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1Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
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D
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am
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ta
is
2 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
CHANCELER
MARIA ALICE VILELA LINS
REITORIA
GISELE VILELA LINS MARANHÃO
VICE-REITORIA
KARLA LILIAN MAGALHÃES PEDROSA
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E 
GRADUAÇÃO
VITÂNGELO PLANTAMURA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, 
COMUNIDADE E CULTURA
JANAÍNA MACIEL BRAGA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E 
PÓS-GRADUAÇÃO
CLEUCILIZ MAGALHÃES SANTANA
Este material didático foi desenvolvido pelo 
Núcleo de Educação a Distância (NEAD) 
da Universidade Nilton Lins
GESTORES DO NEAD 
(NÚCLEO DE EDUCAÇÃO 
A DISTÂNCIA)
LÍGIA LEINDECKER FUTTERLEIB
JOSÉ ANTÔNIO FUTTERLEIB
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
CHARLENE DOS SANTOS 
ERIVAN CHAVES DOS SANTOS
KAREN KOGA PRESTES
LEON FERREIRA SARMENTO
MARCELE SANTOS ALCÂNTARA
MARTA ANDRAIA
PABLO RODRIGUEs
UNIVERSIDADE NILTON LINS
Avenida Professor Ni l ton Lins , nº 3259
Parque das Laranjeiras
Manaus - Amazonas
Home Page: www.ni l tonl ins .com.br
AUTOR:
ALESSANDRO BATISTA BRAGA
3Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Teoria Geral
da Constituição
e Direitos
Fundamentais
AUTOR:
ALESSANDRO BATISTA BRAGA
4 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Sumário
Perspectiva Histórica 6
Histórico das 
Constituições Brasileiras 11
Conceito de constituição e 
fontes do direito constitucional 19
Classificação das constituições 21
Normas constitucionais 25
Direitos e garantias fundamentais 31
Direitos e garantias fundamentais em espécie 43
Imagens 64
5Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
A Constituição Federal de 1988 é o documento que engloba as atuais leis, regras e normas da República 
Federativa do Brasil.
Conceito de 
DIREITO CONSTITUCIONAL
 
Direito Constitucional é o ramo do estudo jurídico dedicado à estrutura bási-
ca do ordenamento normativo.
O objeto imediato do Direito Constitucional é a Constituição Federal, buscan-
do-se compreender em que consiste, como ela é, quais suas funções. A constituição 
assume a missão de organizar a sociedade, especialmente em sua feição política. É 
o estatuto do poder e o instrumento jurídico que garante à sociedade proteção contra 
eventual abuso de poder. É, também, onde são expressas as reivindicações da vida 
em coletividade e se retratam os princípios que servem de guia normativo para a 
consecução do bem comum.
 
Imagem 01
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
6 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Europa, desenhada pelo cartógrafo antuérpio Abraham Ortelius em 1595
Perspectiva
Histórica
Europa
Surgimento da limitação ao poder absolu-
to. Antes, cabia ao soberano (Rei) dispor de assun-
tos da soberania, como legislar, declarar a guer-
ra e firmar a paz, decidir em última instância as 
controvérsias entre os súditos, nomear magistrados 
e tributar.
Imagem 02
7Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Thomas Hobbes (1588-1679) foi um filósofo e teórico político importante, autor de Leviatã (1651) e Do Cidadão (1642).
A primeira obra de relevo é publicada na Inglaterra, por Thomas Hobbes que 
em 1651 escreve O Leviatã, inspirado pelos acontecimentos ocorridos em 1649. Su-
gere que o poder tem uma origem, não mais na natureza, mas sim em uma lei funda-
mental, que regulamenta os poderes do soberano.
Adiante, surge o Bill of Rights, fruto da revolução gloriosa, onde o Parlamento 
marca o caminho para a posição de supremacia, em contrapeso à Coroa, fixando a 
titularidade do rei no executivo, resguardando o poder de legislar ao parlamento.
Imagem 03
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_direitos_dos_cidad%C3%A3os
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_dos_direitos_dos_cidad%C3%A3os
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Gloriosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Gloriosa
8 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
 John Locke (1632-1704) é considerado um dos maiores 
filósofos da sua época, Exerceu muita influência em 
defesa da monarquia constitucional e em oposição ao 
absolutismo inglês.
 
É quando John Locke publica o 
Segundo Tratado do Governo Civil, em 
1690, dispondo que o poder deveria ser 
exercido para o bem geral da comuni-
dade, buscando garantir condições pro-
pícias à paz e ao gozo da propriedade. 
Para Locke, o legislador não cria direitos, 
mas aperfeiçoa a sua tutela, supondo que 
estes direitos preexistem no Estado, daí 
resultando que o Poder Público não pode 
agir arbitrariamente para atingir a vida e 
a propriedade dos indivíduos. É quando é 
concebida a ideia da divisão dos poderes 
como meio de proteção dos valores da 
sociedade política, apesar de ainda não 
se falar em judiciário como um poder in-
dependente.
Imagem 05
Charles-Louis de Secondat (1689-1755) ficou conhecido 
como Barão de Montesquieu e foi um dos principais 
teóricos iluministas e criou a ideia da tripartição de poderes 
do Estado até hoje consagrada.
A seguir, Barão de Montesquieu 
escreve, em 1748 O Espírito das Leis. É 
ele quem apura o conceito de liberdade 
política, definindo liberdade como o po-
der de fazer tudo o que se deve querer, 
tudo o que as leis permitem e em não ser 
constrangido a fazer o que não se deseja 
fazer, cabendo à Constituição assegurar 
esta liberdade e prevenir o abuso do po-
der. Por isso, torna-se necessária a se-
paração dos poderes. Até então, o cons-
titucionalismo constrangia os poderes 
públicos constituídos e, também, inibia o 
povo.
Imagem 04
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
https://pt.wikipedia.org/wiki/Montesquieu
https://pt.wikipedia.org/wiki/Montesquieu
https://pt.wikipedia.org/wiki/Montesquieu
https://pt.wikipedia.org/wiki/Montesquieu
9Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Jean-Jacques Rousseau (1 712-1778) como um dos mais destacados filósofos do Iluminismo e teve importante influência 
nos movimentos intelectuais do século XVIII, sua obra intitulada “O Contrato Social” respalda a defesa ardorosa que fez 
aos princípios da “liberdade, igualdade e fraternidade”, os quais se constituíram como verdadeiro lema da Revolução 
Francesa (1789).
Imagem 06
10 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
É quando surge Jean-Jacques Rousseau que escreve O Contrato Social em 1762, sus-
tentando que o poder soberano pertence diretamente ao povo que, pelo pacto social, transformam 
os indivíduos em corpo político, renunciando à liberdade natural, mas forjando a liberdade civil, 
que consistiria na garantia de serem governados por uma lei genérica, fruto da totalidade do povo 
soberano. A Constituição não possui função de limite ou de garantia, apenas cuida dos poderes 
instituídos, não podendo restringir a expressão da vontade do povo soberano. Assim, o exercício 
da vontade suprema do povo é reconhecido aos seus representantes no Legislativo, não podendo 
o parlamento ser limitado por nenhuma regra, nem mesmo pela Constituição, já que é a expressão 
da vontade do povo soberano. Com isso, sendo o Parlamento soberano, não é conciliável com a 
ideia de supremacia da Constituição. Em relação ao judiciário, também era inconcebível que um 
juiz censurasse um ato do parlamento (o juiz é a boca da lei). É quandosurge o référé législatif em 
1790, remetendo-se ao legislativo a interpretação de um texto obscuro de alguma lei, pena de crime 
de prevaricação.
 
