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ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR

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Início esse capítulo sobre as atribuições do Conselho Tutelar, trazendo o que está tipificado em lei no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas que é no dia a dia e com a pluralidade das diversas situações que surgem, é que o papel na defesa dos direitos de crianças e adolescentes se evidenciam. Refletir sobre as atribuições, a sua autonomia, postura, autoridade e limite de ação é fundamental para dar consistência a atuação, as tomadas de decisões e fortalecer o papel do Conselho Tutelar no Sistema de Garantia de Direitos, na comunidade e na sociedade.
O que é o Conselho Tutelar ?
De acordo com ao art. 131 do ECA – O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.
Fazendo uma interpretação desse artigo, concluímos que a principal missão dos conselheiros tutelares é garantir que as crianças e adolescentes tenham todos os seus direitos respeitados. Sendo esses considerados essenciais na proteção da infância e adolescência no Brasil. 
Os conselheiros(as) tutelares aplicam medidas de proteção, requisitam serviços, encaminham, providenciam, representam, acompanham e contribuem para a formulação das políticas e planos municipais de atendimento às crianças, adolescentes e suas famílias. 
DE ACORDO COM O ART. 136 DA LEI 8.069 de 13 de julho de 1990 o ECA, são ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR 
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
A aplicação de Medidas tem mais chance de serem efetivas se delas participarem os/as maiores interessados/as: a família, a criança e/ou adolescente envolvidos/as. 
 ECA Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016).
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Não cumprir tais atribuições significa descumprir a função pública para a qual está obrigado por Lei, podendo o/a Conselheiro/a ser acusado de prevaricação, segundo previsto no Art. 319 do Código Penal Brasileiro. Por outro lado, ir além das atribuições, desconhecendo os limites de sua ação, representa abuso de poder, também passível de medidas judiciais. 
A competência legal do Conselho Tutelar está diretamente relacionada à aplicação das chamadas medidas de proteção à criança e ao adolescente, sempre que os direitos reconhecidos em Lei forem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável ou em razão de sua própria conduta (Art. 98 ECA), inclusive nos casos de ato infracional praticado por criança abaixo de 12 anos (Art. 105 ECA). 
SIMPLIFICANDO AS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR 
As medidas de proteção e aos pais e responsáveis são aplicadas para cumprimento na rede de serviços ofertada pelo município, com a qual o Conselho deve se articular e interagir
Recebendo a denúncia: o/a Conselheiro/a deve procurar ouvir, com serenidade e atenção à situação exposta; afastando os preconceitos, o paternalismo e a rotulação dos atendimentos, Anotar todas as informações possíveis; Definir se compete ao Conselho Tutelar. Se não for caso para o Conselho Tutelar, orientar o denunciante sobre a quem compete atender a questão. Os/As Conselheiros/as devem preservar ao máximo a discrição no atendimento e o direito dos/as atendidos/as ao sigilo. Portanto, os registros sobre o acompanhamento de casos devem ser guardados em local seguro, onde não possam ser violados. Dessa forma, torna-se possível um atendimento singular à pessoa que recorre ao Conselho Tutelar, respeitando- se as especificidades e as diversidades de cada situação.
O Conselho Tutelar tem posição ímpar para a formação da opinião pública em torno da garantia dos direitos da criança e do adolescente e para o enfrentamento dos fatores que ameaçam ou violam esses direitos.
Necessita, para tanto, estabelecer contínua interlocução com a comunidade, participar dos fóruns coletivos e conferências locais e regionais, promovendo e apoiando mobilizações sociais, por meio de um esforço de divulgação das ações realizadas pelo órgão. 
As ações de comunicação e mobilização social também contribuem para a formação e a organização da comunidade em torno dos direitos infanto-juvenis. 
O Conselho Tutelar precisa atuar e/ou intervir junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para o (re)ordenamento da política de atendimento aos direitos da criança e do adolescente no município. Pode colaborar para a formulação e implementação de políticas sociais por meio da produção de dados sobre violação dos direitos de crianças e dos adolescentes, da promoção de ações que contribuam para a formação de redes de proteção, da representação nos diversos espaços e instâncias de discussão, deliberação e gestão de políticas públicase da participação no processo de elaboração e acompanhamento do orçamento. 
Especialmente durante o acompanhamento do fato, é vital que o Conselho Tutelar atue de maneira articulada e integrada como os demais agentes que compõem a rede de proteção a crianças e adolescentes em sua localidade. O ECA, ao tratar das atribuições exclusivas do Conselho Tutelar, enfatiza o seu papel como membro de um sistema de proteção dos direitos da criança e do adolescente. Como tal, o conselho deve agir sempre de maneira articulada com instâncias do Poder Público e da sociedade civil. Ao/A Conselheiro/a Tutelar não compete o trabalho técnico de psicólogo, assistente social, pedagogo, advogado ou professor. Também não cabe aos/as Conselheiros/as Tutelares ações assistencialistas como distribuir remédios, cestas básicas ou roupas para a comunidade. O conselho Tutelar não determina qual será a intervenção técnica do/a profissional que atenderá a criança, o adolescente ou a família, mas deve assegurar que eles/as tenham acesso ao atendimento necessário com a devida orientação e acompanhamento. 
Ao realizar o encaminhamento da criança ou do/a adolescente, o/a Conselheiro/a Tutelar deve descrever ao profissional de outras instituições e serviços o relato da vítima acerca da violação sofrida, poupando-a do constrangimento de repetir os fatos e vivenciar novamente o sofrimento. É importante que todo encaminhamento a outros serviços seja feito por escrito, em papel timbrado, com a descrição da situação, a identificação do direito violado e dos procedimentos adotados pelo Conselho Tutelar. Deve conter, ainda, a solicitação de que o/a interlocutor/a comunique ao Conselho Tutelar os procedimentos e o acompanhamento do fato. Este somente poderá ser arquivado pelo/a Conselheiro/a quando o direito da criança ou do adolescente for restituído.
Por fim....
Por ser um serviço de relevância pública de extrema grandeza o Conselheiro deve sempre estar atento à lógica de seu trabalho e ao papel que do Conselho dentro da estrutura do Sistema de Garantia de Direitos, que é zelar pela garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes... e para isso é necessário não somente o trabalho provido de conhecimentos técnicos, mas em igual importância o trabalho deve estar carregado de engajamento social e, principalmente, de respeito à condição humana de toda criança e de todo adolescente sem qualquer distinção. 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
BRASIL. República Federativa (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Estatuto da criança e do adolescente (Lei Nº. 8.069, de 13 de julho de 1990).

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