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Legislação, Aspectos e Impactos e Licenciamento Ambiental

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18/06/2023 10:18 Legislação, Aspectos e Impactos e Licenciamento Ambiental
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03554/index.html#imprimir 1/32
Legislação, Aspectos e Impactos e Licenciamento Ambiental
Prof. Renildes Matos de Freitas
Descrição
Identificação dos dispositivos legais da questão ambiental no Brasil e análise dos aspectos com impactos ambientais significativos e dos
elementos que compõem o processo de licenciamento ambiental.
Propósito
A aprendizagem da legislação e das questões ambientais como o licenciamento ambiental, em um país como Brasil, com grande parte de seu
território coberto por florestas, e em decorrência da preocupação ambiental com o desenvolvimento sustentável, mostra-se uma ferramenta de
orientação para os profissionais, frente aos problemas ambientais, participando de forma ativa no diagnóstico desses problemas e na busca de
soluções.
Objetivos
Módulo 1
Fundamentos da legislação ambiental
Identificar as principais leis que regem as questões ambientais, sua relevância e os seus princípios jurídicos.
Módulo 2
Aspectos e impactos ambientais
Identificar os aspectos e impactos ambientais.
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Módulo 3
Licenciamento ambiental
Reconhecer o processo de licenciamento ambiental.
Introdução
1 - Fundamentos da legislação ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as principais leis que regem as questões
ambientais, sua relevância e os seus princípios jurídicos.
Vamos começar!
Fundamentos da legislação ambiental


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Quadro regulatório ambiental
As principais peças e autoridades da legislação ambiental
Partes do meio ambiente são relativamente fáceis de identificar quando abrangidas pela lei ambiental.
Exemplo
A maioria das pessoas, provavelmente, concordaria que o meio ambiente inclui o mundo natural, como campos, florestas, rios, oceanos, mares,
dunas de areia, animais, plantas e áreas ribeirinhas. No entanto, algumas pessoas podem se surpreender ao saber que a legislação ambiental
também tem algo a dizer sobre o ambiente construído.
As áreas de preocupação para a legislação ambiental incluem espaços verdes em cidades, parques públicos, represas, pontes, estradas, edifícios,
shoppings, calçadas, estacionamentos e escolas. A legislação ambiental pode tratar de questões relacionadas à saúde ambiental, tanto a saúde
humana quanto a saúde do ambiente natural, em todas essas áreas.
Precisamos de leis ambientais para proteger e conservar o meio ambiente e para reparar os danos anteriores ao meio ambiente. A legislação
ambiental, frequentemente, tenta responder a perguntas sobre quem deve pagar pelos danos causados ao meio ambiente, bem como quem deve
pagar para evitar danos futuros a ele.
As leis evoluem para refletir os objetivos e valores atuais da sociedade.
A lei reflete as escolhas feitas nas esferas dos três poderes de governo: legislativo, judiciário e executivo. Uma compreensão básica de nosso
sistema de governo é importante para aprender como as leis que afetam o meio ambiente se encaixam.
Neste módulo, você será apresentado às principais leis que regem as questões ambientais, sua relevância, e aos princípios jurídicos nas quais
foram embasadas. Tendo em vista que, após a leitura do material, você entenderá a grande responsabilidade em realizar a gestão dos recursos
naturais, atendendo à legislação e à sustentabilidade.
Quais são as principais peças da legislação ambiental brasileira e as principais autoridades regulatórias?
A legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais complexas e bem fundamentadas do mundo. Podemos destacar:
Constituição Federal: Artigo 225 
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O artigo 225 (e outras disposições constitucionais que atribuem competências aos três níveis de governo para legislar e proteger o meio
ambiente).
A Constituição Federal do Brasil, de 1988, contém um capítulo especial sobre questões ambientais, estabelecendo: o direito a um meio
ambiente ecologicamente equilibrado, conferindo a todos o direito de usufruir de um ambiente saudável, enquanto obriga os cidadãos e o
governo a preservá-lo. A Constituição Federal definiu alguns princípios que norteiam a legislação ambiental. De um lado, enfatiza a
conservação e proteção dos recursos naturais, impondo ao Poder Público o dever de conservar e restaurar os processos ecológicos
essenciais e a necessidade de estabelecer uma gestão de ecossistemas e espécies. Em outro sentido, a Constituição Federal garante
acesso e difusão de informações ambientais. Sob este critério, o governo tem a possibilidade de exigir, para qualquer atividade que possa
causar dano ambiental, uma avaliação do impacto ambiental, que será publicada e divulgada. Em termos de responsabilidade ambiental, a
Constituição Federal Brasileira cria uma responsabilidade objetiva para aqueles que exploram recursos minerais. Se a atividade de
exploração causar algum dano ambiental e ou degradação, o responsável deve realizar todas as atividades necessárias para restituir o dano.
Além disso, ela determina que aquelas atividades que causam danos ao ambiente tenham seus atores sendo objeto das respectivas multas
e penalidades, ou sanções administrativas.
A Lei 6.938 estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente, seus objetivos e mecanismos de formulação e aplicação. Ela determina que a
política ambiental no Brasil tem como objetivo principal a preservação, melhoria e restituição das qualidades ambientais, assegurando as
condições socioeconômicas, de segurança nacional, bem como a proteção da dignidade humana. Esta lei estabelece penalidades definidas
pela legislação federal, estadual e municipal, no descumprimento das medidas necessárias à prevenção e correção dos danos causados pela
degradação da qualidade ambiental. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões de qualidade ambiental, Zoneamento
ambiental, Avaliação de impactos ambientais (AIA), Estudo de impacto ambiental (EIA) e relatório de impacto ambiental (RIMA),
Licenciamento ambiental e Auditoria ambiental.
A Lei de Recursos Hídricos estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. A lei define
a água como um recurso natural escasso, dotado de valor econômico, que pode ter múltiplos usos: consumo humano, produção de energia,
transporte e coleta de esgoto.
A Lei de Crimes Ambientais tem como objetivo principal a reparação de danos ambientais, incluindo ações para prevenir e combater esses
danos. A lei prevê a aplicação de pena e os tipos de crimes ambientais.
A Lei de Política Nacional de Saneamento Básico (reformulada pela Lei 14.026/2020, que atualiza o ordenamento jurídico nacional de
saneamento básico).
A Política Nacional de Saneamento Básico estabelece diretrizes para o abastecimento de água; coleta, tratamento e destinação final de
esgoto e drenagem pluvial. Também cobre a coleta, tratamento e descarte de resíduos sólidos e efluentes líquidos industriais.
Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981: Lei de Política Nacional do Meio Ambiente 
Lei 9.433/1997: Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos 
Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais 
Lei 11.445/2007: Lei de Política Nacional de Saneamento Básico 
Lei 12.305/2010: Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos 
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A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece instrumentos e diretrizes para os setorespúblicos e empresas para lidar
com os resíduos. Por meio da PNRS, as organizações devem ser transparentes na gestão dos seus resíduos. O PNRS é um marco para
prevenir danos ambientais causados por descarte incorreto de resíduos.
O Novo Código Florestal Brasileiro prevê a proteção da vegetação nativa, Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal;
exploração florestal, fornecimento de matéria-prima florestal, controle da origem dos produtos florestais e controle e prevenção de incêndios
florestais, e prevê instrumentos financeiros para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Além dessas, existem várias leis e decretos federais que regem tópicos ambientais. Entre elas, podemos citar:
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985
Lei de Ação Coletiva.
Lei 9.795/1999
Lei da Política Nacional de Educação Ambiental.
Lei 9.985/2000
Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Lei 10.650, de 16 de abril de 2003
Acesso à informação ambiental.
Decreto 6.040/2007
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável e Pessoas e Comunidades Tradicionais.
Lei 12.187/2009
Lei de Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Lei Complementar 140/2011
Lei 12.651 / 2012: Lei Florestal 
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Esclarece e delimita as competências ambientais de cada esfera de governo no Brasil, com o objetivo de evitar conflitos e sobreposições,
inclusive no que se refere ao licenciamento ambiental.
Lei 12.587/2012
Lei Nacional de Política Urbana.
Decreto 7.747/2012
Política de Proteção Territorial e Ambiental de Terras Indígenas.
Lei 13.123/2015
Lei de Política Nacional de Biodiversidade.
Legislação ambiental
Princípios ambientais da legislação
A concepção e a aplicação do direito ambiental moderno foram moldadas por um conjunto de princípios e conceitos, mas não apenas na área
jurídica. Esses princípios se baseiam na análise de como preservar a natureza e no entendimento da sociedade no que tange a essas questões. Há
uma diversidade de princípios, que variam segundo cada autor. Salientaremos, aqui, os principais.
Princípio do desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável implica dois objetivos principais: a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico. O desenvolvimento
econômico pode ser referido como um meio de redução da pobreza, no qual, priorizam-se as necessidades das pessoas, principalmente das que
vivem na pobreza. Mesmo que a geração atual esteja buscando o desenvolvimento econômico e a redução da pobreza, isso não deve causar danos
ao meio ambiente do qual as futuras gerações dependerão para atender às suas necessidades.
Em outras palavras, embora o desenvolvimento sustentável reconheça o desenvolvimento econômico como meio de alcançar o alívio da pobreza,
ele o limita no terreno da proteção ambiental, para as necessidades das gerações presentes e futuras.
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Princípio da precaução
O princípio da precaução visa evitar que o dano aconteça, em vez de administrá-lo depois que ocorreu. Na linguagem comum, isso significa “é
melhor prevenir do que remediar”.
O princípio da precaução denota o dever de prevenir danos, quando está em nosso poder fazê-lo, mesmo quando
todas as evidências não estão disponíveis.
Em suma, o princípio da precaução apoia a tomada de ação protetora antes que haja prova científica completa de um risco; isto é, a ação não deve
ser adiada simplesmente porque faltam informações científicas completas.
Princípio de prevenção
O princípio de prevenção permite que ações sejam tomadas para proteger o meio ambiente em um estágio inicial. Não se trata apenas de reparar os
danos depois de ocorridos, mas de evitar que ocorram.
Resumindo
É melhor prevenir do que reparar.
O princípio da prevenção tem semelhança com o princípio da precaução, veja as principais diferenças a seguir.
Princípio da precaução
Este trata de questões que causam destruição e danos ao meio ambiente, por meio de análises científicas sobre matérias ainda não
comprovadas.
Princípio da prevenção
Este lida com o ato direto do ser humano que traz destruição ao meio ambiente.
O princípio da prevenção é amparado pela legislação ambiental que estabelece procedimentos de autorização, bem como a adoção de
compromissos internacionais e nacionais sobre padrões ambientais, acesso a informações ambientais e a necessidade de realização de avaliações
de impacto ambiental em relação à conduta de certas atividades propostas. O princípio preventivo pode, portanto, assumir diversas formas,
incluindo o uso de penalidades e a aplicação de regras de responsabilidade.
Princípio do poluidor-pagador
O princípio do poluidor-pagador fornece um acordo abrangente de responsabilidade ambiental e atribuição de custos que ajuda a gerenciar os
custos de danos ao meio ambiente, estabelecendo uma abordagem na qual, sempre que possível, os custos devem ser suportados por aqueles que
causam o dano.
O princípio do poluidor-pagador significa que os custos de controle e remediação da poluição devem ser providos
por aqueles que causam poluição e não pela comunidade em geral.

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O princípio é particularmente relevante na concepção de uma política, sendo considerado em caso de dano ambiental. O princípio pode cobrir tanto
os custos diretos de controle e remediação quanto custos indiretos para a sociedade e o meio ambiente.
Princípio da informação e da publicidade
Este princípio fornece à sociedade civil acesso às informações ambientais mantidas pelas autoridades públicas.
As informações ambientais incluem dados sobre o estado de ar, água, solo, terra, diversidade biológica e energia, licenciamento, estudo de impacto
ambiental e políticas que se relacionam com o meio ambiente. Ou seja, é um mecanismo importante para aumentar a transparência, ajudar o
público a participar de forma eficaz e responsabilizar o governo na tomada de decisões.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(FEPESE- 2019) Assinale a alternativa que apresenta um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente.
Parabéns! A alternativa E está correta.
São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Padrões de qualidade ambiental, Zoneamento ambiental, Avaliação de impactos
ambientais (AIA), Estudo de impacto ambiental (EIA) e Relatório de impacto ambiental (RIMA).
Questão 2
(FCC – 2008) Sobre o princípio do poluidor-pagador, é correto afirmar:
A Plano diretor
B Perícia ambiental
C Impacto de vizinhança
D Cadastro rural ambiental
E Zoneamento ambiental
A
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Parabéns! A alternativa B está correta.
O princípio do poluidor-pagador, segundo o qual deve haver a internalização dos custos ambientais na atividade produtiva, possui dois
caracteres: preventivo (tributação, investimento) repressivo (indenização).
2 - Aspectos e impactos ambientais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os aspectos e impactos ambientais.
Vamos começar!
Questões ambientais e suas consequências
Não encontra fundamento na Constituição Federal e em nenhum outro diploma legal pátrio.
B Prescreve a obrigação que o poluidor tem de reparar os danos causados ao meio ambiente.
C Confunde-se com o princípio do usuário-pagador.
D É um princípio implícito no ordenamento jurídico.
