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Trabalho Interdisciplinar para entrega HOMEM, CIÊNCIA E SOCIEDADE

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
TAGUATINGA (DF) - BRASÍLIA
	
ENFERMAGEM
HOMEM, CIÊNCIA E SOCIEDADE
Empreendedorismo
Ética, Política e Sociedade
Homem, Cultura e Sociedade
Saúde Coletiva
Seminário Interdisciplinar I
THAISON ALVES 
 TAGUATINGA – DF
2
 
2018
14
 HOMEM, CIÊNCIA E SOCIEDADE
Produção Textual Interdisciplinar em grupo (PTG) apresentado ao curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera - UNIDERP requisito parcial à avaliação das disciplinas Empreendedorismo; Ética, Política e Sociedade; Homem, Cultura e Sociedade; Saúde Coletiva; e Seminário Interdisciplinar II.
Tutora presencial: Nájala Peixoto Rocha
Tutora à distância: Laressa Battini
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	
2 DESAFIO 01 	
7 DESAFIO 02 	
10 DESAFIO 03 	
3 CONCLUSÃO	
4 BIBLIOGRAFIA	
 
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como temática Homem, Ciência e Sociedade e seu objetivo é a aplicação integral e interdisciplinar dos conhecimentos adquiridos nas disciplinas Empreendedorismo; Ética, Política e Sociedade; Homem, Cultura e Sociedade; Saúde Coletiva; bem como a aplicação desses conceitos a uma situação hipotética com base na vivência real de um profissional de saúde.
Trataremos do caso da senhora Rosângela, 20 anos, mãe de Valentina, recém-nascida que precisou de atendimento de saúde em seu município e não obtendo este, foi para a cidade vizinha. Conseguiu o atendimento na cidade vizinha, porém, sua filha não resistiu, vindo a óbito duas horas após sua internação na Unidade de Terapia Intensiva Infantil. O fato aconteceu no intervalo de alguns dias. Analisaremos quais foram os fatores determinantes nesse caso para o processo de doença e morte nesse processo de busca de atendimento pelo SUS. 
Analisaremos e abordaremos aspectos ligados a conceitos aprendidos nas disciplinas citadas acima, como, avanços na saúde pública, situação do SUS, lucro no ocidente, ética na saúde, empreendedorismo, conceitos de saúde, protocolos de atendimento a pacientes, entre outros. 
Desafio 01
Alguns avanços ocorreram na saúde pública brasileira nos últimos anos, como o aumento da expectativa de vida da população para cerca de 72 anos de idade e a diminuição da mortalidade infantil. Contudo, o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda necessita de muitas melhorias. Postos de Saúde e hospitais públicos não possuem condições de realizar um atendimento adequado às pessoas que recorrem aos seus serviços, muitas vezes, devido à má administração dos recursos públicos, à falta de estrutura, equipamentos para a realização de procedimentos, medicamentos e até mesmo de profissionais. Devido a um maior reconhecimento e melhor remuneração, muitos profissionais têm optado por trabalhar em empresas e consultórios particulares, deixando de atender pelo SUS. Em face de um sistema público de saúde municipal deficitário, Rosangela optou por procurar o hospital da cidade vizinha. Contudo, seu direito à utilização do Sistema Único de Saúde continuou garantido de acordo com os artigos 196 a 200 da Constituição Federal Brasileira. Um dos problemas de áreas da seguridade social, como educação, assistência social e saúde é sua “concorrência” com o setor privado no que diz respeito aos aportes recebidos. O lucro é um grande motivador do atendimento oferecido pelo serviço privado de saúde. E, nessa relação, o lucro tem prevalecido nas sociedades modernas. Contudo, nem sempre foi assim. Durante a Idade Média, por exemplo, a cobrança de juros visando o lucro (a chamada “usura”), era uma prática condenada pela Igreja. 
