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Aula 4 - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos I (Degravação)

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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
O artigo 5º da Constituição Federal é, sem dúvida, o maior artigo do texto 
constitucional, contendo 78 incisos e 4 parágrafos, intensa jurisprudência do 
STF e alguns julgados relevantes do STJ.
Atenção!
• A jurisprudência não tem sido cobrada apenas em concursos da área 
jurídica, mas também em provas para analista, nível médio e técnico. As 
bancas que têm recentemente cobrado jurisprudência, além do CESPE, 
são FCC, Fundação Getúlio Vargas, CONSULPLAN, IADES, QUADRIX, 
VUNESP e outras. Portanto, a leitura da Constituição deve estar sempre 
acompanhada do conhecimento acerca de jurisprudência.
• Há uma preferência deliberada, no que concerne às questões referentes 
ao artigo 5º, a matérias de conteúdo penal. Isso se dá, principalmente, em 
decorrência de haver grande dificuldade de acesso em recurso extraor-
dinário (RE) e o recurso especial (REsp) aos tribunais. Portanto, grande 
parte dos julgados acabam sendo provenientes de habeas corpus, matéria 
do âmbito penal.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Igualdade formal x material
Ambas igualdades norteiam as relações interpessoais. Aristóteles já determi-
nava que deveria ser dado tratamento igual ao iguais e desigual aos desiguais, 
igualando-os na medida de sua desigualdade. Essa lógica está presente, por exem-
plo, no meio dos concursos públicos, haja vista a ampla concorrência e as cotas.
A igualdade material é aquela que permite o uso de discriminações positi-
vas, ações afirmativas (affirmative actions) ou discriminações reversas.
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Discriminações positivas ou reversas
Discriminações positivas ou reversas são sinônimos de ações afirmativas. 
Em concursos públicos, as ações afirmativas estão presentes, por exemplo, na 
reserva de vaga para portadores de deficiência, que estipula uma menor nota de 
corte no intuito de igualar as condições de vida para os concorrentes.
As cotas raciais, contudo, geram uma maior discussão e contestação. Pela lei 
federal relativa ao tema, o STF interpretou que ela se direciona ao Poder Execu-
tivo Federal, a sua constitucionalidade é confirmada e o STF dispõe que ela vale 
para todo o âmbito federal.
Entretanto, de acordo com o pacto federativo, essa lei é federal e não reper-
cute de imediato para os estados e municípios. Vale ainda mencionar que, dentro 
do sistema de cotas raciais, concorrem os negros (pretos e pardos), analisados 
de acordo com a tábua de cores do IBGE, nas quais constam as definições 
“brancos”, “amarelos”, indígenas”, “pretos” e “pardos”.
Todas as decisões do STF têm favorecido a constitucionalidade de cotas raciais, 
sociais e para portadores de deficiência, inclusive para vagas em universidades.
A questão das cotas em universidades e o princípio meritocrático
A Constituição dispõe que a educação básica deve ser obrigatória e gratuita, 
mas que o acesso a níveis mais elevados de ensino será de acordo com a capa-
cidade individual de cada um. Dentro dessa divergência, há decisão do STF 
questionando a validez do princípio meritocrático na concorrência por vaga em 
universidades. O STF determinou que as cotas para nível superior não só não 
ferem o princípio meritocrático, como o confirmam ao estenderem a meritocracia 
aos cotistas. 
Cláusula de barreira em concursos públicos
Antigamente, a cláusula de barreira era separada, não valendo no direito 
eleitoral e valendo em matéria de concursos públicos. Atualmente, a cláusula de 
barreira vale no âmbito do direito eleitoral, conforme determina a EC n. 97/2007. 
Contudo, para a matéria em questão, é de maior importância a cláusula de bar-
reira em concursos públicos.
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A cláusula de barreira, o “afunilamento” do número de concorrentes entre 
as diferentes fases de uma prova por meio da estipulação de uma colocação 
mínima, mesmo havendo aprovação por nota mínima, não fere o princípio da 
isonomia.