E Expressa a cobrança pelo uso dos recursos naturais que, ao serem explorados, geram poluição.

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Aspectos e impactos ambientais
Todas as organizações, como consequência de suas atividades, causam no meio ambiente, em maior ou menor medida, um impacto ambiental.
Hoje em dia, a sociedade exige que as organizações se envolvam em cuidar do meio ambiente e, em resposta a essas demandas, elas têm visto, em
seus sistemas de gestão ambiental, uma oportunidade para melhorar seu comportamento ambiental.
A implantação de um sistema de gestão ambiental permite à organização identificar aspectos ambientais derivados de suas atividades, que podem
ter um impacto no meio ambiente e, consequentemente, estabelecer as ações pertinentes para agir sobre eles e minimizar seus efeitos negativos.
Veja, a seguir, a diferença entre eles.
Aspecto Ambiental
É o elemento de atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente.
Impacto Ambiental
É qualquer mudança no meio ambiente, seja adversa ou benéfica, como resultado dos aspectos ambientais totais ou parciais.
Pode-se dizer que aspectos ambientais são peças resultantes de uma atividade, produto ou serviço, que podem afetar as condições naturais do
meio ambiente, levando a alterações ou modificações específicas (impacto ambiental). Portanto, há um relacionamento:
Para atuar nos impactos ambientais, a organização deve, previamente, identificar todos os seus aspectos ambientais, para, então, avaliar e priorizar
aqueles em que deverá agir. A fim de realizar com sucesso a identificação e avaliação de seus aspectos ambientais, a organização deve ser clara
sobre suas possíveis áreas de incidência e, consequentemente, os impactos ambientais que gera ou pode gerar.
Possíveis causas-efeitos derivados dos diferentes aspectos
ambientais e seus impactos
As possíveis causas e efeitos estão listados a seguir, derivados dos diferentes aspectos ambientais e seus impactos. As possíveis áreas de
incidência são:
Causa (Aspecto ambiental):
Resíduos 
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Resíduos perigosos
Resíduos inertes
Lixo urbano
Efeito (Impacto ambiental):
Contaminação do solo
Contaminação de águas subterrâneas
Dano a biodiversidade
Bioacumulação
Riscos de saúde humana
Causa (Aspecto ambiental):
Emissões
Efeito (Impacto ambiental):
Destruição da camada de ozônio
Efeito estufa
Chuva ácida
Poluição atmosférica
Riscos de saúde humana
Causa (Aspecto ambiental):
Efluentes líquidos com lançamentos em corpos d’água
Efeito (Impacto ambiental):
Eutrofização
Diminuição da biodiversidade
Morte de espécies aquáticas
Risco de saúde humana
Causa (Aspecto ambiental):
Ruídos e vibrações
Odores
Efeito (Impacto ambiental):
Efeitos locais:
Geração de ruído
Vibrações, odores e fumos
Risco de saúde humana
Atmosfera 
Água 
Ambiente Exterior 
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Causa (Aspecto ambiental):
Armazenamento
Transporte
Efeito (Impacto ambiental):
Contaminação do solo
Contaminação de águas subterrâneas
Poluição atmosférica
Riscos de saúde humana
Causa (Aspecto ambiental):
Consumo de água
Consumo de energia
Consumo de combustível
Consumo de madeira, papel, ...
Efeito (Impacto ambiental):
Esgotamento dos Recursos Naturais:
Energia
Água
Matéria prima
Causa (Aspecto ambiental):
Uso e ocupação do solo
Efeito (Impacto ambiental):
Poluição de águas subterrâneas
Poluição de água da superfície
Perda de biodiversidade
Riscos de saúde humana
Para atuar nos impactos ambientais, o primeiro passo é identificar os aspectos associados à organização, e então, avaliá-los determinando quais
são prioritários, ou seja, aqueles que podem, potencialmente, gerar um maior impacto ambiental, e, consequentemente, ser capaz de agir sobre eles.
Ao atuar sobre esses aspectos identificados como prioritários, a organização estabelece uma série de objetivos e metas, como pode ser visto na
imagem seguinte:
Substâncias Perigosas 
Recursos naturais 
Solo 
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Estabelecimento de objetivos e metas de melhoria ambiental associados aos seus aspectos significativos.
Identi�cação dos aspectos ambientais
Identi�cação
Para saber quais são as circunstâncias em que atividades, produtos e serviços interagem com o meio ambiente e, portanto, quais são os impactos e
aspectos ambientais, é imprescindível conhecer os aspectos ambientais associados a esses impactos.
A identificação dos aspectos ambientais deve fazer referência a ambas as atividades desenvolvidas pela
organização, quanto aos produtos ou serviços da mesma.
Os aspectos ambientais identificados devem ser todos aqueles associados às atividades, aos produtos ou serviços que a organização pode
controlar e nos quais pode-se esperar que tenha uma influência. Isso implica a definição dos processos diferenciados de identificação para as
diferentes categorias de aspectos ambientais:

Aqueles associados às organizações e às atividades realizadas por elas para a fabricação de seus produtos e prestação dos seus serviços.

Aqueles associados a produtos manufaturados (tentando minimizar os principais impactos ambientais em toda a gestão do ciclo de vida do
produto).
Na identificação dos aspectos ambientais, a organização deve levar em consideração as diferentes condições em que exerce a sua atividade, bem
como os diferentes processos e operações. Para obtenção de resultados ideais, é importante seguir uma série de etapas:
1
Determinar as condições de
operação e circunstâncias em
que se devem identificar os
aspectos.
2
Identificar operações e
processos em atividades e
operações definidas no
estágio anterior.
3
Realizar a análise das etapas
associadas às operações e
aos processos.
4
Realizar a identificação de
aspectos em cada um dos
estágios.
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É importante notar que a identificação dos aspectos ambientais deve ser realizada no início da implantação do Sistema de Gestão Ambiental, sendo,
posteriormente, adequado realizar anualmente ou quando houver qualquer mudança nas atividades, nos produtos ou serviços que envolvem o
aparecimento de novos aspectos ambientais ou modificações significativas nos aspectos já identificados.
Determinar as condições de operação e circunstâncias em que os aspectos
devem ser identi�cados
As diferentes condições de operação devem ser consideradas:
Condições normais;
Condições anormais (partidas, paradas, manutenção etc.);
Situações de incidentes, acidentes ou emergências (derramamentos acidentais, vazamentos, incêndios etc.).
Além disso, a dimensão temporal deve ser considerada, ou seja, os aspectos ambientais gerados como consequência do atual desenvolvimento da
atividade, tais como possíveis aspectos derivados de atividades passadas e futuras. Veja a imagem a seguir.
Identificação de aspectos.
