica. 
 FIQUE 
 ALERTA
Ao utilizar o alicate específico de decapagem para essa 
função, você torna o seu serviço mais prático, proporcio-
nando maior facilidade e agilidade, principalmente quan-
do for necessário trabalhar com fios finos e curtos. Um 
descuido nessa tarefa poderá causar uma pane elétrica no 
equipamento, comprometendo seu funcionamento.
Utilização
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Figura 18 - Decapando fio
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
Assim como a maioria das ferramentas, o alicate de decapagem precisa ser 
ajustado para um melhor acabamento. O primeiro ajuste a ser feito é na altura das 
lâminas de corte, dessa maneira preserva-se o fio de cobre. Para garantir a eficá-
cia do seu trabalho e uma maior durabilidade do equipamento, observe atenta-
mente as indicações que constam no manual. Todo bom profissional precisa de 
ferramentas de qualidade para garantir um serviço bem-feito, com agilidade e se-
gurança. É importante que você, ao realizar serviços elétricos, sempre desligue o 
equipamento da tomada, evitando acidentes com descarga elétrica. Utilizando a 
ferramenta adequada e tomando as devidas medidas de segurança na realização 
do trabalho, você garante mais segurança no serviço que está sendo realizado.
Alicate de crimpagem
Outra ferramenta essencial, principalmente na área de redes, é o alicate de 
crimpagem. Mais específico, tem a função comumente conhecida de esmagar as 
conexões de um cabo de rede. Essa ferramenta é muito utilizada quando é ne-
cessário fazer um cabo novo ou corrigir alguma falha que possa surgir em cabos 
que já estão em uso. Escolha bem, pois quanto mais forte e precisa for a prensa 
desses alicates, melhor ficará a conexão e o seu serviço será concluído com mais 
qualidade.
 Lea
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Figura 19 - Alicate de crimpagem
A pergunta é: como utilizar um alicate de crimpagem? Inicie o serviço descas-
cando a ponta do cabo. O próprio alicate de crimpagem tem essa função, mas 
você também pode utilizar o alicate de decapagem, que, como já vimos neste 
estudo, é específico para realizar essa atividade. Em seguida, você vai notar que 
dentro do cabo de rede existem vários outros fios mais finos que devem ser inse-
ridos nas vias do conector. Após realizar esse procedimento, insira o conector no 
alicate e pressione-o com força até o final.
O alicate deve ser pressionado o suficiente para que a lâmina do conector es-
mague os fios, criando o contato. Com essa ferramenta você não precisa ter medo, 
portanto empregue uma boa dose de força para que o conector fique firme. O 
alicate ainda o ajudará a gerar pressão para prender a trava plástica do conector.
manutenção de hardware e software30
Em geral, há uma certa dificuldade para deixar os fios extremamente retos, o 
que é fundamental para o bom funcionamento do conector, mas com o tempo a 
habilidade se aprimora e fica cada vez mais rápido e fácil dar o acabamento correto. 
 FIQUE 
 ALERTA
Você deve desengatar o fio pelo conector, ele é de plásti-
co e seguro, assim não causará problemas com descargas 
elétricas. Puxá-lo pelo fio pode resultar no rompimento da 
ligação do conector.
Estudando cada ferramenta assim, separadamente, fica mais fácil perceber o 
que cada modelo pode fazer para facilitar e melhorar o seu trabalho, não é mes-
mo? O mercado disponibiliza uma gama imensa de possibilidades, cabe a você se 
atualizar e buscar sempre adequar as novidades às suas necessidades.
2.3.5 Pinças
Você pode utilizar as chaves imantadas ou alicates de ponta fina para resgatar 
um objeto dentro do gabinete, mas saiba que existe uma ferramenta muito útil e 
específica para essa finalidade. As pinças são uma boa dica pra incluir na sua lista 
de utilidades para realizar a manutenção de computadores. 
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Figura 20 - Pinças
A pinça é bem conhecida no mundo feminino pela precisão e minúcia do mo-
vimento. No universo dos técnicos de informática, essa ferramenta também é 
muito famosa por essa mesma característica. A pinça realiza uma atividade que 
somente o ser humano é capaz de fazer, unindo o dedo indicador e o polegar, 
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
mas as dimensões dos dedos não permitem alcançar locais restritos, além de ge-
rar energia estática integralmente. 
Devido a isso, a pinça encaixa na maleta de ferramentas de um técnico de in-
formática como uma luva. Nos serviços de manutenção de computadores, ela tem 
diversas funções importantes. Em primeiro lugar, ela evita o contato direto do cor-
po humano com determinados componentes internos do gabinete, o que, como 
já vimos, pode danificá-los ou inutilizá-los, devido à eletricidade estática gerada.
