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PSICO-ONCOLOGIA · Câncer: crescimento anormal e descontrolado de células invasoras de órgãos, que podem formar tumores malignos e podem se espalhar pelas demais regiões do corpo (metástase) · O tratamento do câncer pode ser cirúrgico, através da radioterapia ou quimioterapia. · Os estudos acerca do tratamento de câncer são relativamente recentes, e por isso tem-se a crença de ser uma doença fatal. Segundo a portaria n. 3.535/GM deve-se ter presença de um profissional da Psicologia na assistência de pacientes com câncer, para oferecer suporte durante todo o processo da doença (Prevenção, diagnóstico, tratamento, cura e cuidados paliativos) tendo em vista que há impactos psicológicos na vida do paciente que devem ser tratados. O profissional da psicologia também é qualificado para oferecer suporte para a família e profissionais da saúde do paciente oncológico. Outro campo de atuação da área é na pesquisa e estudo de variáveis psicológicas e sociais que podem influenciar a incidência, recuperação e sobrevida pós diagnostico. Além de buscar serviços que atendam o paciente de maneira integral. É importante compreender também o que o paciente pensa/entende depois do diagnóstico, uma vez que o estigma social do câncer ser uma doença necessariamente fatal pode interferir na adesão ao tratamento e até na descoberta da doença. Outro fator importante é o nível socioeconômico e cultural dos pacientes, por terem impacto significativo na compreensão do diagnóstico e tratamento. De acordo com a literatura o sofrimento associado a doenças crônicas, se não tratado corretamente, tem impacto negativo no cotidiano de vida e na adesão do tratamento e reabilitação. Também, a probabilidade de ter depressão de pessoas acometidas pelo câncer é maior do que na população saudável. Por isso, faz-se necessário as estratégias de enfrentamento psicológicas. O atendimento psicológico: · Inicio no quadro clinico do paciente através do prontuário, contendo informações sociodemográficas (para antever possíveis situações, como falta de compreensão sobre o diagnóstico) e clínicas (entender o caminho clinico do paciente, gravidade da situação, etc) Após a revisão do prontuário, é hora de avaliar o paciente e sua rede de apoio, contemplando as etapas: · Qual foi o percurso até ali? (o que levou o paciente a buscar atendimentos médicos, quanto tempo demorou para fazer os exames, quais os procedimentos realizados, suas funções...) · Como e quando recebeu diagnóstico? (visualizar o vinculo paciente-medico, entender o tempo que passou durante as consultas, uma vez que essas informações podem indicar a adesão ao tratamento. Sempre procurar saber os motivos de falta e demora, já que nem sempre são indicativos de má adesão) · Reações diante diagnóstico (intensidade, frequência e duração) · O paciente entende sua situação de saúde atual? (diagnóstico, prognostico... assim como pensamentos irreais acerca da situação. Nunca se pode comunicar diagnóstico ou prognostico que não sejam do conhecimento do paciente) · O paciente compreende os procedimentos invasivos que foram ou serão realizados? (compreender o enfrentamento nessas condições) · O paciente compreende o tratamento? (é comum lidar com pacientes que fantasiam sobre sua condição/tratamento. Além disso, é necessário que compreenda se o tratamento é curativo ou paliativo) · Como é a rotina desse paciente e os reforçadores presentes? (a manutenção dos reforçadores pode ajudar no enfrentamento do paciente) · Existem sinais ou sintomas de depressão ou ansiedade? (o relato da família pode ajudar nesse processo) · Onde e com quem vive? (o paciente pode perder autonomia durante o tratamento) · O paciente vem acompanhado para o tratamento/consultas? · Como a família recebeu o diagnóstico? Ela compreende a situação atual do paciente? (importante identificar as demandas familiares) Nem todas as informações vão ser conseguidas na primeira sessão, por isso é importante estabelecer um contato continuo com o paciente. Além disso, entender que esse viés de atendimento é baseado em pacientes da oncologia, especificamente. · Atendimento multiprofissional: Varias especialidades atendendo um paciente de forma fragmentada de acordo com sua especialização. · Atendimento interdisciplinar: Junção dos saberes de diferentes disciplinas para elaborar um plano de tratamento mais eficaz. Modalidades de atendimento: · Individual: Favorece a privacidade do paciente, mas o setting terapêutico muda por estar em um ambiente diferente do clinico. · Grupal: Também apresenta eficácia uma vez que é terapêutico e educacional, além de promover o acolhimento dos enfermos e suas famílias. Atendimento psicológico no ambulatório de quimioterapia: · Consulta com a equipe multiprofissional: é feita antes do processo de quimioterapia pelo menos uma vez, com objetivo de acolher e entender o paciente (rede de apoio, compreensão acerca da doença, etc) · Sessões de quimioterapia: Existe uma ordem de urgência para esses atendimentos, mas tem-se como objetivo que todos sejam atendidos. Os objetivos são: entender a compreensão do paciente sobre doença, tratamento e prognostico, assim como avaliação de possíveis comorbidades (depressão, ansiedade...)
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