Extensão a estrangeiros não residentes e os benefícios da execução 
penal
Conforme estipula o art. 5º da Constituição, será assegurada a inviolabilidade 
dos direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade aos 
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. O STF, em correção, determinou 
que a inviolabilidade de direitos se estende ao estrangeiros que estejam no país.
Vale destacar que o estrangeiro, em caso de prisão ilegal, poderá impetrar 
habeas corpus, contanto que em vernáculo (língua portuguesa), e não em sua 
língua nativa. 
Pessoas jurídicas também têm acesso ao artigo 5º, mas apenas aos direitos 
adequados à sua condição.
A Constituição determina que, para haver acesso, por exemplo, a regime 
aberto, deve ser comprovada ocupação lícita no país. Caso um estrangeiro seja 
preso em flagrante por tráfico internacional de drogas, por exemplo, este passará 
normalmente pelo processo de prisão, sendo processado, condenado por pena 
alta em regime fechado. Eventualmente, ele poderá obter regime semiaberto, 
mas, se não tiver ocupação lícita no país, não terá acesso ao regime aberto. 
Conforme entende o STF, os benefícios da execução penal são assegurados 
aos estrangeiros.
Relacionamento entre pessoas do mesmo sexo: reconhecimento de 
uniões estáveis e casamentos homoafetivos
O STF, dando interpretação conforme o art. 1.723 do Código Civil, reconheceu 
a possibilidade de casamento e união estável entre pessoas de sexos diferentes 
ou do mesmo sexo. Portanto, não cabe ao Estado discriminar a orientação sexual 
de cada indivíduo. Ainda dentro da matéria do artigo 5º da Constituição Federal, 
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o STF entende possível a alteração de nome sem necessariamente ter ocorrido o 
processo de transgenitalização. Contudo, o indivíduo poderá optar pela modifica-
ção por meio judicial ou diretamente em cartório.
O direito sucessório na união estável
O Código Civil, em especial no direito sucessório, atribuía tratamentos dife-
rentes entre membros de casamentos e de uniões estáveis. As regras do artigo 
1.790 do Código Civil foram questionadas perante o STF, sendo declarada a 
inconstitucionalidade dessas regras de diferenciação entre casamento e união 
estável. Logo, as regras do direto sucessório são as mesmas para casamento e 
união estável atualmente. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Legalidade ampla x estrita (administrativa)
A legalidade em sentido amplo está prevista no artigo 5º e a legalidade no sen-
tido estrito, no artigo 37. Segundo o princípio de legalidade ampla, ninguém será 
compelido a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. Por outro lado, 
a Administração Pública deverá somente fazer aquilo que está previsto na lei.
(Im)possibilidade de Medida Provisória em Direito Penal 
O artigo 62, § 1º, CF/1988 determina claramente que não pode ser editada 
medida provisória em Direito Penal, Processual Penal e Processual Civil. Em 
2000, o STF estipulou que o MP, em benefício do réu, poderia ser tratado em 
Direito Penal. Em 2001, foi promulgada a EC 32/2001, que trata da proibiçãoexpressa de medida provisória em Direito Penal.
Exame psicotécnico em concursos públicos
Desde que previstos em lei, poderão haver exames psicotécnicos (Súmula 
Vinculante 44), além de limites de idade (Súmula 683, STF) e altura, justificáveis 
perante a natureza do cargo em questão.
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O exame psicotécnico, para o STF, é válido se previsto em lei, no edital, cri-
térios objetivos de correção e caso haja a possibilidade de recurso na via admi-
nistrativa.
2ª chamada em teste de aptidão física (TAF)
Invocando os princípios da legalidade e da isonomia, o STF entende que, se 
não estiver previsto no edital para todos os concorrentes, o direito de segunda 
chamada não deve ser concedido. O STJ, depois de o STF ter fixado essa tese, 
estendeu essa condição às gestantes. Todavia, o STF determinou que as ges-
tantes têm direito à segunda chamada em teste de aptidão física independente-
mente de previsão no edital.
����������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.
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