Dessa maneira, essa peça delicada colabora no resgate de parafusos que, por 
acidente, caiam dentro do gabinete e que não podem ser acessados pela chave 
imantada. Outra vantagem interessante é que ela também auxilia na conexão dos 
jumpers nas placas. Por fim, a ferramenta ainda ajuda na hora de realizar uma lim-
peza no computador. Uma pinça será de grande utilidade para remover sujeiras 
alojadas em locais de difícil acesso aos quais o ar comprimido não tenha sucesso. 
Assim, você poderá remover desde pedaços de papel até apoeira que pode se 
formar dentro do gabinete.
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Figura 21 - Pinça normal
Assim como ocorre com outras ferramentas que já vimos neste estudo,as pin-
ças também podem ser encontradas em diversos tipos, porém os mais indicados 
são os modelos com cabos emborrachados e de ponta fina. Esses modelos em-
borrachados evitam a passagem da corrente elétrica, e a ponta fina permite o 
acesso a locais mais estreitos.
Para facilitar ainda mais os serviços, existem também as pinças com ilumina-
ção embutida; a luz facilita a visualização dos componentes dentro do gabinete. 
Você também irá encontrar modelos com desenhos anatômicos, que são impor-
tantes porque possibilitam a fixação de parafusos ou o alcance em regiões de 
difícil acesso. 
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Figura 22 - Pinça de ponta anatômica
 FIQUE 
 ALERTA
Um bom profissional também é reconhecido pela organi-
zação e conservação dos materiais que utiliza. Além disso, 
se você não se organizar, esquecerá com frequência seus 
equipamentos em casa ou, pior, na casa do cliente. Imagi-
ne viajar 40 quilômetros para fazer uma manutenção e es-
quecer uma de suas ferramentas no local em que realizou 
um reparo.
Fáceis de encontrar e com preços acessíveis, vale a pena adicionar no seu kit-
pinças variadas. Lembre-se também de que, assim como as demais ferramentas, 
você deve mantê-las longe do alcance das crianças, pois sua ponta pode causar 
perfurações graves no corpo humano.
Agora, siga em frente para conhecer outras ferramentas que contribuem na 
rotina de um técnico de manutenção de computadores.
2.3.6 ferro de solda
Ferramenta útil na manutenção de computadores, o ferro de solda é indispen-
sável em casos de conexões internas danificadas. Fácil de manusear, o equipa-
mento é comum entre os técnicos de informática. 
Junto com suas ferramentas você deve ter sempre um kit de solda básico. Fer-
ro de soldar, sugador de solda, rolo de solda eletrônica (dê preferência ao mais 
fino), além do alicate de corte e do alicate de bico. Essas são algumas ferramentas 
que fazem parte desse kit. Vamos conhecer agora, de maneira mais detalhada, 
cada um desses componentes. Acompanhe.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
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Figura 23 - Ferro de solda
Muitas das peças internas do computador são soldadas. Quando o defeito re-
quer um ajuste neste tipo de peça, você terá que utilizar o ferro de solda para 
fazer o conserto. O primeiro passo para utilizar essa ferramenta é ligá-la à ener-
gia elétrica. Imediatamente a ponta da solda ficará quente. Nesse momento você 
deve aproximá-la do ponto a ser soldado, juntamente com a ponta do rolo de 
solda. Essa junção provocará o derretimento do fio de solda e fará a conexão dos 
dois objetos. Cuide para não colocar muito fio de solda. Uma boa dica é observar 
os outros conectores e procurar manter a mesma quantidade. 
Para a manutenção de computadores, prefira o ferro de solda de menor tama-
nho – alguns o chamam de lápis por ter as dimensões pequenas e baixa potência, 
ideal para serviços de pequeno porte.
Observe atentamente a ponta da solda, pois é ela que irá aquecer e alcançar 
o ponto exato que precisa ser corrigido. Cada ponta de solda tem uma finalidade 
específica. Se for o caso, a ponta também pode ser trocada, basta desenroscar 
e substituir pelo modelo desejado ou ainda, se necessário,trocar por uma nova 
devido ao desgaste que ela pode sofrer ao longo do tempo.
Nunca troque a ponta com o equipamento ligado, pois pode provocar quei-
maduras. Outra orientação importante é que você procure sempre um local se-
guro para descansá-la, assim evitará derreter outros produtos expostos no local. 
Após o uso da ferramenta, é indicado deixá-la no suporte de solda. Veja na ima-
gem seguinte um modelo.
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Figura 24 - Suporte de solda
Ao manusear o ferro de solda você deve observar a polaridade correta do com-
ponente antes de iniciar o uso. Ligue-o na tomada e aguarde o aquecimento. Em 
seguida, você pode verificar a temperatura desejada testando diretamente no fio 
de solda.
