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1 MD010 – DIREITOS FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONAIS ATIVIDADE PRÁTICA CASO PRÁTICO Aplicando o que foi aprendido no primeiro capítulo sobre a classificação dos direitos fundamentais: Escolha uma Constituição para realizar este exercício. Pode ser a de seu país ou qualquer outro de sua escolha. R: A Constituição escolhida é a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - CFB/1988. Seguindo uma das duas propostas de classificação de direitos de acordo com seu conteúdo material (Jellinek ou a mais frequentemente utilizada), dê dois exemplos de cada um dos quatro grupos de direitos que podem ser distinguidos nestas classificações, extraídas da Constituição escolhida. Indique o nome do direito fundamental, o artigo no qual se encontra na Constituição escolhida e transcreva esse artigo. R: A teoria do status de Georg Jellinek é a base para o uso e divulgação da doutrina quando se trata da classificação dos direitos fundamentais. Segundo essa teoria, status é a relação com o estado que qualifica o indivíduo, ou seja, prova o que ele é. Na doutrina estabelecida por Jelinek, o status é dividido da seguinte forma: ✔ Status Passivo (status subjections): Referem-se às obrigações do indivíduo perante o Estado; Exemplo na CFB/1988, Obrigação de pagar tributos - art. 145, §1º “§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. ✔ Status Negativo (status libertatis): São as faculdades/liberdades do indivíduo em face do Estado (sentido estrito), assim como seus direitos de defesa (sentido amplo); Exemplo na CFB/1988, Garantias contra abuso do poder Estatal – art. 5°, LXVIII, “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. ✔ Status Positivo (status civitatis): São as prestações positivas exigidas pelo indivíduo e que devem ser tomadas pelo Estado; Exemplo na CFB/1988, Direitos de igualdade material – art. 5°, caput, na CFB. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 2 garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”. ✔ Status Ativo (status da cidadania ativa): é a participação do indivíduo na atividade política. Exemplo na CFB/1988, Eleger representantes, decisões em forma de plebiscito – art. 14, I, II, III, “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante”: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Aplicando o que foi aprendido no segundo capítulo sobre a classificação das garantias de direitos a nível nacional ou doméstico: • Escolha uma Constituição para realizar este exercício. Pode ser a de seu país ou qualquer outro de sua escolha. R: A Constituição escolhida é a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - CFB/1988. • Revise todas as garantias domésticas ou nacionais estudadas na lição e tente encontrar o máximo que puder nos artigos de sua constituição escolhida. Indicar o nome da garantia do direito fundamental, o artigo no qual ele está contido na Constituição escolhida e transcrever este artigo. R: A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CFB/1988 é recheada de garantias fundamentais individuais e coletivo, dentre as mais importantes estão o direito à vida; à liberdade; à igualdade; à segurança; à propriedade; à educação; ao trabalho, dentre outros. Sendo transcritos nos seguintes artigos na CFB/1988: • Direito à vida - art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: • Direito à liberdade – art. 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. • Direito à segurança - art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, sob a égide dos valores da cidadania e dos direitos humanos, através dos órgãos instituídos pela União e pelos Estados. • Direito à propriedade - art. 5°, XXII - é garantido o direito de 3 propriedade. • Direito à educação - art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. • Direito ao trabalho - art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.; Aplicando o que foi aprendido no terceiro capítulo sobre regimes de exceção e medidas que podem ser tomadas para lidar com situações de emergência, bem como os seguintes regulamentos: Constituição espanhola de 1978 (EC). Disponível no link a seguir: https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1978-31229 Lei Orgânica 4/1981 de 1 de junho de 1981 sobre estados de alarme, emergência e sítio. Disponível no link a seguir: https://www.boe.es/buscar/act.php?id=BOE-A-1981-12774 4 Por favor, responda às seguintes perguntas: a) Dos modelos básicos de lei de emergência discutidos nesta lição, em qual se encaixaria