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DESCRIÇÃO Conceitos técnicos fundamentais para o desenvolvimento de um plano de mídia, contemplando os tipos de mídia e de estratégias e o planejamento de divulgação de marcas, produtos e serviços, assim como o monitoramento para as mídias digitais e sociais. PROPÓSITO Conhecer os conceitos técnicos inerentes ao campo de atuação do profissional de mídia de uma agência de publicidade e as características dos meios de comunicação, para que sejam compreendidas as necessidades de cada uma das etapas que antecedem um planejamento de mídia, bem como a elaboração do próprio plano de mídia e os impactos de tais recomendações para os resultados dos anunciantes. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever conceitos técnicos e sua importância para o planejamento de mídia MÓDULO 2 Reconhecer o conteúdo do plano de mídia MÓDULO 3 Identificar a adequação dos conceitos técnicos de mídia ao campo das mídias digitais INTRODUÇÃO “Fulano sumiu da mídia.” Quantas vezes já ouvimos frases similares no dia a dia? A palavra “mídia” é muito ouvida por todos nós, mas será que ela é compreendida da maneira correta? O que é mídia, afinal? Mídia vem do inglês media, que, por sua vez, vem do latim medium e significa “meios”. Então, quando falamos que “fulano sumiu da mídia”, a intenção é dizer que essa pessoa não tem feito aparições frequentes nos meios de comunicação como TV, jornais, revistas e internet. Mas há outros significados! Mídia também pode ser um departamento ou mesmo a maneira de chamar um profissional de mídia. Mais adiante serão apresentadas as funções do departamento, do profissional e diversas questões técnicas que permeiam esse universo. Você vai conhecer um panorama da mídia, passando pelas mídias eletrônicas, impressas, digitais e out of home (OOH), suas características e sua influência no desenvolvimento de um plano de mídia, para que possa ser compreendido como ferramenta fundamental no processo de veiculação de qualquer peça publicitária. MÓDULO 1 Descrever conceitos técnicos e sua importância para o planejamento de mídia A MÍDIA, O MÍDIA Ao procurar no Google uma definição de mídia, encontraremos as seguintes explicações: I II III IV V VI I “todo suporte de difusão da informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens; o conjunto dos meios de comunicação social de massas. Abrangem esses meios o rádio, o cinema, a televisão, a imprensa, os satélites de comunicações, os meios eletrônicos e telemáticos de comunicação etc.”. II “departamento de uma agência publicitária, que seleciona os veículos (televisão, jornal, mala direta etc.) e indica as programações mais favoráveis à propaganda e divulgação da mensagem, de forma a atingir um público-alvo”. III “o conjunto de veículos ou o veículo (...) [usado] numa campanha publicitária”. IV “atividade profissional que trata do planejamento da mídia (...) e providencia a veiculação das mensagens publicitárias nos meios de comunicação selecionados”. V “base física ou tecnologia empr. [empregada] no registro de informações (CD, videoteipe, impresso etc.)”. VI “profissional de publicidade encarregado da mídia”. Todos os significados apresentados estão corretos, e a compreensão da palavra sempre dependerá do contexto. Aqui trataremos com mais detalhes de apenas algumas das definições. De maneira geral, podemos dizer que o conceito de mídia deveria ser traduzido como o conjunto dos meios de comunicação que têm por objetivo a transmissão de informações e conteúdos diversos. Muitas vezes relacionadas ao universo jornalístico, a mídia é fundamental à publicidade, que depende muito dela para fazer a mensagem chegar ao seu público-alvo. Fonte: Shutterstock.com MÍDIA O Brasil adotou a forma mídia, que nasceu da versão em inglês mass media, para denominar os meios de comunicação de massa. Jornais, revistas, televisão, rádio e internet, além de serem meios de transmissão de mensagens jornalísticas, informativas, são canais utilizados pela publicidade, para que o anunciante atinja seus objetivos junto aos consumidores. Mas não podemos entrar nesse assunto sem citar Marshall McLuhan, que definiu a mídia como uma extensão de nós mesmos. O intelectual defendia que ela deveria ser uma ferramenta confiável e que poderia até ser usada como expressão de arte. Para McLuhan, o meio não é somente um canal de transmissão de conteúdo, mas um elemento determinante da comunicação, “o meio é a mensagem”. MARSHALL MCLUHAN Herbert Marshall McLuhan (1911- 1980) foi um dos mais importantes teóricos da comunicação. Quase trinta anos antes de a internet existir, ele vislumbrou seu aparecimento. Fonte: Josephine Smith / Wikimedia Commons / Domínio Público Fonte: Shutterstock.com O avanço tecnológico trouxe a internet, com possibilidades que os meios de massa não permitiam antes. Assim, o meio é a mensagem porque representa conteúdo e reflexão, provocando sentimentos e experiências, uma extensão de sensações que McLuhan chamava de “prótese técnica”. Pensando assim, podemos entender que, mesmo falecido em 1980, McLuhan já vislumbrava que nossos celulares seriam extensões de nós mesmos, “próteses” de nossas mãos. DEPARTAMENTO DE MÍDIA Ao tratarmos do departamento de mídia, devemos saber que é onde se elabora a estratégia de mídia para que o cliente atinja o público-alvo de maneira eficiente, levando em conta o orçamento disponível e a adequação dos meios à mensagem e ao consumidor. Além disso, são os profissionais desse departamento os responsáveis pela negociação e compra dos espaços publicitários para a veiculação junto aos veículos e às empresas de mídia. Nesse contexto, vale citar o bônus de veiculação (BV), um desconto concedido a grandes compradores de espaços de mídia. Fonte: Shutterstock.com O departamento de mídia trabalha de forma direta com o departamento de pesquisa, pois depende dos dados coletados sobre o público-alvo, o mercado e o cliente. � SAIBA MAIS Nas empresas em que não há departamento de pesquisa, são contratadas pesquisas externas. Agências menores, que não possuem o departamento de mídia, contratam agências de mídia. PROFISSIONAL DE MÍDIA Chegamos, então, ao mídia, isto é, o profissional de mídia, aquele que trabalha no departamento. Em algumas agências, os cargos são divididos em sênior, pleno ou júnior, dependendo do porte. O mídia deve ter afinidade com os números e ser um profissional analítico, além de um bom negociador. Deve também conhecer profundamente as características dos diversos meios de comunicação. E, assim, depois de um trabalho de coleta e análise de diversos dados, elaborar a melhor estratégia para veicular determinada mensagem. ESTRATÉGIA Estratégia que combine a verba que o cliente tem disponível – sem desperdiçá-la! –, atingindo seu público-alvo com sucesso e cumprindo todos os objetivos de marketing e de comunicação de um produto ou serviço. Fonte: Shutterstock.com Esse profissional estuda os meios; os veículos; o nível de penetração do público-alvo da mensagem publicitária daquele cliente; o mercado em que o produto/serviço está inserido; administra a verba destinada para a campanha; decide onde e quando a mensagem publicitária vai aparecer; e monta os mapas de programação, sempre pensando na melhor geração de resultados para aquele cliente. Por fim, ele faz uma aferição da veiculação, analisando os resultados do que foi programado: os dados de audiência e impacto, oriundos de uma pesquisa de hábitos de mídia do consumidor. Pode-se dizer que, de forma geral, o profissional de mídia alia conhecimentos amplos, de diferentes universos (objetivos de marketing do cliente, objetivos de comunicação definidos pela agência e estratégia criativa das campanhas) aos seus conhecimentos técnicos sobre os meios, suas características, sua audiência etc., fazendo com que essa integração, desenhada sob um ponto de vista estratégico, traga resultados tangíveis para o cliente. A partir dessa estratégia,elabora-se um documento conhecido como plano de mídia. Fonte: Shutterstock.com A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA Fonte: Shutterstock.com A pesquisa representa uma etapa muito relevante do trabalho do profissional de mídia. Ela embasa todo o processo de um planejamento. Os institutos de pesquisa que normalmente são contratados pelas agências