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Prof. Me. José Lorandi UNIDADE I Lógica Definição de lógica matemática A lógica matemática estuda os conceitos de lógica do ponto de vista das ciências exatas. Ela é, por definição, uma lógica formal. Isso significa que o nosso objeto de estudo será a forma de sentenças e argumentos, não seu conteúdo ou contexto. Para exemplificar o que queremos dizer, analisemos os argumentos seguintes: Introdução à Lógica Matemática Argumento 1: Todo homem é mortal. Sócrates é um homem. Portanto, Sócrates é mortal. Argumento 2: Todo gato é mamífero. Tommy é um gato. Portanto, Tommy é mamífero. Proposição Proposição O conceito mais básico da lógica proposicional é, evidentemente, o significado de proposição. Uma proposição é uma sentença declarativa que assume um e apenas UM entre dois valores lógicos, que podem ser classificados como verdadeiro (V) ou falso (F). Uma proposição deve expressar uma ideia completa, de forma a ser possível atribuir a ela um valor lógico. Vejamos alguns exemplos de proposições com seus respectivos valores lógicos. A Terra é um planeta do Sistema Solar. (V) Marte é o satélite natural da Terra. (F) Luís de Camões escreveu Os Lusíadas. (V) Machado de Assis escreveu O Cortiço. (F) 2 + 3 = 5 (V) 3 - 7 = 2 (F) Proposição Quando nos referimos a proposições, falamos de uma estrutura dicotômica, ou seja, uma estrutura cujo valor lógico está restrito a apenas duas alternativas, que classificaremos nesse conteúdo como V ou F. No entanto, é necessário nos atentarmos para o fato de que a ideia expressa precisa ser completa, de forma a conseguirmos atribuir um valor lógico a ela. Proposição Desse modo, as sentenças apresentadas a seguir não são consideradas proposições. A Terra. No caso, não foi transmitida uma ideia completa. Assim, não é possível classificarmos a frase como verdadeira ou falsa. Qual é o seu nome? Trata-se de uma sentença interrogativa, ou seja, de uma pergunta. Não é possível atribuir um valor lógico a perguntas. Proposições simples e compostas Em proposições simples, a sentença apresenta uma única ideia. É possível unirmos proposições simples utilizando conectivos lógicos. Esses conectivos, também chamados de operadores, são palavras que empregamos na nossa linguagem cotidiana, que ganham destaque no estudo da lógica por serem capazes de formar proposições compostas. Proposições simples e compostas A Terra é um planeta do Sistema Solar e Marte é uma estrela. No caso, temos duas proposições simples formando uma proposição composta. Podemos separá-las, conforme exposto a seguir, observando que cada uma delas assume seu próprio valor lógico, Proposição simples 1. A Terra é um planeta do Sistema Solar. (V) Proposição simples 2. Marte é uma estrela. (F) Proposições simples e compostas Perceba que as proposições simples estão unidas por um conectivo, representado pela palavra e. Esse conectivo indica uma operação entre as proposições simples. Dessa forma, a proposição composta será verdadeira apenas se ambas as proposições simples componentes forem também verdadeiras. Porém, como a 2ª proposição é falsa, temos uma proposição composta de valor lógico F. A Terra é um planeta do Sistema Solar e Marte é uma estrela. (F) Para entendermos esse conceito, precisamos fazer duas definições básicas, mas muito importantes. Conjunto é uma coleção de elementos que possuem alguma característica em comum. Elemento é o nome dado a cada item que faz parte de um conjunto. Geralmente, o nome de um conjunto é representado por uma letra maiúscula, mas isso pode variar dependendo da aplicação. Teoria de conjuntos Podemos citar os exemplos a seguir. Conjunto A das faces de uma moeda: A = {cara, coroa} Conjunto B das regiões do Brasil: B = {Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul} Conjunto das cores da bandeira brasileira: C = {verde, amarelo, azul, branco} O conjunto A tem 2 elementos (cara e coroa). O conjunto B tem 5 elementos, sendo que cada um deles representa uma região do Brasil. O conjunto C tem 4 elementos, sendo que cada um representa uma cor da bandeira