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Prévia do material em texto

A contextualização histórica, econômica e
sociocultural dos sujeitos da EJA
Pâmella Ellyn Leite Chicuta Gonçalves Marques¹
Luciana Farias De Sousa²
RESUMO
O presente paper fala sobre os sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), aborda a respeito
do contexto histórico, econômico e cultural em que esta modalidade tem funcionado no Brasil. A
EJA(educação de Jovens e Adultos) é uma modalidade de ensino que tem como objetivo
desenvolver o ensino de qualidade, para as pessoas que não tiveram acesso à escola por algum
empecilho na idade própria.
Palavras-chave: Educação, EJA, Contexto histórico.
1. INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade educacional que tem como
objetivo atender às necessidades de aprendizagem de pessoas que não tiveram acesso ou não
concluíram os estudos na idade regular. Essa modalidade de ensino busca proporcionar a
oportunidade de desenvolvimento pessoal, profissional e social para aqueles que desejam retomar
os estudos e ampliar seus conhecimentos.
No entanto, compreender a importância e a relevância da EJA requer uma análise mais
ampla, considerando a contextualização histórica, econômica e sociocultural dos sujeitos envolvidos
nesse processo. Ao longo da história, diversos fatores têm influenciado a trajetória educacional
dessas pessoas, como as desigualdades socioeconômicas, a falta de acesso à educação de qualidade
e as demandas do mercado de trabalho.
Além disso, a sociedade em constante transformação impõe novos desafios e demandas aos
indivíduos, tornando a educação ao longo da vida uma necessidade cada vez mais evidente. Nesse
contexto, a EJA se apresenta como um instrumento de inclusão social, permitindo que jovens e
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLC3919PED) – Prática do Módulo V I – 19/05/2023
2
adultos adquiram conhecimentos, habilidades e competências necessárias para enfrentar os desafios
do mundo contemporâneo.
Portanto, ao analisar a EJA, é fundamental considerar não apenas as particularidades dos
sujeitos envolvidos, mas também o contexto histórico, econômico e sociocultural no qual estão
inseridos. Somente assim será possível compreender as demandas e os desafios enfrentados por
essas pessoas, bem como propor ações educacionais efetivas e transformadoras, que promovam a
equidade, a inclusão e o desenvolvimento pleno dos indivíduos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No começo do século XX, o Brasil passou por mudanças cruciais nos setores econômico,
político, social, cultural e educacional. Neste trabalho, abordaremos essas áreas, pois estão
diretamente relacionadas à educação das pessoas e aos níveis de instrução formal necessários para
contribuir com o processo de industrialização tardia que ocorreu nesse período.
O Brasil no início do século XX enfrentava um grande número de adultos analfabetos,
que,por esses motivos, se viam impossibilitados de ocupar as vagas nas indústrias que por aqui se
instalam, sejam elas nacionais ou multinacionais que passaram a ocupar nosso território. Portanto,
era urgente lançar campanhas nacionais para erradicar o analfabetismo entre os adultos e fornecer a
instrução mínima necessária para que os trabalhadores pudessem desempenhar suas funções de
maneira eficiente.
A crise de 1929 impulsionou a busca por resoluções para os problemas de ordem econômica
que assolavam a época, o que exigia aumento do conhecimento e estimular o intelecto. É importante
falar que nos anos de 1930 ainda são fortes as influências das ideias iluministas que propõe a escola
como aquela que irá propiciar o acesso à “descoberta da Verdade” e sua tarefa maior de transformar
as pessoas e por consequência o mundo.
A Revolução de 1930 fez com que houvesse uma troca no poder político que havia se
estabelecido no país até aquele momento, enfraquecendo a soberania associada aos grandes
produtores rurais e destacando os militares, aqueles que possuíam conhecimento técnico (diploma)
e os empresários das indústrias.
Em 1930, foi criado o primeiro Ministério da educação, um dos marcos importante para a
educação escolar, pois começou a ser pensada em termos nacionais. É possível nos questionar: qual
a implicação de se ter um ministério que reúna educação e saúde pública nessa época? E a resposta
é muito simples, no contexto existente na época, de pobreza e precariedade, a educação escolar
estava assumindo um papel também moral e sanitarista, sendo que a escola se encarrega de ensinar
3
boas práticas de limpeza e cuidados com o corpo, tal como as condutas necessárias para viver em
sociedade.