ESTADOS UNIDOS
Imagem 07
Carolina do Sul Dakota do Sul Sul dos Estados Unidos 1790s Mapa, s das treze colônias, mundo, estados unidos
Reconhece-se, desde o início do Século 19 o valor normativo da Constituição, como docu-
mento máximo da ordem jurídica. Não havia a preocupação com o rei, que exercia, na Europa, o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
11Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
poder Executivo. O presidente seria eleito pelo voto popular, com mandato fixo. Buscou-se esta-
belecer um equilíbrio entre os poderes, evitando-se a preponderância do Legislativo. Surge a con-
cepção de que a manutenção da liberdade não exige apenas o estabelecimento de garantias em 
face do Estado, mas também a proteção das minorias em face de um eventual abuso democrático.
É quando surge a concepção da supremacia da Constituição sobre as Leis, com obediência 
de um processo mais dificultoso e solene para a alteração da Constituição, bem como do conceito 
de Poder Constituinte Originário, ocupando um lugar de superioridade em relação aos poderes por 
ele constituídos.
A ideia de supremacia da Constituição permite que se admita que os juízes têm a função de 
controlar a legitimidade constitucional das leis. Somente há supremacia da Constituição quando 
se extraem consequências concretas para as normas com pretensão de validez opostas à Carta. 
Daí surge o controle jurisdicional de constitucionalidade (judicial review), que permite ao judiciário 
a declarar não aplicáveis normas contraditórias com a Constituição.
A doutrina do controle judicial se sustenta em três pilares:
a) A Constituição é concebida para ser a lei principal do país;
b) cabe ao Judiciário a função de interpretar e aplicar a Constituição nos casos trazidos à sua 
apreciação, podendo recusar valia ao ato que infringe a Constituição, e;
c) a interpretação judicial é final e prepondera sobre a avaliação dos demais Poderes.
 
Histórico das 
Constituições Brasileiras
Capítulo I – Constituição Imperial de 1824
Inaugura a ordem constitucional brasileira, sendo fruto da independência, em 1822. Foi ou-
torgada por D. Pedro I, após a dissolução da Assembleia Nacional Constituinte. Apesar de ser 
a mais longeva das constituições brasileiras, somente foi emendada uma única vez, em 1834. 
Instituiu a monarquia constitucional e o estado unitário. Atribuía ao imperador o exercício do 
Poder Moderador, como Chefe Supremo da Nação, não estando sujeito a nenhuma espécie de 
responsabilização, sendo inviolável e sagrado, podendo nomear os senadores, dissolver a Câmara 
dos Deputados, nomear e demitir Ministros e suspender juízes. Nessa época o voto era censitário 
e pouco mais de 1% da população estava apta a votar.
Imagem 08
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
12 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Referência à Imagem: Imagem de Domínio Público.
Dom Pedro I (1798-1834) foi aclamado Imperador do Brasil em 12 de outubro de 1822. Seu nome completo era Pedro 
de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal 
Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
Imagem 08
13Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo II – Constituição Republicana de 1891
Constituição Republicana de 1891 – surge com a proclamação da República, em 15 de 
novembro de 1889, após movimento militar comandado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. 
A partir de 15 de novembro de 1890, passou a funcionar o congresso constituinte, até 24 de 
fevereiro de 1891, quando a constituição foi promulgada. Consolida o regime republicano e o 
estado federal, sob forte inspiração da constituição norte-americana. Criou a justiça federal e 
colocou o Supremo Tribunal Federal no ápice do poder judiciário.
Marechal Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892) foi o primeiro Presidente do Brasil após ter decretado a Proclamação 
da República em 15 de novembro de 1889.
imagem 09
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
14 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo III – Constituição Revolucionária de 1934
Constituição Revolucionária de 1934 – Com a revolução constitucionalista de 
1932, sobreveio a Constituição de 1934, fortemente influenciada pela constituição de 
Weimar. Previu, expressamente, o Mandado de Segurança. Trata-se de uma carta 
que teve vida curta, vigendo por apenas três anos.
Monumento aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 no Cemitério da Saudade, em Campinas/SP.
Capítulo IV – Constituição Polaca de 1937
Constituição Polaca de 1937 – com o golpe de estado liderado por Getúlio 
Vargas, inicia-se a ditadura do Estado Novo e, com ela, surge a constituição polaca, 
assim apelidada em virtude da forte influência da constituição ditatorial polonesa de 
1935. Houve fortalecimento do Executivo, sendo o presidente considerado a autori-
dade suprema do estado, cabendo-lhe adiar as decisões do parlamento, bem como 
dissolver o legislativo. Possuía competência para legislar por meio do decreto-lei. 
Criou a revisão pelo parlamento das decisões do STF em sede de controle de consti-
imagem 10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
15Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
tucionalidade. Adotou a pena de morte e instituiu a censura prévia. Na prática, as ca-
sas legislativas foram dissolvidas e o presidente da república exerceu integralmente 
as funções parlamentares.
LEGENDA: Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) foi Presidente do Brasil por quase 20 anos. Nos primeiros 15 anos 
(1930 a 1945) exerceu o Poder em três períodos: 1930 a 1934 como Chefe do Governo Provisório; de 1934 a 1937, como 
Presidente da República eleito pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, durante o chamado 
Estado Novo implantado pelo golpe de Estado do dia 10 de novembro de 1937. Cometeu suicídio em 1954 com um tiro 
no coração.
imagem 11
16 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo V – Constituição Liberal de 1946
Constituição de 1946 – Após o término da Segunda Guerra Mundial, surge 
uma nova ordem mundial, que tem seus efeitos no Brasil. Com isso, promulga-se, 
em 1946, uma nova Carta que reinstalou a democracia representativa, com o poder 
sendo exercido por representantes do povo. Reavivou-se a importância dos direitos 
individuais e das liberdades políticas.
Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) foi Presidente do Brasil por 
quase 20 anos. Nos primeiros 15 anos (1930 a 1945) exerceu o Poder 
em três períodos: 1930 a 1934 como Chefe do Governo Provisório; de 
1934 a 1937, como Presidente da República eleito pela Assembleia 
Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, durante o chamado 
Estado Novo implantado pelo golpe de Estado do dia 10 de novembro 
de 1937. Cometeu suicídio em 1954 com um tiro no coração.
imagem 12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao46.htm
17Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo VI – Constituição de 
1967 e Emenda Constitucional1/69
Constituição de 1967 e Emenda Constitucional nº 1/69 – Após 31 de março 
de 1964 assume o poder um novo governo, liderado pelo Marechal Castello Branco. 
Depois de uma série de modificações na CF 1946, é outorgada a constituição de 
1967, com fortepreocupação com a segurança nacional. Restabeleceu a competên-
cia do presidente para legislar por meio de decreto-lei. Com a crise política, surge o 
Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, ampliando ainda mais os pode-
res do presidente, restringindo mandatos e tolhendo direitos individuais. Em 1969, a 
constituição sofre uma ampla reforma, centralizando ainda mais o poder e restringin-
do ainda mais os direitos individuais. Para muitos, trata-se de uma nova constituição.
Sob a égide da Constituição Federal de 1967, elaborada sob a supervisão dos 
militares, o Brasil esteve sob ditatura militar tendo como 1º Presidente Humberto 
Castelo Branco e, como 2º Presidente, o general Artur da Costa e Silva (Foto da pos-
se acima).
imagem 13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc_anterior1988/emc01-69.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc_anterior1988/emc01-69.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm
18 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo VII – Constituição Cidadã de 1988
Constituição Cidadã de 1988 – com a emenda constitucional nº 26, de 27 de novembro 
de 1985, foi convocada uma Assembleia Nacional Constituinte livre e soberana, para a elabo-
ração de uma constituição democrática. A Constituição Federal (CF/88) foi promulgada em 5 de 
outubro de 1988.
Ulisses Guimarães (1916-1992), Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, que chamou a Constituição de 1988 
de “Constituição Cidadã”.
imagem 14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc_anterior1988/emc26-85.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc_anterior1988/emc26-85.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc_anterior1988/emc26-85.htm
19Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Conceito de constituição e 
fontes do direito constitucional
 