Em 2014 o SUS completa 26 anos de funcionamento. Iniciando-se com a Constituição de 1988, tem sido uma das maiores políticas públicas brasileiras de inclusão social. Mudou o conceito de direito à saúde, tornando seu acesso, pelo menos na letra da lei, universal e gratuito para todos os brasileiros. Protegeu, dessa forma, aos indigentes e famílias inseridas no mercado informal de trabalho, que antes não tinham acesso aos serviços públicos de saúde da Previdência Social. Mudou a forma de organização dos serviços de saúde, aumentando a oferta de atenção primária e iniciando um processo regulado de acesso aos serviços de maior complexidade. Proporcionou uma rápida melhoria nos indicadores básicos de saúde da população brasileira, como aqueles associados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Mas a construção do SUS, longe de ser um processo fácil, teve muitos problemas e continua tendo alguns. Sua implementação tem sido lenta e apresenta algumas vezes retrocessos.
Os primeiros anos do SUS (1988-1994) Durante seus primeiros anos (1988-1994), as dificuldades de implementação do SUS derivaram da instabilidade econômica (hiper-inflação, crises e desordem nas finanças públicas) e da ineficiência e morosidade em organizar e estruturar o funcionamento do sistema pela falta de financiamento. Entre 1989 e 1994, os gastos federais com saúde se reduziram a uma taxa média anual de 11,5% ao ano, num contexto onde o crescimento do PIB foi de apenas 0,2% ao ano. Mesmo assim foram dados os primeiros passos institucionais, como a transferência do INAMPS para o Ministério da Saúde e se definiram critérios para a transferência de estabelecimentos de saúde do Governo Federal aos Estados e Municípios, bem como as transferências federais de recursos para as esferas locais.O Grande Salto para a Implementação do SUS (1995-2002)A situação melhora entre 1994 e 2002. Esta foi a fase de maior progresso relativo. No rastro da estabilização econômica, começa a ser mais fácil o ordenamento de políticas para o SUS. Entre elas se pode elencar os programas de agentes comunitários de saúde e de saúde da familia (PACS-PSF); a definição de recursos capitados para o financiamento da atenção primária, (como o Piso de Assistência Básica – PAB), a descentralização de políticas de saúde e a transferência de hospitais federais para os Estados; a definição de um modelo de gestão autônoma para os hospitais públicos para aumentar sua eficiência (como as Organizações Sociais de Saúde – OSS); a definição de políticas para a regulação de bens, produtos, serviços e tecnologias de saúde (com a criação da Agência Nacional de Vigilância de Saúde – ANVISA), a definição de uma estratégia para a estabilização das fontes de financiamento do setor (EC29), a melhoria dos sistemas de informação, com a proposta do cartão SUS, a criação de mecanismos de acompanhamento dos gastos públicos setoriais (SIOPS), e a adoção de políticas para atenuar o efeito de fatores de risco na saúde, como foi o caso do controle do tabaco em amb, entre outras.
Do ponto de vista do financiamento, a estabilização econômica possibilitou melhorar financiamento do SUS. Entre 1995 e 2002, os gastos federais com saúde aumentaram 5% ao ano num contexto onde o crescimento anual do PIB foi de 2,3% ao ano. Durante o período seguinte, 2003-2010, o crescimento dos gastos em saúde foi de 5,3% ao ano, num período onde o PIB cresceu a 4% ao ano. Neste sentido, se pode dizer que a razão entre o crescimento anual dos gastos com saúde sobre o crescimento anual do PIB no período 1995-2002 foi de 2,2 enquanto que no período 2003-2010 foi de apenas 1,3.
Além do mais foram criadas soluções para estabilizar o financiamento do setor. Em 2000, foi aprovada a Emenda Constitucional (EC) 29 que definiu a vinculação dos recursos orçamentários que seriam destinados à saúde pelas três esferas de governo. Estipulou norma transitória determinando que a União deveria destinar para a saúde, no ano 2000, 5% a mais sobre o valor de 1999 e, nos anos seguintes, que esse valor fosse corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Os Estados seriam obrigados a destinar 12% do seu orçamento; e os municípios 15%.
O coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, Luiz Antônio de Oliveira, reforça que as melhorias nos índices socioeconômicos e os programas desenvolvidos pelo Ministério da Saúde auxiliaram para a diminuição dos índices de mortalidade infantil no Brasil. “O aumento e continuidade das políticas de prevenção,os ganhos sociais econômicos, a queda da fecundidade, a mulher tendo menos filhos, além de ter melhorado o nível de instrução e o fato de ter menos filhos a ajudam a cuidar melhor dos filhos.”
A dona de casa, Geisiane Glória da Silva, fez todo o pré–natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e conta que o atendimento recebido foi primordial para que a vida de seu filho Júlio César, que nasceu abaixo do peso, fosse mantida até hoje. “Sempre fui bem atendida e bem orientada tanto no pré-natal como no parto, quando ele (Júlio César) era novinho… Eu não tenho o que reclamar”.
A pesquisa do IBGE também traz dados sobre a fecundidade das brasileiras. As famílias estão cada vez menores e as mulheres estão adiando a maternidade. Uma boa notícia é a redução da taxa de adolescentes gestantes. As mulheres entre 15 e 19 anos que se tornaram mães passou de 18,8% a 17,7%.
O Ministério da Saúde reconheceu que há problemas e que tem investido em construir mais hospitais e levar mais médicos para as cidades. O relatório traz um retrato bem conhecido pelos pacientes da rede pública .Os hospitais sempre cheios são uma reclamação recorrente entre os pacientes da rede pública de saúde. “Nunca tem vaga, ou não tem médico pra atender”. Uma fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União confirmou o problema. Os técnicos visitaram 116 hospitais e prontos-socorros do país. 64% estão sempre superlotados. Os outros 36% também passam por essa situação, mas com menos frequência.E quando os hospitais não estão cheios demais, os pacientes se deparam com outras dificuldades, como a falta de equipamentos. 
Na teoria, o SUS – criado quando a Constituição de 1988 reconheceu a saúde como direito de todos e dever do Estado – é considerado por especialistas como dos mais modernos e inclusivos sistemas de saúde do mundo, mas na prática pacientes sofrem com longas esperas e estrutura precária. O SUS em si não é um problema, ao contrário, é uma grande solução que o Brasil arrumou. O grande problema é a falta de recursos públicos para financiar o sistema .O Brasil gasta 3,4% do PIB em saúde enquanto outros países com sistemas universais de saúde, como o Reino Unido e o Canadá, gastam pelo menos 6,5% do PIB. Estudos da OMS indicam que o Brasil precisaria gastar pelo menos o dobro em saúde.
As inúmeras carências se somam a outra grave questão identificada: a má gestão. O problema é mais crítico nos prontos-socorros, nas internações, nas unidades de terapia intensiva (UTI), nos centros cirúrgicos e nos serviços pediátricos e de obstetrícia.
Superlotação, problemas estruturais nas instalações, falta de medicamentos, de leitos, de profissionais, equipamentos quebrados e risco de infecções e com que faz a grande maioria dos médicos desistir da rede publica Essa é a filosofia do SUS, mas que penaliza a população das unidades da Federação que investem em saúde pública de melhor qualidade. “É o nosso caso. Temos profissionais competentes e em número suficiente, equipamentos de ponta e bons hospitais. Mas nada disso adianta com essa demanda crescente”
Rosangela optou por procurar o hospital da cidade vizinha Essa realidade confirma a precariedade da saúde pública oferecida aos moradores de muitos municípios dos Estados de Goiás, Minas Gerais e da maioria dos estados das regiões Norte e Nordeste.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, com direção única em cada esfera de governo atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
O cidadão brasileiro – assim como os dos mais diferentes países – há décadas usa os serviços privados de assistência médica, hospitalar e laboratorial como alternativa ao atendimento público que não satisfaz às suas necessidades. Desde seu início, a saúde suplementar exibe uma enorme diversidade estrutural. As chamadas empresas de medicina de grupo foram mundialmente as pioneiras nesse mercado e começaram nos Estados Unidos, por volta de 1920.