Identi�car operações e processos
A organização deve dividir todas as operações e processos associados à sua atividade, produto ou serviço suscetíveis para gerar um impacto no
meio ambiente, em situações operacionais normais e anormais.
Uma ferramenta simples para realizar essa identificação são os fluxogramas, que permitem à organização
visualizar todas as operações ou estágios associados à fabricação de um produto, à prestação de um serviço ou à
execução de uma atividade.
Também é muito útil e prático haver um plano da empresa, no qual são identificadas as diferentes atividades e instalações. Para realizar essa
análise, recomenda-se começar pelas atividades fundamentais associadas à atividade, fabricação de produtos ou prestação de serviços,para,
então, identificar as operações auxiliares possíveis que existam (serviços administrativos, manutenção de instalações, refeitório, vestiários etc.).
Veja o fluxograma a seguir.
Fluxograma de estágios de operação fabril.
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Análise das etapas
Uma vez que as operações e processos tenham sido selecionados, o seguinte deve ser feito:
Analisar cada uma das operações ou estágios de todos os diagramas de fluxo; identificando, para cada um deles, todos os insumos (água, energia,
combustível, materiais e consumíveis etc.) e saídas (descargas de água, resíduos, emissões etc.), incluindo atividades principais, auxiliares e de
serviço. Essas entradas e saídas constituem os aspectos ambientais.
Especificar as situações de risco, identificando o risco por zonas.
Identificar as fases do ciclo de vida do produto para identificar os aspectos associados. Recomenda-se levar em consideração as fases ou
estágios em que a empresa tem mais capacidade de atuação, como a fase de uso, transporte para o cliente, uso de materiais que compõem o
produto e a embalagem.
Identi�car os aspectos
Após a divisão das diferentes operações e situações em que um impacto é gerado, o próximo passo é definir, de forma precisa, cada um dos
aspectos ambientais identificados, a fim de obter os dados necessários para cada aspecto.
Para realizar essa identificação de aspectos ambientais, recomenda-se classificar todos os aspectos que foram
definidos: emissões atmosféricas, resíduos perigosos, resíduos inertes, derramamentos de água, consumo de
energia, consumo de água etc.
Outros tipos de informações que devem ser levados em consideração para cada aspecto são:
1
Considerar a magnitude do aspecto: ou seja, a quantidade. Para quantificar um aspecto é importante definir previamente as unidades: dados
absolutos (quilos, toneladas etc.) ou relativos (tonelada de resíduo/ volume de produção).
2
Levar em consideração períodos específicos de obtenção dos dados, para garantir uma comparação objetiva.
3
Determinar a origem do aspecto em cada uma das entradas para os diferentes processos identificados (consumo de água da rede, consumo de
papel reciclado etc.) e, também, o destino dos aspectos de saída (descarregados para coletor, aterro etc.).
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4
Considerar as características físico-químicas, pelo menos de forma aproximada e qualitativa, para, depois, ser capaz de determinar a própria
tipificação do aspecto em uma categoria ou outra. Por exemplo, um resíduo pode ser classificado como industrial ou perigoso, dependendo de
suas características físico-químicas.
Registrar os aspectos identi�cados
A última etapa nesse processo de identificação dos aspectos ambientais associados à atividade ou ao produto de uma organização é o seu registro.
Cada organização define o modelo e o número de formatos a serem usados para esse tipo de registro, podendo criar diferentes formatos para cada
uma das situações: condições normais, anormais, de emergência e para aspectos do produto.
Os registros permitirão que a organização visualize o total de aspectos com todos os dados coletados: etapas / processos em que é gerado,
magnitude, características físico-químicas, entre outros.
Avaliação dos aspectos ambientais
Avaliação
Uma vez identificados os aspectos ambientais, a organização deve definir critérios para avaliar a importância deles, isto é, estabelecer critérios que
irão condicionar se determinado aspecto ambiental tem impactos significativos ou não.
Ao realizar a avaliação dos aspectos ambientais previamente identificados, cada organização define os critérios nos quais se baseará para
determinar a importância do impacto causado por cada um dos aspectos. Esses critérios de avaliação devem ser:
Gerais
Para que possam ser aplicados a diferentes aspectos ambientais.
Reproduzíveis
Para que possam ser aplicados aos mesmos aspectos ambientais em condições ou situações diferentes.
Elegíveis para testes independentes
Para que possam ser aplicados por diferentes pessoas e com obtenção dos mesmos resultados.
Na imagem a seguir, vamos decompor os diferentes tipos de critérios de avaliação que podem ser aplicados.
A avaliação será feita em todos os aspectos ambientais sob as diferentes condições de operação, normais ou anormais, como no caso de
incidentes e acidentes ou emergências.
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Tipos de critérios de avaliação.
Condições normais / anormais
Os critérios avaliados em condições normais e anormais de funcionamento da organização são:
A magnitude do aspecto pode ser considerada como:
A quantidade ou volume do aspecto gerado, emitido, derramado ou consumido. São aplicados principalmente em aspectos ambientais do
consumo de materiais ou substâncias, consumo de água e energia, geração de resíduos etc. A coleta desses dados pode ser realizada de
duas maneiras: absoluta (toneladas, quilogramas etc.) ou relativo (toneladas de emissões/ horas trabalhadas).
A frequência, referindo-se à duração ou repetição do aspecto ambiental. Este critério, geralmente se aplica em aspectos como ruído
gerado, emissões, odores etc.
A extensão, referindo-se à área ou superfície afetada. Este critério se aplica, principalmente ao aspecto de solos contaminados.
Trata-se do perigo, da gravidade ou da toxicidade. Este critério é interpretado como a propriedade que pode caracterizar um aspecto
ambiental, dando maior relevância para aqueles que, por sua natureza, são os mais prejudiciais para o meio ambiente.
É o critério que reflete o impacto que um aspecto pode ter quanto mais próximo estiver de um limite legal ou previamente definido. Porém, no
critério definido, a possibilidade de sobrecarga não deve ultrapassar o limite legal, devido ao cumprimento da legislação ambiental expressa
pela organização em sua política ambiental.
Deve ser levado em consideração que, em uma organização, a condição ou o impacto ambiental gerado por um aspecto ambiental está
diretamente relacionado com o ambiente em que ele ocorre. Portanto, ao se estabelecer a escala de valores do critério, isso será feito de
modo a atribuir mais importância a um aspecto que esteja em um local mais sensível ao meio ambiente. A aplicação deste critério é
realizada para os diferentes aspectos ambientais, e dependendo do ambiente em que ocorre, são atribuídas escalas de valores que variam
entre muito baixa, baixa, média e alta.
Magnitude 
Periculosidade 
Limites de referência 
Sensibilidade do meio 
Regulamentação 
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É interpretado como a existência de algum requisito legal, ou outro tipo de exigência (códigos de boas práticas industriais, acordos com
autoridades públicas etc.), a que a organização se submete e que é aplicável ao aspecto ambiental, para que seja fornecido um valor maior
ou menor a ele.