estabelecem a classificação dos consumidores potenciais por meio de aplicação de pesquisas que colhem dados sobre o comportamento em relação a marcas, produtos, serviços, hábitos de mídia, temas sociais, políticos etc. A partir desse material, são possíveis uma análise e o estabelecimento de estratégias em geral, inclusive as adotadas pela equipe de criação da agência. Esses institutos também fornecem informações sobre os veículos especificamente, com dados sobre audiência, circulação e impacto da mensagem junto ao público-alvo, sempre prevendo aprimorar o processo das estratégias de modo a alcançar resultados cada vez melhores para os anunciantes. INSTITUTOS DE PESQUISA Os principais institutos de pesquisa de mídia do Brasil são o Kantar Ibope Mídia, Ipsos/Marplan e Instituto Verificador de Comunicação (IVC), este último relacionado diretamente com a circulação de jornais e revistas. Algumas das amostragens mais comuns que esses institutos utilizam estão descritas a seguir. Fonte: Shutterstock.com FLAGRANTE Abordagem direta ao consumidor para obter respostas em tempo real. Fonte: Shutterstock.com RECALL Faz uso da lembrança do entrevistado para as respostas. Fonte: Shutterstock.com CADERNOS Painel com notas dos hábitos do consumidor. Fonte: Shutterstock.com PEOPLE METERS Medem a audiência em tempo real. Além das pesquisas voltadas ao público-alvo, com informações sobre seu comportamento em geral, esses institutos trazem dados técnicos ‒ colhidos sobre os veículos e a programação – de grande valor para que se estabeleça a recomendação de uso de determinado veículo ou outro, da veiculação na parte da manhã ou da noite, da afixação de peças OOH em uma região ou outra, entre diversas opções. � EXEMPLO O Instituto Kantar Ibope Media trabalha com simuladores de programação, que conseguem estabelecer um resultado de possibilidade de alcance de consumidores e a frequência de exposição das mensagens com os segmentos da população, conforme o plano de mídia prevê. É uma maneira de simular os impactos e garantir que os resultados sejam o mais próximo possível do planejado. Dados como alcance, frequência média e número de frequência por semana e mensal, impactos totais da campanha, número de vezes que os consumidores são expostos a um anúncio, o custo/benefício do alcance diário da programação e o custo/benefício da frequência diária da programação são alguns dos pontos possíveis de se prever com essa simulação. MEDIA KIT (OU MÍDIA KIT) As agências recebem com frequência um documento chamado media kit, uma espécie de catálogo ou portfólio dos veículos, em que informam suas características editoriais, o perfil do público que consome determinados programas ou lê certas editorias de um jornal, por exemplo, além dos formatos disponíveis para venda do espaço publicitário, bem como os números atualizados de audiência, tiragem, circulação, entre outras variáveis relevantes. � SAIBA MAIS Conheça o media kit disponibilizado pela TV Globo, que também está indicado no Explore+, ao final deste tema BASES TÉCNICAS PARA ELABORAR O PLANEJAMENTO DE MÍDIA A seguir serão apresentados os principais conceitos técnicos que um profissional de mídia precisa dominar para desenvolver suas atividades de maneira eficaz: PERÍODO DE VEICULAÇÃO OU CONTINUIDADE Duração de uma campanha, ou seja, por quanto tempo ela deve ser veiculada. TIPOS DE VEICULAÇÃO OU DE CONTINUIDADE LINEAR Não há oscilação no esforço de mídia. Ele é contínuo, e a mensagem é veiculada na mídia de forma constante. Graficamente, seria representada conforme a imagem acima. EM ONDAS / WAVE Os períodos de veiculação mais intensos acontecem por um intervalo de tempo específico e, em seguida, as inserções cessam; depois voltam a subir, e assim sucessivamente, de forma intermitente. Graficamente, seria representada conforme a imagem acima. CONCENTRADA OU POR PERÍODOS Alta concentração de verba de mídia e inserção voltadas para um mesmo período de tempo, relativamente mais curto. Graficamente, seria representada conforme a imagem acima. PULSAÇÃO É um mix de linear com em ondas. Há períodos em que as inserções se intensificam e, em seguida, retornam. Graficamente, seria representada conforme a imagem acima. � ATENÇÃO É importante conhecer, ainda, a expressão flight. Ela designa o período em que uma campanha está no ar. Exemplo: na fase de pulsação, há períodos em que não há veiculação e períodos em que a campanha está no ar. A esses períodos damos o nome de flights. FASES DE VEICULAÇÃO Quando se fala em fases de uma campanha, o plano de mídia refere-se às fases de veiculação que estão divididas em lançamento, sustentação e reforço / encerramento. Fonte: Shutterstock.com O lançamento é o período inicial da campanha, e normalmente recomenda-se a intensificação das inserções, com a utilização de veículos de maior impacto e uma maior quantidade de meios. Porém, não é uma regra fixa. Em uma campanha de vacinação, por exemplo, a veiculação é intensificada justamente no final da campanha, visto que o prazo para o encerramento da vacinação se aproxima e a população precisa estar alerta. Durante a sustentação, há uma redução de inserções e meios. Em campanhas com veiculação/continuidade pulsada, os períodos podem se alternar com outra fase. As fases de veiculação, juntamente com a continuidade/tipo de veiculação de uma campanha, têm relação direta com o ciclo de vida do produto. � EXEMPLO Um produto em fase de lançamento no mercado normalmente contemplará em sua estratégia de mídia o tipo de veiculação linear para a fase de lançamento da campanha. Para produtos já conhecidos e estabelecidos no mercado, outros fatores de mercado deverão ser levados em conta, pois todos os tipos de veiculação estariam adequados, dependendo dos objetivos. Fonte: Shutterstock.com AUDIÊNCIA A audiência é o conjunto de pessoas que estão assistindo a um programa e, consequentemente, serão impactadas por uma mensagem publicitária veiculada no intervalo de sua exibição. É um número relativo, traduzido em pontos e calculado de modo individual (por cada pessoa que assiste) ou por domicílios. É uma das variáveis responsáveis pela escolha de um veículo ou programa de TV (ou rádio) no processo de elaboração de uma estratégia de mídia. Vale lembrar que o custo de produção e veiculação de um comercial de TV é alto. Clique aqui e conheça os tipos de audiência. ALCANCE OU COBERTURA DE PÚBLICO-ALVO OU REACH É o número de pessoas ou famílias que forma um conjunto atingido por uma veiculação. Podemos dizer que o que difere audiência de alcance (ou cobertura de público-alvo/reach) é que a audiência considera todo o conjunto de pessoas atingidas por uma mensagem ao mesmo tempo, independentemente de quanto tempo foram expostas. O alcance, por outro lado, é todo o conjunto de pessoas atingidas pelo menos uma vez pela mensagem, total ou parcialmente. José Carlos Veronezzi (2002) dá como exemplo uma sala de aula com 40 alunos. A audiência é o número de alunos que assistiu à aula do começo ao fim. Ou seja, com algumas saídas antecipadas, a audiência foi de 35 alunos. Já o alcance considera o aluno que foi atingido pela mensagem pelo menos uma vez (ainda que de modo parcial). Isto é, considera os 40 alunos. Fonte: Shutterstock.com Vejamos, a seguir, como o alcance pode ser dividido: GRÁFICO DE ALCANCE DE PÚBLICO-ALVO Fonte: EnsineMe LEGENDA: Alto (de 70% a 99%) Média (de 40% a 69%) Baixo (até 39%) FREQUÊNCIA Número de vezes que um espectador é exposto à mensagem publicitária. INSERÇÃO Inserção é o número de vezes que uma mensagem é transmitida. Quandoum mídia recomenda a inserção de dois comerciais de determinado anunciante durante a exibição de um programa matinal, depois mais três comerciais ao longo do jornal da tarde e mais quatro comerciais no horário nobre, pode-se dizer que foram nove inserções ao longo daquele dia. CONCENTRAÇÃO Estratégia de centralização de recursos de mídia por meios e veículos, por período ou por região geográfica. Ou seja, pode ser a opção de utilizar determinada verba de uma campanha para transmitir um comercial somente em um canal de TV, somente em meios eletrônicos, somente em meios digitais; ou a opção de concentrar essa verba de veiculação somente por um mês com maior intensidade; ou ainda concentrar a verba para veicular somente em uma região, sempre com o