brasileira. Teoria de conjuntos Existem diversas formas de representar um conjunto e seus elementos. Uma das maneiras mais utilizada é graficamente: S = {x | x é um estado da região Sudeste do Brasil} Graficamente, temos o que se mostra na figura a seguir: Teoria de conjuntos Figura 1 – Representação gráfica dos estados da região sudeste do Brasil S Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Avalie as alternativas seguintes e assinale qual não é uma proposição lógica. a) Brasília é a capital do Brasil. b) Aracaju é a capital de Alagoas. c) A espécie Homo sapiens pertence à ordem carnívora. d) Ele descobriu o Brasil. e) 2 ∈ ℕ Interatividade Avalie as alternativas seguintes e assinale qual não é uma proposição lógica. a) Brasília é a capital do Brasil. b) Aracaju é a capital de Alagoas. c) A espécie Homo sapiens pertence à ordem carnívora. d) Ele descobriu o Brasil. e) 2 ∈ ℕ Resposta Análise da resposta: Temos, nesse caso, uma sentença aberta, pois não sabemos quem é “ele”. Desse modo, não temos uma proposição lógica. A pertinência é um tipo de relação entre um elemento e um conjunto. Ela indica a existência ou a ausência de um elemento dentro de um conjunto. Para isso, são utilizados dois símbolos de operadores relacionais: ∈, que significa “pertence”; ∉, que significa “não pertence”. No caso das relações de pertinência, quando queremos afirmar que um elemento x pertence a um conjunto A qualquer, utilizamos o símbolo ∈, ou seja, x ∈ A. Porém, se o elemento x não pertence ao conjunto A, utilizamos o símbolo ∉, ou seja, x ∉ A. Pertinência No caso das relações de pertinência, quando queremos afirmar que um elemento x pertence a um conjunto A qualquer, utilizamos o símbolo ∈, ou seja, x ∈ A. Porém, se o elemento x não pertence ao conjunto A, utilizamos o símbolo ∉, ou seja, x ∉ A. Vejamos um exemplo: Consideremos o conjunto V das vogais do nosso alfabeto. V = {a, e, i, o, u} Dizemos que a vogal “a” pertence ao conjunto V formado pelas vogais do alfabeto, ou seja, a ∈ V. Pertinência Um conjunto vazio. Representação é Ø ou { }. É um conjunto que não tem elementos. Conjunto A mostrado a seguir. A = {x ∈ ℕ | x < 0} Não existem números naturais menores do que 0. Logo, o conjunto A não tem elementos. Nesse caso, o conjunto A é um conjunto vazio, ou seja, A = Ø. Conjuntos vazio e universo Um subconjunto é um conjunto que integra outro. O diagrama da figura seguinte mostra o relacionamento entre um conjunto universo 𝑈 com seus dois subconjuntos: A e B. Subconjuntos e relação de inclusão A B U Figura 2 – Um conjunto universo U que tem dois subconjuntos (A e B) Nesse caso, costumamos dizer que “A está contido em 𝑈” assim como “B está contido em 𝑈”. Essa relação entre os conjuntos é o que chamamos de relação de inclusão. Existem dois principais símbolos de operadores relacionais que podemos utilizar nesse contexto: ⊂, que significa “está contido em”. ⊄, que significa “não está contido em”. Subconjuntos e relação de inclusão A B U Figura 2 – Um conjunto universo U que tem dois subconjuntos (A e B) As operações entre conjuntos são operações capazes de resultar em um novo conjunto a partir de outros já existentes. Estudaremos as seguintes operações: união, interseção, diferença e complementar. Operações entre conjuntos União Se A e B são conjuntos, a união de A com B é denotada AՍB que representa o conjunto formado por todos os elementos de A e por todos os elementos de B. Graficamente, AՍB será composto pelos elementos que pertencem às regiões destacadas no diagrama da figura 3, a seguir:Operações entre conjuntos A Figura 3 – União entre os conjuntos A e B B U A U B União Vejamos os exemplos a seguir. Seja A = {2, 4, 6, 8} e B = {1,3}; então, AUB = {1, 3, 2, 4, 6, 8}. {1, 2, 3} U {4, 5, 6} = {1, 2, 3, 4, 5, 6} {1, 2, 3} U {3, 4, 5} = {1, 2, 3, 4, 5} Operações entre conjuntos Interseção A interseção de dois conjuntos A e B é descrita por A∩B, e é formada pelos elementos que pertencem tanto a A quanto a B, simultaneamente. Operações entre conjuntos A Figura 4 – Interseção entre os conjuntos A e B B U A ∩ B Interseção Seja A = {2, 