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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Digital Atividade de Avaliação a Distância Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Marketing de Varejo e Serviços Curso: Tecnólogo em Marketing Professor: Dra. Graziela Oste Graziano Cremonezi Data: 31/10/2021 Orientações: Procure o professor sempre que tiver dúvidas. Entregue a atividade no prazo estipulado. Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA). Questão 1: A ESTOPASÓ é um fabricante médio de estopas, o seu produto é vendido a peso para as oficinas mecânicas, para fábricas, postos de gasolina. Embora existam diversos níveis de qualidade em sua linha de estopas, o seu produto é praticamente idêntico aos produtos de seus concorrentes, que também oferecem diversos níveis de qualidade, padronizadas para toda a indústria. A matéria-prima é a mesma para todos os concorrentes e os processos de fabricação também são semelhantes. A embalagem não tem aos olhos dos consumidores, maior importância que a de proteger o produto. O produto apresenta um baixo volume total de vendas em reais. Diante do exposto na questão 1, determine o composto mercadológico (4p´s) ideal para a empresa. Valor (3,5 pontos) Produto – segundo Neves e Carioni (2016, p. 47), “O produto consiste na disponibilização de algo, por parte da empresa, que possa suprir os estados de carência de seus consumidores, que lhes ofereça benefícios, aquilo que eles buscam para troca”. Assim, verifica-se que o produto consiste em algo que é entregue ao consumidor e que gera satisfação pra ele, ou seja, que lhe agrega valor. Essa agregação de valor pode ser “[...] por meio da marca, da embalagem, de serviços ou de atributos de desempenho” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 51). O produto fabricado pela empresa ESTOPASÓ é uma estopa que possui diversos padrões de qualidade, mas não apresenta diferenciação em relação aos seus concorrentes, tendo em vista que a matéria-prima e os processos de fabricação também são comuns aos seus concorrentes. Essa estopa é utilizada em fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, mas, conforme o enunciado, o produto apresenta um baixo volume total de vendas em reais, visto que não possui um alto valor agregado. Ainda, a embalagem não possui diferenciação das embalagens dos concorrentes, pois cumpre a finalidade básica de proteger o produto. Logo, para que se obtenha uma diferenciação das estopas produzidas pelos outros fabricantes, é preciso que a empresa ofereça produtos de qualidade superior, tanto no aspecto funcional, quanto no aspecto visual, pois assim, a empresa fará desse produto um de seus pontos fortes, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 45), são “[...] características positivas da organização, que a tornam mais competitiva frente a seus concorrentes, ou podem torná-la, se bem explorados e fortalecidos”. Essa diferenciação pode ser obtida por meio por meio do reconhecimento da marca, das características e qualidade do produto, da embalagem, dos serviços prestados ou dos atributos de desempenho do produto. Logo, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: 1) Fabricar estopas de cores diferentes para cada segmento que atende; 2) Fabricar uma embalagem personalizada, pois assim irá “[...] fortalecer a imagem da marca, atrair, informar e despertar desejo de compra” (DIAS et al., 2004 apud NEVES e CARIONI, 2016, p. 67), bem como poderá desempenhar outras funções, além da função de proteger a estopa, como: “[...] Despertar a atenção do cliente pelo design e material; Comunicar os benefícios e atributos do produto; Ser coerente com a imagem desejada para o produto e empresa; Atender aos requisitos legais” (DIAS et al., 2004 apud NEVES e CARIONI, 2016, p. 67). A empresa também pode confeccionar uma embalagem biodegradável, atendendo a questão da responsabilidade ambiental; 3) Estender a venda do produto para outros mercados consumidores, além das fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, visto que as estopas também são utilizadas em outros segmentos (residências, indústrias, varejo, etc.). 