objetivo de atingir melhores resultados. Quando a estratégia é o oposto disso, ela é elaborada no sentido de pulverizar mais as inserções, e utiliza-se a denominação de dispersão de verba de mídia. Fonte: Shutterstock.com DISPERSÃO Fonte: Shutterstock.com Além do ponto anterior (pulverizar inserções), outro sentido atribuído a essa palavra no universo da mídia refere-se à dispersão de atenção de uma mensagem. O rádio, por exemplo, é um meio de alta dispersão, pois pode-se perder facilmente a atenção sobre uma mensagem de um spot, uma vez que se trata somente do recurso sonoro. Já o cinema é um meio de baixa dispersão porque, além de ser audiovisual, a mensagem é transmitida em uma tela muito grande, em uma sala escura, com volume bem alto, tratando-se, portanto, de uma situação em que todos estão totalmente voltados para a tela. Além desses conceitos, também é importante avaliar os seguintes aspectos: IMPACTO É o total de vezes (em número absoluto) que uma pessoa é atingida por uma mensagem a cada inserção. Se um anúncio foi apresentado 10 vezes e assistido por 200.000 pessoas a cada vez, são contabilizados 2.000.000 impactos (10 × 200.000). PENETRAÇÃO A penetração dos meios representa a quantidade de pessoas que têm o hábito de consumir um meio ou veículo. SEGMENTAÇÃO O público pode ser dividido em partes, ou seja, segmentado. Quando falamos que uma mídia tem por característica a alta segmentação, significa que um meio de comunicação consegue atingir públicos mais específicos, o que facilita o processo de comunicação. Assim, dependendo do objetivo de mídia e do público-alvo a ser atingido, não se desperdiçam recursos atingindo uma grande parte da população quando uma mensagem publicitária só interessa a determinado grupo, mais reduzido, mais segmentado de público. TIRAGEM É a quantidade de exemplares produzidos/impressos de determinada edição de jornal ou revista. Exemplo: O jornal hipotético Gazeta do Brasil, do dia 20 de outubro de 2020, teve uma tiragem de 300 mil exemplares. Isto é, daquela edição, naquele dia, com aquelas notícias, foram impressas 300 mil cópias. Para a estratégia de mídia, mais importante do que a tiragem é o número de exemplares vendidos, porém esse é um dos critérios utilizados como avaliação da eficácia dos veículos. CIRCULAÇÃO Este critério tem relação direta com o número de exemplares lidos pelo público ou aqueles que, pelo menos, tenham sido vendidos. Isso torna a circulação um índice mais efetivo para o profissional de mídia, apresentando mais claramente o contato direto com o consumidor. COBERTURA Quando falamos de cobertura, sem especificar, normalmente nos referimos à cobertura geográfica, pois a cobertura de público-alvo é mais comumente chamada de alcance. A cobertura geográfica se refere às regiões em que uma mensagem publicitária é veiculada. Pode ser definida por região de uma cidade, região do país, cidade, país, bairro etc. FORMATOS Formatos são as opções de espaço em tempo ou em área física para cada peça publicitária. Meios eletrônicos têm seu formato definido por minutagem (vinhetas de 15’, comerciais de TV de 30”, por exemplo). Anúncios de jornal têm seus formatos definidos por coluna × cm; revistas podem ser página simples, dupla, sequenciais; outdoors são definidos pela proporção de 3m × 1m, tendo o formato 9 × 3m. Portanto, toda vez que um profissional de mídia falar em “formato”, ele faz referência a essas medidas físicas ou de tempo de qualquer peça publicitária. Assista ao vídeo a seguir e conheça as características de cada meio de comunicação para planejar suas estratégias de mídia com eficiência! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SOBRE OS CONCEITOS DE VEICULAÇÃO, AUDIÊNCIA E ALCANCE (OU COBERTURA), ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA FALSA. A) A diferença entre audiência e alcance é que a audiência considera o conjunto de pessoas atingidas por uma mensagem simultaneamente, mas em um período específico, e o alcance representa todo o conjunto de pessoas atingidas, mesmo que parcialmente. B) Um alcance de menos de 40% é considerado baixo. C) As fases de veiculação são lançamento, sustentação e reforço/encerramento. D) Na veiculação, durante a sustentação, há, de maneira geral, um aumento de inserções e meios. E) O período de veiculação ou continuidade é a duração de uma campanha, ou seja, por quanto tempo ela deve ser veiculada. 2. SOBRE OS CONCEITOS DE CONCENTRAÇÃO E DISPERSÃO, É POSSÍVEL DIZER QUE: A) São estratégias opostas, a primeira centralizando recursos de mídia, e a segunda os espalhando e pulverizando. B) A concentração atinge melhores resultados porque concentra recursos na TV, que tem maior alcance. C) A dispersão é negativa, porque os esforços de mídia têm de ser concentrados. D) O cinema é um meio de alta dispersão, atingindo um público pouco segmentado. E) A dispersão é uma estratégia para lidar com crises de imagem do anunciante, enquanto a concentração deve ser usada em momentos de reconhecimento positivo de empresas. GABARITO 1. Sobre os conceitos de veiculação, audiência e alcance (ou cobertura), assinale a única alternativa falsa. A alternativa "D " está correta. A audiência pode ser calculada levando em conta domicílios ou indivíduos e é monitorada por programa veiculado. É um número relativo, traduzido em pontos e calculado de forma individual (por cada pessoa que assiste) ou por domicílios, mas leva em conta programas televisivos inteiros. Já o alcance contempla o número de pessoas mesmo que atingidas parcialmente. Um alcance de menos de 40% é considerado baixo; de mais de 40% é considerado médio; e de mais de 50%, alto. O período de veiculação de uma campanha é o tempo em que ela é veiculada e suas fases são lançamento, sustentação e reforço ou encerramento. O erro da afirmação D é que, no período de sustentação, normalmente as inserções diminuem. 2. Sobre os conceitos de concentração e dispersão, é possível dizer que: A alternativa "A " está correta. Dispersão e concentração são, de fato, estratégias opostas, significando, respectivamente, espalhar recursos ou concentrá-los. Pode-se optar por concentrar em um meio, em um período de tempo ou uma região específica. MÓDULO 2 Reconhecer o conteúdo do plano de mídia MODELOS DE AVALIAÇÃO DE CUSTOS Antes de entrarmos no plano de mídia, ou seja, o documento elaborado pelo profissional de mídia para descrever sua estratégia, é importante conhecer as formas de avaliação do custo/benefício das campanhas. Há diferentes metodologias para essa avaliação, fundamental para as opções estratégicas. Vejamos algumas: GROSS RATING POINTS (GRP) É uma relação de custo/benefício específica para a TV aberta, sendo a soma dos pontos brutos de audiência, em porcentagem. Uma unidade GRP (Pontos Brutos de Audiência) = 1% de audiência. A fórmula para se calcular GRP é: GRP = audiência média (%) × número de inserções Assim, o cálculo da audiência bruta de um comercial veiculado 10 vezes, com uma média de 45% de audiência, seria: GRP = 45 × 10 = 450 O custo de 1% de GRP é uma das formas de avaliação de custos utilizada especificamente para programações de TV em substituição do mais tradicionalmente utilizado Custo por Mil (CPM). CUSTO POR MIL (CPM)Dentro do critério de avaliação de custos, além do GRP, apresentado anteriormente, o CPM é um cálculo muito utilizado e nada mais é do que calcular o valor de uma inserção para mil pessoas. Desse modo, tem-se a noção do quanto custa veicular em determinada programação para atingir UMA pessoa, do quanto uma programação está mais cara ou mais barata que outra e, ainda, permite comparar a rentabilidade de patrocínios. O CPM se aplica a qualquer meio, diferentemente do cálculo de 1% de GRP, que é somente para TV. Mas, para os meios impressos, ele pode se basear na circulação do veículo, considerando a média de leitores por exemplar. A fórmula é: CPM = custo da veiculação × 1.000 Total de pessoas, circulação, impactos Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Para as mídias digitais, o CPM também pode ser uma forma de avaliação. Um anúncio com banner em uma homepage de um grande portal de notícias pode ter um custo aparentemente baixo, mas quando se compara com o cálculo do mesmo anúncio dentro de uma sessão mais específica, por meio do CPM, e dimensiona-se o custo mensal da publicação