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Família Herpesviridae

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Família Herpesviridae
(Alphaherpesvirinae, Bethaherpervirinae e Gammaherpesvirinae)
CARACTERÍSTICAS GERAIS
As subfamílias interessam quando se tem uma patologia associada;
DNA dupla fita linear;
reprodução no núcleo e se acumulam no RE após essa replicação;
envelopado - provém da membrana nuclear da célula do hospedeiro, porque se multiplica no núcleo; esse
envelope faz eles serem sensíveis a solventes orgânicos;
transmissão por contiguidade - não é preciso que o vírus caia na circulação;
durante sua latência o genoma viral epissomal se torna circular (forma latente com expressão de genes
limitada, ou seja, replica lentamente);
as reações antigênicas são contra as espículas;
causam doenças no sistema respiratório, reprodutivo e nervoso; em algumas espécies podem causam
transformação celular;
Betaherpesvirinae
tem a capacidade de ser citomegalíticos (aumenta o tamanho da célula) - causando hiperplasia celular;
resulta em crescimento e lise celular;
permanecem em latência no tecido linfoide, causando problemas respiratórios como por ex. herpes suíno
tipo 2;
Gammaherpesvirinae
infecta linfócitos T e B, pode ter ação neoplásica; ataca resposta imune inata (células NK) + específica;
pode se replicar em fibroblastos e epitélio com ação citolítica, como por ex. febre catarral maligna bovina
(doença de destaque) e herpes ovina tipo 2;
febre catarral maligna bovina - rinite, ceratoconjuntivite, encefalite, estomatite (sempre que tiver estomatite é
doença de notificação obrigatória por ser diferencial de aftosa); tem baixa morbidade e alta mortalidade;
infectam as células NK do sistema imune (que tem grande importância nas infecções virais); reservatórios
são os animais silvestres e ovinos;
diagnóstico diferencial de febre aftosa (forma vesículas);
Alphaherpesvirinae
(Herpesvírus bovino 1, 2 e 5; herpesvírus suíno 1; herpesvírus equino 1, 3 e 4; herpesvírus canino e felino 1;
herpesvírus galináceo 1, 2)
são citolíticas por conta da multiplicação rápida (geralmente vírus DNA dupla fita não são citolíticos);
OBS - vírus citolíticos são aqueles que destroem as células invadidas e parasitadas;
produz vesículas (infecção primária), úlceras e pústulas (infecção secundária);
transmissão - por contato físico direto de secreções do trato respiratório nasal, causando patologias de
mucosas internas e externas;
doenças de interesse - IBR, pseudoraiva, herpes equino, caprino, canino e felino, mamilite herpética, herpes
simples humano 1 e 2;
vírus que permanecem de forma latente - IBR, herpes equino tipo 1 e 4, laringotraqueite infecciosa das aves,
herpes simples humano tipo 1(oral) e 2 (genital);
o vírus penetra na célula nervosa local e é transportado para o gânglio trigêmeo, ocasionando surtos agudos e
recorrentes, sendo uma infecção vitalícia com períodos de reativação por causa da imunossupressão;
há propostas de tratamentos com antivirais - geralmente se aplica a animais de estimação;
BOVINOS - RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA (IBR/HVB-1)
gênero Varicellovirus que pode se apresentar também como:
- vulvovaginite pustular infecciosa;
- balanopostite infecciosa;
- aborto, conjuntivite, enfermidade generalizada em animais jovens (iniciando com quadros respiratórios);
se multiplica em células de mucosa, maior frequência em gado leiteiro, causando quadros respiratórios e
genital, mas não de forma simultânea;
transmissão - pelo ar, sêmen, contato direto e genital;
vacinas disponíveis reduzem sinais clínicos mas não previnem a infecção;
diagnóstico - imunofluorescência direta e PCR (identifica sequências de ácidos nucléicos e por vezes não há
sequências diferentes entre as doenças);
MAMILITE HERPÉTICA (HVB-2)
lesões vesiculares nos tetos e focinhos de bezerros - semelhante ao vírus da vaccinia;