4, 6, 8} e B = {2,4}; então, A∩B = {2, 4}. {1, 2, 3} ∩ {4, 5, 6} = Ø {1, 2, 3} ∩ {3, 4, 5} = {3} Operações entre conjuntos A Figura 4 – Interseção entre os conjuntos A e B B U A ∩ B Ana Laura têm 5 tios e, de um deles, ganhou 4 presentes; do outro, 2 presentes; e dois tios juntaram-se e compraram juntos 1 presente. Assinale a alternativa que representa a expressão que mostra todos os presentes que Ana Laura ganhou e indique quantos foram. a) 1 b) 2 c) 4 d) 5 e) 7 Interatividade Ana Laura têm 5 tios e, de um deles, ganhou 4 presentes; do outro, 2 presentes; e dois tios juntaram-se e compraram juntos 1 presente. Assinale a alternativa que representa a expressão que mostra todos os presentes que Ana Laura ganhou e indique quantos foram. a) 1 b) 2 c) 4 d) 5 e) 7 Resposta Presentes que Ana Laura ganhou: 4 presente de um tio; 2 presentes de outro tio; 1 presente que dois tios deram juntos. A quantidade total de presentes é dado por: 4 + 2 + 1 = 7. Ana Laura ganhou de seus tios, no total, 7 presentes. Diferença entre dois conjuntos Se A e B são dois conjuntos, então a diferença entre A e B expressa como A – B (lê-se: “A menos B”) é o conjunto de elementos que estão em A, mas não em B. Vejamos os exemplos a seguir. Graficamente, A – B será composto pelos elementos que pertencem à região destacada no diagrama da figura 5, a seguir: Operações entre conjuntos A Figura 5 – Diferença entre A e B B U A - B Diferença entre dois conjuntos Sejam os conjuntos A = {2, 4, 6, 8} e B = {2,4}; então, A – B = {6, 8}. {1, 2, 3} – {4, 5, 6} = {1, 2, 3} {1, 2, 3} – {3, 4, 5} = {1, 2} Operações entre conjuntos A B U A - B Figura 5 – Diferença entre A e B Complementar de B em A Para a operação complementar ocorrer, é necessário que haja uma relação de inclusão entre dois conjuntos. Se tivermos B como subconjunto de A, ou seja, B⊂A, podemos achar o complementar de B em relação a A. Nesse caso, será o conjunto de elementos de A que não pertencem a B. Operações entre conjuntos Complementar de B em A Trata-se de uma diferença entre conjuntos (A – B), mas com a restrição da necessidade de inclusão entre eles. Podemos pensar na operação complementar como um caso particular da operação de diferença. Graficamente, BC = CU B = U – B será composto pelos elementos que pertencem à região destacada no diagrama da figura 6. Operações entre conjuntos A B U BC = CU B = U – B = A – B Figura 6 – Complementar do conjunto B em relação ao conjunto A Complementar de B em A A operação complementar costuma ser utilizada em relação ao próprio universo do contexto. Utilizando a mesma disposição de conjuntos da figura seguinte, temos que o complementar de B em relação ao universo 𝑈 é dado por BC = CU B = U – B A notação BC é uma forma reduzida de expressar o complementar de B em relação ao seu universo. A expressão gráfica dessa operação pode ser vista na figura seguinte. Operações entre conjuntos Figura 7 – Complementar do conjunto B em relação ao seu universo BC = CU B = U – B A B U Complementar de B em A Nesse mesmo contexto, podemos encontrar também o complementar de A em relação ao universo 𝑈, afinal, A⊂𝑈. Podemos expressar essa operação como AC, que resulta nos elementos existentes na região destacada na figura seguinte. Operações entre conjuntos Figura 7 – Complementar do conjunto B em relação ao seu universo BC = CU B = U – B A B U Complementar de B em A A operação complementar costuma ser utilizada em relação ao próprio universo do contexto. Utilizando a mesma disposição de conjuntos da figura seguinte, temos que o complementar de B em relação ao universo 𝑈 é dado por: BC = CU B = U – B Operações entre conjuntos Figura 8 – Complementar do conjunto A em relação ao seu universo AC = CU A = U – A A B U Operações lógicas Assim como os conjuntos matemáticos podem realizar operações entre si, as proposições lógicas também. É por meio dessas operações que conseguimos construir proposições compostas. Vamos conhecer as principais operações da lógica proposicional, estabelecendo associações com as operações entre conjuntos. Operações lógicas sobre proposições Operações lógicas As operações da lógica proposicional que aprenderemos a seguir são: Negação; Conjunção; Disjunção inclusiva; Disjunção exclusiva; Condicional; Bicondicional. Operações lógicas sobre proposições Operações lógicas - Negação (conectivo “não” “~”) A operação de negação é aquela realizada sobre uma proposição simples por meio do conectivo “não”, e o símbolo é til: ~. 