Se for preciso remover o excesso da solda desgastada, utilize o sugador de sol-
da. Essa ferramenta se encarregará de remover toda a solda derretida no circuito. 
Em seguida, com o local limpo, você poderá refazer a solda do componente.
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 ALERTA
Caso pingue solda derretida em local indevido, não vire ou 
sopre a placa que você está soldando, pois ela secará rapi-
damente sozinha e poderá ser removida com segurança.
Para realizar a limpeza do ferro de solda você precisa, inicialmente, mantê-
-lo aquecido. Com uma esponja ou um pano umedecido em água destilada, vá 
removendo todo o excesso de solda da ponteira. Nunca lixe o equipamento, pois 
isso diminui a vida útil e prejudica a difusão do calor da ponteira.
Para soldar placas de circuito, prefira as pontas finas e cilíndricas, ou também 
chamadas de cônicas; elas alcançarão facilmente o local de manutenção.
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Figura 25 - Solda em uso
É sempre aconselhável que você teste suas habilidades com a solda antes de 
realmente executar uma tarefa. Isso evitará que você tenha problemas na hora 
que precisar mexer com os circuitos elétricos.
Já vimos até aqui que o kit de ferro de solda é bastante completo e cada item 
possui uma função muito importante para a realização dos trabalhos de solda-
gem, mas um técnico precisa ainda de outras ferramentas que, todas juntas, irão 
formar um kit ainda mais completo e eficaz. Nas próximas páginas, você vai ver as 
ferramentas que não podem faltar para ter um kit completo e assim poder realizar 
os serviços com rapidez, segurança e agilidade. Com o tempo, você criará o seu 
método de trabalho através das experiências que acumulará, mas não será ruim 
começar com as sugestão que preparamos para você!
2.3.7 Montando uM kit de ferraMentas
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Figura 26 - Kit de ferramentas
manutenção de hardware e software36
A experiência que a prática nos agrega faz com que possamos sair de difíceis 
situações, mas se você sempre estiver preparado com as ferramentas corretas 
para cada necessidade, ganhará um reforço extra para resolver os problemas de 
manutenção e ainda não precisará enjambrar para consertar um computador.
A maioria das ferramentas que recomendaremos a seguir possui preço acessí-
vel é facilmente encontrada em lojas de construção, por exemplo. Assim fica fácil 
montar um kit prático e útil. Vamos ver agora a lista de ferramentas que você deve 
ter sempre em mãos:
a) chaves de fenda, Phillips, Torx, Allen etc. (escolha tipos e tamanhos confor-
me sua necessidade);
b) alicates: alicate comum, alicate decapador e alicate de crimpagem;
c) pinça;
d) borracha;
e) pincel;
f) pasta térmica;
g) testador de cabos LAN;
h) lata de compressor de ar;
i) desengripante;
j) ferro de solda;
k) miniaspirador de pó;
l) pano;
m) sacoantimofo (para colocar dentro do gabinete, fixo por uma fita adesiva e 
longe da fonte).
Os preços desses equipamentos costumam variar muito de um local para ou-
tro, portanto uma pesquisa detalhada pode resultar em uma economia conside-
rável, sobrando, inclusive, para adquirir outra ferramenta que não esteja nos seus 
planos de imediato.
Além das ferramentas de manutenção, é sempre bom manter peças de teste, 
ou seja, peças avulsas que você poderá utilizar para fazer uma substituição tem-
porária e identificar o problema que pode estar ocorrendo no computador. Pro-
cessador, cabo de disco rígido, placa-mãe, placa de rede e vídeo, cooler, HD, pente 
de memória, drive de CD e DVD, leitor de cartão de memória e uma fonte esses 
são alguns componentes que podem ser substituídos e, fazendo isso, o técnico 
identifica mais facilmente a peça que apresenta problema. 
Essas são algumas dicas de como fazer e do que ter em mãos ao realizar a 
manutenção de computadores. Lembre-se de que fica a seu critérioaumentar ou 
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
diminuir essa lista de acordo com as necessidades que surgirem com as experi-
ências que vivenciar. Quanto mais completo seu kit, menos imprevistos. Comple-
mente a relação sempre que achar necessário.
 VOCÊ 
 SABIA?
Que deve manusear corretamente as peças para não 
danificá-las ou até mesmo inutilizá-las. Lembre sempre 
que o manuseio das placas deve ser feito segurando-
-as pelas laterais e de preferência utilizando a pulseira 
antiestática.
Conte sempre com o auxílio dos fóruns, redes sociais de discussão sobre di-
versos temas, que são oferecidos gratuitamente na internet. Através deles você 
pode tirar dúvidas com outras pessoas da área de manutenção de computadores 
e ainda trocar experiências.