4) Fabricar três tipos de estopas, conforme a qualidade e utilização: a) Estopa de baixa qualidade, que pode ser utilizada para limpeza grosseira (parte externa de motores, ferramentas, máquinas industriais, pisos externos, etc.); b) Estopa de qualidade intermediária, que pode ser fabricada com sobras de material de tecelagem, podendo ser utilizada na aplicação de cera em veículos, limpeza de pisos internos, limpeza de equipamentos e móveis, entre outros; e c) Estopa de qualidade superior, que pode ser produzida com algodão e utilizada na aplicação de pintura e polimento de automóveis, limpeza de equipamentos sofisticados, limpeza de móveis e eletrodomésticos, etc. Preço – de acordo com Neves e Carioni (2016, p. 47), “O preço é a expressão monetária que serve à função de parametrizar o quanto cada uma das partes vai precisar disponibilizar para que haja a troca pretendida”. Segundo os autores, “A importância da fixação de um preço adequado para a venda de determinado produto é definitivo para o sucesso de uma organização” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 71). Deste modo, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: 1) Realizar um comparativo de preço com as marcas concorrentes e, assim, verificar se o preço da sua estopa está coerente com o preço do mercado. Caso verifique que o seu preço está condizente com o preço dos concorrentes, pode diminuir a margem de lucro, pois assim, pode aumentar as vendas; 2) Definir o modo de determinação do preço, de acordo com Kotler e Keller (2013) apud Neves e Carioni (2016, p. 73), adotando a linha da maximização da participação do mercado, que “Consiste em, geralmente, praticar preços baixos para alcançar o maior número de consumidores, sem importar-se com as margens de lucro. Aconselhável em mercado no qual haja saturação da concorrência”. Assim, a empresa pode obter um ótimo posicionamento no mercado frente aos demais concorrentes. Segundo Ries e Trout (2003) apud Neves e Carioni (2016, p. 63), posicionamento é a “[...] maneira pela qual as empresas são vistas pelo mercado e, mais importante, qual o lugar que ocupam na mente dos consumidores”; 3) Entender o modo como o consumidor percebe o preço da estopa, adotando a ideia de preços de referência, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 77), é quando “[...] os consumidores costumam usar vários “preços de referência”, tais como: o que pagaram na última compra, preços dos concorrentes, preço que “pareça” justo conforme sua percepção própria etc.”; 4) Utilizar ações estratégicas que a diferencie dos concorrentes, como: preço com descontos em compras de grandes quantidades (leve 3 pague 2, preço diferenciado a partir de certa quantidade); preço promocional (desconto na compra em dinheiro, prazos mais longos para pagamento, preço para clientes que possuem cartão de fidelidade); e preço discriminatório (dependendo da versão do produto, do período, do tipo de cliente); 5) Definir o modo como calcular o preço de custo e preço de venda. Também deveria treinar a área comercial para demonstrar aos clientes as vantagens do produto, fazendo assim com que eles se sintam atraídos pela oferta e realizem a compra. Para elaborar a política de preço a empresa deve avaliar o mercado, os concorrentes e o custo de seu produto para elaborar uma política de preço para cada região e cliente, podendo também oferecer descontos promocionais e descontos à vista para incentivar as vendas; e 6) Facilitar o pagamento com a criação de vendas parceladas e aumento no prazo, fazendo assim com que os clientes se sintam atraídos e realizem a compra. Promoção – conforme Neves e Carioni (2016, p. 47), a promoção consiste no aspecto comunicacionalque: “[...] se estabelece entre a empresa e seus mercados. São as propagandas, promoções de venda, entre outros meios utilizados para informar sobre a existência do produto, suas características e utilidades, seus diferenciais, o que o torna conhecido e lembrado”. De modo geral, a promoção consiste na estratégia e ação que é desenvolvida com a finalidade de promover e divulgar um produto em seus respectivos canais de distribuição. Assim, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: 1) Adotar estratégias de campanhas de marketing, focadas, principalmente, na utilização das principais ferramentas dos canais de comunicação, a fim de ganhar mais visibilidade e alcançar o seu público alvo. Dentre essas ferramentas, se destaca: a) O uso da propaganda, com base em anúncios de baixo