𝑎: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas. (V) Realizar uma operação de negação sobre a proposição 𝑎 seria incluir em sua sentença o conectivo “não”, de forma a trocar o seu valor lógico. Observe: ~𝑎: Luís de Camões não escreveu Os Lusíadas. (F) Operações lógicas sobre proposições a ~a V F F V Tabela 1 – Verdade da negação Fonte: adaptado de: livro-texto. Operações lógicas - Conjunção (conectivo “e” “∧”) A operação de conjunção é aquela capaz de unir duas (ou mais) proposições simples por meio do conectivo “e” cujo símbolo é ∧. Considere as duas proposições simples a seguir. 𝑎: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas. (V) 𝑏: Machado de Assis escreveu O Cortiço. (F) Se realizarmos uma conjunção entre 𝑎 e 𝑏, teremos a proposição composta a seguir: 𝑎 ∧ 𝑏: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas, e Machado de Assis escreveu O Cortiço. (F) Operações lógicas sobre proposições A operação de conjunção entre duas proposições simples exige que ambas sejam verdadeiras para que o resultado seja uma proposição composta verdadeira. Desse modo, a proposição composta será verdadeira somente se ambas as proposições simples componentes também o forem. Operações lógicas sobre proposições a b a ∧ b V V V V F F F V F F F FFonte: adaptado de: livro-texto. Tabela 2 – Verdade da conjunção Um paciente é diagnosticado com uma determinada doença se, e somente se, apresentar os sintomas A e B. Entre 324 pessoas examinadas, verificou-se que: 157 pessoas apresentaram o sintoma A; 201 apresentaram o sintoma B; 49 não apresentaram nenhum desses dois sintomas. O número de pessoas examinadas que efetivamente contraíram a doença foi igual a: a) 83 b) 85 c) 87 d) 89 e) 49 Interatividade Um paciente é diagnosticado com uma determinada doença se, e somente se, apresentar os sintomas A e B. Entre 324 pessoas examinadas, verificou-se que: 157 pessoas apresentaram o sintoma A; 201 apresentaram o sintoma B; 49 não apresentaram nenhum desses dois sintomas. O número de pessoas examinadas que efetivamente contraíram a doença foi igual a: a) 83 b) 85 c) 87 d) 89 e) 49 Resposta Solução: Inicialmente vamos calcular o total de pessoas que apresentaram o sintoma A ou o B: A + B = 157 + 201 = 358. Vamos agora fazer a diferença entre o total de pessoas examinadas e as pessoas que não apresentaram sintomas → 324 – 49 = 275. A diferença entre o total de pessoas que apresentaram o sintoma A ou B e o total de pessoas examinadas que apresentaram algum sintoma resultará no total de pessoas que estão doentes, ou seja, que apresentam os sintomasA e B → 358 – 275 = 83. Como 83 pessoas apresentam os sintomas A e B, a alternativa correta para essa questão é a letra a). Resposta 74 118 49 83 Operações lógicas - Disjunção inclusiva (conectivo “ou” “v”) A operação de disjunção inclusiva é aquela capaz de unir proposições simples por meio do conectivo “ou” cujo símbolo é ∨. Considere as duas proposições simples a seguir. 𝑎: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas. (V) 𝑏: Machado de Assis escreveu O Cortiço. (F) 𝑎 ∨ 𝑏: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas, ou Machado de Assis escreveu O Cortiço. (V) A operação de disjunção inclusiva entre duas proposições simples pede que pelo menos uma delas seja verdadeira para que o resultado seja uma proposição composta verdadeira. Operações lógicas sobre proposições Desse modo, a proposição composta será falsa somente quando ambas as componentes também forem. A tabela-verdade que expressa esse comportamento pode ser vista a seguir. No caso, temos duas entradas quaisquer, 𝑎 e 𝑏, e a saída é justamente a operação de disjunção inclusiva entre elas, 𝑎 ∨ 𝑏. Operações lógicas sobre proposições a b a V b V V V V F V F V V F F FFonte: adaptado de: livro-texto. Tabela 3 – Verdade da disjunção inclusiva Operações lógicas - Disjunção exclusiva (conectivo “ou...ou” “ ”) Existe um outro tipo de operação de disjunção, chamada de exclusiva. A operação de disjunção exclusiva é aquela capaz de unir proposições simples por meio do conectivo “ou...ou”, e o símbolo é ⊻. Considere as duas proposições simples a seguir. 