Situações de emergência
A fim de determinar previamente os critérios gerados em situações de emergência e/ou acidente, é necessário identificar quais são as situações de
risco que podem afetar a atividade normal da organização e ter impacto sobre o meio ambiente (incêndio, explosões, rompimentos de tanques,
derramamentos etc.).
Uma vez que todas as operações, atividades ou serviços em que podem ocorrer acidentes ou situações de emergência, com seus devidos aspectos
ambientais, a próxima etapa é estimar a probabilidade de que isso possa acontecer, associado com as características do meio ambiente e as
consequências que possam ser produzidasnele, permitindo realizar a estimativa do risco ambiental de cada evento.
Essa avaliação de risco deve documentar adequadamente as estimativas e julgamentos emitidos e as fontes de
informação utilizadas.
Os critérios de avaliação são:
Esta estimativa deve ser feita a partir da proporção de perigos que foram identificados. A frequência pode ser determinada por meio de
instrumentos, tais como:
dados históricos da organização;
dados históricos do setor ou atividade;
bancos de dados históricos de acidentes;
informações sobre fabricantes, fornecedores etc;
bibliografia especializada etc.
Este critério se refere ao espaço de influência do impacto em relação ao entorno, considerando que possa ser natural, humano ou
socioeconômico, atribuindo maior importância desse risco à área de influência mais limpa ou mais extensa. Cada organização deve definir a
área de influência ou os limites a serem considerados.
Este critério refere-se à periculosidade intrínseca das substâncias, ou seja, marca o grau em que a substância pode ter um efeito sobre o
meio ambiente, dependendo de sua toxicidade, a possibilidade de acúmulo, corrosividade e as possíveis interações com outros incidentes,
que podem causar aumento no efeito da substância.
Probabilidade/ Frequência 
Extensão 
Perigo 
Sensibilidade do meio 
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Este critério refere-se à qualidade do ambiente em que pode ocorrer a situação de risco, emergência ou acidente. Em outras palavras, a área
e suas características devem ser levadas em consideração.
Aspectos do produto
A identificação dos aspectos ambientais associados ao produto tem importância crescente do ponto de vista da estratégia ambiental. O mercado
mundial começou a valorizar o conceito do Ecodesign, por meio do qual se pretende introduzir critérios ambientais na geração de produtos para
minimizar os principais impactos ambientais ao longo do seu ciclo de vida.
Para avaliar os aspectos do produto, podem ser estabelecidos os seguintes critérios:
Magnitude
Este critério se refere à quantidade ou volume do aspecto gerado, emitido, despejado ou consumido nas diferentes fases da vida do produto. Em
outras palavras, seria medir os aspectos diretamente relacionados ao produto nas diferentes etapas de seu processo de produção, uso, distribuição
e fim da vida útil.
Perigo
Este critério se refere à quantidade ou volume do aspecto gerado, emitido, despejado ou consumido nas diferentes fases da vida do produto. Em
outras palavras, seria medir os aspectos diretamente relacionados ao produto nas diferentes etapas de seu processo de fabricação, uso,
distribuição e fim da vida útil.
Metodologia de avaliação
Metodologia de avaliação dos aspectos ambientais
Uma vez identificados os aspectos ambientais, a organização deve determinar os critérios de avaliação que irá aplicar, a fim de priorizar o impacto.
Ao determinar ou escolher os critérios de avaliação, recomenda-se levar em consideração os dois tipos de critérios a seguir:
Critérios que permitem a melhoria contínua: são aqueles baseados em medições quantitativas e que variam ao longo do tempo (magnitude,
frequência etc.).
Critérios que não permitem melhoria contínua: são aqueles que, em princípio, não variam no tempo, como a natureza do aspecto, a toxicidade etc.
Portanto, a contribuição desses critérios para o valor de significância final não devem ser fator determinante, uma vez que, ao aplicá-lo, será obtido
sempre o mesmo valor, independentemente das medidas tomadas.
Seleção da quantidade ou número de critérios
É aconselhável não selecionar muitos critérios para um mesmo aspecto, pois dificultam o manuseio e podem levar a resultados de avaliação
confusos. Recomenda-se a escolha de, no máximo, dois ou três critérios por aspecto. Por outro lado, não se deve selecionar critérios idênticos,
sendo que se pode determinar um tipo de critério para uma série de aspectos e outros tipos de critérios para o resto dos aspectos. No entanto, não
é recomendado usar diferentes tipos para a mesma família de aspectos, como, por exemplo:
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Aspectos ambientais Critérios Aplicados
Resíduos perigosos
Magnitude (quantidade)
Periculosidade
Descargas de água
Uso de substâncias
Ruído externo
Magnitude (frequência)
Sensibilidade do Meio
Emissões atmosféricas
Solo potencialmente contaminado
Magnitude (extensão)
Periculosidade
Tabela de aspectos ambientais e possíveis critérios aplicados.
Renildes Matos de Freitas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(CESGRANRIO 2011) No que se refere aos termos e definições estabelecidos pela NBR-ISO 14001, analise as afirmativas a seguir.
I – Melhoria contínua é o processo recorrente de avançar com o sistema de gestão ambiental, de forma específica, em todas as áreas e
atividades da organização, de maneira coerente com os objetivos e metas estabelecidas anualmente.
II – Aspecto ambiental se constitui como um elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio
ambiente.
III – Sistema de gestão ambiental é a parte de um sistema da gestão de uma organização, utilizada para desenvolver e implementar sua política
ambiental e para gerenciar seus aspectos nesse campo.
IV – Prevenção de poluição consiste no uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para evitar, reduzir ou
controlar (de forma separada ou combinada) a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos
ambientais adversos.
Está correto apenas o que se afirma em
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Todas as alternativas estão corretas.
A melhoria é instituída a partir de metas e objetivos, para que o sistema avance. O aspecto ambiental é constituído de elementos das atividades,
de produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente. A instalação de um sistema de gestão ambiental permite
à organização identificar aspectos ambientais derivados de suas atividades, que podem ter um impacto no meio ambiente e,
consequentemente, estabelecer as ações pertinentes para agir sobre eles e minimizar seus efeitos negativos. Ao prevenir a poluição, busca-se
reduzir ou controlar a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os impactos ambientais adversos.
Questão 2
(INEP – 2013) Para avaliar os aspectos e impactos ambientais na cadeia produtiva de uma “peça X”, de uma empresa de usinagem de
componentes mecânicos, tomou-se por base o fluxo de processos, desde a entrada da matéria-prima, a usinagem em torno e as operações
complementares de acabamento, até a embalagem final da peça. A partir desse fluxo, o técnico responsável identificou os aspectos e os
impactos ambientais provenientes do processo de fabricação da “peça X”, relacionados no quadro a seguir.