custo, por meio da televisão, internet (criação de um site para comercialização e comunicação com o consumidor), aplicativos (WhatsApp) e, principalmente, redes sociais (Instagram e Facebook), com a finalidade de informar, persuadir, lembrar, agregar valor (NEVES; CARIONI, 2016, p. 83). Também pode ser utilizada a divulgação do produto através de cartazes nos locais onde há maior consumo das estopas, como: oficinas mecânicas, lojas de autopeças, postos de combustíveis, lojas de varejo, etc.; b) O uso da promoção de vendas, que de acordo com Kotler e Keller (2006) apud Neves e Carioni (2016, p. 87), é um “[...] conjunto de ferramentas de incentivo ― a maioria de curto prazo ― para estimular a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços pelos consumidores”. Ainda, segundo os autores, podem ser utilizadas diversas ferramentas para a promoção de vendas (amostras, cupons, descontos, brindes, recompensas, testes gratuitos, prêmios, garantias, demonstrações, descontos, bonificações, etc.); e c) A realização de eventos e experiências com a finalidade de divulgar o produto, pois essas ferramentas permitem que as empresas “[...] prolonguem o contato dos seus clientes com as suas marcas e que o façam, de preferência, numa situação de entretenimento e lazer [...] são uma oportunidade para que as pessoas sintam, toquem e tenham a experiência do contato com os produtos” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 87). 2) Investir pesado no marketing digital, focando nas redes sociais: YouTube, Instagram, Facebook, Google+, Twitter, WhatsApp e Pinterest, pois essas redes possuem muitos usuários conectados e, assim, é possível divulgar a marca e criar laços entre a marca e o cliente; e 3) Criar e divulgar nas suas mídias sociais a sua missão, visão e valores, a fim de direcionar o seu marketing e aproximar o cliente com a essência da marca. Praça – conforme Neves e Carioni (2016, p. 48), a praça consiste em “[...] todas as atividades desenvolvidas pela empresa para colocar os produtos à disposição dos consumidores, na hora e lugar desejados e, sobretudo, em condições ideais para consumo”. Assim, verifica-se que a praça representa o ponto de venda e/ou distribuição, ou seja, a forma como o produto se encontra disponível para o seu público e envolve toda a logística de distribuição. Abaixo, constam algumas estratégias que podem ser adotadas pela empresa: 1) Utilizar o canal direto para distribuição do seu produto, que de acordo com Neves e Carioni (2016, p. 91), é quando o “[...] processo de distribuição está sob responsabilidade do próprio fabricante, que dispensa qualquer outra pessoa ou organização da responsabilidade de fazer seus produtos chegarem ao mercado”; 2) Utilizar lojas físicas para realizar a venda do seu produto, bem como lojas on- line (internet, e-commerce, redes sociais); 3) Projetar as vendas do produto, com a finalidade de sustentar as atividades da empresa de maneira otimizada, observando que as lojas devem manter um estoque em quantidade suficiente que atenda os clientes dentro do prazo prometido; 4) Adotar a estratégia de distribuir o seu produto para lojas varejistas especializadas; 5) Atuar estrategicamente no local da sede e nas cidades vizinhas, atendendo as fábricas, oficinas mecânicas, postos de gasolina, residências, indústrias, varejo, etc.; e 6) Analisar a possibilidade de abrir franquias. REFERÊNCIAS NEVES, Janaína Baeta; CARIONI, Rodrigo. Marketing: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016. Questão 2: Conforme discutido na unidade de aprendizagem, pode-se verificar, na literatura, que há um amplo leque de interpretações a respeito das características e da classificação dos serviços, refletindo focos de análise distintos. Em uma ponta, tem-se autores cuja análise está centrada nas características de oferta, ou seja, nas características do processo de produção e do produto gerado; na outra, autores mais preocupados com as características de consumo, relacionadas às funções desempenhadas pelos serviços e o público a que se destinam (indústria, famílias e entidades de governo). Pensando nas oficinas mecânicas como aqueles que vão utilizar as estopas no oferecimento dos serviços, complete o quadro abaixo segundo as características dos serviços em relação às oficinas mecânicas. Pede-se aqui que o