𝑎: Luís de Camões escreveu Os Lusíadas. (V) 𝑏: Machado de Assis escreveu Dom Casmurro. (V) Se realizarmos uma disjunção exclusiva entre 𝑎 e 𝑏, teremos a proposição composta a seguir: 𝑎 ⊻ 𝑏: Ou Luís de Camões escreveu Os Lusíadas, ou Machado de Assis escreveu Dom Casmurro. (F) Operações lógicas sobre proposições ⊻ A tabela-verdade que expressa esse comportamento pode ser vista a seguir. No caso, temos duas entradas quaisquer, 𝑎 e 𝑏, e a saída é a operação de disjunção exclusiva entre elas, a ⊻ b Operações lógicas sobre proposições a b a ⊻ b V V F V F V F V V F F FFonte: adaptado de: livro-texto Tabela 4 – Verdade da disjunção exclusiva Operações lógicas - Condicional (conectivo “se...então” “”) A operação condicional é aquela capaz de unir proposições simples por meio do conectivo “se... então”, e o símbolo é “→”. Considere as duas proposições simples a seguir. 𝑎: Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro. (V) 𝑏: Machado de Assis é brasileiro. (V) Se realizarmos uma operação condicional entre 𝑎 e 𝑏, teremos a proposição composta que segue. 𝑎 → 𝑏: Se Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, então ele é brasileiro. (V) Operações lógicas sobre proposições A tabela-verdade que expressa esse comportamento pode ser vista a seguir. No caso, temos duas entradas quaisquer, 𝑎 e 𝑏, e a saída é a operação condicional entre elas, 𝑎 → 𝑏. Operações lógicas sobre proposições a b a → b V V V V F F F V V F F V Fonte: adaptado de: livro-texto. Tabela 5 – Verdade da operação condicional Operações lógicas - Bicondicional (conectivo “se e somente se” “<-->”) A operação bicondicional é capaz de unir proposições simples por meio do conectivo “se e somente se”, e o símbolo é ↔. Considere as duas proposições simples a seguir. 𝑎: O número 11 é par. (F) 𝑏: O número 11 é divisível por 2. (F) Se realizarmos uma operação bicondicional entre 𝑎 e 𝑏, teremos a proposição composta que segue. 𝑎 ↔ 𝑏: O número 11 é par se e somente se ele for divisível por 2. (V) Operações lógicas sobre proposições A tabela-verdade que expressa esse comportamento pode ser vista a seguir. No caso, temos duas entradas quaisquer, 𝑎 e 𝑏, e a saída é a operação bicondicional entre elas, 𝑎 ↔ 𝑏. Operações lógicas sobre proposições a b a ↔ b V V V V F F F V F F F VFonte: adaptado de: livro-texto. Tabela 6 – Verdade da operação bicondicional Operações lógicas - Resumo dos operações lógicas Vamos, agora, trazer todas as operações lógicas que vimos em uma única tabela. Esta tabela resume os nomes dos operadores, das operações e o comportamento de suas saídas, considerando duas entradas, 𝑎 e 𝑏. Operações lógicas sobre proposições Conectivo “Não” “E” “Ou” “Ou...ou” “Se...então” “Se e somente se” Operação Negação Conjunção Disjunção inclusiva Disjunção exclusiva Condicional Bicondicional a b ~a a ∧ b a V b a ⊻ b a → b a ↔ b V V F V V F V V V F F F V V F F F V V F V V V F F F V F F F V V Considere as seguintes proposições simples. 𝑝: Ana é dentista. 𝑞: Ana joga vôlei. Sendo a proposição composta: Ana é dentista e joga vôlei Qual das alternativas abaixo apresenta em linguagem corrente a união das duas proposições simples? a) 𝑝 ∨ ~𝑞 b) ~𝑝 →𝑞 c) 𝑝 ↔ ~𝑞 d) ~𝑝 ∧ ~ 𝑞 e) 𝑝 ∧ 𝑞 Interatividade Considere as seguintes proposições simples. 𝑝: Ana é dentista. 𝑞: Ana joga vôlei. Sendo a proposição composta: Ana é dentista e joga vôlei Qual das alternativas abaixo apresenta em linguagem corrente a união das duas proposições simples? a) 𝑝 ∨ ~𝑞 b) ~𝑝 →𝑞 c) 𝑝 ↔ ~𝑞 d) ~𝑝 ∧ ~ 𝑞 e) 𝑝 ∧ 𝑞 Resposta Analisando: Proposição composta: Ana é dentista e joga vôlei As duas preposições simples estão unidas pela conjunção (conectivo “e” “^”) ATÉ A PRÓXIMA!
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