No Brasil, as primeiras empresas de medicina de grupo surgiram na década de 60 para atender, em princípio, aos trabalhadores do ABC paulista. As indústrias multinacionais que ali se instalavam, diante das deficiências da saúde pública, preocuparam-se em buscar outros meios para propiciar atendimento médico de qualidade a seus empregados. Estimularam médicos a formar empresas de medicina de grupo, com diferentes planos de saúde. O conceito evoluiu e prosperou em todo o país e, em 1997, planos de saúde feitos pelas empresas de medicina de grupo assistiam a cerca de 17 milhões de brasileiros
As relações comerciais existem há muito tempo. Com base nas mudanças do comportamento da sociedade, o ocidente passou a valorizou a prática do lucro.
O grande exemplo foi com a mudança trazida pela Primeira Revolução Industrial, que possibilitou o surgimento da produção em larga escala pelas indústrias. Este fenômeno contribui para a geração de mais empregos e, consequentemente, o aumento da circulação de produtos no mercado (conexão entre compradores e vendedores)
Desafio 02
No caso em questão, a senhora Rosângela levou sua filha recém-nascida apresentando temperatura de 38,8º C a única unidade de saúde de seu município, não sendo esta atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS). Foi informada que o médico pediatra estava em viagem. Após mais de um dia de espera por atendimento, e informada pela atendente da unidade que não havia nada a ser feito a não ser a espera da chegada do médico, vendo o quadro de agravamento da filha se dirigiu ao Hospital da cidade vizinha a fim de conseguir atendimento médico para sua filha. Após aguardar 5 horas conseguiu atendimento médico, porém, o quadro se tornou crítico, sendo esta internada na Unidade de Terapia Intensiva Infantil, vindo a óbito após 2 horas de sua internação. Com o apoio de sua família, Rosângela entrou judicialmente contra atendente.
De acordo com Aristóteles a razão é o que diferencia o homem dos outros animais. É pela razão que o homem escolhe seus comportamentos, praticando assim ações virtuosas. O que é natural do homem é a faculdade de pensar, sua atividade intelectual. A felicidade, segundo ele, seria resultado do aperfeiçoamento da inteligência e racionalidade. A fonte da felicidade está na subordinação da sensibilidade em detrimento da racionalidade e inteligência nas ações.
	A racionalidade é desenvolvida através do treino do uso da razão. Através da educação e do treino molda-se o caráter. A ação transforma-se em hábito através do uso da racionalidade, proporcionando as melhores escolhas e assim a virtude vai se instalando. A virtude também vem pelo ensino e treino até tornar-se um hábito. ARISTÓTELES, em seu livro Ética a Nicômano, diz:
“Por conseguinte, se as virtudes não são paixões nem faculdades, só resta uma alternativa: a de que sejam disposições de caráter. Mostramos, assim, o que é a virtude com respeito ao seu gênero. Não basta, contudo, definir a virtude como uma disposição de caráter; cumpre dizer que espécie de disposição é ela. Observemos, pois, que toda virtude ou excelência não só coloca em boa condição a coisa de que é a excelência como também faz com que a função dessa coisa seja bem desempenhada. Por exemplo, a excelência do olho torna bons tanto o olho como a sua função, pois é graças à excelência do olho que vemos bem. Analogamente, a excelênciade um cavalo tanto o torna bom em si mesmo como bom na corrida, em carregar o seu cavaleiro e em aguardar de pé firme o ataque do inimigo. Portanto, se isto vale para todos os casos, a virtude do homem também será a disposição de caráter que o torna bom e que o faz desempenhar bem a sua função.”