Paulo Gonet: Divide o conceito sob dois aspectos. Veja abaixo.
ASPECTO SUBSTANCIAL OU MATERIAL ASPECTO FORMAL
Considera a constituição como “conjunto 
de normas que instituem e fixam as 
competências dos principais órgãos 
do estado, estabelecendo como serão 
dirigidos e por quem, além de disciplinar 
as interações e controles recíprocos entre 
tais órgãos. Compõem a Constituição, 
também, sob este ponto de vista, as 
normas que limitam a ação dos órgãos 
estatais, em benefício da preservação 
da esfera de autodeterminação dos 
indivíduos e grupos que se encontram 
sob a regência desse Estatuto Político. 
Essas normas garantem às pessoas 
uma posição fundamental ante o poder 
público (direitos fundamentais)”
Ao se analisar a constituição sob o ponto 
de vista formal, diz-se que é “o documento 
escrito e solene que positiva as normas 
jurídicas superiores da comunidade do 
Estado, elaboradas por uma processo 
constituinte específico. São constitucionais, 
assim, todas as normas que aparecem no 
Texto Magno, que resultam das fontes do 
direito constitucional, independentemente 
do seu conteúdo. Em suma, participam 
do conceito da Constituição formal todas 
as normas que forem tidas pelo poder 
constituinte originário ou de reforma como 
normas constitucionais, situadas no ápice 
da hierarquia das normas jurídicas”.
Para o constitucionalista José Afonso da Silva, a Constituição é “um sistema de 
normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de 
seu governo, o modo de aquisição e exercício do poder, o estabelecimento de seus 
órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais do homem e as respectivas 
garantias. Em síntese, a Constituição é o conjunto de normas que organiza os ele-
mentos constitutivos do estado”.
20 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Alexandre de Moraes tomou posse como Ministro do Supremo Tribunal Federal no dia 22/03/2017 por indicação do 
Presidente Michel Temer e é autor de obras sobre Direito Constitucional
O Ministro do STF Alexandre de Moraes, que também possui livro sobre o Di-
reito Constitucional, ensina que a Constituição é a “lei fundamental e suprema de um 
estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos 
poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição 
de competências, direitos, garantias e deveres do cidadão.”
Para José Afonso da Silva, é “estabelecer a estrutura do Estado, a organização 
de seus órgãos, o modo de aquisição do poder e a forma de seu exercício, limites de 
sua atuação, assegurar os direitos e garantias dos indivíduos, fixar o regime político 
e disciplinar os fins socioeconômicos do Estado, bem como os fundamentos dos di-
reitos econômicos, sociais e culturais”.
Fontes do Direito Constitucional: Fontes de direito são os modos de criação ou 
de revelação das normas jurídicas. No caso do direito constitucional, as fontes primá-
rias seriam a própria constituição, as emendas constitucionais e os tratados internacionais, 
desde que obedecido o rito do § 3º do art. 5º. Secundariamente, a jurisprudência e o costume 
imagem 15
21Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
também são fontes do direito constitucional.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilida-
de do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois tur-
nos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais.
Classificação das constituições
As constituições, segundo a doutrina, podem ser classificadas segundo os cri-
térios abaixo.
Capítulo I - Quanto ao Conteúdo: Materiais e formais
1. Materiais - normas que organizam os elementos constitutivos do estado
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, 
e do Congresso Nacional, por lei complementar.
22 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios 
preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, 
far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar 
estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações 
diretamente interessadas.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, 
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei.
2. Formais - resultam das fontes do direito constitucional, independentemente 
do seu conteúdo.
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais 
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação 
desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com 
recursos públicos.
§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das 
diferentes culturas e etnias para aformação do povo brasileiro.
§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido 
na órbita federal.
Capítulo II - Quanto à Forma: Escritas e não escritas
1. Escritas – surgem em um documento único, que sistematiza o direito 
constitucional da comunidade política, sendo provenientes do poder constituinte ori-
ginário ou de reforma. Amolda-se ao conceito de constituição dogmática.
2. Não escritas – não se encontram em um documento único e solene; são 
compostas por costumes, pela jurisprudência e por documentos escritos, mas disper-
sos no tempo. Encaixa-se no conceito de constituição histórica.
23Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo III - Quanto ao Modo de Elaboração: 
 Dogmáticas e históricas
1. Dogmáticas – documento único, produzindo por força de um poder consti-
tuinte originário
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em 
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos 
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, 
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, 
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, 
a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL.
2. Históricas – costume, jurisprudência e documentos esparsos ao longo do 
tempo.
Capítulo IV - Quanto à Origem: 
Promulgadas e outorgadas
1. Promulgadas – elaboradas mediante participação popular em sua elabora-
ção.
2.Outorgadas – impostas pelo governante.
24 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
No Brasil foram outorgadas as Constituições de 1824 (Império), 1937 (Estado 
Novo) e 1969 (Golpe Militar). 
Capítulo V - Quanto à Estabilidade: Imutáveis, rígidas, 
flexíveis e híbridas
1. Imutáveis – são as que não admitem qualquer tipo de modificação
2. Rígidas – exigem um processo mais formal para sua modificação
3. Flexíveis – podem ser modificadas pelo procedimento legislativo 
comum.
4. Híbridas – possuem regras rígidas e regras flexíveis.
Capítulo V - Quanto à Extensão e finalidade: 
Analíticas e sintéticas.
1. Analíticas – possuem maior grau de detalhamento.
Então, como 
se classifica 
a Constituição 
Federal brasileira 
de 1988?
Ela é formal, 
escrita, 
dogmática, 
promulgada, rígida 
e analítica!
25Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
2. 2. Sintéticas – menos 
detalhistas.
 