o sistema de exceção espanhol? R: Dentre os modeles básicos da lei de emergência, o sistema de exceção espanhola se encaixa no estado excepcional, que é baseado na manutenção substancial da ordem constitucional, inclusive, esse modelo é adotado também nos países europeus da Alemanha e Hungria. b) Quantos regimes de exceção a Constituição espanhola prevê? Indicar o nome de cada um deles. R: A Constituição espanhola prevês três regimes de exceção; Os regimes de alarme, emergência e sítio, conforme art. 116 da mencionada Constituição. c) Indique os casos em que cada um deles pode ser declarado, de acordo com a Lei Orgânica 4/1981. R: A declaração dos estados de alarme, exceção ou local proceder-se- á quando circunstâncias extraordinárias impossibilitem a manutenção da normalidade pelos poderes ordinários das Autoridades competentes. ESTADO DE ALARME: O Governo, no uso das faculdades conferidas pelo artigo cento e dezasseis, segundo, da Constituição, pode declarar o estado de alarme, no todo ou em parte do território nacional, quando ocorrer alguma das seguintes alterações graves da normalidade: a) Catástrofes, calamidades ou infortúnios públicos, como sismos, inundações, incêndios urbanos e florestais ou acidentes de grandes proporções. b) Crises de saúde, como epidemias e situações graves de contaminação. c) Paralisação dos serviços públicos essenciais à comunidade, quando não for assegurado o disposto nos artigos vigésimo oitavo, segundo, e trigésimo sétimo, segundo, da Constituição, em qualquer das demais circunstâncias ou situações previstas neste artigo. d) Situações de escassez de produtos essenciais. ESTADO DE EMERGÊNCIA: Quando o livre exercício dos direitos e liberdades dos cidadãos, o funcionamento normal das instituições democráticas, dos serviços públicos essenciaisà comunidade ou de qualquer outro aspecto da ordem pública forem tão gravemente alterados que o exercício dos poderes ordinários seja insuficiente para restabelecê-lo e mantê-lo, o Governo, nos termos do inciso terceiro do artigo cento e dezesseis da Constituição, poderá solicitar ao Congresso dos Deputados autorização para decretar o estado de 5 emergência ESTADO DE SÍTIO: Quando ocorrer ou ameaçar ocorrer uma insurreição ou ato de força contra a soberania ou independência da Espanha, sua integridade territorial ou ordem constitucional, que não possa ser resolvida por outros meios, o Governo, de acordo com o disposto na seção quatro do artigo cento e dezesseis da Constituição, poderá propor ao Congresso dos Deputados a declaração do estado de sítio. d) Sob dois desses regimes de exceção, certos direitos fundamentais e garantias constitucionais podem ser suspensos. Quais são esses estados de exceção? R: ESTADO DE EXCEÇÃO - Artigo vinte e seis. Um. A Autoridade Governamental pode ordenar a intervenção de indústrias ou negócios que causem ou contribuam para a alteração da ordem pública, e a suspensão temporária das suas atividades, informando os Ministérios interessados. R: ESTADO DE SÍTIO - Artigo trinta e dois. Três. A declaração pode autorizar, para além do previsto para os estados de alarme e de exceção, a suspensão temporária das garantias legais do detido reconhecidas no artigo terceiro do artigo décimo sétimo da Constituição. e) Indique os direitos que podem ser objeto de derrogação em cada um dos dois estados de exceção indicados na resposta à pergunta anterior. R: No caso do ESTADO DE SÍTIO, a declaração pode autorizar, para além do previsto para os estados de alarme e de exceção, a suspensão temporária das garantias legais do detido reconhecidas no artigo terceiro do artigo décimo sétimo da Constituição. E no caso do ESTADO DE EXCEÇÃO, pode determinar temporariamente a residência de certas pessoas em localidade ou território adequado às suas condições pessoais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2023]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 17 jun. 2023. COTRIM, G. Direito fundamental. Instituições de direito público e privado. 22 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. FUHRER, M.C. e MILARÉ, E. Manual de direito público e privado. 17 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. FERREIRA, P. Curso de Direito Constitucional. 16.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 6 MARTINS, S. P. Instituições de direito público e privado. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009. RIBEIRO, M.V. Direitos Humanos e Fundamentais. Campinas: Russel Editores, 2009.
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