Estudo de Caso

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ESTUDO DE CASO
Analise a seguinte decisão judicial e a seguir responda, JUSTIFICADAMENTE, qual o critério utilizado no caso em concreto para solucionar um conflito de normas, bem como de qual ramo e quais fontes do Direito estão abrangidas nessa decisão. Explique interpretando ao caso concreto.
EMBARGOS INFRINGENTES. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DO FEMINICÍDIO. IMPOSSIBILIDADE. 
A divergência restringe-se à possibilidade de afastamento da causa qualificativa descrita no inciso VI, do §2º, do art. 121 do Código Penal. Ressalvada a compatibilidade entre as qualificadoras da motivação torpe e do feminicídio, merece prevalecer o voto majoritário que afastou o motivo torpe por resolver o (aparente) conflito de normas pelo princípio da consunção e especialidade, sobressaindo a causa qualificativa prevista no inciso VI sobre o inciso I, ambos do §2º, do art. 121 do Código Penal. A Lei do Feminicídio reforça o caráter prestacional do direito à igualdade, através da exigência de medidas que afastem desigualdades de fato e promovam sua compensação, não havendo que se falar em inconstitucionalidade do regramento que modificou o Código Penal em seu art. 121, §2°, inciso VI, e § 2°-A, inciso I, do Código Penal. EMBARGOS DESACOLHIDOS. POR MAIORIA. (Embargos Infringentes e de Nulidade, Nº 70078537107, Primeiro Grupo de Câmaras Criminais, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rosaura Marques Borba, Julgado em: 05-10-2018)
Resposta:
O critério utilizado para solucionar o conflito de normas foi o princípio da consunção e especialidade. Uma vez que a o princípio da consumação incide na aplicação da norma mais específica em detrimento da norma mais genérica; têm-se duas normas em conflito, a específica deverá ser aplicada, prevalecendo sobre a norma mais geral. E por sua vez, o princípio da especialidade implica a existência de leis especiais e gerais, sendo que deve-se empregar a lei especial.
	O caso concreto trata do feminicídio, por ter duas existências qualificadora, prevaleceu a causa prevista no inciso VI, a lei do Feminicídio, pois trata de uma matéria específica, aplicando-se, assim, o princípio da consunção e especialidade.
Nesta decisão nos deparamos com os seguintes ramos do Direito: os ramos do Direito Penal, Constitucional e Civil, a Lei do Feminicídio.