Essa troca de informações via internet acaba criando um enorme banco de 
dados e torna-se extremamente útil para o dia a dia. Apesar disso, você deve ficar 
atento à fidedignidade das fontes, pois muito do que circula na web pode não ser 
confiável.
2.4 UPGRADE DE HARDWARE
Assim como os veículos e celulares, os computadores sofrem melhorias tanto 
na estética como nas funções que eles executam. A cada dia surge uma nova tec-
nologia que supera os equipamentos existentes, mas na computação existe uma 
solução para adiar a substituição do equipamento: o upgrade de hardware. 
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Figura 27 - Upgrade
Através dessa alternativa, podemos manter nosso equipamento atualizado 
por mais tempo realizando apenas melhorias na capacidade dos componentes 
instalados de fábrica como, por exemplo, aumentar a capacidade de memória 
manutenção de hardware e software38
RAM, instalar uma placa de vídeo mais evoluída ou ainda aumentar a capacidade 
do processador. Essa melhoria só é possível através da substituição desses com-
ponentes.
O processo de troca desses equipamentos precisa ser executado da forma 
mais correta possível, evitando qualquer risco ou danos à placa-mãe ou a outros 
componentes. Para tanto, você precisa encontrar peças compatíveis e de boa 
qualidade, além de preparar os materiais necessários para iniciar a substituição 
das peças.
O upgrade da memória e de HD são os mais simples, pois não é necessário 
baixar drives ou configurá-los. Desde que sejam compatíveis com as demais peças 
que compõem seu hardware, basta encaixá-los nos locais reservados para eles e o 
sistema operacional irá reconhecê-los automaticamente.
 FIQUE 
 ALERTA
Em muitos casos o upgrade do BIOS (sistema básico de 
entrada e saída) será necessário para atualizar o micro e 
fazer com que o computador aceite os novos dispositivos 
instalados.
Agora você já viu que melhorar um computador pode ser mais fácil do que 
parece. O mais indicado para usufruir com sucesso das possibilidades de upgrades 
que existem no mercado é acompanhar a evolução dos componentes e estar sem-
pre atento às novidades para identificar as melhores alternativas disponibilizadas.
2.5 PROCEDIMENTOS DE TESTE DE HARDWARE
A maioria dos computadores já possui um sistema operacional que fica res-
ponsável por fazer uma leitura, assim que é ligado, para conferir se todas as peças 
estão devidamente instaladas, mas trataremos deste tema mais adiante. Por hora, 
vamos nos preocupar em aprender a fazer os testes para verificar o que pode es-
tar incorretamente instalado.
2.5.1 identifiCando uM ProbleMa
É natural do ser humano a busca contínua pelo aperfeiçoamento pessoal, in-
telectual e profissional. Independentemente de sermos funcionários ou empre-
sários, estamos constantemente agregando conhecimento para ser melhores 
naquilo a que nos propomos. Seja qual for a área escolhida por nós, contamos 
com nossos sentidos, que são indispensáveis para executar qualquer atividade. 
Audição, olfato, visão, tato e paladar podem ser diferenciais que decidirão quem 
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
terá um melhor desempenho. Através da memória, por exemplo, podemos criar 
um arquivo humano de diversas situações que vivenciamos e essas experiências 
podem nos servir para resolver assuntos futuros. 
Na informática, podemos ver claramente pelo menos dois desses sentidos 
atuando intensamente. Em muitos casos, apenas uma análise olfativa ou visual 
pode ser suficiente para detectar um problema que já foi vivenciado em algum 
momento de nossa vida.
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Figura 28 - Visão
A inspeção visual é o primeiro passo para identificar um possível defeito em 
componentes de um gabinete como, por exemplo, um acabamento malfeito, co-
nexões ou placas desencaixadas, alterações de cores ou espessura de determi-
nada peça, corrosão/oxidação, entre outros. Através da audição você pode, por 
exemplo, identificar problemas no cooler. Já o olfato pode ajudar a detectar pos-
síveis queimaduras de componentes ou até mesmo do estabilizador, modem e o 
que mais for suscetível a esse tipo de problema.
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Figura 29 - Sentidos
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Para contar com essas ferramentas naturais do ser humano, é necessário que 
você saiba em que estado as peças devem estar, assim como também reconhecer 
as cores originais de fios, componentes e circuitos elétricos pertencentes a um 
computador. Esse conhecimento pode representar economia de tempo ao con-
sertar um componente. 
Na informática, é preciso aliar o estudo teórico à prática, pois essa combinação 
fornece conteúdo suficiente para que possamos resolver qualquer problema que 
possa surgir.