Normas constitucionais
A depender do assunto versado, a constituição pode 
ser dividida em duas partes: orgânica e dogmática. A 
primeira diz respeito à normatização da estrutura do 
estado, onde ficam as regras que definem a organização 
do estado, determinando as competências dos 
órgãos essenciais para sua existência, bem como as 
normas que disciplinam as formas de aquisição e 
exercício do poder e os processos de seu exercício, 
racionalizando o exercício das funções do estado, 
estabelecendo limites recíprocos aos seus órgãos 
principais. Já a parte dogmática da Constituição diz 
respeito à proclamação dos direitos fundamentais, 
marcando o tom que deve nortear a ação do estado, 
expressando os valores indispensáveis para a 
ordem da comunidade.
Capítulo I - Classificação 
das normas constitucionais
· Normas de eficácia plena – Geram, 
IMEDIATAMENTE, os efeitos nela previstos. Possuem 
maior densidade e não necessitam de manifestação 
do legislador infraconstitucional para alcançarem 
a plenitude de seus efeitos. Por exemplo:
 
Art. 12. São 
brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos 
na República 
Federativa do 
Brasil, ainda 
que de pais 
estrangeiros, 
desde que estes não 
estejam a serviço de 
seu país;
b) os nascidos 
no estrangeiro, 
de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a 
serviço da República 
Federativa do Brasil;
(...)
Art. 14. A 
soberania popular 
será exercida pelo 
26 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
 
Normas de eficácia contida – Geram todos os efeitos, também possuindo 
maior densidade normativa, mas PODEM SOFRER RESTRIÇÕES por meio de leis 
infraconstitucionais. Por exemplo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
(...)
Normas de eficácia limitada – para gerar todos os efeitos dependem da INTERPOSIÇÃO DO 
LEGISLADOR, possuindo menor densidade normativa, são consideradas normas incompletas. Por 
exemplo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
27Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
(...)
Capítulo II - Elementos das constituições
Orgânicos – regulam a ESTRUTURA do estado.
Exemplo:
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, 
e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Limitativos – Consubstanciam DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. Exemplo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei;
28 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
(...)
 
Socioideológicos – Representam o compromisso entre Estado individualista e 
ESTADO SOCIAL.
Exemplo:
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
 Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá 
direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa 
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão 
determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária 
 
Estabilização constitucional – Dirigem-se à solução de CONFLITOS CONS-
TITUCIONAIS.
Exemplo:
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
29Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
Formais de aplicabilidade – São regras de APLICAÇÃO DAS CONSTITUI-
ÇÕES. Exemplo:
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacio-
nal Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a as-
segurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a se-
gurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como 
valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconcei-
tos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e interna-
cional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a prote-
ção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL.
 
O Preâmbulo não constitui 
norma central da 
Constituição, mas possui 
informações relevantes 
sobre a sua origem e os 
valores que guiaram a 
feitura do texto.
30 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo III – Interpretação da Constituição
É a atribuição de sentido a um preceito constitucional, sendo marcada por considerável potencial de gerar 
efeitos sobre a ordem jurídica. Destina-se a descobrir o sentido de uma Constituição, que proclama valores a 
serem protegidos, seguidos e estimulados pelos poderes constituídos e pela própria sociedade.
Para que a norma possa incidir sobre um caso concreto é preciso definir o significado dos seus dizeres, 
utilizando-se recursos das regras tradicionais de interpretação. Assim, para a compreensão do texto normativo, 
faz-se uso da interpretação gramatical (sentido das palavras), da interpretação sistemática (contexto amplo 
do ordenamento constitucional) e da interpretação teleológica (sentido do preceito, finalidade determinante 
e princípios de valor). Analisa-se, ainda, o processo de criação da norma. Busca-se afastar as ambiguidades, 
incoerências normativas e lacunas.
Atente ao fato de 
que a norma não se 
confunde com o texto, 
ou seja, com o enunciado, 
sendo necessário 
para encontrarmos 
o significado da norma 
descobrir o significado 
dos termos que compõem 
o texto e decifrar o seu 
sentido linguístico.
31Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Direitos e garantias fundamentais
Capítulo I – Conceito de Direitos Fundamentais
São regras civilizatórias que tem como objetivo proteger os indivíduos contra 
eventuais abusos do Estado, a fim de assegurar-lhes uma convivência digna, livre e 
solidária, na busca por uma sociedade igual e justa. São um núcleo de proteção da 
dignidade da pessoa, positivado na Constituição o local de resguardo das proteções 
institucionais. Tem como ideia e fundamento o fato de que as normas assecuratórias 
das pretensões civilizatórias devem estar elencadas em documento positivo com for-
ça vinculativa máxima, protegendo os indivíduos das maiorias de ocasião por meio 
de instituições que resguardem a força normativa da Constituição.
Os direitos fundamentais têm natureza de normas positivas constitucionais e 
aplicabilidade imediata, de acordo com o disposto na constituição.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, ga-
rantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes:
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata.
(...)
Capítulo II – Gerações de Direitos Fundamentais
Primeira geração – São os referidos na revolução americana, por meio da De-
claração do bom povo da Virgínia, de 1776, e na revolução francesa, que deu origem 
à Declaração de direito do homem do cidadão, de 1789. Foram os primeiros a serem 
positivados e pretendiam fixar uma esfera de autonomia pessoal em relação ao poder 
do Estado. Traduzem-se em postulados de abstenção dos governantes, criando obri-
gações de não fazer, ou seja, de não intervir nos aspectos da vida pessoal de cada 
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170725113835.pdf
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170725113835.pdf
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170725113835.pdf
https://abres.org.br/wp-content/uploads/2019/11/declaracao_dos_direitos_do_homem_e_do_cidadao_de_26_08_1789.pdf
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32 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
indivíduo. Referem-se às liberdades individuais e são considerados indispensáveis 
a todas as pessoas. O paradigma dessa espécie de direitos é a pessoa individual-
mente considerada. É característica do Estado de Direito liberal. São os chamados 
direitos individuais.
Segunda geração – Surgem com a necessidade de uma nova compreensão 
entre o estado e a sociedade, levando os poderes públicos a assumir o dever de ope-
rar para que a sociedade lograsse superar as angústias estruturais. Com isso, deu-
-se início a progressivo estabelecimento pelos Estados de seguros sociais variados, 
importando intervenção intensa na vida econômica e a orientação das ações estatais 
por objetivos de justiça social. Não mais correspondem a uma pretensão de absten-
ção do Estado, mas o obrigam a uma prestação positiva. Assim, por meio desses 
direitos se intenta estabelecer uma liberdade real e igual para todos, mediante ação 
corretiva dos poderes públicos. São os chamados direitos sociais.
Terceira geração – Caracterizam-se pela titularidade difusa ou coletiva, uma 
vez que são concebidos para a proteção não do homem isoladamente, mas de cole-
tividade. São os chamados direitos difusos.
Capítulo III – Características dos 
Direitos Fundamentais
Universais e absolutos – é um equívoco afirmar, sem ressalvas, que os di-
reitos fundamentais são universais e absolutos, uma vez que nem todos os direitos 
fundamentais são aplicáveis a todos indistintamente e que também podem sofrer 
limitações decorrentes de outros direitos fundamentais.
Constitucionalização – a expressão direitos fundamentais é reservada aos 
direitos relacionados com posições básicas das pessoas, inscritos em diplomas nor-
mativos de cada Estado, vigendo em uma ordem jurídica concreta, garantidos e as-
segurados no espaço e no tempo, pois são assegurados na medida em que cada 
Estado os consagra. Possuem aplicabilidade imediata, superando a concepção de 
estado de direito formal, não dependendo de intervenção legislativa para alcançar 
seus efeitos.
Historicidade – têm início com as revoluções burguesas e rechaçam o con-
33Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Pode-se apontar como carac-
terísticas gerais dos direitos 
fundamentais a Universalidade 
– este aspecto com ressalvas, 
a Constitucionalização, a His-
toricidade, a Inalienabilidade, a 
Imprescritibilidade e a Irre-
nunciabilidade.
ceito de direitos naturais. Servem para destacar a índole evolutiva dos direitos fun-
damentais, impulsionada pelas lutas em defesa de novas liberdades e em face das 
novas feições assumidaspelo poder.
Inalienabilidade – intransferíveis, inegociáveis, sem qualquer valor econômico 
ou patrimonial. Assim, dos direitos fundamentais estão excluídos de quaisquer atos 
de disposição, quer jurídica, quer material.
Imprescritibilidade – o seu não exercício não importa em perda, não são atin-
gidos pelo decurso do tempo.
Irrenunciabilidade – não se admite a renúncia dos direitos fundamentais.
Vinculação dos Poderes Públicos – a constitucionalização dos direitos fun-
damentais impede que sejam considerados meras autolimitações dos poderes cons-
tituídos, pois nenhum dos poderes criados na Constituição se confunde com o poder 
que consagra o direito fundamental, que lhes é superior.
34 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
· Legislativo – não somente a atividade legiferante deve guardar coerência 
com o sistema de direitos fundamentais, como a vinculação aos direitos fundamentais 
pode assumir conteúdo positivo, tornando imperiosa a edição de normas que deem 
regulamentação aos direitos fundamentais dependentes de concretização normativa.
· Executivo – A administração Pública é vinculada aos direitos fundamentais. 
Esta vinculação torna nulos os atos praticados com ofensa ao sistema dos direitos 
fundamentais. De outra parte, a Administração deve interpretar e aplicar as leis se-
gundo os direitos fundamentais.
· Judiciário – Cabe ao Judiciário a tarefa de defender os direitos violados 
ou ameaçados de violência, sendo a defesa dos direitos fundamentais essência de 
sua função.
Capítulo IV – Funções dos Direitos Fundamentais
Os Direitos Fundamentas desempenham funções múltiplas na sociedade e na 
ordem jurídica, não possuindo um caráter unívoco, sendo necessária uma classifica-
ção para melhor compreensão do conteúdo e da eficácia dos direitos.
 