Sobre o contexto da época, Lima e Pinto (2003, p. 1044) destacam a existência dos seguintes
pontos: “a aceleração do processo de urbanização, a ampliação da massa trabalhadora em precárias
condições de higiene, saúde e habitação, a acumulação de capital industrial, próprios dessa
economia em expansão [...]”. Fatores estes que demandavam que políticas sociais fossem postas em
funcionamento com urgência. Podemos considerar que se aplica no Brasil, em meados do século
XX, o que já vinha sendo realizado na Europa a partir da metade do século XIX, conforme
comentam Varela e Alvarez-Uria (1992, p. 20):
A educação das classes populares e, mais concretamente, a instrução e
formação sistemática de seus filhos na escola nacional, fazem parte, na
segunda metade do século XIX e em princípios do século XX, das medidas
gerais do bom governo: "...o operário é pobre e é forçoso socorrê-lo e
ajudá-lo; o operário é ignorante e faz-se urgência instruí-lo e educá-lo; o
operário tem instintos avessos, e não há outro recurso senão moralizá-lo se
queremos que as sociedades e os estados tenham paz e harmonia, saúde e
prosperidade”.
Na década de 1940, a Educação de Adultos era considerada uma extensão da educação
formal, principalmente voltada para áreas rurais. No entanto, nos anos 1950, houve uma mudança
de perspectiva, passando a entender a Educação de Adultos como uma base educacional com
enfoque no desenvolvimento comunitário. Essa transformação resultou em duas tendências
significativas no final da década de 1950: a abordagem de Educação de Adultos como uma forma
libertadora e conscientizadora, defendida por Paulo Freire, e a perspectiva de uma educação
funcional e profissional. (GADOTTI, 1995). Na década de 1970, essas duas correntes continuaram
sendo consideradas formas de Educação não formal e alternativa. Nesse contexto, surgiu no Brasil o
conhecido sistema MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), que propunha princípios
opostos aos defendidos por Paulo Freire.
Dessa forma, é responsabilidade da escola ensinar regras de conduta e medidas preventivas a
todas as crianças desde o início de sua educação formal. No entanto, o que fazer com o grande
número de pessoas que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola, o que representa mais de
50% da população adulta brasileira no início do século XX? É importante notar que o discurso
internacional do século XX enfatizava a associação entre desenvolvimento econômico e a
4
prosperidade das nações por meio da educação de sua população, o que levou o Brasil a reconhecer
a importância de um projeto educacional mais abrangente.
Assim, o Brasil seguiu a tendência europeia que defendia uma "Escola Nova" e, em 1932,
produziu o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Liderado por diversos intelectuais, esse
manifesto buscava propor uma nova forma de organização e uma concepção filosófica diferente
para a educação em nosso país. Questões que, de acordo com o documento, ainda não haviam sido
sequer consideradas até então. Afinal, a escola no manifesto é destacada como o elemento central
da estrutura política e social da Nação.
Nas primeiras décadas do século XX, em resposta à necessidade de combater o analfabetismo
entre jovens e adultos durante o período de desenvolvimento do Brasil, o governo federal
implementou uma série de políticas públicaseducacionais.
Primeiras ações do governo federal para a EJA :
FONTE: Adaptada de Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001)
O Fundo Nacional do Ensino Primário foi instituído pelo decreto-lei n° 4.958 de 14 de
novembro de 1942 com o objetivo de direcionar os recursos federais provenientes de tributos para
auxiliar na “[...] ampliação e melhoria do sistema escolar primário de todo o país. Esses recursos
serão aplicados em auxílios a cada um dos Estados e Territórios e ao Distrito Federal, na
conformidade de suas maiores necessidades” (BRASIL, 1942).
No ano de 1947, o Departamento Nacional de Educação, ligado ao Ministério da Educação
e Saúde daquela época, estabeleceu o Serviço de Educação de Adultos com o objetivo de coordenar
e orientar as ações e planos voltados para a organização da educação suplementar no Brasil. Foi
nesse contexto que foi lançada a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), que
contava com o apoio financeiro do Fundo Nacional de Ensino Primário.