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 FIQUE 
 ALERTA
Assim que adquirir um conhecimento básico, abra seu 
gabinete e reconheça as peças mencionadas ao longo do 
curso.
Você viu como o corpo humano por si só oferece uma série de funções que po-
dem facilitar o trabalho manual de qualquer equipamento. Portanto, cuide bem 
desses sentidos naturais utilizando os protetores visuais, as luvas e o que mais for 
necessário, assim você evita acidentes e mantém sua integridade física.
2.5.2 testando o hardware
Existem diversas técnicas de testes em hardwares, mas você pode partir do 
princípio de que se estiver com o kit de ferramentas completo, incluindo peças e 
componentes adicionais, testar o hardware, na pior das hipóteses, nada mais será 
do que substituir peça por peça para identificar em qual delas está o problema.
Além disso, outro fator imprescindível para teste é a conferênciado estado físico 
de cabos e tomadas nos quais o equipamento está ligado. Se o problema for co-
nexão com a rede, você poderá contar com um equipamento chamado testador 
de cabo. Vamos ver como essa ferramenta funciona? Siga em frente!
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
Simples ou sofisticados, os testadores verificam a continuidade dos dados 
transmitidos pelos cabos, checando se o percurso do sinal elétrico chega inte-
gralmente à outra ponta e ainda verifica se ele cumpre as especificações mínimas 
de funcionamento. O diagnóstico é apresentado através de luzes que se acendem 
quando o testador é conectado. Caso uma delas esteja apagada, significa que 
aquela conexão está com defeito. Testadores mais simples não identificam em 
que ponto exatamente o cabo está partido, obrigando o técnico a trocar o cabo 
inteiro. Os modelos medianos oferecem um diagnóstico detalhado, mostrando a 
capacidade de velocidade dos cabos e verificando se são indicados para as trans-
missões de 100 a 1.000 megabits. Além disso, avisam, inclusive, se algum dos oito 
contatos estão rompidos. Por fim, existem ainda outros modelos, mais sofistica-
dos, em que é possível identificar até o local em que o cabo está rompido. 
Independente do modelo, para realizara leitura você deve conectar cada pon-
ta do cabo em cada um dos aparelhos do testador. A partir daí ele fará a leitura e 
indicará, através das luzes, se há problemas nas conexões.
 FIQUE 
 ALERTA
Nem sempre o barato sai caro. Pesquise e analise as espe-
cificações do equipamento para ver se atendem ao que 
você necessita.Quanto mais rápido você cobrir suas des-
pesas com ferramentas, mais rápido virá o lucro.
O testador de cabo éum grande aliado para os profissionais que trabalham 
com montagem de redes, mas ele também é muito útil para os técnicos de ma-
nutenção, pois em muitos momentos você irá se deparar com problemas de co-
nexão, o que pode resultar em conserto ou até mesmo substituição do cabo em 
uso. Portanto, não será raro e talvez seja até comum ter que testar a integridade 
dos cabos de conexão. Alguns consideram o testador dispensável para trabalhos 
eventuais, pois é raro encontrar defeitos em cabos, e o mais raro mesmo é que os 
cabos venham com defeito de fábrica, pois são resistentes, flexíveis e facilmente 
instalados.
Quase sempre os problemas serão causados por conectores mal crimpados. 
Nessa hora o alicate de crimpagem será muito bem empregado para realizar a 
manutenção. Talvez não seja a sua função, mas um bom profissional sempre re-
solve o problema.
2.5.3 liMPeza
Alguns problemas são constantes e comumente vivenciados pela maioria dos 
técnicos em manutenção de hardwares. Nesta seção você conhecerá os casos que 
geralmente são os campeões de chamadas técnicas.
manutenção de hardware e software42
Por incrível que pareça, um dos motivos que mais causam problemas no desem-
penho do computador ou em seu funcionamento é a limpeza do equipamento.
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Assim como todos os objetos que temos aos montes em casa, o computador 
também precisa ser limpo. Na verdade, um dos grandes problemas caseiros dos 
usuários comuns está relacionado ao acúmulo de sujeira nos componentes res-
ponsáveis pelo bom funcionamento do sistema.
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Isso acontece porque dentro do gabinete existe uma ventoinha (cooler) que 
puxa o ar externo e refrigera os circuitos internos sempre que o computador está 
ligado. Neste ponto, chegamos a outro problema que também soma um bom nú-
mero de chamados técnicos de manutenção. Uma falha na ventoinha pode pro-
vocar um aquecimento interno. Se esse problema não for reparado a tempo, os 
danos podem ser enormes, variando desde o travamento do sistema, redução da 
vida útil ou até mesmo o dano permanente do componente superaquecido. Esse 
problema, às vezes, é detectado facilmente. Isso porque quando o computador é 
ligado, ele funciona normalmente e, com o passar de alguns minutos, ele começa 
a apresentar problemas. Em geral, instale o computador em locais ventilados que 
facilitarão o trabalho do cooler. Isso ajudará a evitar o superaquecimento interno.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
O cooler também puxa a poeira que vai se acumulando com o tempo sem que 
as pessoas vejam, pois com o gabinete fechado é impossível ver o que acontece 
por dentro. Por isso, fique atento à idade do computador e realize uma limpeza 
interna uma ou duas vezes por ano – mas ela deve ser feita com todo o cuidado e 
com ferramentas apropriadas para esse fim.