desse banner, os valores podem ser muito díspares entre si. Cabe ao mídia avaliar a melhor estratégia, de acordo com os objetivos de comunicação aliados ao público-alvo. TARGET RATING POINTS (TARP/TRP) Similar ao GRP, porém com ênfase no impacto direto em uma segmentação específica de público-alvo. O TARP/TRP é como se fosse o GRP do público-alvo; é mais uma forma de avaliação de custos que o profissional de mídia leva em consideração ao planejar sua estratégia. PLANO DE MÍDIA Após o processo de pesquisa e análise de dados, o plano de mídia é o resultado final, com toda a estratégia recomendada para que uma campanha atinja seus objetivos. Vale lembrar que o planejamento de mídia é o processo de desenvolvimento do plano, mas, na rotina de trabalho, muitas vezes o termo é usado como sinônimo de plano de mídia. Fonte: Shutterstock.com Qualquer estratégia parte do briefing, o documento com as informações sobre o cliente, o produto/serviço, o mercado onde ele está inserido, juntamente com os concorrentes, o perfil do público-alvo e os objetivos de marketing e de comunicação, as praças em que a campanha será veiculada, o período e a verba destinada a essa campanha. Com essas informações, juntamente com as obtidas pela pesquisa, o profissional de mídia começa sua análise e seu planejamento. É necessário avaliar o modo de atingir o público determinado e os objetivos apontados no briefing, sob o ponto de vista da mídia, da utilização das melhores estratégias de combinação dos meios, horários, do tipo de programação ou de editoria mais aconselhados, regiões etc. Os três pilares básicos do planejamento de mídia são: I O objetivo de mídia. II A estratégia. III A tática. Mas o plano de mídia, o documento, apresenta outros itens, como os que veremos a seguir. OBJETIVO DE MÍDIA O objetivo de mídia deve ser o primeiro item de um plano de mídia e, em poucas palavras, podemos dizer que deve apresentar a quantidade de pessoas que se deseja atingir com uma campanha, estabelecendo a intensidade de veiculação em cada fase e em que período isso deve ocorrer. � RESUMINDO No objetivo de mídia devemos estabelecer os objetivos de frequência, cobertura e alcance em cada fase de veiculação, de acordo com os “interesses” apresentados pelo briefing. Para uma campanha de lançamento de um produto, serão demandados maiores esforços de mídia na fase de lançamento, por exemplo. PERÍODO DE VEICULAÇÃO Fonte: Shutterstock.com Neste item, justifica-se o período determinado para a campanha, que pode ser definido por diversas razões e já deve vir indicado no briefing. O período pode respeitar uma data promocional, seguir um período específico de venda de um produto ou serviço ou, ainda, ser definido de forma estratégica juntamente com o profissional de mídia. Normalmente, neste item, também são indicadas as fases de veiculação dentro do período estipulado. PRAÇAS Independentemente das praças em que o anunciante atua, para o planejamento de mídia são consideradas somente as praças onde, efetivamente, indica-se a veiculação da campanha. PÚBLICO-ALVO O público-alvo (ou target) também considera os dados obtidos pelo briefing, como faixa etária, classe social, estado civil, entre outras características, assim como o perfil psicográfico desse público, ou seja, informações sobre seus anseios, desejos, suas motivações, gerando um comportamento comum a um grupo, não somente a um indivíduo. A partir desses dados são geradas as personas, que são arquétipos, personagens fictícios criados pelas empresas para que seja possível segmentar melhor o público de interesse e criar experiências mais adequadas aos clientes. Fonte: Shutterstock.com MEIOS RECOMENDADOS Fonte: Shutterstock.com Quais serão os meios recomendados para esta campanha, para que se atinjam os objetivos de mídia apresentados anteriormente? Neste item, além de recomendar e justificar a recomendação dos meios, de acordo com suas características, também é preciso apontar sua adequação àquela campanha específica. Assim, pode-se dizer que foi escolhida a TV por ser o meio de maior penetração e alcance e porque a campanha necessita de demonstração do produto, o que é possibilitado pela característica audiovisual, por exemplo. ESTRATÉGIA DE MÍDIA De acordo com os meios recomendados para a campanha, como se dará a articulação entre eles? Todos serão utilizados com a mesma frequência em todas as fases da campanha (o que configuraria veiculação linear)? Assim, na estratégia, descrevemos as fases de veiculação (lançamento, sustentação, reforço) estabelecendo a relação entre elas e a intensidade de frequência, o tipo de veiculação (linear, em ondas, concentrada ou pulsação), os meios recomendados (TV, jornal, internet, rádio) e a adequação editorial dos veículos, ou seja, os gêneros que mais bem se adequarem à categoria de produto ou serviço anunciado. Produtos esportivos apresentam adequação para canais esportivos e jornais esportivos ou, pelo menos, para o caderno de esportes de algum jornal, pois o público que consome esse gênero é o mesmo que se interessa por esses produtos. É na estratégia de mídia que o profissional consegue dar forma ao planejamento que se inicia desde as primeiras leituras dos resultados de pesquisas e do briefing de mídia. É na estratégia que ele consegue mostrar inovação e criatividade, e justifica cada recomendação de utilização de uma mídia ou outra, de um tipo de veiculação ou outro. Assim, poderíamos considerar como exemplo o texto a seguir. EXEMPLO – ESTRATÉGIA DE MÍDIA A campanha terá veiculação em pulsação e, para a fase de lançamento, considerando as duas primeiras semanas de veiculação, recomenda-se a utilização do meio TV com alta intensidade de frequência, pelo fato de se tratar de um lançamento de produto. Os gêneros recomendados são os canais esportivos e jornalísticos em TV aberta e fechada. Ainda na fase de lançamento, a campanha será veiculada em jornais de maior circulação e tiragem, independentemente do gênero, levando-se em conta o caráter da credibilidade do meio. Na fase de sustentação, três semanas seguintes, serão mantidos ambos os meios, porém, com frequência média, e, para o reforço, haverá uma nova intensificação de frequência nessas duas semanas finais. Esse processo de análise e seleção dos meios que precede a estratégia é fundamental para que esse profissional domine cada vez mais as preferências e os hábitos de mídia do público e assim consiga otimizar todas as recomendações em relação aos seus custos. VEÍCULOS RECOMENDADOS Tal qual foi feito em meios recomendados, o mídia deverá apresentar as vantagens competitivas na indicação dos veículos mais apropriados para a campanha. São utilizados como justificativa não somente a adequação editorial e do estilo de narrativa de um veículo à categoria do produto/serviço,mas também os dados referentes à audiência, tiragem, circulação, assim como, por exemplo, hits, taxa de cliques, page views, no caso da internet. TÁTICA DE MÍDIA Na tática de mídia, o profissional responsável pela elaboração do plano de mídia irá aprofundar e detalhar todas as recomendações apresentadas nos itens anteriores, sobretudo na estratégia. Serão apresentadas, dentro de cada veículo recomendado, suas subdivisões em termos de programação e editorias (quais cadernos de jornal, quais programas de TV dentro de cada emissora) e os respectivos formatos. As definições táticas devem sempre seguir certa ordem de detalhamento: OS MEIOS � � OS VEÍCULOS � � AS COLOCAÇÕES � � OS FORMATOS Dando seguimento ao que já foi apresentado como exemplo em estratégia, podemos considerar como exemplo para a fase de lançamento da campanha o texto a seguir. EXEMPLO – TÁTICA DE MÍDIA (FASE DE LANÇAMENTO) TV ABERTA TV Globo – Globo Esporte – veiculação diária no formato 30”, com 6 inserções; e Esporte Espetacular – veiculação semanal, no formato 30” – com 4 inserções. TV FECHADA SportTV – colocação indeterminada – veiculação diária no formato 30”, com 12 inserções ao longo do dia. GloboNews – Programa GloboNews em Pauta – veiculação diária no formato 30”, com 10 inserções ao longo do dia. JORNAL O Globo – primeiro caderno, anúncio de página inteira 4 cores, 7 inserções semanais. Folha de S. Paulo – editoria de esportes, anúncio de meia página 4 cores, 7 inserções semanais. A partir do que é determinado na tática de