5
A partir de 1952, o Ministério da Educação e Saúde iniciou a Campanha de Educação Rural
(CNER) com o propósito de promover a disseminação da educação básica nas áreas rurais do país.
Reconhecia-se que a falta de escolarização e as altas taxas de analfabetismo entre os jovens e
adultos também eram uma realidade no campo, tornando-se necessário ampliar o acesso à educação
e reduzir o analfabetismo nessas regiões por meio dessa iniciativa.
No ano de 1958, o Ministério da Educação e Cultura estabeleceu a Campanha Nacional de
Erradicação do Analfabetismo, que se uniu à CEAA (Campanha de Educação de Adolescentes e
Adultos) e à CNER (Campanha Nacional de Educação Rural) com o objetivo de aperfeiçoar e
promover o ensino primário em municípios selecionados. O propósito era buscar as melhores
estratégias para eliminar o analfabetismo. Atualmente, ainda em curso, o Movimento de Educação
de Base, criado há 50 anos, disponibiliza materiais didáticos específicos, como a coleção "Saber,
Viver e Lutar - Caderno do Alfabetizador", "Cartaz Gerador" e "Diário do Alfabetizador". Esses
materiais estão associados ao Programa Brasil Alfabetizado.
Nas campanhas anteriores, havia um preconceito contra os analfabetos, expresso por termos
pejorativos que contribuíam para a baixa autoestima. No entanto, o educador Paulo Freire, por meio
de suas aulas em forma de círculos de cultura em Angicos, no Rio Grande do Norte, conseguiu
destacar a cultura que os adultos analfabetos possuíam.
Em 1962, Paulo Freire trabalhou no Movimento de Cultura Popular de Pernambuco, cuja
base era o diálogo e a construção de uma visão crítica do sujeito em relação à sociedade. Antes
considerado apenas objeto da sociedade, o homem foi convidado a exercer sua cidadania.
Através da Lei nº 5.379, promulgada em 15 de dezembro de 1967, foi estabelecida a
autorização para a formação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que tinha
como público-alvo pessoas com idades entre 15 e 30 anos. O foco principal desse movimento era o
desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e cálculo, visando capacitar os cidadãos para
uma participação ativa na sociedade. O objetivo era proporcionar aos indivíduos os instrumentos
necessários para atuarem de forma mais efetiva em diversos aspectos da vida em comunidade.
Nesse período, ocorreu uma ruptura em relação ao método de Paulo Freire, pois durante a ditadura
militar havia um controle sobre o que deveria ser ensinado, e a "liberdade de expressão" era
restringida. Essa postura política ia de encontro às ideias e ao propósito crítico de Paulo Freire, que
buscava despertar nos alfabetizandos uma consciência reflexiva.
Em contrapartida, observava-se um direcionamento para o analfabetismo funcional, ou seja,
uma abordagem que se concentrava na mera aquisição de habilidades básicas de leitura e escrita,
sem a preocupação em desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de análise. Esse contexto
6
refletia uma postura que não estimulava a formação de cidadãos engajados e conscientes,
contribuindo para um distanciamento em relação à abordagem de Paulo Freire.
“O Programa Alfabetização Funcional foi lançado para dar continuidade aos estudos devido
à expansão do MOBRAL, nos anos 70. Na época, os índices de analfabetismo absoluto
decresceram, porém a complexidade da estrutura social e a amplitude dos sistemas educativos
elevaram a um patamar mais alto a problemática entre teoria e prática” (PAIVA, 2003, p. 410).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal n° 5.692, de 11 de agosto de
1971, ampliou a obrigatoriedade do ensino da educação básica de quatro para oito anos e trouxe
também avanços para a educação de jovens e adultos, pois instituiu a educação supletiva possível
para esse primeiro grau de escolarização (BRASIL, 1971), ou seja, aqueles que não tinham podido
concluir o ensino obrigatório na idade apropriada agora poderiam concluir a partir de “[...] cursos
supletivos, centros de estudo e ensino a distância, entre outras” (DI PIERRO; JOIA; RIBEIRO,
2001, p. 62).
