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Leiomiomas - RESUMO

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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 5o semestre
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Leiomioma�
Conceito - tumores benignos hiperestrogênicos dependentes provenientes da camada
muscular do útero (miométrio). Os leiomiomas são altamente vascularizados e é isso
que os "alimenta", pois ao aumentar de volume -> dificuldade irrigação.
Incidência (desconhecida por que a maioria das pacientes é assintomática). Descobrimos
o leiomiomas por peças anatômicas enviado a anatomopatologia.
Mais frequente em mulheres negras, nulíparas. Mais comum em mulheres no período de
menacme (fase reprodutiva), onde os níveis hormonais estão fisiologicamente
aumentadas. Comum em mulheres com caráter hereditário, familiar.
Etiopatogenia
ESTROGÊNIO (17beta-hidroxidesidrogenase) -> faz com que leiomiomas essas enzimas
estão diminuídas -> > presença de estradiol do que de estrona, pois não há a
conversão -> aumentem de volume.
GH -> hormônio de crescimento que nas mulheres negras têm maior expressão,
metabolismo contribuindo para aumento do leiomioma. Resposta à hipoglicemia em
relação ao GH. Mesmo GH diminuído na gravidez, devido ao lactogênio e aumento do
estradiol, o leiomioma aumenta.
PROGESTERONA (diminui os receptores estrogênicos e ativa a 17 beta -> estradiol
sendo transformado em estriona) -> diminuindo assim o tamanho dos leiomiomas.
Classificação
Volume (pequeno (atinge sínfise púbica), médio (entre cicatriz
umbilical e sínfise púbica) e grande (ultrapassa a cicatriz
umbilical))
Útero (cervicais (localiza no colo do útero), ístmicos (entre o
corpo e colo do útero) e corpóreos (no corpo do útero - sendo
esses o mais comum))
Camada Uterina é a mais utilizada por ser mais didática
(submucosas (dentro da cavidade uterina), intramurais (dentro da
parede uterina) e subserosos (fora da cavidade uterina))
pediculados -> se prende através de pedículos
queixa de obstipação, disúria e não é infecção é a compressão do
leiomioma sobre os órgãos adjacentes -> que ao crescer muito,
acomete -> útero, bexiga, intestino… -> leiomiomas parasitas.
Manifestações Clínicas
submucosos -> aumentam a superfície vascular -> alterações menstruais
(hipermenorreia/menorragia), infertilidade ao alterar a arquitetura dentro da cavidade
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subserosa -> dor, distúrbios urinários e intestinais -> devido a compressão dos órgãos
adjacentes. Superfície e contorno do útero alterados -> irregular
- aumento do volume abdominal presente em ambos (submucosos e subserosos)
Outros sintomas: dispareunia (dor após sexo), dor pélvica acústica, sintoma
gastrointestinais e abortamento
As pacientes podem cursar com anemia, fadiga, astenia, taquicardia, dispnéia, dor e
edema de MMII
Diagnóstico
anamnese - hipermenorragia, história de leiomiomas hereditários, toque com útero
aumentado de volume, superfície e contornos regulares. 5 cm da sínfise púbica.
- ultrassonografia transvaginal + utilizado. Pode pedir abdome superior para
pacientes programados para cirurgia com leiomiomas muito grandes.
- histeroscopia (somente submucosos, só vemos a cavidade do útero por dentro)
- laparoscopia (vemos parte de fora auxiliando no caso - leiomiomas subserosos)
- ressonância magnética (saber se tira componente submucosos/subserosos no
intramural. Indicação tumor pélvico, para aval de Miomectomia ou Embolização)
Tratamento Clínico -> jovens que desejam engravidar, mulheres no climatério (drogas
com ação de impedir o estrogênio - anovulatórios)
Progestogênios
- Oral; Injetável a base de acetato e DIU medicado (levonorgestrel)
Contraceptivos combinados (estrogênio e progesterona, pílulas, anel vaginal ->
bloqueia o eixo hipotálamo, hipófise gônada não liberação de GnRH, FSH, LH -> na
ovulação)
- Oral; Anel vaginal; Adesivo e Injetável
Análogos do GnRH (não usados no tratamento por que têm efeito rebote - se usar ->
retirada do útero dentro de 3 meses, atrofia ovariana, risco de osteoporose, se não
duplica/triplica de volume o leiomioma. Usamos quando vamos fazer um tratamento
cirúrgico radical e o leiomioma é muito grande, após cicatriz umbilical, hipermenorragia
-> diminui a vascularização e o volume do leiomioma em 50-60% das vezes)
Tratamento Cirúrgico
Cirúrgico Radical
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Histerectomia (programada e não de urgência) -> pode ser feita pela via abdominal ou
vaginal. Queimamos a base do pedículo
- subtotal com dificuldade técnica para retirar o colo
- total (retirada de corpo e colo) + comum e indicado
Miomectomia
Miomectomia histeroscópica ->
cirúrgico conservador
Embolização das artérias uterinas (principal vaso de irrigação do útero)
Partículas de PVA (150 a 700 mm)
Indicações:
- Miomas sintomáticos ou volumosos
- Pacientes com prole definida (pois não pode mais engravidar)
- Desejo do preservação do útero (útero necrosar - não chegar mais sangue)
- Contra-indicação ou resistência à cirurgia
RM antes
RM depois
(redução
de 50%)
Resultados:
- 40 a 60% de redução do vol uterino em 2-4 meses
- 15% de persistência do sangramento
- Não há tamanho uterino crítico
- Mais falhas quando o maior mioma é > 8,7 cm
- Aumento de 10% de falhas para cada 1,0 cm
- Adenomiose é fator de risco para falha
Complicações
- Dor: Em 5 a 10% pode se prolongar por até 15 dias
- Síndrome pós-embolização (15% dos casos): Febre (1/3 dos casos), leucocitose,
náuseas, vômitos, anorexia, mal-estar e dor abdominal difusa.
ALTERAÇÕES SECUNDÁRIAS DOS LEIOMIOMAS
- hialina (leiomiomas ficam com cistos com líquido em forma de gel)
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- cística (vários cistos com líquido fluido)
- vermelha/carnosa (+ frequente que acontece na gestação, são muito volumosos
e a paciente começa a ter dor e febre -> trabalho de parto prematuro ou
abortamento)
- calcificação (degeneração que acontece no climatério)
- sarcomatosa (degeneração que não está relacionada com a tortuosidade dos
vasos -> degeneração maligna do leiomioma. Raro de acontecer, em torno de
1-2%. Diagnóstico anatomopatológico. Mulheres com evolução rápida de
volume). Fazer histerectomia e mandar peça para anatomia patológica.

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