mídia, ocorre o preenchimento das planilhas de programação. FLOW CHART Trata-se de uma representação gráfica da estratégia de mídia, traduzindo visualmente a continuidade e a intensidade de inserções de cada meio utilizado em cada fase de veiculação, como podemos ver a seguir. Fonte: EnsineMe � Exemplo de Flow chart. LEGENDA: Intensidade alta Intensidade média Intensidade baixa CRONOGRAMA GERAL DA CAMPANHA, MAPAS DE PROGRAMAÇÃO E ORÇAMENTO GERAL Este é o momento de visualizar, efetivamente, o que foi definido na estratégia e na tática de mídia. É o mais profundo detalhamento em forma visual, em mapas de programação por planilhas. Esses mapas contêm o cabeçalho com as indicações do cliente, target / público-alvo, produto, campanha, formato, título e praça (pode ser nacional, estadual, regional, local – cidade). Dependendo da estratégia, será necessário ter mais de uma planilha por meio/período de veiculação. Após o cabeçalho, a planilha em si deve apresentar o cronograma geral da campanha com os meios, os veículos, os dados específicos referentes à audiência, a circulação, a tiragem etc. de cada um e, na sequência, as inserções para cada veículo, de acordo com os dias daquele mês. A planilha já é preparada para fazer todos os cálculos de número de inserções, de total de verba utilizado, custo total, descontos etc. Observe o modelo disponibilizado a seguir, elaborado por meio da ferramenta Excel: Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Televisão Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Rádio Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Cinema Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Jornal Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Revista Fonte: EnsineMe � Modelo de Mapa de Programação/Cronograma - Internet Saiba mais sobre o perfil estratégico do plano de mídia. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. CONSIDERE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR. I. O PLANO DE MÍDIA PARTE DO BRAINSTORMING E DA PESQUISA DE MÍDIA. II. OS PILARES BÁSICOS DO PLANO DE MÍDIA SÃO O OBJETIVO, A ESTRATÉGIA E A TÁTICA, MAS O PLANO APRESENTA AINDA OUTROS ELEMENTOS DESCRITIVOS E JUSTIFICATIVOS. III. A ESTRATÉGIA DE MÍDIA DETALHA COMO SE DARÁ A ARTICULAÇÃO ENTRE OS MEIOS, ENVOLVENDO POR EXEMPLO A INDICAÇÃO DA FREQUÊNCIA NAS FASES DE VEICULAÇÃO. IV. TÁTICA DE MÍDIA É O APROFUNDAMENTO DOS ITENS ANTERIORES DO PLANO COMO MEIOS E VEÍCULOS RECOMENDADOS, PRAÇA ETC. V. AINDA NÃO SE DEVE CONTEMPLAR O ORÇAMENTO NO PLANO DE MÍDIA, NEM AS FORMAS DE AVALIAÇÃO DE CUSTO E BENEFÍCIO, PORQUE AINDA NÃO SE SABE QUANTO O CLIENTE PODERÁ GASTAR. QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS CORRETAS? A) I, II e III B) II, III e IV C) III, IV e V D) I, II e IV E) II, IV e V 2. INDIQUE A AFIRMAÇÃO CORRETA A RESPEITO DAS FORMAS DE AVALIAÇÃO DE CUSTO/BENEFÍCIO DO ESPAÇO PUBLICITÁRIO DE DIFERENTES MÍDIAS. A) Gross Rating Points (GRP) foi desenvolvido para avaliar custos de qualquer mídia. B) O CPM, ou Custo por Mil, é um índice em desuso, substituído pelo GRP. C) Target Rating Points (TRP) é o GRP voltado para televisão e rádio, meios que têm ampla penetração na população e atingem todos os públicos. D) O CPM permite comparar todas as mídias porque é elaborado pelo CONAR. Essa metodologia inovadora foi desenvolvida a partir de uma base de dados fornecida por veículos e agências diversos. E) Custos aparentemente baixos podem se revelar caros quando se utilizam índices que permitem comparar o quanto custa para a mensagem chegar a cada pessoa em diferentes programações ou veículos. GABARITO 1. Considere as afirmações a seguir. I. O plano de mídia parte do brainstorming e da pesquisa de mídia. II. Os pilares básicos do plano de mídia são o objetivo, a estratégia e a tática, mas o plano apresenta ainda outros elementos descritivos e justificativos. III. A estratégia de mídia detalha como se dará a articulação entre os meios, envolvendo por exemplo a indicação da frequência nas fases de veiculação. IV. Tática de mídia é o aprofundamento dos itens anteriores do plano como meios e veículos recomendados, praça etc. V. Ainda não se deve contemplar o orçamento no plano de mídia, nem as formas de avaliação de custo e benefício, porque ainda não se sabe quanto o cliente poderá gastar. Quais são as alternativas corretas? A alternativa "B " está correta. O plano de mídia parte do briefing, um documento elaborado pela área de atendimento, para entender os anseios do cliente. O profissional de mídia soma essas informações à pesquisa de mídia para começar a planejar suas estratégias, que serão indicadas e detalhadas nos planos de mídia. A avaliação dos recursos já estará no briefing, e o profissional de mídia deve recorrer a instrumentos de análise de custo e benefício para optar por diferentes meios, veículos e estratégias. 2. Indique a afirmação correta a respeito das formas de avaliação de custo/benefício do espaço publicitário de diferentes mídias. A alternativa "E " está correta. Com o cálculo do valor de uma inserção para mil pessoas (CPM), é possível saber quanto custa para atingir apenas uma pessoa em determinada programação ou veículo, permitindo assim a comparação entre mídias e estratégias diferentes. MÓDULO 3 Identificar a adequação dos conceitos técnicos de mídia ao campo das mídias digitais A INTERNET COMO CANAL PUBLICITÁRIO Enquanto alguns profissionais da área veem e-mails e banners apenas como variações de uma mala direta e de um outdoor, uns trazem outra visão, que aponta que no espaço digital uma peça publicitária é completamente diferente de qualquer outra mídia, uma vez que a mensagem não é apresentada ao público de forma linear. Assim, cabe a ele a decisão da ordem com que quer acessar algum conteúdo, além de outras características peculiares. MÍDIAS DIGITAIS, MÍDIAS SOCIAIS, REDES SOCIAIS E PUBLICIDADE Fonte: Shutterstock.com As expressões são muito próximas e, muitas vezes, utilizadas como se fossem sinônimos. Na verdade, uma sustenta a outra, uma existe por conta da outra, e todas estão entrelaçadas em suas existências. De maneira resumida, podemos dizer que, por conta das mídias digitais (meios de comunicação que existem na esfera digital), formam-se as redes sociais na internet (todos os sites e aplicativos que permitem conexões entre pessoas ou organizações, com interações mútuas), que, por sua vez, apresentam conteúdo nas mídias sociais (textos,fotos, vídeos, áudios etc.). Podemos dizer que o conteúdo que as pessoas (ou os veículos) produzem com o intuito de compartilhamento são as mídias sociais. As redes sociais trouxeram significativas mudanças na mídia, pois possibilitaram a multiplicação dos conteúdos pelos usuários de maneira espontânea, não paga, conhecida também como earned media. Estratégias no mundo da publicidade passam a considerar não somente as mídias tradicionais de massa, mas todo e qualquer espaço publicitário que permeia o universo da internet. Assim, quando se desenvolve um plano de mídia para determinada campanha, é imprescindível considerar a internet como um dos meios mais importantes para complementar ou capitanear esforços de comunicação, sobretudo quando se trata das mídias sociais. Algumas características interessantes a serem consideradas pela publicidade em relação a essas mídias estão descritas a seguir. EARNED MEDIA Mídia orgânica (literalmente mídia “ganha”), também chamada de mídia espontânea. Nas mídias digitais são quaisquer compartilhamentos espontâneos fora dos canais oficiais da marca. Pode acontecer por recomendação de pessoas que gostem do produto ou da marca ou por outros eventos, que promovam a marca sem a publicidade paga, como um evento viral, que pode até partir de uma campanha a gerar um imenso engajamento. RELEVÂNCIA NÃO LINEARIDADE SEGMENTAÇÃO E MONITORAMENTO RELEVÂNCIA Pode-se ter conteúdo de valor desenvolvido pelo próprio anunciante e até mesmo pelos consumidores (earned media). NÃO LINEARIDADE O conteúdo pode ser consumido no momento em que o consumidor desejar e não na ordem e no momento em que o veículo o apresenta. SEGMENTAÇÃO E MONITORAMENTO O próprio consumidor fornece informações sobre seu comportamento de consumo, de utilização das redes sociais, suas preferências e seus desagrados, o que permite uma análise muito mais acertada sobre seu perfil, gerando ações e conteúdos mais específicos, de acordo com o interesse daquele público. Fonte: Shutterstock.com AS PRINCIPAIS REDES SOCIAIS NO BRASIL HOJE Redes sociais são as estruturas formadas por pessoas que compartilham interesses similares e têm por objetivo a conexão entre as pessoas. Cada usuário preenche seu próprio perfil com dados que incluem diversos interesses e, a partir daí, compartilham conteúdos como textos, fotos, vídeos etc. Fonte: Twin Design / Shutterstock.com Elas podem ser divididas em redes de relacionamento (Instagram, LinkedIn, Twitter etc.), redes de entretenimento (YouTube, Pinterest e TikTok), redes profissionais (LinkedIn também está nesta categoria, assim como Bebbe, Bayt, Xing e Viadeo, além de outras que podem ser utilizadas para esse fim, como Facebook, Instagram, YouTube etc.), e redes sociais de nicho (aquelas voltadas para um nicho mais específico, como TripAdvisor, DeviantArt, Goodreads). Clique aqui e conheça as principais redes sociais no Brasil e suas peculiaridades. ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO DE MARCAS, PRODUTOS E SERVIÇOS Há diferentes formatos de mídia dentro do universo da internet. Cada um carrega consigo características que podem combinar mais ou menos com determinada estratégia, de acordo com os objetivos de mídia estabelecidos. Clique e confira os principais tipos de mídia a seguir: Banners Patrocínios Branded content E-mail marketing Product placement Social commerce Interstitials Robô Influenciadores digitais (Digital influencers) Superstitial Conteúdo de vídeo e/ou áudio Streamers Advergame Widgets Publicidade nativa (Native ads) Links patrocinados Publicidade / mídia programática Inbound marketing Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal BANNERS São peças que ocupam poucos centímetros de uma página de um site. Podem ter somente imagem estática, gifs ou pequenos vídeos em repetição. Podem ter diferentes formatos, como o Skyscraper, que tem 1.200 pix × 600 pix e é um formato bem vertical, ou tipos variados de pop-up. E-MAIL MARKETING São malas diretas enviadas por e-mail. Permitem maior segmentação de acordo com os dados obtidos com esse mailing list (lista de endereços). Quanto mais informações sobre interesses específicos, perfil, região, ou seja, quanto mais qualificado ele for – e se além de tudo ele contiver contatos de pessoas com real intenção de compra –, damos ao mailing list o nome de lead. Quando não é autorizado pelos usuários, o envio dos e-mails de marketing é classificado como spam. PRODUCT PLACEMENT É quando o produto ou serviço está incorporado visualmente à identidade de um site, criando um envolvimento diferenciado com o usuário de uma página. É o que acontece quando um refrigerante é inserido de modo natural em uma cena de novela, só que, neste caso, na versão para os sites. SOCIAL COMMERCE É uma estratégia de divulgação e venda de um produto ou serviço por meio especificamente das redes sociais, em que é possível estabelecer um relacionamento com o consumidor, ouvir suas percepções e proporcionar uma experiência positiva para ele. Segundo pesquisas, o consumidor tende a pagar mais por um produto ou serviço se tiver uma boa experiência como cliente; portanto, essa estratégia é muito apreciada. PATROCÍNIOS Permitem associação de marcas a conteúdos que dão credibilidade aos produtos ou serviços. Podem ocorrer por meio de posts de influenciadores digitais (ou digital influencers) e sempre devem ser apresentados como tal. Ou seja, quando um influencer faz a divulgação de algum produto e está sendo pago para isso, não é uma mídia espontânea – ele é obrigado a falar que recebeu o produto do anunciante e/ou deixar isto claro na postagem, em legendas, em um lettering no canto do vídeo ou usando a hashtag #publipost. Isso é uma regra, mas nem todos os influencers a respeitam, o que pode levar o consumidor a achar que é uma mídia espontânea. BRANDED CONTENT É a produção de conteúdo de uma marca, um produto ou serviço que esteja dentro do âmbito do universo daquela marca e seja relevante para o cliente, que gere valor para ele. É uma estratégia muito interessante, pois não carrega o “peso” de um anúncio cuja intenção de venda é explícita, pelo contrário; traz informação e/ou entretenimento, causando simpatia pela marca e possibilitando, na maioria das vezes, a earned media, por meio do compartilhamento desse conteúdo. Ou seja, de maneira espontânea, aquele conteúdo que gera valor para a marca será multiplicado para outros consumidores por eles mesmos, gratuitamente. INTERSTITIALS Anúncios em tela cheia enquanto uma página de um site é carregada ou entre ações de um usuário. Pode dar a impressão de que sobrecarrega mais ainda a ação desejada. ROBÔ Mensagens enviadas de maneira personalizada para os usuários como jeito de se estabelecer uma relação mais próxima com o consumidor. INFLUENCIADORES DIGITAIS (DIGITAL INFLUENCERS) São pessoas que têm perfis nas redes sociais com altas taxas de engajamento e alcance e, por meio desses perfis, dispõem-se a divulgar produtos e serviços através de posts, vídeos ou áudios (podcasts) patrocinados. Assim, influenciam (daí o nome influencers) seus seguidores (o público que acompanha esses perfis nas redes) a consumir tais produtos e serviços, de um jeito mais natural e criativo. Dessa maneira, eles conseguem levar o seu público de seguidores a adotar certo comportamento e concluir o ato de compra. É uma das estratégias mais utilizadas quando se busca maior segmentação de público. SUPERSTITIAL Versão mais recente dos interstitials. São vídeos rápidos, animações divertidas enquanto a página é carregada ou quando se movimenta o mouse de lugar pela página. Como o carregamento é diferente, não passa ao usuário a impressão de sobrecarga da página. CONTEÚDOS DE VÍDEO E/OU ÁUDIO Comerciais para a TV e spots para o rádio podem ser veiculados pela internet. Isso amplia as possibilidades com qualquer produção de áudio ou audiovisual. Entretanto, quando um vídeo é produzido especificamentepara a internet, é preciso analisar onde a produção será veiculada, pois há questões mais específicas quanto ao formato e à própria criação. Um comercial para o YouTube, por exemplo, precisa prender a atenção do público nos primeiros cinco segundos, antes que o botão “Pular anúncio” fique ativo. STREAMERS São pessoas que fazem streaming, isto é, qualquer tipo de transmissão ao vivo por alguma plataforma online, mais comumente de jogos digitais. A estratégia de divulgação por meio de streamers significa, basicamente, contratar esses profissionais para, ao longo de transmissões de alguma partida ao vivo, anunciar um produto ou serviço. Normalmente essas transmissões acontecem pelo Twitch, uma plataforma de streaming da Amazon voltada para gamers. ADVERGAME É a junção dos termos advertising e game e designa toda publicidade que acontece dentro de jogos eletrônicos. Pode ser a inserção dentro de um jogo já existente ou pode ser um jogo desenvolvido exclusivamente por determinado anunciante para promover sua própria marca ou um produto/serviço específico. Esse tipo de publicidade traz a possibilidade de uma relação emocional com a marca e pode ser boa fonte de dados a respeito do perfil do consumidor. O ponto negativo é a possibilidade de a atenção à marca ou ao produto/serviço ser desviada pelo foco no jogo em si. WIDGETS Criam um canal único entre o anunciante e o consumidor, diferentemente de banners e vídeos. Assim, permitem um tipo de publicidade mais dinâmica e de resultado mais duradouro. É possível enviar informações em tempo real, receber informações do consumidor e mudar a mensagem veiculada, mesmo após a sua publicação. Um dos exemplos mais conhecidos são os widgets de previsão do tempo. Vincular uma marca a uma funcionalidade como essa pode ser bem interessante para sua divulgação. PUBLICIDADE NATIVA (NATIVE ADS) É uma estratégia de divulgação de produtos e serviços em canais específicos, contextualizados no cotidiano do público, de modo menos invasivo, sem interferir visualmente na experiência dele. Ou seja, os anúncios são dispostos em diagramações (tamanho, fonte, posição dentro da página) semelhantes às das notícias e trazem algum tipo de conteúdo relevante. Além disso, devem ter a indicação obrigatória de que é um anúncio. O leitor do site pode ignorar ou