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Fisioterapia Oncológica e Cuidados Paliativos. Unidade.III objetivo de preservar, manter ou recuperar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico, buscando o bem-estar e a qualidade de vida do paciente oncológico. Pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, radioterápico ou quimioterápico podem apresentar disfunções ou sequelas, a reabilitação deve procurar atender às necessidades específicas de cada paciente, com medidas que visem à restauração anatômica e funcional, ao suporte físico e psicológico e à paliação de sintomas. Reconhecida como especialidade por meio da Resolução nº 397/2011, de 3 de agosto de 2011. objetivos fisioterapêuticos voltados à oncologia serão: • Preventivos: evitar possíveis sequelas que possam ser incapacitantes para saúde dos pacientes antes que elas ocorram; • Restaurativos: para os pacientes com déficits para maximizar o retorno físico, motor e sensitivo; • De suporte: para que, quando a incapacidade progressiva for antecipada e quando existe doença residual ocorra o maior nível de independência e autonomia possível; • Paliativos: em pacientes nos estágios finais da patologia com o objetivo de manter e aumentar o conforto. A reabilitação deve iniciar-se tão logo o câncer seja diagnosticado, devendo ser planejada a cada etapa do tratamento. Responsabilidade: diagnosticar as disfunções produzidas pela doença e pelo tratamento, familiarizar-se com os conceitos e o valor da reabilitação, escolher e adequar as técnicas de tratamento e encaminhar adequadamente o paciente para outros profissionais quando for necessário. visa a atuar tanto no pré quanto no pós operatório de cirurgias de diversas regiões corporais como: mama, pescoço, cabeça, ósseos e e partes moles, coluna, cirurgias pélvicas, dentre outros, estendendo os procedimentos fisioterapêuticos durante o tratamento em que o paciente necessita de radioterapia e quimioterapia. Durante o tratamento podem apresentar: dor persistente, fibroses, retrações e aderências cicatriciais, encurtamentos dos músculos, tanto de membros inferiores quanto superiores, diminuição de amplitude do movimento das articulações, presença de linfedema, alterações no aparelho respiratório, ausência de funções do controle motor, fraqueza muscular e incontinência urinária entre outros. Tratamento técnicas de recursos terapêuticos físicos e manuais: drenagem linfática, técnicas de enfaixamento, prescrição de órteses ou próteses, exercícios físicos, eletroterapia, terapia manual, exercícios respiratórios e de relaxamento e técnicas para analgesia entre outros. cuidados paliativos: é uma abordagem para melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentem uma doença ameaçadora da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais. Componentes • Físicos: auxiliam no tratamento dos sintomas físicos que podem ser incômodos como dor, falta de ar, vômitos, fraqueza ou insônia, por exemplo; • Psicológicos: identifica e trata os sentimentos e outros sintomas psicológicos negativos, como angústia ou tristeza; • Sociais: oferecem apoio na gestão de conflitos ou obstáculos sociais, que podem prejudicar o cuidado, como falta de alguém para prestar os cuidados; • Espirituais: reconhecer e apoiar em relação a questões como oferecer auxílio religioso ou orientações em relação ao sentido da vida e da morte. Uma equipe multidisciplinar paliativa atende o paciente e os familiares envolvidos no processo do diagnóstico ao momento de luto, sendo composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, possibilitando atendimento integral a esses indivíduos. elementos fundamentais para compreender a prática paliativa: � A morte deve ser entendida como um processo natural, que faz parte do ciclo vital, e proporcionar alívio de sintomas desconfortáveis é um dos principais objetivos clínicos; � Os cuidados paliativos não antecipam a morte, nem prologam o processo de morrer, assim o paciente morrerá quando a doença comprometer os órgãos e sistemas do indivíduo, o que culminará na sua morte; � A família deve receber atenção com tanto empenho quanto o doente. Paciente e familiares formam a chamada unidade de cuidados e é fundamental saber que, com o diagnóstico de uma doença que ameace a vida dos pacientes, o núcleo familiar pode sofrer alterações voltadas, principalmente, aos aspectos psicossociais; � O controle de sintomas é um objetivo fundamental da assistência. Os sintomas devem ser rotineiramente avaliados e efetivamente manejados. Nesse momento de tratamento paliativo, não se visa mais à cura, visto que a doença seguirá seu ciclo natural; � Deve-se trabalhar baseado nas éticas profissionais de cada profissional, pois os pacientes e familiares possuem o direito a informações sobre sua condição e opções de tratamento. As decisões devem ser tomadas de maneira compartilhada, respeitando-se valores étnicos e culturais; � Para ter maior efeito terapêutico, os cuidados paliativos devem ser prestados por uma equipe multiprofissional, respeitando cada profissional e sua atuação, além de discutir os melhores manejos e tratamentos; � A fragmentação da saúde tem sido uma consequência da sofisticação da medicina moderna. Em contraposição, os Cuidados Paliativos englobam, ainda, a coordenação dos cuidados e provêm a continuidade da assistência; � A experiência do adoecimento deve ser compreendida de uma maneira global e, portanto, os aspectos espirituais também são incorporados na promoção do cuidado; � A assistência paliativa não tem seu final com a morte do paciente, ela deve se estender no apoio ao luto dos familiares, pelo período que for necessário. Esse processo é denominado assistência no enlutamento. os profissionais envolvidos nessa assistência deverão: � Possibilitar o controle impecável de dor e outros sintomas; � Prestar assistência que vise ao conforto do paciente; � Prevenção de agravos e incapacidades; � Promoção da independência e da autonomia; � Manutenção de atividades e pessoas significativas para o doente; � Ativação de recursos emocionais e sociais de enfrentamento do processo de adoecimento e terminalidade; � Ativação de redes sociais de suporte; � Apoio e orientação à família e aos cuidadores; � Possibilitar tratamento humanizado e acolhedor aos pacientes e aos familiares; � Pensar nas abordagens biopsicossociais e espirituais.
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