ASPECTOS AMBIENTAIS IMPACTOS AMBIENTAIS
ENQUADRAMENTO DO
IMPACTO
CLASSIFICAÇÃO DO
IMPACTO
consumo de energia
elétrica
redução de recurso natural (perda de áreas
de vegetação para construção de usinas
hidrelétricas)
crítico significativo
descarte de estopas
contaminadas com óleo
aumento de quantidade de resíduos a tratar moderado
avaliação de
significância
transporte de óleo contaminação do solo e da água crítico significativo
ar comprimido da rede
contaminado com óleo
poluição atmosférica e redução da
qualidade do ar
crítico significativo
derramamento de óleo contaminaçao do solo e da água crítico desprezivel
descarte degraxa
contaminada
contaminação do solo e da água crítico significativo
consumo de óleo de corte
(mineral/solúvel)
redução de recursos naturais não
renováveis
crítico significativo
Aspectos, impactos ambientais, enquadramento e classificação do impacto da fabricação da "peça X" de uma empresa de usinagem.
Adaptada de NBR ISO 14004.
Considerando o quadro, assinale a alternativa correta.
D III e IV.
E II, III e IV.
A
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Parabéns! A alternativa A está correta.
A classificação do aspecto “derramamento de óleo" tem um enquadramento crítico, logo, seu impacto não pode ser desprezível.
3 - Licenciamento ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer e analisar o processo de licenciamento ambiental.
Vamos começar!
A classificação do aspecto “derramamento de óleo" está incorreta com relação ao impacto ambiental de contaminação de solo
e água, pois não pode ser considerado um aspecto desprezível.
B
O “descarte de estopas contaminadas com óleo" não precisa ser contemplado na relação de aspectos e impactos ambientais,
pois esses materiais serão descartados e tratados em empresa terceirizada.
C O impacto ambiental “poluição atmosférica e redução da qualidade do ar" pode ser classificado como moderado.
D
A frequência em que uma situação pode gerar impacto apresenta menor relevância na construção da matriz de aspectos e
impactos.
E
O consumo de óleo de corte, ainda que sofra mudanças quanto aos insumos, mantém seu enquadramento no que se refere ao
impacto ambiental.

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Licenciamento ambiental
A competência das entidades federativas para licenciar
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) consagrou o licenciamento ambiental como instrumento administrativo, pelo qual o órgão
competente autoriza e estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser obedecidas pelo empresário, pela
pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, expandir e operar empreendimento ou atividades que possam causar degradação ambiental. Ou
seja, qualquer construção, instalação, ampliação, operação de estabelecimentos e atividades que utilizem recursos ambientais eficazes ou
potencialmente poluentes, ou capazes de causar degradação ambiental, devem ter prévio licenciamento do órgão público competente.
O objetivo do licenciamento é garantir a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental favorável à
vida, visando garantir o desenvolvimento socioeconômico, a segurança nacional e a proteção da dignidade da vida
humana.
Em primeiro lugar, para ser licenciado, é necessário identificar qual é o ente federal competente para o fazer. O processo, a fiscalização e a
concessão das licenças serão realizadas por órgãos do governo municipal, estadual ou federal, dependendo de diversos aspectos, como o tipo de
atividade desenvolvida ou o porte.
A competência para licenciar é descentralizada: cada ente federativo tem seu próprio órgão ambiental responsável pelo licenciamento. No caso da
União, por exemplo, o órgão licenciador é o órgão ambiental federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA). De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97, a competência legal para licenciar, quando definida em função dos impactos ambientais,
ocorre de forma territorial, conforme pode ser observado a seguir:
Competência Municipal
Se os impactos diretos são locais, devendo respeitar os princípios e fundamentos gerais previstos pela legislação federal.
Competência Estadual
Se os impactos diretos são regionais ou atingem dois ou mais municípios, devendo respeitar os princípios e fundamentos gerais previstos pela
legislação federal.
Competência do Governo Federal (União)
Se os impactos diretos afetarem questões de dimensões nacionais, ou atingirem dois ou mais estados, seus princípios devem servir de padrão para
os estados e municípios.
Além disso, a Lei Complementar nº 140/11 (dispõe que: “fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da
Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em
qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora [...]”.) definiu as competências para o licenciamento ambiental em
decorrência da atividade praticada nos seguintes termos:
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GOVERNO FEDERAL
(UNIÃO)
Energia Nuclear, Mar Territorial, Plataforma Continental, Zona Econômica Exclusiva, Terras Indígenas, Unidade
de Conservação Estabelecida pela União (exceto áreas de proteção ambiental).
ESTADOS Tudo o que não pertence à União e aos Municípios (exceto áreas de proteção ambiental).
MUNICÍPIO Impactos locais definidos pelo Conselho de Meio Ambiente do Estado.
DISTRITO FEDERAL
(BRASÍLIA)
Combinar a competência estadual e municipal.
Tabela de repartição das competências.
Renildes Matos de Freitas.
No licenciamento, existe a possibilidade de que haja uma ação complementar ou subsidiária dos entes federativos, ou seja, em ação complementar,
quando um ente federativo, como um Município, tem competência para licenciar, mas não tem órgão ambiental, o Estado do qual faz parte o
substituirá. Já na atividade subsidiária, o ente federativo pede outros auxílios para licenciar, no aspecto econômico, administrativo ou técnico.
A Política Nacional do Meio Ambiente ‒ PNMA Lei Federal
nº 6.938, de 31/08/81 (alterada pela Lei Federal nº 7.804/89)
Uma atividade produtiva depende de estado de aprovação e deve consentir com as atuais leis brasileiras para reduzir o risco potencial ao equilíbrio
ambiental e à qualidade de vida humana. O licenciamento ambiental é um processo administrativo, no qual um órgão ambiental competente de
níveis federal, estadual ou municipal estabelece procedimentos para conceder licenças à implementação, operação ou expansão de
empreendimentos, que potencialmente degradam o meio ambiente.
A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA),
que estabelece o licenciamento e revisão das atividades como um de seus instrumentos e o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras.
Atenção!
É importante destacar que as questões relacionadas à proteção do meio ambiente estão centralizadas no SISNAMA, que é composto por órgãos e
agências da União, estados, Distrito Federal, municípios e fundações, estabelecido por agências governamentais responsáveis pela proteção e
melhoria da qualidade ambiental.
O SISNAMA possui a seguinte estrutura:
Órgão Superior
Conselho de Governo. Saiba mais!
Órgão Consultivo e Deliberativo
Conama. Saiba mais!
Órgão Central
MMA. Saiba mais!