Vamos ver agora o que podemos usar para a tarefa de limpeza.
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Figura 30 - Cooler sujo
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Figura 31 - Cooler limpo
Para fazer uma limpeza de hardware você precisa ter sempre à disposição pin-
ças, panos limpos, cotonetes, palitos de dente, detergente, água, pincel com cer-
das longas e macias, chaves de fenda, Philips e outras, algodão e ar comprimido.
Antes de qualquer coisa, confira se o computador está desligado. Outra dica im-
portante é nunca usar água dentro do gabinete. Além disso, seja cuidadoso, pois 
as peças são sensíveis. 
Você pode começar a limpeza pelo teclado virando-o de cabeça para baixo e 
sacudindo-o. Com o ar comprimido, remova a sujeira que estiver por baixo das 
teclas e que é de difícil acesso. O pincel também pode ser útil nesse caso. Em se-
manutenção de hardware e software44
guida, limpe o teclado passando um pano úmido sobre as teclas para eliminar a 
oleosidade deixada pelos dedos. Para finalizar, seque com um pano seco.
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Figura 32 - Teclado sujo
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Figura 33 - Teclado limpo com pincel
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Figura 34 - Teclado limpo com pano
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
 VOCÊ 
 SABIA?
Que se sentir segurança, você pode retirar as teclas para 
limpar por baixo, mas cuidado para não desordená-las 
na recolocação. Os cotonetes serão úteis para limpar os 
cantos de difícil acesso. Esse procedimento não é reco-
mendado para notebooks.
O mouse também deve ter atenção especial e, com um pano úmido, você já 
consegue caprichar nesse componente. Caso seu mouse seja com bolinha, você 
pode abrir a base na parte de baixo dele e, com um palito de dentes ou cotonete, 
remover o excesso de poeira acumulada nas barras laterais que dão movimento 
ao cursor. Você vai se surpreender com a quantidade de poeira que esse equipa-
mento é capaz de acumular com o tempo.
Em relação aos cabos, é recomendável apenas uma passada de pano úmido, 
cuidando para não chegar às pontas metálicas. Em seguida, passe um pano seco.
Já falamos sobre a limpeza de vários componentes do computador, mas sem 
dúvida o mais visível deles é o monitor. Independentemente do modelo, você 
deve utilizar sempre um algodão ou pano levemente umedecido. Fique atento! 
Sempre seque ao finalizar a limpeza. A parte externa do monitor pode ser limpa 
com água e detergente sem excesso. 
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Figura 35 - Limpando monitor com pano
A utilização de produtos como o álcool pode danificar a estética do equipa-
mento com o tempo. O restante da parte externa pode ser limpo com pano úmi-
do e aspirador de pó.
manutenção de hardware e software46
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Figura 36 - Aspirador portátil
 VOCÊ 
 SABIA?
Você sabia que deve ter muito cuidado com a utilização 
da água como ferramenta de limpeza de hardwares? 
Deixar peças úmidas pelo excesso de água pode causar 
danos a você e ao equipamento.
Assim como a parte externa, a parte interna requer igual atenção na hora da 
faxina. O acúmulo de sujeira sobrecarrega o cooler e pode causar o aquecimento 
interno de alguns componentes, portanto a limpeza interna é essencial para a 
longevidade do computador.
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Figura 37 - Componentes sujos
A limpeza interna exige atenção redobrada quando comparamos esse proce-
dimento com a limpeza externa, isso se justifica em virtude de você tratar as pe-
ças que não possuem proteção quando ficam expostas, ou seja, quando a capa 
do gabinete é removida.
Portanto, muito cuidado com os componentes eletrônicos de um gabinete, 
como as placas, que em geral possuem uma coloração esverdeada e comportam 
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
as ligações elétricas. Para limpar esse componente, passe apenas um pano seco, 
assim evita danificar as conexões.Você não deve empregar muita força na hora da 
limpeza das peças, pois isso pode acabar prejudicando algum contato fundamen-
tal para o funcionamento do equipamento.