A seguir, destacamos algumas das suas funções, as quais têm estreita relação com 
a evolução histórica dos direitos fundamentais (gerações ou dimensões).
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35Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
· 
Direitos de defesa – caracterizam-se por impor ao Estado um dever de abstenção, de não inter-
ferência na autodeterminação do indivíduo. Tem por objetivo a limitação do Estado e se destinam 
a evitar a ingerência do Estado sobre os bens protegidos e fundamentam a pretensão de reparo 
pelas agressões eventualmente consumadas.
· 
Prestações
Direitos à prestação – exigem que Estado aja para atenuar desigualdades, 
estabelecendo moldes para o futuro da sociedade. Em outras palavras, buscam fa-
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36 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
vorecer as condições materiais indispensáveis ao desfrute efetivo das liberdades. 
Podem ser divididos em prestação material e prestação jurídica. O primeiro se refere 
a uma prestação objetiva e concreta e estão sujeitos à reserva do possível enquanto 
o segundo diz respeito à atuação normativa do Estado.
· 
Participação
Direitos de participação – são os direitos orientados a garantir a participação 
do cidadão na formação da vontade do País, correspondendo aos direitos políticos.
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37Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo V – Dimensões Subjetiva e 
Objetiva dos Direitos Fundamentais
· Dimensão Subjetiva – corresponde à característica de, em maior ou menor escala, 
ensejarem uma pretensão a que se adote um dado comportamento ou se expressa no poder da 
vontade de produzir efeitos sobre certas relações jurídicas. 
· Dimensão Objetiva – resulta do significado dos direitos fundamentais como princípios 
básicos da ordem constitucional, pois participam da essência do Estado de Direito democrático, 
operando como limite do poder e como diretriz para sua ação. Importante consequência da di-
mensão objetiva dos direitos fundamentais está em ensejar um dever de proteção pelo Estado 
dos direitos fundamentais contra agressões dos próprios poderes públicos, provindas de particula-
res ou de outros Estados. Outra consequência é o que se pode chamar de eficácia irradiante, ou 
seja, converte-os em diretriz para a interpretação e aplicação das normas dos demais ramos do 
Direito.
Capítulo VI - Titularidade dos Direitos Fundamentais
Todos os seres humanos são titulares de direitos fundamentais. No entanto, os 
direitos fundamentais não se restringem às pessoas físicas.
· Pessoas Jurídicas – encontra-se superada a ideia de que os 
direitos fundamentais se dirigem exclusivamente às pessoas físi-
cas. Assim, não há, regra geral, impedimento insuperável a que as 
pessoas jurídicas venham a ser consideradas titulares de direitos 
fundamentais. As pessoas jurídicas podem ser titulares de direitos 
referentes à igualdade, ao direito de resposta, direito de proprieda-
de, sigilo de correspondência, inviolabilidade de domicílio, direito 
adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. Também podem ser 
titulares dos direitos referentes a honra e à imagem. Existem di-
reitos fundamentais que são referentes especificamente a pessoas 
jurídicas, tais como os de impossibilidade de interferência estatal no 
funcionamento das associações e de não serem elas compulsoria-
mente dissolvidas. Entretanto, as garantias referentes à prisão têm 
as pessoas físicas como destinatárias exclusivas, assim como os 
direitos políticos. 
38 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
 