aluno faça uma descrição de cada uma das características dos serviços envolvendo a pesquisa e não se esquecer de citar as fontes. (3,5 pontos) Características dos Serviços Descrição Intangibilidade De acordo com Kotler e Armstrong (2007, p. 217) apud Zanchin (2016, p. 43), “Os serviços não podem ser tocados, provados, ouvidos ou cheirados antes da compra”. Por essa razão, “[…] a avaliação da qualidade dos serviços é um pouco mais complicada, pois depende da percepção de algo que as pessoas não podem ver ou tocar, mas apenas sentir” (SANTOS, 2011, p. 20). Carioni (2006, p. 46) acrescenta que “[…] os produtos dos serviços são realizações intangíveis […] nos serviços os benefícios advêm da natureza da realização, ou seja, os consumidores não podem tocar, embrulhar ou carregar a realização do serviço”. Analisando em relação à oficina mecânica, verifica-se que essa característica está presente, pois as manutenções, revisões e consertos não são tangíveis, ou seja, o cliente não pode ver, tocar ou provar o serviço que foi realizado. O cliente sente a respeito do serviço pela sua realização, por exemplo, a troca do filtro do motor, o cliente consegue tocar na peça que foi substituída (filtro), mas não consegue tocar no serviço que foi realizado, ou seja, no ato de substituir a peça. Variabilidade Segundo Kotler e Armstrong (2007, p. 217) apud Zanchin (2016, p. 43), “A qualidade dos serviços depende de quem executa e de quando, onde e como vai ser executado”, por essa razão, “[…] a garantia de qualidade deve ocorrer durante o processo, uma vez que não é possível fazer inspeções como na indústria de manufatura” (SANTOS, 2011, p. 20). Carioni (2006, p. 47) aponta que “[…] o fato de haver pessoas envolvidas na prestação do serviço – tanto na produção quanto no consumo –, faz com que se torne difícil controlar a variação nos resultados”. Analisando em relação à oficina mecânica, verifica-se que essa característica está presente, pois durante a realização de uma manutenção, revisão ou conserto, a qualidade do serviço pode variar de acordo com: o prestador (quem realiza o serviço); o preço cobrado (o mais barato pode ser de baixa qualidade); o local onde será realizado (pode influenciar no resultado final); o modo como será executado (se for realizado por um profissional que não tem competência ou é desleixado, pode não ser bem realizado); o tempo que levará para ser executado (se for realizado com pressa, pode não ser bem realizado). Perecibilidade Conforme Kotler e Armstrong (2007, p. 217) apud Zanchin (2016, p. 43), “Os serviços não podem ser armazenados para venda ou uso posterior”. Por essa razão, “Os serviços são produzidos ao mesmo tempoem que são consumidos. Por isso, os serviços não podem ser estocados […]” (SANTOS, 2011, p. 20). Carioni (2006, p. 46) acresce que “[…] os clientes não obtêm propriedade dos serviços: os clientes extraem valor dos serviços sem obter propriedade permanente de qualquer elemento tangível”. Analisando em relação à oficina mecânica, verifica-se que essa característica está presente, pois as manutenções, revisões e consertos não podem ser estocados, por exemplo, ao levar um veículo para fazer uma troca de óleo e filtro do motor, o cliente não pode contratar o mecânico e estocar o trabalho de troca do óleo e filtro, pois o consumo do serviço ocorre simultaneamente ao consumo. Inseparabilidade “Os serviços não podem ser separados de seus provedores” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 217 apud ZANCHIN, 2016, p. 43). Por essa razão, Neves e Carioni (2016, p. 54) indicam que “[…] clientes e/ou os bens do cliente e o prestador de serviços devem estar presentes. Reside aí a “inseparabilidade” […] o conserto do carro, que só acontecerá se o carro (bem do cliente) e o mecânico estiverem juntos”. Analisando em relação à oficina mecânica, verifica-se que essa característica está presente, pois não é possível separar a mão de obra e o mecânico (manutenção, revisão, conserto, etc.), pois para que ocorra a realização do serviço, o prestador deve estar presente, bem como, no caso da oficina mecânica, o veículo também precisa estar presente, pois os reparos, consertos ou revisões que serão realizadas precisam do bem (veículo). REFERÊNCIAS CARIONI, Rodrigo. Gestão de Marketing I: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2006. NEVES, Janaína Baeta; CARIONI, Rodrigo. Marketing: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016. SANTOS, Luciano Costa. Qualidade em Serviços: livro didático. 