clicar sobre ele, caso tenha interesse. LINKS PATROCINADOS Links de anunciantes que pagam para ser os primeiros a aparecer quando é feita determinada busca em uma página. PUBLICIDADE / MÍDIA PROGRAMÁTICA É um processo de compra de mídia online de modo automatizado, no formato de um leilão em tempo real, sem precisar negociar com cada site onde a campanha será veiculada. Essa estratégia permite maior velocidade na compra, pois com apenas uma operação a campanha vai ao ar em diversos sites. Outras vantagens são a segmentação, pois esse processo traz uma análise mais profunda do perfil do consumidor em sua jornada de compra; e a relevância, visto que a maior parte das estratégias de compra são concentradas na audiência e não nos veículos em si. INBOUND MARKETING É o conjunto de estratégias para atrair consumidores por meio de conteúdo relevante. Isto é, se forem adotadas duas ou mais estratégias explicadas anteriormente, pode-se dizer que foi utilizada uma estratégia de inbound marketing. Fonte: Shutterstock.com TIPOS DE VEICULAÇÃO NA INTERNET As estratégias de veiculação publicitária pela internet podem ser de maior alcance (para um público mais abrangente) ou mais segmentadas e dividem-se em quatro tipos. RUN OF NETWORK (RON) Tem por objetivo um grande volume de tráfego, e a veiculação ocorre em redes de sites associados. RUN OF SITE (ROS) Veiculação de maneira indeterminada, aleatória, dentro de um site. O anúncio pode estar em qualquer página e não há segmentação de público. Assim, abrange grande audiência, não qualificada. RUN OF CHANNEL (ROC) Veiculação em local determinado do site, o que permite maior segmentação de público, isto é, audiência mais qualificada. PALAVRAS-CHAVE OU BUSCA Veiculação somente a partir do momento em que o usuário utiliza mecanismos de busca, como o Google. O anunciante compra palavras-chave para as quais deseja que um banner seja mostrado quando a página apresentar os resultados de busca. MONITORAMENTO PARA MÍDIAS DIGITAIS É fundamental o estudo sobre o público-alvo, o mercado onde o produto será divulgado, entre outros pontos já apresentados. Ao se planejar a publicidade digital, as formas de medição de audiência que devem ser analisadas são as descritas a seguir. HITS PAGE VIEWS VISITAS ADERÊNCIA DO SITE IMPRESSÕES HITS Cada elemento de uma página é considerado um arquivo e, quando ela é acessada, os hits significam que aqueles arquivos foram acessados. Essa medição já não é muito levada em conta justamente porque o número de hits nunca será um retrato real, em virtude dos diferentes elementos em cada site. PAGE VIEWS É o número de páginas visualizadas dentro de um site. VISITAS É o número de visitas a um site (independentemente do número de páginas visitadas). ADERÊNCIA DO SITE É a quantidade de tempo que uma pessoa permanece dentro de um site. Assim, é possível estabelecer uma relação com a atenção do consumidor a um anúncio publicado nesse site. IMPRESSÕES É a quantidade de vezes que um banner “aparece” em uma página de um site. Seria equivalente à frequência de um comercial de TV, por exemplo. Fonte: Shutterstock.com MONITORAMENTO PARA MÍDIAS SOCIAIS No monitoramento de mídias convencionais, o clipping eletrônico fornece informações valiosas a profissionais de mídia, em especial assessorias de comunicação e relações públicas de marcas. Igualmente, o monitoramento das mídias sociais é de fundamental importância no universo online, com dados sobre blogs e redes sociais em geral, mostrando tudo que os consumidores falam sobre uma marca, um produto ou serviço, bem como outras variáveis essenciais para que se adotem as melhores estratégias que tragam resultados efetivos para o cliente com os recursos disponibilizados. Fonte: Shutterstock.com De modo geral, as plataformas de monitoramento permitem acompanhar e fornecem dados específicos sobre canal, publicação e marcas, produtos e serviços, como veremos a seguir. CADA CANAL / MÍDIA Volume: é a quantidade de informação que uma mídia social gera e armazena. Tem grande influência sobre o interesse da comunidade ou do blog e da visibilidade nas ferramentas de busca. Repercussão: é a quantidade de interações entre leitores/seguidores de uma mídia social a partir de um tema publicado. Popularidade: é a audiência ou frequência com que uma mídia social é apresentada ao seu público. É como se fosse a audiência e mostra o volume de pessoas que utilizam essa mídia com frequência. Atividade: é a frequência de atualizações de uma mídia social. Isso demonstrará se ela é ativa na internet ou se já não é mais atualizada e está defasada. Influência: é a relevância de uma mídia social na internet. Existem diversos ranqueamentos que monitoram esses meios. Ã CADA PUBLICAÇÃO EM UMA REDE SOCIAL Impressão: cada vez que um post aparece no feed de notícias do Instagram ou do Facebook de alguém é contabilizada uma impressão. Alcance: é o número de pessoas que viu cada post publicado no Instagram ou no Facebook, não importa quantas vezes isso aconteceu. Engajamento: quanto uma pessoa reage a uma publicação qualquer do Instagram ou do Facebook. Ela pode reagir curtindo, comentando ou compartilhando. Todas essas interações são consideradas engajamento. View: cada view conta a partir de três segundos de exibição de um vídeo ou de uma live. Caso o usuário permaneça além dos três segundos, significa que ele tem interesse por esse conteúdo. Essa métrica vale para qualquer plataforma que publique vídeos. Taxa de retenção: é a relação entre a duração média de views com os minutos totais de exibição do vídeo. São os minutos vistos em relação aos minutosdisponibilizados. Exemplo: se um vídeo de dez minutos teve uma média de cinco minutos de permanência nas views, significa que teve retenção de 50%. Deve-se levar em conta que, dependendo da estratégia utilizada, cada mídia social demandará um tipo de monitoramento diferente. Sites e blogs são monitorados por mecanismos do servidor de hospedagem ou por softwares próprios, como o Google Analytics; redes sociais geralmente têm seus próprios recursos de monitoramento; widgets virais são monitorados por quantidade de downloads; vídeos virais são de acordo com os recursos de cada site; banners são pelas exibições e pelos cliques; e-mails com newsletter, por código HTML. Assim, para cada ação de comunicação digital devem ser definidas as formas de monitoramento específicas e quais as ações que serão previstas de acordo com as informações obtidas, como ajustes na estratégia, por exemplo. SOBRE UMA MARCA, UM PRODUTO OU SERVIÇO Menções (positivas e negativas) ao produto, serviço ou à marca ou dos concorrentes pelos internautas em diversas plataformas. Coleta de dados mais antigos para se estabelecer informações sobre diferentes estratégias adotadas em campanhas digitais. Desempenho de uma fanpage em comparação com as principais páginas do mesmo segmento. Acompanhamento do desempenho de determinada marca em tempo real. Análise detalhada sobre seguidores do Twitter, como palavras-chave mais utilizadas, relevância social, quantidade de vezes que divulgam links e que retuítam um conteúdo quando estão online, linguagens mais utilizadas e localização no mundo. Novos seguidores e novas curtidas. Recebimento de alertas a cada vez que um conteúdo se tornar um pin. Ranking social dos últimos sete dias no Facebook, LinkedIn, YouTube e Twitter, medindo a popularidade da marca. Descobrir as marcas mais populares de cada rede social por categorias, audiência ou rápido crescimento. Dados básicos do Instagram, fotos mais curtidas e compartilhadas. Nível de influência por meio de nota de 0 a 100 e dicas de boas práticas para aumentar relevância. Análise de desempenho com dados de engajamento, melhores horários para postar, dicas de frequência, posts mais relevantes, influenciadores etc. Monitoramento de desempenho de hashtags específicas de Twitter e Instagram. Indicação de usuários com mais poder de influência e suas localizações. De maneira geral, é preciso pensar a estratégia para as mídias digitais de modo que se consiga atrair o público (para que seja impactado pela mensagem publicitária), converter essa visualização em compra e concluir que os esforços de mídia trouxeram uma boa relação custo/benefício para aquele cliente. Assim, pode-se trabalhar com métricas de atração, de conversão e