 Estrangeiros – apesar de haver referência expressa somente aos estrangei-
ros residentes no país, os direitos e garantias fundamentais, o respeito devido à dig-
nidade de todos os homens não se excepciona pelo fator meramente circunstancial 
da nacionalidade, especialmente no que se refere aos direitos individuais.
· Sujeitos Passivos – a força vinculante e a eficácia imediata dos direitos 
fundamentais, bem como sua posição no topo da hierarquia das normas jurídicas, 
impõe o entendimento que os princípios que informam os direitos fundamentais não 
se restringem aos poderes públicos, sendo imperativo o reconhecimento de que tam-
bém alcançam os setores do direito privado. Portanto, a feição objetiva dos direitos 
fundamentais não obriga apenas o Estado a respeitá-los, mas também o força a 
fazê-los respeitados pelos próprios indivíduos, nas suas relações entre si, pois se 
tratam de princípios estruturantes da sociedade. Há, entretanto, que estabelecer uma 
ponderação entre a autonomia da vontade do indivíduo e os direitos fundamentais, 
de modo a respeitar a liberdade e a responsabilidade individual.
 SIM! As pessoas 
jurídicas podem ser 
titulares de direitos 
fundamentais, tais 
como o direito 
à igualdade, 
propriedade, 
inviolabilidade de 
domicílio, etc.
39Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Pense nisso: A liberdade pode colidir com a igualdade, não? Afinal, se todos são livres como podem todos serem, 
necessariamente, iguais?
Capítulo VII – Limitações dos Direitos Fundamentais
O exercício dos direitos fundamentais pode ensejar uma série de conflitos com 
outros direitos constitucionalmente previstos. Por isso, faz-se necessário definir o 
âmbito ou núcleo de proteção e um direito fundamental, fixando-se, sempre que pre-
ciso, as restrições ou limitações a esses direitos.
Âmbito de proteção – abrange os diferentes pressupostos fáticos e jurídicos 
contemplados na norma jurídica e a proteção fundamental. A definição do âmbito de 
proteção exige:
- A identificação dos bens jurídicos e a amplitude dessa proteção (âmbito de 
proteção da norma), e:
- A verificação das possíveis restrições contempladas, expressamente, na 
Constituição (expressa restrição constitucional) e identificação das reservas legais 
de índole restritiva.
Restrições – Os direitos fundamentais enquanto direitos de hierarquia consti-
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40 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
tucional somente podem ser limitados por expressa disposição constitucional (res-
trição imediata) ou mediante lei ordinária promulgada com fundamento na própria 
constituição(restrição mediata). É possível que a restrição venha prevista na própria 
constituição, com uma norma de garantia, que reconhece e garante determinado 
âmbito de proteção e uma norma de autorização de restrições, que permite ao legis-
lador estabelecer limites ao âmbito de proteção constitucionalmente assegurado. No 
entanto, nem todas as normas referentes a direitos fundamentais têm o propósito de 
restringir ou limitar poderes ou faculdades, remetendo às normas infraconstitucionais 
a função de completar, densificar e concretizar o direito, falando-se em normas de 
regulação ou conformação.
- Reserva legal simples – quando a Constituição autoriza, em diversas dispo-
sições, a intervenção do legislador no âmbito de proteção de diferentes direitos fun-
damentais (VI, VII, XV, XXIV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, XXXIII, XLV, XLVI E LVIII).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva;
(...)
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente;
41Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem 
de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito 
em julgado;
(...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
(...)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação 
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da 
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
(...)
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei;
(...)
- Reserva legal qualificada – quando a Constituição não se limita a exigir 
que eventual restrição ao âmbito de proteção de determinado direito seja prevista 
em lei, estabelecendo, também, as condições especiais, os fins a serem persegui-
42 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
dos ou os meios a serem utilizados (XII, XIII, XXXVIII).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal 
ou instrução processual penal; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
(...)
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a 
lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
(...)
- Sem expressa previsão de reserva legal – No caso dos direitos fundamentais 
sem reserva legal expressa não pode o legislador, em princípio, ir além dos limites 
definidos no próprio âmbito de proteção. No entanto, a configuração de uma colisão 
pode legitimar o estabelecimento de restrição de um direito não submetido à reserva 
legal expressa, pois os direitos fundamentais são dotados de uma reserva geral de 
ponderação.
Limites dos limites – constatado que os direitos e garantias podem sofrer res-
trições, é preciso afirmar que tais restrições são limitadas. Tais limitações balizam a 
ação do legislador quando restringe direitos individuais, decorrendo da própria Cons-
43Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
tituição, referindo-se tanto à necessidade de proteção de um núcleo essencial do di-
reito fundamental quanto à clareza, determinação, generalidade e proporcionalidade 
das restrições impostas.
Proteção do núcleo essencial – destina-se a evitar o esvaziamento do conteú-
do dos direitos fundamentais decorrente de restrições descabidas, desmesuradas ou 
desproporcionais. Existem duas teorias para explicar o núcleo essencial: a absoluta 
que entende o núcleo essencial dos direitos fundamentais como unidade substancial 
autônoma que, independentemente de qualquer situação concreta estaria a salvo de 
eventual decisão legislativa, e: relativa, que entende que o núcleo essencial deve ser 
definido para cada caso, tendo em vista o objetivo perseguido pela norma de caráter 
restritivo.
Proporcionalidade – é o instrumento para solução de colisão entre direitos 
fundamentais, por meio de um mecanismo que busca identificar eventual excesso 
de poder legislativo, que pode se revelar mediante contrariedade, incongruência e 
irrazoabilidade ou inadequação entre meios e fins.
Colisão – ocorre quando se identifica conflito decorrente do exercício de direi-
tos fundamentais por diferentes titulares, desde que afete diretamente o âmbito de 
proteção de outro direito fundamental. A solução deve observar a situação concreta, 
respeitando-se o princípio da proporcionalidade e sendo aplicada a ponderação entre 
os direitos fundamentais conflitantes.
Direitos e garantias fundamentais 
em espécie
Capítulo 1 - direitos individuais
1. Direito à Vida – É a premissa dos direitos proclamados pelo constituinte, 
ou seja, não faria sentido declarar qualquer outro direito se, antes, não fosse asse-
gurado o próprio direito de estar vivo para usufruí-lo. Trata-se de um valor supremo 
na ordem constitucional, que orienta, informa e dá sentido último a todos os demais 
44 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
direitos fundamentais.
Titularidade – a vida preservada e encarecida pelo constituinte há de ser toda 
a vida humana. Trata-se de um direito que resulta da compreensão generalizada, que 
inspira os ordenamentos jurídicos atuais, de que todo ser humano deve ser tratado 
com igual respeito à sua dignidade, que se expressa, em primeiro lugar, pelo respeito 
à sua própria existência.
Direito de defesa e dever de proteção – o direito à vida apresenta evidente 
cunho de direito de defesa, a impedir que os poderes públicos pratiquem atos que 
atentem contra a existência de qualquer ser humano. Impõe-se também a outros 
indivíduos, que se submetem ao dever de não agredir esse bem elementar. Há, ao 
mesmotempo, uma dimensão positiva, que se traduz numa pretensão jurídica à pro-
teção, através do Estado, do direito à vida. imagem 22
45Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Direitos Individuais
2. Liberdades - São proclamadas partindo-se da perspectiva da pessoa huma-
na como ser um busca de autorrealização, responsável pela escolha dos meios aptos 
para realizar as suas potencialidades. O estado democrático se justifica como meio 
para que essas liberdades sejam guarnecidas e estimuladas, bem como a instância 
de solução de conflitos entre pretensões colidentes resultantes dessas liberdades.
2.1 Expressão (art. 5º IV, XIV, art. 220) – é um dos mais relevantes e precio-
sos direitos fundamentais, correspondendo a uma das mais antigas reivindicações 
humanas. Sob o argumento democrático, caracteriza-se pela máxima de que o auto-
governo exige um discurso político protegido das interferências do poder. Incluem-se 
na liberdade de expressão faculdades diversas, como a de comunicação de pensa-
mentos, de ideias, de informações, de críticas, e cujo grau de proteção de cada uma 
dessas formas de expressão costuma variar, não obstante todas terem amparo na 
Lei Maior.
Conteúdo – protege, desde que não haja colisão com outros direitos, toda opi-
nião, convicção, comentário, avaliação ou julgamento sobre qualquer assunto ou so-
bre qualquer pessoa, envolvendo tema de interesse público, ou não, de importância 
e de valor, ou não. Tem a pretensão a que o estado não exerça censura, ou seja, não 
é ele quem estabelece quais as opiniões merecem ser tidas como válidas e aceitá-
veis, ou seja, trata-se de um direito de índole marcadamente defensiva, de modo a 
demandar uma abstenção pelo estado de uma conduta que interfira sobre a esfera 
de liberdade do indivíduo. A liberdade de expressão não abrange a violência.
Sujeitos – o sujeito passivo é, em regra, o poder público, não ensejando uma 
pretensão a ser exercida em face de terceiros.
Direito de resposta – é o meio de proteção da imagem e da honra do indivíduo 
que se soma à pretensão de reparação de danos morais e patrimoniais decorrentes 
do exercício impróprio da liberdade de expressão.
Limitações – a liberdade de expressão encontra limites previstos diretamente 
pelo constituinte, como também outros a serem descobertos pela colisão desse di-
reito com outros de mesmo status. A constituição admite como limites a esse direito 
a proibição ao anonimato, para assegurar o direito de resposta e a indenização por 
danos morais e patrimoniais e à imagem, para preservar a intimidade, a vida privada, 
a honra e a imagem das pessoas. A incitação ao ódio público não está protegida pela 
46 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
garantia da liberdade de expressão.
Direito de expressão
2.2 Intimidade e Vida privada – o direito à privacidade tem por objeto os com-
portamentos e acontecimentos atinentes aos relacionamentos pessoais em geral, às 
relações comerciais e profissionais que o indivíduo não deseja que se espalhem ao 
conhecimento público. O direito à privacidade é proclamado como resultado da sen-
tida exigência de o indivíduo encontrar na solidão paz e equilíbrio, comprometidos 
continuamente pelo ritmo da vida moderna.
imagem 24
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47Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Intimidade e vida privada
2.3 Inviolabilidade do domicílio (art. 5º XI) – o domicílio delimita um espaço 
físico em que o indivíduo desfruta da privacidade, em suas variadas expressões, não 
podendo sofrer intromissões por terceiros, usufruindo da tranquilidade da vida íntima. 
Este direito possui eficácia horizontal, ou seja, repele não apenas a ação estatal mas, 
também, a de outros particulares. São titulares do direito à liberdade de domicílio 
tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas. Por não ser um direito absoluto,, mos-
tra-se lícito o ingresso no domicílio alheio em caso de flagrante delito ou em caso de 
desastre ou para prestar socorro, ou mesmo, por fim, para dar cumprimento a ordem 
judicial.
2.4 Sigilo das comunicações (art. 5º XII) – trata-se não apenas de corolário 
da garantia da livre expressão de pensamento, como também exprime o aspecto tra-
dicional do direito à privacidade e à intimidade.
2.5 Reunião e associação – ligam-se intimamente à liberdade de expressão 
e ao sistema democrático de governo. O direito de reunião assegura às pessoas a 
possibilidade de ingressarem na vida pública e interferirem diretamente nas delibe-
rações políticas.
Direito de associação
Imagem 25
48 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
2.6 Consciência e religião – guarda relação com o direito de o indivíduo for-
mular juízos e ideias sobre si mesmo e sobre o meio externo que o circunda, não po-
dendo o Estado interferir nessa esfera íntima, sendo-lhe vedado impor concepções 
filosóficas aos cidadãos.
Liberdade de consciência e religião
3. Igualdade – é um dos princípios estruturantes do sistema constitucional glo-
bal, conjugando as dimensões liberais, democráticas e sociais inerentes ao conceito 
de estado de direito democrático e social. A igualdade guarda íntima relação com o 
conceito de justiça, embora com ela não se confunda.
3.1 Isonomia formal – todos são iguais perante a lei, na medida de suas desi-
gualdades. Corresponde à noção de que todas as pessoas são iguais, compreendida 
no sentido de uma igualdade absoluta em termos jurídicos
3.2 Isonomia material – importa dizer que a igualdade não se restringe à ideia 
de que todos são iguais perante a lei, mas de que todos são iguais também na lei, 
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49Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
proibindo, também, tratamento arbitrário, com a vedação de utilização de critérios 
intrinsicamente injustos e violadores da dignidade da pessoa humana. Atualmente, 
inclui também a noção de que se trata de um dever de compensação das desigual-
dades sociais, econômicas e culturais.
direito à igualdade
4. Direito de Propriedade – abrange não apenas a propriedade sobre bens 
móveis ou imóveis, mas também os demais valores patrimoniais, incluídas as diver-
sas situações de índole patrimonial, decorrentes das relações de direito privado ou 
não.
5. Direitos de caráter judicial e garantias institucionais do processo – tra-
ta-se de um elenco de proteções constitucionais que têm por escopo proteger o indi-
víduo no âmbito processual.
5.1 Proteção judicial efetiva – garante a proteção judicial contra lesão ou 
ameaça a direito (5º XXXV). Abrange não apenas as lesões ou ameaças provenien-
Imagem 27
50 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
tes do Poder Público, como também tanto as decorrentes de ação ou omissão de 
organizações públicas como aquelas originadas de conflitos privados.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça 
a direito;
(...)
5.2 Habeas Corpus – trata-se de ação constitucional, de caráter penal e de 
procedimento especial, que constitui uma garantia individual ao direito de locomoção, 
consubstanciada em uma ordem dada pelo Juiz ou Tribunal ao coator, que pode ser 
autoridade pública ou mesmo um particular, fazendo cessar a ameaça ou a coação 
à liberdade em sentido amplo – o direito do indivíduo de ir, vir e ficar. Pode ser im-
petrado por qualquer do povo, nacional ou estrangeiro, independentemente de ca-
pacidade civil, política, profissional, de idade, sexo, profissão, estado mental, pode 
fazer uso do habeas corpus em benefício próprio ou alheio. Não há necessidade de 
impetração por meio de advogado.
O Habeas Corpus é uma medida 
jurídica destinada a proteger 
o indivíduo de atos que possam 
representar violência ou 
coação dirigida ao seu direito de 
locomoção. Pode ser Preventivoou Repressivo, quer seja para 
prevenir a ameaça de repressão 
indevida, quer seja para acabar 
com ela...
51Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de poder;
(...)
5.3 Mandado de Segurança – ação constitucional, de natureza civil, cujo ob-
jeto é a proteção do direito líquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por ato 
ou omissão de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atri-
buições do Poder Público. Entende-se por autoridade coatora aquela que pratica ou 
ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, 
responde pelas suas consequências administrativas e detenha competência para 
corrigir a ilegalidade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
(...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
(...)
Mandado de Injunção – consiste em uma ação constitucional de caráter civil, e 
de procedimento especial que visa a suprir uma omissão do Poder Público, no intuito 
de viabilizar o exercício de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa prevista na 
Constituição Federal.
(...)
52 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais 
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
(...)
5.4 Habeas data – ação constitucional, de caráter civil, conteúdo e rito sumário 
e que tem por objeto a proteção do direito líquido e certo do impetrante de conhecer 
todas as informações e registros relativos à sua pessoa e constantes de repartições 
públicas ou particulares acessíveis ao público, para eventual retificação de seus 
dados pessoais.
(...)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
(...)
53Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Imagem 28
O Habeas Data tem por finalidade permitir que a pessoa tenha acesso para conhecer ou retificar informações a seu 
respeito constantes em bancos de dados.
Capítulo 2 - Direitos Sociais
São prestações positivas proporcionadas pelo Estado, direta ou indiretamente, 
que possibilitam melhores condições de vida aos que delas necessitem. De acordo 
com a Constituição Federal, são direitos sociais a educação, saúde, alimentação, 
trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à 
infância e a assistência aos desamparados.
(...)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá 
direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa 
54 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão 
determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária
(...)
Capítulo 3 Direito 
de Nacionalidade
Trata-se do vínculo político e pessoal entre o Estado e o indivíduo, fazendo com 
que uma pessoa integre dada comunidade política. Pode ser adquirida de forma primá-
ria ou secundária. Quando a nacionalidade decorre do nascimento do indivíduo, inde-
pendentemente de sua vontade, denomina-se originária ou primária. A nacionalidade 
secundária é aquela voluntariamente obtida pelo indivíduo. Os critérios de determina-
ção de nacionalidade podem ser jus soli, que considera o nacional o indivíduo nascido 
em território específico, seja qual for sua ascendência, e jus sanguinis, que prioriza a 
filiação, os laços familiares. Direito de cidadania é o atributo das pessoas integradas na 
sociedade estatal. Cidadão é o indivíduo titular de direitos políticos de votar e ser votado e 
suas consequências
(...)
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir 
na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida 
a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas 
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 
55Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação 
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao 
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de 
atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu 
território ou para o exercício de direitos civis;
(...)
 