Quanto mais cedo começar a o uso da racionalidade por meio da educação e o treino, mais rápido será instalada a virtude no seu repertório comportamental. A educação deve formar os cidadãos para a virtude, isto é, formar cidadãos bons por meio dos hábitos, através do comportamento baseado em atitudes virtuosas. Segundo Aristóteles, “por causa do prazer cometemos atos vis, por causa da dor nos abstemos de ações belas”. Isso significa dizer que essa educação será conforme à conduta virtuosa. O homem virtuoso é aquele que sabe dosar suas ações. Seu caráter determina as escolhas de ações e emoções, sendo o autocontrole o termômetro para a ação correta, afastando-o da intemperança, na observância do meio termo, determinado pela racionalidade. As virtude moral vem com o hábito e o exercício. E são nas relações humanas que elas são manifestadas, construindo ou não um homem virtuoso. Optando pelas ações adequadas, num contexto ético e moral, o homem materializa o bem.
Segundo CHAUÍ (2000), página 70, “A consciência é a razão. Coração e razão, paixão e consciência intelectual ou moral são diferentes. Se alguém “perde a razão” é porque está sendo arrastado pelas “razões do coração”. Se alguém “recupera a razão” é porque o conhecimento intelectual e a consciência moral se tornaram mais fortes do que as paixões. A razão, enquanto consciência moral, é a vontade racional livre que não se deixa dominar pelos impulsos passionais, mas realiza as ações morais como atos de virtude e de dever, ditados pela inteligência ou pelo intelecto.
Sendo a ética Aristotélica uma conduta virtuosa para o bem primordial, composta por ações humanas formadas pela consciência, pode-se avaliar que o atendimento prestado pela atendente foi no mínimo eticamente reprovável. Pois é no convívio social que são testados os valores éticos e morais. Não há da parte da atendente uma ação como homem virtuoso, pois esse se baseia na doutrina do justo meio tendo o comedimento, a moderação, como mediadores da ação. Em momento algum, há da parte da atendente uma ação racional, disposta para o bem. Essa ação da atendente, provocou danos irreparáveis a saúde da criança, uma vez que pela falta do encaminhamento adequado da situação, demonstrando com isso os vícios, constituíram em fator primordial para o agravamento da doença que culminou no óbito da bebê. Não há ordem, prudência para o trato com a situação. Não é manifestada por parte da atendente a consciência do dever a ela atribuído. Assim como pertence a ela o agir, como forma de virtude, o não agir dela, demonstra o vício. No caso, em específico, não vemos nem a razão e muito menos a sensibilidade prevalecendo em nenhum momento. Desta forma, pesa sobre a atendente provas irrefutáveis de sua contribuição direta para o fim desastroso, resultando na perda de uma vida.
	Por outro lado, vemos que a falta de ética pode ser a destruição da sociedade. A sociedade brasileira, vem sofrendo nas últimas décadas alterações em suas crenças, valores morais e culturais. Isso é visto numa ética individualista baseada na lógica do consumismo, da competição que resulta na exclusão social e na geração desse ser não virtuoso e cheio de vícios. A atendente teria sua formação baseada nessa sociedade. A falta de órgãos para o controle e fiscalização das normas e condutas exigidas para o cargo de atendente são vitais, pois se o agente não atingiu a situação de virtude e do bem coletivo, como será mensurada e se darão medidas que visem a educação e treino nesse sentido? Se o aprendizado é feito desde os tenros dias e por meio da sociedade em que vivemos, vemos a atendente como fruto de um meio viciado. Desta forma, defendo também a atendente, pois se não há a consciência do bem, e se os códigos éticos normativos de sua função não são ensinados, praticados e cobrados, primeiro pela instituição que participa e depois pela sociedade em geral que a forma, não há como reintegrar princípios críticos conscientes que regerão com ética e moral sua conduta.