de receita. Para conhecer essas métricas, clique aqui. PLANEJAMENTO PARA MÍDIAS SOCIAIS Como visto, um plano de mídia envolve uma série de estudos prévios sobre o produto/serviço, o mercado em que está inserido, e os dados atualizados sobre os veículos para que se estabeleça a melhor estratégia que atinja, com os recursos financeiros disponíveis, os objetivos de marketing do anunciante. Para o planejamento de mídia para mídias sociais, o princípio é o mesmo, ou seja, o plano deve conter os elementos descritos a seguir. Fonte: Shutterstock.com OBJETIVOS No caso do digital, é importante ter de modo claro os números que se deseja atingir como visitantes, leads (lista qualificada de clientes, isto é, aqueles clientes em potencial, com real interesse de compra) etc. Fonte: Shutterstock.com MERCADO É fundamental estudar o mercado em que o produto ou serviço está inserido, qual a dinâmica de vendas dele, as potencialidades e fragilidades do produto/serviço e as oportunidades e ameaças do mercado. Fonte: Shutterstock.com CONCORRENTES Como os concorrentes diretos e indiretos atuam no mercado, suas estratégias, seu posicionamento e seus números. Fonte: Shutterstock.com PÚBLICO-ALVO (OU PERSONAS) O estudo do público-alvo ou da persona definida pelo anunciante é de extrema importância. Quando sabemos com quem estamos falando, podemos definir de maneira mais assertiva o canal para nos comunicar com esse público. Fonte: Shutterstock.com ESTRATÉGIA (AS AÇÕES A SEREM REALIZADAS PARA SE ATINGIR OS OBJETIVOS) Aqui são definidos os canais mais adequados para a comunicação com o público-alvo e de que jeito eles serão utilizados. � EXEMPLO Dentro da definição da estratégia são tomadas diversas decisões, como que redes sociais serão utilizadas e a rotina de postagens; a possibilidade de utilização de blogs, com que frequência e com quais conteúdos ocorrerão as postagens; a utilização de mídia paga ou não, entre outras estratégias. Nesse momento, são definidos, também, o formato e a periodicidade de veiculação em cada uma dessas mídias. A postagem no Instagram será diária? O envio de e- mail marketing será semanal? Tudo isso deve ser amplamente analisado e definido com base nos objetivos. Ao final, é importante o monitoramento dessas ações para se certificar de que tudo está sendo executado como o planejado e que os resultados estão sendo atingidos. Vamos acompanhar um exemplo de um possível plano de mídia para redes sociais? Assista! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL DAS AFIRMAÇÕES A SEGUIR É FALSA EM RELAÇÃO À COMPARAÇÃO ENTRE O PLANEJAMENTO DE MÍDIA TRADICIONAL E O PLANEJAMENTO DE MÍDIAS SOCIAIS? A) Os princípios gerais são os mesmos, mas há peculiaridades específicas. B) Nas mídias tradicionais, usa-se o clipping eletrônico, enquanto nas mídias digitais há outras possibilidades de monitoramento. C) No caso do digital, é importante ter clareza dos números a serem atingidos, como número de visitantes. D) Como as métricas são mais acuradas no meio digital, é possível contemplar um público mais segmentado; logo, definir a persona é de extrema importância. E) Como métricas de análise de eficiência, podem ser avaliados: views, engajamento e share. 2. DENTRO DE UM PLANEJAMENTO DE MÍDIA PARA AS MÍDIAS DIGITAIS, É POSSÍVEL ESTABELECER A UTILIZAÇÃO DE MAIS DE UMA ESTRATÉGIA AO MESMO TEMPO, PARA QUE SE ATRAIAM OS CONSUMIDORES POR MEIO DE CONTEÚDO RELEVANTE. A ESSE CONJUNTO DE ESTRATÉGIAS DÁ-SE O NOME DE: A) ROS B) Bounce rate C) Inbound marketing D) Product placement E) Branded content GABARITO 1. Qual das afirmações a seguir é falsa em relação à comparação entre o planejamento de mídia tradicional e o planejamento de mídias sociais? A alternativa "E " está correta. O share é uma métrica de audiência vinculada apenas à TV. O share de um programa ou de uma emissora significa a porcentagem de aparelhos de TV ligados naquela emissora ou naquele programa, levando-se em consideração todos os aparelhos de TV ligados naquele momento ou a faixa de tempo ou a programação. Portanto, não diz respeito a monitoramento de redes ou mídias sociais. 2. Dentro de um planejamento de mídia para as mídias digitais, é possível estabelecer a utilização de mais de uma estratégia ao mesmo tempo, para que se atraiam os consumidores por meio de conteúdo relevante. A esse conjunto de estratégias dá-se o nome de: A alternativa "C " está correta. ROS é um tipo de veiculação na internet, bounce rate está relacionado a uma taxa de rejeição e product placement, juntamente com branded content, são estratégias isoladas de divulgação de marcas nos meios digitais, enquanto inbound marketing é a denominação correta para designar a utilização de mais de uma estratégia ao mesmo tempo. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho do profissional de mídia envolve uma grande coleta de dados que devem ser analisados e cruzados entre si. Assim, é possível desenvolver uma estratégia de mídia com as recomendações mais eficazes, que permitam atingir as metas estabelecidas no plano de mídia de forma a atender aos objetivos de comunicação e de marketing do cliente. Essas análises envolvem grande domínio das características dos meios de comunicação e a obtenção de dados sempreatualizados em relação aos veículos, sejam eles mídias eletrônicas, impressas, exteriores ou digitais. No universo digital, em especial, há diversas possibilidades de ganho para os anunciantes. A produção de conteúdo veiculada nas redes sociais pode gerar valor para as marcas gratuitamente, ou seja, nem sempre é necessário o recurso financeiro para uma veiculação, desde que as marcas se preocupem com o conteúdo de qualidade. Assim, um plano de mídia exclusivamente para as mídias digitais pode atender clientes com menos recursos disponíveis e, ainda assim, atingir excelentes resultados! AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS MUNIZ, Magda Lúcia Valente. Mídia: conceitos e prática. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 2004. NAKAMURA, Rodolfo. Como fazer um planejamento de mídia na prática. 1. ed. São Paulo: Farol do Forte, 2009. RECUERO, Raquel. A conversação em rede. Porto Alegre: Sulina, 2012. TAMANAHA, Paulo. Planejamento de mídia. São Paulo: Prentice Hall, 2006. TORRES, Claudio. A bíblia do marketing digital. São Paulo: Novatec, 2009. VERONEZZI, José Carlos. Mídia de A a Z: os termos de mídia, seus conceitos, critérios e fórmulas, explicados e mostrados graficamente como são utilizados na mídia. São Paulo: Flight Editora, 2002. EXPLORE+ Os livros Tudo o que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência para explicar, de Edison Benetti, e Propaganda de A a Z: como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso podem ajudar a conhecer e pensar o planejamento de mídia e a propaganda de maneira geral. Há associações de mídia que auxiliam os profissionais em seu aprimoramento, na troca de conhecimento e mesmo em representação da classe. Entre associações, vale conhecer: os “grupos de mídia”, que possuem segmentações de acordo com cada estado do Brasil, como o Grupo de Mídia de SP, Grupo de Mídia do RJ; o Comitê Técnico de Mídia, responsável pela análise de solicitações de credenciamento de insumos para aprimorar as atividades de mídia, além de ser um órgão de consultoria e aconselhamento técnico quanto ao cumprimento das normas; e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), que possui um Comitê de Gestão de Mídia e Marketing Digital para acompanhar as revoluções tecnológicas de contato com o consumidor. Pesquise os tipos de banners, que são muitos. Por exemplo: in-page full-banner, in-page half- banner, in-pagemicro bar, in-page button 1, in-page button 2, in-page vertical banner, in-page square button, in-page medium rectangle, in-page square rectangle, in-page rectangle, over-the-page pop- up, over-the-page square pop-up e over-the-page pop-up large. A Associação Brasileira de Profissionais da Internet (Abraweb) tem uma boa lista, com possibilidade de visualização de diferentes modelos. Você pode acessar o media kit disponibilizado pela TV Globo, procurando por Mídia-Kit- negocios-Globo. Pesquise na internet sobre os modelos de plano de mídia e as diferentes ferramentas utilizadas. CONTEUDISTA Ney Ferreira � CURRÍCULO LATTES
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