Dê uma atenção especial à limpeza do cooler, pois ele é o responsável por evi-
tar o superaquecimento das peças internas do gabinete, lembra? Opte pela se-
gurança e, nesse caso, prefira utilizar o pincel para limpar as ventoinhas e outros 
componentes internos. 
 VOCÊ 
 SABIA?
É indicado realizar uma limpeza geral no computador 
uma vez por ano. Dessa forma você contribui para um 
melhor desempenho do equipamento e para a conser-
vação das peças.
A oxidação é um problema que você pode evitar adotando a limpeza frequen-
te de hardware. A oxidação dos componentes, na maioria dos casos, é facilmente 
resolvida com pincel, desengripante e uma borracha simples (daquelas escola-
res). A borracha limpa o local oxidado, mas utilize sempre luvas para evitar a está-
tica, pois pode danificar as peças ou inutilizá-las.
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Figura 38 - Peça oxidada
 FIQUE 
 ALERTA
É contraindicada a utilização de spray para evitar corro-
sões. Prefira sempre componentes de melhor qualidade, já 
envernizados, revestidos de metais nobres ou blindados. 
Apesar de mais caras, essas escolhas dão a você mais pro-
teção e durabilidade das peças, principalmente para quem 
reside próximo à praia.manutenção de hardware e software48
Até aqui você já aprendeu que a limpeza dos computadores é muito impor-
tante e que pode até aumentar a vida útil da máquina. Além disso, já viu que é 
preciso tomar cuidado com o contato manual e que, para evitar essas atitudes, o 
mercado oferece várias ferramentas que podem lhe auxiliar na limpeza do har-
dware. Você está preparado para seguir em frente? Então vamos conhecer agora 
alguns materiais que podem ajudar a fazer uma boa limpeza nos componentes. 
2.5.4 Materiais úteis na liMPeza
Alguns itens são indispensáveis para fazer uma limpeza completa e eficiente. 
Portanto, papel e caneta na mão para anotar todos os detalhes e não esquecer 
de nada.
Ar comprimido
Um produto muito útil e seguro para utilizar na limpeza de hardwareé o ar com-
primido. Como já vimos, os componentes internos de um computador exigem um 
cuidado de manuseio e atenção no momento da limpeza quando tratamos de co-
nectores ou placas eletrônicas. Fique sempre atento aos itens específicos que fa-
cilitarão seu trabalho, mas nem sempre são comuns nas residências ou empresas, 
portanto previna-se e tenha o máximo de ferramentas com você onde estiver.
O ar comprimido é um item indispensável na limpeza de hardware. Ele é feito 
do ar compactado semelhante ao sistema utilizado para armazenar gás nos boti-
jões e produtos em spray, porém em escala menor, pois o fim ao qual se destina 
não exige tanta pressão.
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Figura 39 - Embalagem de ar comprimido
Normalmente comercializado em latas, o ar comprimido não oferece risco de 
explosão e sua embalagem é semelhante à do desodorante aerossol que utiliza-
1 CONDUTIVIDADE 
TÉRMICA
Condutividade térmica é 
a quantidade de calor que 
circula pelo equipamento.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
mos diariamente. A diferença é que o ar comprimido possui um bico fino e longo 
que permite atingir locais estreitos e de difícil acesso.
Como possui grande pressão, o jato de ar emitido é útil para remover poeira 
e pequenas sujeiras em locais como teclado, CPU, impressoras e muitos outros.
O cuidado com o manuseio dessa ferramenta deve ser redobrado, pois apesar 
de o ar comprimido não ser tóxico, pode causar danos graves a sua integridade 
física: o contato direto com a pele ou com os olhos pode causar irritações. Utilize 
sempre luvas e óculos de proteção. A pressão emanada por esse produto pode 
arrancar um olho da órbita, causar hemorragias e até mesmo o rompimento do 
tímpano. Portanto, esteja atento à direção do pino de saída do ar. 
No dia a dia você descobrirá com a experiência novas ferramentas que oauxi-
liarão a trabalhar melhor, com mais qualidade e segurança, e verá também que 
é natural que algumas peças sofram com o desgaste do tempo por estar em uso 
constante. A partir do momento que você realiza uma limpeza completa no com-
putador e seus componentes, alguns ajustes podem ser fundamentais para dar 
um diferencial no seu serviço. 
Pasta térmica
A pasta térmica muitas vezes já vem aplicada no cooler, mas desgasta-se com 
tempo. Uma facilidade desse produto é que você não terá dificuldade de encon-
trá-lo no mercado local embalado em tubo ou seringa a um preço acessível. Sua 
composição baseia-se em óxido de zinco e possui uma coloração branca, porém 
existem diversos tipos com composições mais elaboradas, mas todas com o mes-
mo objetivo. 