A expressão “analfabetismo funcional” integra desde 1958 o universo vocabular da Unesco.
Ribeiro (2011) explica que outros termos se disseminaram no ambiente acadêmico e pedagógico:
alfabetismo ou letramento, ou seja, houve um alargamento do conceito de alfabetização. Conforme
apontado por Ireland (2009), a alfabetização desempenha um papel fundamental no processo
educacional, sendo o ponto de partida necessário para a busca contínua do conhecimento. Nesse
sentido, os alicerces que sustentam a Educação de Adultos devem ser sólidos, com políticas que
promovam o acesso e a continuidade dos estudos, visando ao pleno exercício da cidadania como um
direito.
A alfabetização é o primeiro passo para a aquisição das habilidades básicas de leitura, escrita
e compreensão de textos, proporcionando às pessoas a capacidade de se engajar na sociedade de
forma ativa e informada. No entanto, é fundamental que haja políticas educacionais que garantam
não apenas o acesso inicial à educação, mas também a oportunidade de prosseguir os estudos e
aprimorar as competências ao longo da vida. Dessa forma, a Educação de Adultos se torna um
instrumento poderoso para promover a igualdade de oportunidades e o exercício pleno da cidadania.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização deste estudo, será usado as seguintes técnicas: revisão bibliográfica, e
examinar o progresso e a evolução do trabalho realizado. Esse procedimento utilizado possibilitará
a ampliação do conhecimento teórico, bem como a fundamentação dos pontos importantes que
permeiam o estudo. Conforme Medeiros (1997, p. 41), a pesquisa bibliográfica compreende a
7
escolha do assunto, a elaboração do plano de pesquisa, a localização, a compilação, análise e
interpretação e a redação. O pesquisador, ao escolher o assunto, deve considerar o tempo para
realizar a pesquisa e a existência de bibliografia pertinente ao assunto escolhido.De acordo com
Ferrari (1974, p.171):
A pesquisa tem por finalidade tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem
no mundo existencial, isto é, a forma como se processam as suas estruturas e
funções, as mudanças que provocam, e até que ponto podem ser controlados e
orientados. Por isso que, de início, a pesquisa começa com interrogações. A
finalidade da pesquisa não é só a acumulação de fatos, mas a sua compreensão do
que se obtém desenvolvendo e lançando hipóteses precisas, que se manifestam sob a
forma de questões ou de enunciados.
Segundo Ferrari (1974), a pesquisa tem por objetivo primordial buscar compreender, analisar,
explicar os vários fenômenos existentes no universo. Por isso, a pesquisa começa sempre com a
interrogação de um fato e precisa atender a necessidade de conhecer a natureza dos problemas ou
fenômenos, pois pretende tratar que a pesquisa pode ser válida ou inválida,no que diz respeito às
hipóteses lançadas sobre tais fenômenos. Ou seja, Ferrari (1974) diz que a pesquisa busca umarazão real, lógica e concreta, para se levantar questões e hipóteses, indo atrás das suas causas, seus
efeitos e quais as consequências futuras.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A contextualização histórica, econômica e sociocultural dos sujeitos da Educação de Jovens e
Adultos (EJA) é fundamental para compreendermos os resultados e as discussões relacionadas a
essa modalidade educacional. Ao analisarmos esses aspectos, é possível identificar diversos
desafios e oportunidades que impactam diretamente o processo de aprendizagem dos adultos que
buscam a EJA.
Historicamente, a falta de acesso à educação formal e a desigualdade socioeconômica têm sido
obstáculos significativos para a participação plena dos jovens e adultos na educação. Muitos
sujeitos da EJA enfrentam barreiras como a pobreza, o trabalho precário, a falta de recursos e a
discriminação, o que afeta diretamente seu acesso e permanência nos espaços educacionais. Essas
questões históricas destacam a importância de políticas públicas voltadas para a inclusão
educacional e a superação das desigualdades.
8
No âmbito econômico, a EJA desempenha um papel crucial na formação e capacitação dos
indivíduos para o mercado de trabalho. A falta de qualificação e habilidades profissionais pode ser
uma barreira significativa para a obtenção de empregos dignos e melhorias nas condições de vida.