Órgãos Executores
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IBAMA e ICMBio. Saiba mais!
Órgãos Seccionais
Estados. Saiba mais!
Órgãos Locais
Municípios. Saiba mais!
Órgão Superior
O Órgão Superior é formado pelo Conselho de Governo (Casa Civil da Presidência da República e todos os ministros), responsável por elaborar a
Política Nacional do Meio Ambiente e as diretrizes para o meio ambiente e os recursos naturais no país.
Órgão Consultivo e Deliberativo
O Órgão Consultivo e Deliberativo é formado pelo CONAMA, responsável por assessorar o governo e dispõe sobre normas epadrões compatíveis com o
meio ambiente, estabelecendo normas e padrões federais, que deverão ser seguidos pelos estados e municípios.
Órgão Central
O Órgão Central é constituído pelo Ministério do Meio Ambiente, responsável por planejar, coordenar, controlar e supervisionar a Política Nacional do
Meio Ambiente e as diretrizes fixadas para o meio ambiente.
Órgãos Executores
Os Órgãos Executores são compostos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e pelo Instituto de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio ‒ Instituto Chico Mendes), que têm como finalidade formular, coordenar, fiscalizar, controlar e executar a
política e as diretrizes governamentais para o meio ambiente.
Órgãos Seccionais
Os órgãos seccionais são os órgãos ou as entidades estaduais responsáveis por programas, projetos ambientais e pela fiscalização de atividades
capazes de degradação dos recursos ambientais. Como exemplo, podemos citar: o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no Rio de Janeiro; a
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em São Paulo; a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(Semad), em Minas Gerais; a Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em Santa Catarina; e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) no Paraná.
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Órgãos Locais
Os órgãos locais são órgãos ou entidades municipais responsáveis por programas ambientais e pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos
ambientais nas suas respectivas jurisdições, com o poder de aplicar sanções cabíveis, interditar ou fechar estabelecimentos que não estejam em
conformidade com a legislação.
A Lei n. 6.938/81, possui os mecanismos de formulação e aplicação de licenciamento ambiental. Também é importante considerar as atividades
potencialmente poluentes e os usuários dos recursos ambientais citados nessa lei. Seguem alguns tipos de empresas e atividades que precisam
licenciamento ambiental:
Extração mineral e tratamento
Indústria de celulose e papel
Indústria da borracha
Indústria de couro e peles
Indústria química
Indústria de produtos plásticos
Indústria têxtil, vestuário, calçados e tecidos
Indústria de alimentos e bebidas
Indústria de fumo
Obras civis
Projetos de geração e transmissão de energia
Serviços de utilidade pública
Transporte, terminais e armazéns
Empreendimentos e atividades turísticas
Atividades agrícolas
Uso de recursos naturais
Saiba mais
Todas essas atividades precisam pagar ao Meio Ambiente uma Taxa de Fiscalização e Controle, controlada pelo IBAMA.
O licenciamento
Tipos de licenciamento
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O licenciamento, em um primeiro momento, é realizado por três tipos de licença: prévia, de instalação e de operação, estando cada tipo relacionado
a diferentes fases do projeto do empreendimento pretendido: concepção / planejamento, instalação / construção e operação. Ou seja, é um
processo sistemático estabelecido de acordo com um conjunto lógico de encadeamento.
Porém, em casos anômalos, tais fases serão estabelecidas de acordo com a peculiaridade do empreendimento,
podendo ser emitidas de forma independente ou sucessiva, em função do tipo de empreendimento a ser realizado.
As licenças ambientais abordadas a seguir são estabelecidas pelo Decreto nº 99.274/90, em seu artigo 19, e detalhadas na Resolução CONAMA nº
237/97.
Licença prévia (LP)
Essa licença somente será concedida nos casos em que o empreendimento apresentar viabilidade ambiental, conforme verificado pelo Estudo de
Impacto Ambiental (EIA). Sua função é aprovar a localização e o projeto do empreendimento, estabelecendo os requisitos básicos e as condições a
serem atendidas nas próximas fases de sua implantação. Seu prazo de validade pode ser estendido até o máximo de 5 (cinco) anos, caso tenha
sofrido atrasos, a pedido do titular da licença. A Licença Prévia não autoriza o início de quaisquer obras destinadas à implantação do
empreendimento.
Licença de instalação (LI)
Autoriza a instalação / construção do empreendimento, de acordo com as especificações constantes dos programas e projetos aprovados na
licença anterior. Aprova a pré-operação, visando obter dados e elementos de desempenho necessários para subsidiar a concessão da Licença de
Operação.
Seu prazo de validade pode ser estendido até o máximo de 6 (seis) anos, desde que comprovada a manutenção do projeto original e das condições
ambientais existentes à época de sua concessão. Essa Licença não autoriza o início das atividades.
Licença de operação (LO)
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Autoriza a operação do empreendimento, após verificação do efetivo cumprimento das licenças anteriores, com base em laudos de fiscalização,
laudos de pré-operação, laudos de auditoria ambiental, dados de monitoramento ou qualquer meio técnico de verificação de porte e eficiência das
medidas de controle e mitigação ambiental implementado.O prazo de validade dessa licença é de, no mínimo 4 (quatro) anos, até no máximo 10
(dez) anos. Se for concedida com prazo de validade inferior ao máximo, poderá tê-lo prorrogado até o limite de 10 (dez) anos.
Veja os casos a seguir.
1. Manutenção das condições ambientais existentes no momento da outorga;
2. Implementação voluntária de um programa de gestão ambiental eficiente;
3. Ausência de reclamações e apuração de registros e infração;
4. Correção de não conformidades da última auditoria ambiental realizada.
Além disso, devido às peculiaridades de alguns projetos, ou pelos recursos ambientais envolvidos, haverá licenças ambientais específicas. Por
exemplo, nas atividades de pequenas agroindústrias e de baixo impacto ambiental, foram estabelecidas as seguintes licenças ambientais:
Licença Prévia e Licença de Instalação (LPI)
Autoriza a localização e instalação de matadouros e de estabelecimentos que processam pescado.
Licença Única de Instalação e Operação (LIO)
São indicadas para outras atividades do agronegócio de pequeno porte e com baixo impacto ambiental.
O empresário que construir, reformar, instalar ou operar em qualquer parte do território nacional, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais
competentes, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores incorre na pena de prisão e /ou multa na Lei de Crimes Ambientais,
Lei nº 9.605, de 1998.
Procedimentos para obtenção
O licenciamento é um processo que se inicia com a apresentação do processo licitatório, ou seja, o pedido de licenciamento é encaminhado ao
órgão ambiental competente, onde serão informados os seguintes dados:
Posteriormente, o órgão competente emitirá ao empreendedor o Termo de Referência. Esse documento informará as diretrizes para a elaboração do
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), exigidos durante a Licença Prévia, orientando a equipe técnica e
definindo o conteúdo, escopo e métodos a serem utilizados na empresa a ser avaliada.