1. Brasileiros Natos – são os nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangei-
ros, desde estes que não estejama serviço de seu país (art. 12, I, a) ou os nascidos 
no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros, desde que qualquer deles esteja a serviço 
do Brasil (art. 12, I, b) ou desde que sejam registrados em repartição brasileira com-
56 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer 
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
2. Brasileiros Naturalizados – são aqueles que venham a adquirir a nacionali-
dade brasileira, na forma prevista em lei (Lei de Migração – 13.445/2017). Os natura-
lizados não podem ocupar cargos de chefia de qualquer dos três poderes ou exercer 
função estratégica para a defesa ou representação política brasileira no exterior (art. 
12 § 2º).
3. Perda da nacionalidade – poderá atingir tanto o brasileiro nato quanto o na-
turalizado, na hipótese de aquisição de outra nacionalidade, por naturalização volun-
tária. O naturalizado poderá perder a nacionalidade em razão de atividade contrária 
ao interesse nacional, mediante decisão judicial com trânsito em julgado.
Imagem 29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm
57Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
Capítulo 4 - Direitos Políticos
formam a base do regime democrático e referem-se ao direito de participação 
no processo político como um todo, ao direito de sufrágio universal e voto periódico, 
livre, direto, secreto e igual. Consistem na disciplina dos meios necessários ao exer-
cício da soberania popular.
(...)
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período 
do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal;
58 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente 
da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos 
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para 
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade 
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de 
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as 
consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e 
encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, 
observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. 
59Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas 
às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas 
eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. 
(...)
1. Sufrágio – é o direito de votar, de participar da organização da vontade es-
tatal e no direito de ser votado, permitindo a participação em plebiscitos, referendos 
e iniciativas populares.
2. Voto direto, livre, secreto, periódico e igual – a liberdade de votar reside 
na impossibilidade de qualquer tipo de coerção para o exercício do voto. O voto direto 
impõe que o exercício deste ato deve se dar pelo próprio eleitor, sem qualquer espé-
cie de intermediação. O voto secreto determina que ninguém poderá saber, contra 
a vontade do eleitor, em quem ele votou, vota ou pretenda votar. A periodicidade do 
voto traz consigo a ideia de renovação dos cargos eletivos e da temporariedade dos 
mandatos. Por fim, a igualdade do voto não admite qualquer tratamento discriminató-
rio, seja quanto aos eleitores, seja quanto à própria eficácia de participação eleitoral.
3. Plebiscito, referendo e iniciativa popular – a diferença entre plebiscito e 
referendo diz respeito ao momento de sua realização. Enquanto o plebiscito confi-
gura consulta realizada aos cidadãos sobre matéria a ser posteriormente discutida 
no Congresso Nacional, o referendo é uma consulta posterior sobre determinado ato 
ou decisão governamental. A iniciativa popular é o direito atribuído aos cidadãos de 
apresentar à Câmara dos Deputados projeto de lei.
4. Direitos políticos positivos – as condições de elegibilidade são o conjunto 
de normas que asseguram o direito subjetivo de participação no processo político e 
nos órgãos governamentais. Direito de votar e ser votado (art. 12 § 3º)
(..)
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
60 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
(..)
5. Direitos políticos negativos – as inelegibilidades são as determinações 
constitucionais que importem em privar o cidadão do direito de participação no pro-
cesso político e nos órgãos governamentais (art. 12 §§ 4º, 7º e 9º)
(..)
§ 2º Não podemalistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente 
da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
61Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e 
os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, 
a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência 
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. 
(..)
 