Portanto, a EJA precisa estar alinhada com as demandas e necessidades do mercado, oferecendo
conteúdos e práticas educacionais que promovam a empregabilidade e o desenvolvimento de
competências relevantes.
No aspecto sociocultural, é fundamental reconhecer e valorizar a diversidade de experiências
e conhecimentos trazidos pelos sujeitos da EJA. Muitos adultos trazem consigo saberes construídos
ao longo de suas trajetórias de vida, que podem ser integrados ao processo educacional. A
valorização desses saberes prévios contribui para a construção de uma educação mais significativa,
que respeite as identidades, as culturas e as vivências dos estudantes.
As discussões acerca da contextualização histórica, econômica e sociocultural dos sujeitos da
EJA também envolvem a necessidade de garantir condições adequadas de aprendizagem, como
infraestrutura adequada, formação qualificada de professores, materiais didáticos inclusivos e
políticas de permanência que favoreçam a continuidade dos estudos. Além disso, é preciso fomentar
o diálogo e a participação dos sujeitos da EJA nas decisões educacionais, promovendo uma
educação emancipadora e valorizando a sua voz e protagonismo.
Em suma, os resultados e discussões acerca da contextualização histórica, econômica e
sociocultural dos sujeitos da EJA apontam para a necessidade de políticas e práticas educacionais
inclusivas e transformadoras. É preciso reconhecer e superar as desigualdades históricas, promover
a empregabilidade e desenvolvimento profissional, valorizar a diversidade e as experiências dos
estudantes, além de garantir condições adequadas de aprendizagem. Somente assim poderemos
construir uma educação de qualidade, que promova a cidadania, a equidade e a emancipação dos
sujeitos da EJA.
5. CONCLUSÃO
Em conclusão, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade educacional
essencial para atender às necessidades de aprendizagem das pessoas que não tiveram acesso ou não
concluíram os estudos na idade regular. A compreensão da importância e relevância da EJA requer
uma análise abrangente do contexto histórico, econômico e sociocultural dos sujeitos envolvidos no
processo.
Ao longo da história, fatores como desigualdades socioeconômicas, falta de acesso à
educação de qualidade e demandas do mercado de trabalho influenciaram a trajetória educacional
9
dessas pessoas. Além disso, a sociedade em constante transformação impõe novos desafios e
demandas aos indivíduos, tornando a educação ao longo da vida cada vez mais necessária.
A EJA se apresenta como um instrumento de inclusão social, permitindo que jovens e
adultos adquiram conhecimentos, habilidades e competências necessárias para enfrentar os desafios
do mundo contemporâneo. No entanto, é fundamental considerar não apenas as particularidades dos
sujeitos envolvidos, mas também o contexto histórico, econômico e sociocultural no qual estão
inseridos.
Somente por meio dessa compreensão ampla, será possível identificar as demandas e os
desafios enfrentados por essas pessoas, além de propor ações educacionais efetivas e
transformadoras que promovam a equidade, a inclusão e o desenvolvimento pleno dos indivíduos.
A EJA desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária,
garantindo oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional e social para todos os cidadãos.
REFERÊNCIAS
Anzorena, Denise Izaguirreo Educação de jovens e adultos / Denise Izaguirre Anzorena, Zilma
Mônica Sansão Benevenutti. Indaial : Uniasselvi, 2013.
Bazzanella, André Metodologia científica / André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner; Everaldo
da Silva; Antonio José Müller (Org.). Indaial : Uniasselvi, 2013.
FERRARI, Alfonso Trujillo.Metodologia da Ciência, 2ª edição, Rio de Janeiro, RJ.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei nº 5.692/71, de 11 de agosto de 1971.
disponível em:
https://www.2.camara.leg.br/lein/fed/lei/1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-p1.html
acesso:15/05/2023.
Coord.). Educação de jovens e adultos no Brasil (1986-1998). Brasília: MEC/Inep/Comped,
2002. v. 8. (Série Estado do Conhecimento).
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 1997.
NOGUEIRA, Giovani Cavalheiro. Legislação e políticas em educação. Florianópolis: Publicações
do IFSC-SC, 2010.
https://www.2.camara.leg.br/lein/fed/lei/1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-p1.html

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