como é transmitida para os bezerros? R: presença de microlesões no úbere da mãe transmitem pros
bezerros na amamentação;
fatores predisponentes - baixas temperaturas (5 a 10ºC) - causa vasoconstrição;
SUÍNOS - DOENÇA DE AUJESZKY/PSEUDORAIVA (HERPESVÍRUS SUIS)
animais domésticos e bovinos podem ser reservatórios, apresentam caso de intenso prurido;
em animais jovens - inicia com febre, sintomas respiratórios, prostração com evolução para tremores
musculares, convulsões, salivações e morte;
inicialmente, o vírus se replica no epitélio nasofaríngeo e tonsilas  segue para os linfonodos regionais e SNC
por axônios de nervos craniais  isso resulta em meningoencefalite;
transmissão - por contato com secreções nasais, leite, sêmen e aerossóis;
vacina em suínos é eficiente;
em bovinos o quadro de prurido é transitório e o real problema é a infecção secundária que acaba ocorrendo;
EQUINOS - HERPESVÍRUS EQUINO TIPO 1, 3, 4 (ABORTO, EXANTEMA COITAL, RINOPNEUMONIA)
aborto (tipo 1), exantema coital (tipo 3) e rinopneumonia e mortalidade perinatal em potros (tipo 4);
herpesvírus equino tipo 1 - principal causador de abortos em equinos;
infecção, geralmente, por via nasal - multiplicação no tecido linfoide, seguindo pro útero por via hematógena
causando o aborto;
a placenta desloca do endométrio e o feto morre asfixiado (ocorre entre o 1º ao 3º mês);
existe homologia de DNA entre as diferentes formas de apresentação, são relacionados antigênicamente;
diferenciação dos tipos é feito por sorologia;
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - HERPES CANINA (HERPESVÍRUS CANINO TIPO 1)
caracteriza-se por hemorragias generalizadas em filhotes com menos de 4 semanas, tosse dos canis (também é
causada por Bordetella) e lesões genitais em adultos (subclínica);
por vezes a ninhada pode nascer com a presença dos vírus mas sem sinais clínicos devido ao colostro;
esse vírus se adapta bem a temperatura de 37 graus, sendo os recém nascidos (com seu sistema
termorregulador imaturo) com viremia (presença do vírus no sangue) e sintomatologia sistêmica facilitada;
apresenta alta mortalidade, com lesões abdominais equimóticas (manchas roxas), necrose e hemorragia renal;
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - RINOTRAQUEITE VIRAL FELINA (HERPESVÍRUS FELINO TIPO 1)
causa patologia respiratória (calicevírus ou herpesvírus);
apresentação clínica - tosse, fluido nasal, conjuntivite, salivação, febre, broncopneumonia, úlceras na língua
pouco frequentes;
gestantes podem abortar quando infectadas durante a gestação;
clinicamente são semelhantes ao calicevírus (principalmente a presença de úlceras na língua);
AVES - ENFERMIDADE DE MAREK (HERPES GALINÁCEO TIPO 2)
marek = marreco, lembrar de pato = ave, ocorre nas aves esse tipo;
é uma neurolinfomatose generalizada (quadro nervoso + linfático) acompanhada de polineurite, associada a
paralisia nasal em aves;
altera a célula T em células neoplásicas, gerando uma reação inflamatória generalizada, particularmente nos
folículos que originam as penas - fazendo com que o animal fique depenado;
diagnóstico diferencial - leucose aviária (retrovírus, ataca linfócitos T) e bursite infecciosa das aves (ataca o
sistema imune, mas os linfócitos B);
AVES - LARINGOTRAQUEITE INFECCIOSA DAS AVES (HERPES AVIÁRIO 2)
multiplicação no epitélio da laringe + traqueia;
infecções subclínicas e assintomáticas a doenças respiratórias severas;
cepas de baixa virulência podem mutar para alta virulência;
vacinas atenuadas - corre o risco de se transformarem em cepas virulentas;
vacinas recombinantes - pega outro vírus que não tem nada a ver com herpesvírus e insere uma sequência de
herpesvírus nele, assim, ele irá expressar proteínas de herpes e o corpo passa a reconhecer o herpes;

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