6. Privação dos direitos políticos – a Constituição veda a cassação dos direi-
tos políticos, sendo possível a parda ou a suspensão desses direitos.
(...)
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
(...)
6.1 Perda - configura privação definitiva dos direitos políticos e se dá nas hi-
póteses de cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado ou 
perda da nacionalidade brasileira, por aquisição de outra nacionalidade.
6.2 Suspensão – caracteriza-se pela temporariedade da privação dos direitos 
políticos e ocorre nas hipóteses de incapacidade civil absoluta, condenação criminal 
transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos e improbidade administrativa
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp64.htm
62 Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
7. Partidos políticos – associação de pessoas com uma ideologia ou inte-
resses comuns que, mediante uma organização estável, miram exercer influência 
sobre a determinação da orientação política de um país. A Constituição assegura 
aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e funcionamento, 
devem ser observado o respeito à soberania nacional, ao regime democrático, ao 
pluripartidarismo e aos direitos fundamentais da pessoa humana, sendo-lhes exigido 
que possuam organização nacional, não podendo receber recursos financeiros de 
entidades ou governos estrangeiros, devendo prestar contas à Justiça Eleitoral e 
sendo proibido sua organização paramilitar.
(...)
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, 
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua 
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus 
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e 
para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições 
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito 
ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% 
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das 
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos 
63Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais
em cada uma delas; ou 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em 
pelo menos um terço das unidades da Federação. 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no 
§ 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda 
do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação 
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de 
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. 
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados 
Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham 
sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou 
de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em 
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do 
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à 
televisão. 
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) 
dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de 
promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os 
interesses intrapartidários. 
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da 
parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o 
tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos 
partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por 
cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser 
realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e 
pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário. 
(...)
 
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em 22/07/2022.
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