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Figura 40 - Pasta térmica
Assim que o processador estiver instalado, espalhe uma leve camada da pasta 
sobre ele – isso fará que a condutividade térmica1 entre o processador e o cooler 
seja reduzida quando o equipamento estiver em funcionamento.
manutenção de hardware e software50
A aplicação da pasta deve ser feita de maneira uniforme, cobrindo com uma 
camada fina todo o dissipador do processador antes de instalar o cooler. Caso 
esse procedimento não seja feito, a pressão do cooler fará, porém o resultado não 
será tão eficiente.
Na manutenção de computadores você poderá remover a camada desgastada 
de pasta térmica utilizando uma flanela e álcool isopropílico. Em seguida você 
pode aplicar a pasta de sua preferência sobre o local limpo. Não utilize objetos 
metálicos na remoção para evitar arranhões na base do cooler ou ainda prejudicar 
a dissipação do calor.
 VOCÊ 
 SABIA?
Antigamente utilizava-se um produto emborrachado 
chamado elastômero, mas em temperaturas superiores a 
60 graus ele derretia e não era tão eficiente como a pasta 
térmica. Caso você encontre um deles por aí, é recomen-
dável removê-lo e aplicar a pasta térmica, pois aplicar a 
pasta térmica por cima torna-o mais ineficiente.
Nesta seção você conheceu alguns itens indispensáveis na maleta de todo té-
nico de manutenção de hardwares. Através deste estudo foi possível identificar 
a importância de cada utensílio para melhorar o resultado final do serviço. Com 
certeza, um bom profissional não pode deixar deter esses materiais de limpeza 
no seu kit.
2.6 CONHECENDO O HARDWARE
Agora que você já viu os materiais que deve ter em mãos para trabalhar com 
manutenção de hardwares, chegou a hora de conhecer a anatomia de um com-
putador. Embarque nessa viagem, porque você vai terminar esse tour conhecen-
do os hardwares em todos os detalhes.
2.6.1 Monitor
Começando pela parte externa, o primeiro item que vamos conhecer aqui é 
o monitor. Semelhante às TVs residenciais, o primeiro monitor de computador 
foi utilizado nos anos 1970 e era de fato um aparelho de TV adaptado para essa 
finalidade. O televisor serviu de inspiração para a fabricação dos monitores, como 
pode ser observado até hoje em sua evolução. Classificado como um hardware de 
saída de dados, é através desse componente que são visualizadas as solicitações 
processadas pelo computador.
2 ELETRICIDADE BÁSICA 17
Inicialmente chamados de monocromáticos ou defósforo verde, os monitores 
emitiam os dados em apenas uma cor, que geralmente era verde. Em seguida 
surgiu o monitor colorido, capaz de emitir de quatro a 16 cores. Porém, essa tec-
nologia já foi superada logo em seguida pelo EGA, que permitia a emissão de 16 
a 64 cores. Dessa maneira, o aparelho foi evoluindo até chegar aos monitores 
modernos com touchscreen e imagens 3D que utilizamos atualmente.
 VOCÊ 
 SABIA?
Uma novidade que está agitando esse nicho são os mo-
nitores holográficos, que ainda são raros no mercado. 
Mesmo assim, a inovação promete ser a nova sensação. 
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Figura 41 - Monitor monocromático
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Figura 42 - Monitor 3D
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Figura 43 - Monitor holográfico
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As conexões de um monitor podem variar e esse é um item importante na 
hora de realizar a compra de um novo equipamento. Entre as opções do mercado 
você pode escolher a conexão VGA (Video Graphics Array): conexão analógica que 
transmite basicamente três cores e ligada por cinco cabos; a DVI (Interface de Ví-
deo Digital – Digital Video Interface): preserva os dados em formato digital e você 
pode encontrar o DVI-D (somente sinal digital) e DVI-I (permite conectar monitor 
analógico); e HDMI (High-Definition Multimedia): é a mesma existente nas TVs de 
última geração. Esse último possui sinal digital de áudio e vídeo com excelente 
resolução e permite conexão DVI. Alguns monitores LCD possuem conversor ana-
lógico/digital. Atualmente o sinal analógico melhorou muito, tornando-se seme-
lhante ao sinal digital.
2.6.2 Caixas de soM
As caixas de som de um computador são conhecidas, em termos técnicos, 
como hardwares de saída de som. Esses equipamentos são responsáveis por emi-
tir todo o conteúdo sonoro de músicas, vídeos, mensagens, entre outros. Além 
disso, esse acessório permite contato semelhante ao do telefone, desde que 
acompanhado de um microfone para saída de voz.
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Figura 44 - Caixa de som
2.6.3 iMPressora
Seja no trabalho, em casa ou até em um ambiente de estudos, o hardware de 
saída de dados, como é conhecida a impressora

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