	Julgando a situação de maneira geral, vemos uma situação de adoecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Na Constituição Federal, no título VIII, capítulo II, seção II que trata da Saúde, no artigo 196 temos assegurado o direito à saúde: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
Apesar da Constituição Federal garantir o direito à saúde, na prática, temos um sistema de saúde com muitas lacunas. A realidade apresenta uma incoerência entre o modelo de atenção à saúde e sua efetiva integralidade das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos. Pelo registro apresentado, o acesso a saúde nesse município era feito através dessa Unidade Básica de Saúde. O primeiro contato do cidadão ao buscar o atendimento de saúde nessa unidade é através da atendente da unidade. Segundo a portaria do Ministério da Saúde, Nº 2048, de 5 de novembro DE 2002, determina diretrizes de acolhimento nas unidades de saúde que diz quais são as missões do acolhimento: Ser instrumento capaz de acolher o cidadão e garantir um melhor acesso aos serviços de urgência/emergência; - Humanizar o atendimento; - Garantir um atendimento rápido e efetivo. Tudo isso objetiva proporcionar a quem procura o serviço de saúde a escuta qualificada do cidadão que procura os serviços de urgência/emergência; a classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou imediato; construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando todos os serviços da rede de assistência à saúde; funcionar como um instrumento de ordenação e orientação da assistência, sendo um sistema de regulação da demanda dos serviços de urgência/emergência. Isso não é um instrumento de diagnóstico da doença. Apenas hierarquiza a gravidade do paciente a fim de determinar prioridade de atendimento. Não pressupõe exclusão e sim estratificação. Ainda segundo a norma, nenhum paciente poderá ser dispensado sem ser atendido, ou seja, sem ser acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável a uma unidade de saúde de referência. O Ministério da Saúde disponibiliza ainda vários protocolos inclusive o de Protocolo de Atenção à Saúde da Criança no âmbito da Atenção Básica.
Apesar das regras, a atendente, descumpre totalmente tudo que lhe é exigido de sua função, se eximindo completamente do acolhimento da paciente, talvez por ignorância, talvez por vícios adquiridos do próprio sistema, talvez por obediência à normas superiores. Sua conduta porém, enquanto ser virtuoso é indigna, ética e moralmente reprovável. Para o funcionamento da unidade, são previstos requisitos mínimos quanto ao corpo de funcionários e pela descrição, o médico estava ausente nos dois dias em que a mãe foi à unidade. A atendente representa naquele momento o Estado, que é quem em sua lei máxima garante o direito à saúde. Desta forma, condeno o Estado, responsável pela manutenção das leis, e defensor dos direitos dos cidadãos ao pagamento de indenização à mãe.
DESAFIO 03
1- Imagine que Rosangela, com o apoio de seus familiares, entrou judicialmente contra a atendente e você foi contratado como advogado de acusação. Crie argumentos para incriminar a atendente, tendo por base o artigo disponibilizado no site e as obras indicadas na bibliografia. 
 		 Naturalmente, relacionamos empreendorismo com as fases, criações e ampliações de empresas ou produtos, e logo quando falamos que uma pessoa é empreendedora imaginamos que a pessoaseja criativa, inovadora, que tem o domínio e capacidade de estabelecer estratégias para o futuro, resolver e solucionar problemas diante de qualquer situação. Para intraempreendedorismo, que significa empreendedor interno, ou seja, empreendedorismo dentro dos limites de uma empresa/organização já estabelecida, onde os funcionários possuem capacidades de atuar e ajudar a movimentar a empresa, com criação de ideias, analise de cenários, inovação, sempre buscando soluções para um melhor funcionamento da empresa. 
 Baggio, Adelar e Baggio, Daniel (2014) em um de seus artigos publicados na Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, defende a ideia de que o empreendedorismo pode ser vistor com um despertar do indivíduo para o aproveitamento total, integral, de suas potencialidades racionais e intuitivas. “Diz ainda, que é essencial a busca do autoconhecimento em processo de aprendizado permanente, em atitude de abertura de ações e pensamentos para novas experiências e novos paradigmas.” E o intraempreendedorismo se encaixa perfeitamente nesta citação, onde o funcionários explora ao máximo o seu potencial racional e intuitivo, a fim de solucionar problemas, buscando para à empresa experiências e inciativas antes não tomadas, servindo ao “cliente” desta empresa um ótimo atendimento e solução de seu problema, destruindo assim, antigos paradigmas e mudando contextos das situações.