1. ed. rev. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. ZANCHIN, Janete. Marketing de varejo e serviços: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016. Questão 3: Qualquer empresa, industrial ou prestadora de serviços, produz um composto de bens e serviços que resulta em um pacote oferecido ao cliente. Como os serviços são intangíveis, pode ser difícil identificar esse pacote em uma empresa prestadora de serviços. Ainda com base nas oficinas mecânicas pesquisar e descrever para realizar essa tarefa, os seis elementos do pacote de serviços, de acordo com Gianesi e Corrêa (1994). (3,0 pontos) De acordo com a classificação realizada por Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 47-48), o pacote de serviços é composto por seis elementos: instalações de apoio; bens facilitadores; serviços explícitos; serviços implícitos; informações facilitadoras e serviços periféricos. Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 47) apontam que as instalações de apoio são “[…] as instalações e os equipamentos utilizados no serviço, por exemplo, o avião em uma empresa aérea […] As instalações de apoio são evidências físicas do serviço e podem assumir um papel importante na avaliação que o cliente faz do serviço”. Analisando uma oficina mecânica as instalações compreendem o local físico onde são realizados os serviços de mecânica (garagem, galpões, salas e prédios comerciais, etc.). Os equipamentos compreendem os materiais/bens/maquinários que são utilizados durante a prestação dos serviços de mecânica. A quantidade de equipamentos depende do porte e da quantidade de veículos que atende. A seguir, constam alguns equipamentos que se enquadram nas instalações de apoio e são utilizados durante a prestação dos serviços: alinhador de direção e balanceamento; rampa de alinhamento; elevadores de veículos; scanner para diagnóstico; programação de chaves; conjunto de chaves (chaves de roda, chaves de boca, soquetes, chaves combinadas, chaves de fenda); kit de alicates (vários tamanhos); torquímetros; macaco hidráulico e tipo jacaré; guincho hidráulico; manômetro (para aferir pressão de motor, combustível e arrefecimento); equipamento medidor de pressão de óleo; equipamento para teste de arrefecimento; medidores e aparelhos de verificação; cabos para baterias; compressor de ar; controlador de circuitos elétricos; equipamento de controle e diagnóstico automotivo; fresas; gruas hidráulicas; multímetro digital; morsa; paquímetro; prensa hidráulica; recuperador de óleo; relógio comparador; solda; torno mecânico, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), etc. Cabe destacar que tanto as instalações quanto os equipamentos exercem um papel importantíssimo, visto que podem influenciar no modo como o cliente avalia o serviço, por exemplo, se as instalações e os equipamentos são velhos, sujos ou com manchas de óleo, o cliente pode criar a ideia de que o serviço prestado não é bom, por associar a oficina mecânica com um ambiente desorganizado. Segundo Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 47), os bens facilitadores são “[…] os bens consumidos ou utilizados pelo cliente durante a prestação do serviço como os jornais e as revistas fornecidos a bordo do avião de uma empresa aérea […] os bens facilitadores representam evidências físicas do serviço”. Tomando por base uma oficina mecânica, por exemplo, uma oficina autorizada da Chevrolet, os bens facilitadores compreendem: a sala de espera; sofás, poltronas ou cadeiras; a televisão com canais abertos e fechados; café, água, chá, biscoitos; as revistas, jornais, panfletos e banners com orientações; entre outros. Assim como as instalações de apoio, os bens facilitadores podem influenciar no modo como o cliente avalia o serviço, por exemplo, se o cliente chegar a uma oficina mecânica e tiver todos esses bens citados acima, com certeza ele sairá satisfeito com o serviço, pois todo cliente gosta de ser bem atendido e bem recepcionado. Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 48) sinalizam que os serviços explícitos são “[…] os benefícios claramente percebidos pelo cliente como resultado da prestação do serviço como, por exemplo, o transporte feito pelo avião e o ensino em uma escola”. Referente à oficina mecânica, os serviços explícitos são aqueles que são prestados, normalmente, com a finalidade de sanar o problema do cliente, por exemplo, quando o veículo apresenta algum defeito ou avaria, ou quando precisa fazer uma revisão ou manutenção preventiva. Assim, os serviços explícitos prestados em uma oficina mecânica podem ser: revisões e manutenções preventivas; manutenção da embreagem; revisão dos componentes de freio; revisão no sistema de arrefecimento; troca de óleo e filtro do motor; troca de óleo do câmbio automático; troca de filtros (ar condicionado e combustível); troca de lâmpadas e faróis; alinhamento, balanceamento e geometria; sistema de injeção eletrônica; retífica de motores; sistema elétrico; suspensão, etc. De acordo com Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 48), os serviços implícitos são “[…] os benefícios psicológicos que o cliente pode obter com a prestação do serviço, tais como, as sensações de conforto e segurança durante uma viagem aérea. Em muitas situações, os serviços implícitos são tão importantes quanto os serviços explícitos”. Analisando os serviços prestados por uma oficina mecânica, os serviços implícitos são aqueles que vão promover benefícios psicológicos aos clientes, ou seja, que vão possibilitar a sensação de satisfação, de bom atendimento. Assim, os serviços implícitos podem ser: a satisfação do cliente com o serviço conforme prometido (serviço conforme estipulado, no prazo determinado); a sensação de conforto e segurança (por exemplo, uma higienização do sistema de ar condicionado e do interior do veículo); sensação de segurança (alinhamento, balanceamento e geometria) durante uma viagem; sensação de empatia e atenção (atendimento personalizado e individualizado, disponibilidade de horários flexíveis); entre outros. Conforme citado pelos autores acima, os serviçosimplícitos são importantes, assim como os serviços explícitos, pois não basta que a oficina mecânica realize os serviços centrais (manutenções, revisões, consertos, etc.), tendo em vista que o cliente sempre espera um algo a mais, visto que a sua satisfação também é formada por fatores psicológicos, assim, a confiabilidade, a comodidade, o atendimento, a capacidade de resposta do prestador, a segurança, a empatia, etc., são fatores importantíssimos. Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 48) indicam que as informações facilitadoras são “[…] informações que apoiam ou possibilitam a execução dos serviços explícitos como, por exemplo, as informações fornecidas por uma home page de um serviço de entregas de encomendas (rastreamento) […]”. Como informações facilitadoras de uma oficina mecânica, podemos citar as informações fornecidas pelo sistema de scanner automotivo, onde o mecânico conecta esse equipamento ao sistema de injeção eletrônica do veículo e o equipamento faz uma varredura, em tempo real, e analisa todos os parâmetros operacionais do sistema e, assim, apresenta informações sobre a situação do sistema do veículo, detecta eventuais falhas no sistema, bem como apresenta o histórico de falhas, o que permite que o mecânico realize um diagnóstico preciso. Conforme Gianesi e Corrêa (1994) apud Zanchin (2016, p. 48), os serviços periféricos são “[…] aqueles serviços que podem apoiar o serviço central, como no caso das lojas de “grife” de alguns aeroportos, que geralmente fazem parte da experiência completa de uma viagem aérea”. Novamente, tomando como exemplo uma oficina autorizada da Chevrolet, os serviços periféricos compreendem: a loja de novos e seminovos, onde o cliente, enquanto espera a realização do serviço (manutenções, revisões, consertos, etc.), pode olhar outros veículos, caso esteja pensando em trocar ou adquirir outro; a loja de acessórios, onde o cliente pode obter outros produtos para incluir no seu veículo (rodas de liga leve, aerofólio, luzes de led, faróis de neblina, sistema de som e DVD automotivo, insulfilm, etc.); serviço de test-drive (onde o cliente pode andar em outro veículo enquanto aguarda); entre outros. REFERÊNCIAS ZANCHIN, Janete. Marketing de varejo e serviços: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016.
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