Por ser o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) um documento técnico, de natureza industrial, ele guarda sigilo público, cabendo ao Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) dar transparência ao empreendimento, uma vez que é um resumo claro, com informações objetivas, para que qualquer
parte interessada tenha acesso às informações.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
1
Nome da empresa e sigla (se
houver).
2
Sigla da agência onde se
candidatou à licença.
3
Modalidade da licença
exigida.
4
Objetivo da licença.
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É um documento técnico-científico que deve abranger os meios físicos, biológicos e socioeconômicos da área em que o empreendimento será inserido.
Identifica os impactos ambientais diretos e indiretos, positivos e negativos, imediatos e de médio e longo prazo, temporários e permanentes.
Saiba mais
A Lei nº 10.650/03 e a Resolução CONAMA nº 006/86 preveem que os dados e as informações de órgãos e entidades devem ser publicamente
acessíveis e disponíveis ao público em geral, e as licenças ambientais devem ser publicadas em qualquer uma de suas modalidades, incluindo
pedidos de licenciamento. Porém, no que diz respeito ao sigilo industrial, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) tem seu acesso restrito.
Para obter a Licença de Instalação, é necessário elaborar um Plano de Controle Ambiental (PCA), contendo projetos para minimizar os impactos
ambientais negativos e maximizar os positivos, ambos identificados pelo EIA/RIMA.
Existem outros estudos abordando os aspectos ambientais, que podem se configurar como subsídios para a
análise da licença exigida, tais como o Relatório de Controle Ambiental (RCA) e o Plano de Ação Emergencial (PAE),
entre vários.
Por fim, para a emissão da Licença de Operação e o início das atividades do empreendimento pretendido, os equipamentos e as condições das
Licenças Prévia e de Instalação serão fiscalizadas pelos órgãos competentes.
Atualmente, o IBAMA sistematiza todas as informações produzidas nos empreendimentos cujos processos licitatórios estão em andamento, como
Pareceres Técnicos, Licenças, Notas Técnicas e Termos de Referência, em sua ferramenta digital SisLic (Sistema de Licenciamento Ambiental).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(AOCP – 2020) O licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou
regional, deve ser solicitado
Parabéns! A alternativa B está correta.
A à Secretaria do Meio Ambiente.
B ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
C ao Ministério do Meio Ambiente.
D às Prefeituras da área abrangida no projeto.
E à Secretaria do Estado que abrange o projeto.
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Atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional são competências do IBAMA.
Questão 2
(VUNESP ‒ 2013) Segundo o artigo n.º 58 do Regulamento da Lei n.º 997/76, aprovado pelo Decreto n.º 8.468/76 e alterado pelo Decreto n.º
47.397/02, o Licenciamento Ambiental pressupõe a existência de três tipos de licenças:
Parabéns! A alternativa A está correta.
O licenciamento, em um primeiro momento, é feito por três tipos de licença: a prévia, a de instalação e a de operação, estando cada tipo
relacionado a diferentes fases do projeto do empreendimento pretendido: concepção/ planejamento, instalação/ construção e operação.
Considerações �nais
O meio ambiente refere-se a todos os aspectos do ambiente natural, incluindo terra, ar, água, flora e fauna, bem como o ambiente humano
(patrimônio cultural e edificado). Enquanto algumas áreas da lei ambiental são projetadas para garantir a proteção do meio ambiente, outras são
projetadas para controlar o uso humano dos recursos naturais, estabelecendo um sistema de aprovações ambientais. A legislação ambiental existe
em níveis internacional, nacional, estadual e local. Algumas leis são relevantes para quase todas as áreas de proteção ambiental. Por exemplo, a
Constituição Federal dispõe, no caput de seu artigo 225, que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental da pessoa
humana. Outras leis estão relacionadas a assuntos específicos, por exemplo, gestão de água, espécies ameaçadas ou vegetação nativa.
Um registro de aspectos e impactos ambientais é uma ferramenta que empresas e projetos usam para resumir os riscos e impactos que as
atividades do projeto podem ter no meio ambiente e para criar uma estrutura para priorizar e mitigar esses impactos potenciais.
Os dois componentes do registro são:
Aspectos ambientais: elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente.
Impactos ambientais: um impacto ambiental é o resultado da interação das atividades de uma organização com o meio ambiente, ou seja, qual
impacto elas realmente tiveram.
A Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação.
B Licença Ambiental, Licença de Instalação e Licença de Operação.
C Licença de Funcionamento, Licença de Exploração e Licença de Operação.
D Licença de Funcionamento, Licença de Instalação e Licença de Operação.
E Licença Preliminar, Licença Ambiental e Licença de Manejo.
18/06/2023 10:18 Legislação, Aspectos e Impactos e Licenciamento Ambiental
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Ao priorizar o risco e os impactos de todos os aspectos ambientais de um determinado trabalho ou projeto, esses elementos criam uma
classificação que permite que as organizações tomem decisões mais bem informadas sobre onde devem investir e utilizar seus recursos
ambientais, melhorando seus resultados ambientais.
O licenciamento ambiental consiste na autorização que o órgão ambiental concede para a execução de uma obra ou atividade que pode,
potencialmente, afetar os recursos naturais renováveis ou o meio ambiente. A licença permite ao seu titular agir livremente, dentro de certos limites,
na execução da respectiva obra ou atividade; contudo, o alcance das ações ou omissões que venha a desenvolver é regulado pela autoridade
ambiental, em relação à prevenção, mitigação, correção, compensação e gestão dos efeitos ou impactos ambientais que a obra ou atividade produz
ou é capaz de produzir. Dessa forma, o licenciamento ambiental tem finalidade preventiva ou cautelar, na medida em que visa eliminar ou, pelo
menos, prevenir, mitigar ou reverter, na medida do possível, os efeitos nocivos de uma atividade na natureza, recursos e meio ambiente.
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Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA);
Centro Tecnológico de Saneamento Básico (CETESB);
Ministério do Meio Ambiente.
Referências
AGUIAR, A. R. de. Direito do meio ambiente e participação popular. Brasília: IBAMA, 1994.
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
BRASIL. República Federativa do Brasil. Constituição de 1988. Consultado na Internet em: 03 dez. 2021.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política nacional do Meio Ambiente.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução do CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe
sobre o Conselho Nacional de Meio Ambiente.
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SANCHES, R. Avaliação de impacto ambiental e as normas de gestão ambiental da série IS0 14000: característica técnicas, comparações e
subsídios a integração. Dissertação de Mestrado – EESC/USP. São Paulo, 2011.
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