2- Agora imagine que você foi contratado para defender a atendente. Crie argumentos em sua defesa, observando os critérios mencionados.
 		A prática do Intraempreendedorismos dentro das organizações ocorre quando incentivam e estimulam os desenvolvimentos das iniciativas empreendedoras de seus colaboradores. Porem, para que uma organização consiga inserir esta nova metodologia, é necessária uma mudança geral no comportamento e visões do funcionário, como o comportamento institucional, desta forma, permitimos o surgimento dos novos modelos de negócios e posteriormente, a implantação das novas ideias e projetos, resgatando sempre, o foco no cliente e no produto. 
 	Relacionado á procura de atendimento em uma unidade medica, a atendente num primeiro contato, deveria prestar toda atenção e disposição aos pacientes que procuram por atendimento, afinal, são casos delicados, casos de saúde. Relacionado ao caso da recém- nascido, uma da possibilidade da atendente, seria perguntar para a mãe a causa que lhe fez deslocar de sua casa até um pronto atendimento, em seguida analisar uma melhor forma para prestar algum tipo de atendimento à recém nascida, por normalmente se enquadrar em paciente preferencial, e prestando sempre atendimento humanitário avaliando o cenário no paciente e informações dadas pela mãe, e em seguida, uma das possíveis possibilidades neste caso tão delicado, seria a próprio modo, tentar o contato com algum médico de outra especialidade para uma possível avaliação do quadro de saúde da paciente, e na falta do mesmo, contatar um enfermeiro para prestar o primeiro atendimento, para que possa, dentro de seus limites, avaliar o quadro da recém-nascida e assim orientar a mãe da melhor forma possível. 
3- Por último, imagine que você é o juiz que julgará o caso. Faça o julgamento de modo imparcial justifique os seus motivos, com base nos textos sugeridos.
· Pelos funcionários do hospital para melhorar as práticas
· Organizacionais e a relação com os futuros pacientes.
3 CONCLUSÃO
 		Concluímos que basicamente que o seminário interdisciplinar compreende a todas as disciplinas apresentadas no semestre e de pontos relevantes apresentadas nos textos. Considerando tanto como uma das partes mais importantes do estudo que e poder desenvolver a visão do atendimento na saúde no país e agregar-nos as ideias com o objetivo de solucionar os desafios apresentados.
 
 
BIBLIOGRAFIA
ARISTÓTELES. Ética a Nicômano. Trad. Leonel Vallandro e gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1991. Coleção os Pensadores. Disponível em: http://portalgens.com.br/portal/images/stories/pdf/aristoteles_etica_a_nicomaco_poetica.pdf, acesso em 07/05/2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Paulo Roberto Moraes de Aguiar. Brasília: Senado Federal, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Portaria SAS/MS Nº 2048, de 05 de novembro de 2002. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2296. Acessado em 08/05/2018
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 438s. Disponível em: http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia %20-%20Marilena%20Chaui.pdf, acesso em 07/05/2018. 
MARANHÃO, Secretaria de Saúde. Protocolo de acolhimento com classificação de risco Sistema Único de Saúde (SUS). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_acolhimento_classificacao_risco.pdf
ORDONA, Concília. O importante não é tomar decisões clínicas corretas e, sim, prudentes. Cremesp, São Paulo, mar. 2006. Revista Ser Médico. Disponível em: http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Revista&id=225. Acesso em: 07/05/2018
DORNELAS, José. Empreendedorismo corporativo: como ser
empreendedor, inovar e diferenciar na sua empresa. 3. ed. LTC: Rio de Janeiro, 2015.
JULIANO, Marcio de Cassio. Empreendedorismo. Livro Didático. Londrina:
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2016.
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/empreendedorismo-e-intraempreendedorismo-a-bola-da-vez,8317080a3e107410VgnVCM1000003b74010aRCRD . Acesso em: 11/05/2018
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