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ABNT Faculdade Linguística

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Milaine Dias da Silva 
 
 
 
 
Avaliação dissertativa 
 
Analise os signos apresentados à luz da teoria proposta por Saussure (relação significante e significado). 
“A traição das imagens” de René Magritte (1928). 
 
 
 
 
 
 
 
Tatuí/SP
2021
 
 
Milaine Dias da Silva
Trabalho apresentado a disciplina de
Avaliação Dissertativa de Linguística, sob a
 orientação
 da Faculdade.
Tatuí/SP
2021
O presente artigo tem como principal objetivo apresentar um painel de resultados obtidos a partir de estudos feitos sobre o signo e suas diversas significações linguísticas, com base nas teorias de Saussure, Hjelmslev, Barthes, Borba, Peirce, Guiraud, Greimas, Bakhtin e Vigotsky, a fim de que seja possível verificar a importância que têm o signo e suas emanações no estudo e na compreensão da linguagem como elemento implementador das aspirações linguísticas e sócio-psico-ideológicas do homem.
1. Reflexão sobre os fundamentos semânticos e semióticos Tendo em vista o estudo das diversas teorias do signo e suas significações, faz-se necessária uma reflexão prévia sobre os fundamentos da Semântica e da Semiótica; bem como as relações que cada uma delas tem com o tema em questão, o signo linguístico. 1.1. O método semiótico tem por conceito fundamental o estudo do signo que, conforme Saussure (2001) apresenta um primeiro elemento chamado significante, caracterizado não por sua natureza material, mas como a imagem acústica, a impressão 1[1]. O autor é Licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité – Campus VI da Universidade do Estado da Bahia; é especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior e em Língua Portuguesa pela União das Escolas Superiores de Cacoal. Atualmente é professor de Língua Portuguesa e Coordenador do Curso de Letras da UNESC – Cacoal – RO. É organizador e Coordenador do Infoletras e da Revista Literarius (publicações do Departamento de Letras da UNESC), além de pesquisador, escritor e poeta. psíquica do som, que pode desencadear um outro fenômeno psico-semiológico, o significado, o segundo elemento constituinte do signo. Saussure (2001), em seu Cours de Linguistique Générale, diz que a língua é o mais importante dos sistemas de signos. Ele a considera o mais complexo e o mais utilizado dentre os chamados sistemas de expressões sígnicas, mesmo sendo a língua, para ele, apenas uma parte do universo semiológico. Ainda para Saussure, existe uma ciência geral dos signos, da qual a Linguística poderia ser tão somente uma subdivisão, questão que será por nós elucidada com o apoio de Roland Barthes. Para Charles Sanders Peirce (2000), a semiótica é constituída em três níveis: o sintático, o semântico e o pragmático. O primeiro revela a relação que o signo tem com o seu interpretante, o segundo diz respeito à relação existente entre o signo e o seu referente (objeto) e o último se importa com a relação do signo com ele mesmo e com outros signos. É perfeitamente perceptível que a sociedade atual se organiza em torno de um grande e poderoso universo de signos, diga-se de passagem bastante, complexo. De igual modo, é também perceptível o estado absoluto em que se portam a linguagem humana e seus signos de valor incondicional. Conforme Barthes (1991), nenhum outro sistema com a mesma complexidade e grandeza foi observado em nosso espaço e tempo. Dada a complexidade da linguagem humana, seus signos e respectivas significações, Roland Barthes, além de definir a semiótica como sendo a ciência que se ocupa do estudo de qualquer sistema de signo, considerando suas substâncias e/ou limites, também refuta Saussure, quando diz que: “A Linguística não é uma parte, mesmo privilegiada, da ciência dos signos: a Semiologia é que é uma parte da Linguística; mais precisamente, a parte que se encarregaria das grandes unidades significantes do discurso” (BARTHES, 1991, p. 13). Embora acreditando que possa ser muito maior o universo do método semiológico, tomaremos como suporte os elementos de Roland Barthes, como sendo bastantes, a priori, para subtraírem da Linguística cada uma das substâncias básicas e necessárias “para permitir a preparação da pesquisa semiológica” (BARTHES, 1991, p. 13). Os Elementos de Semiologia foram agrupados por Barthes da seguinte maneira: I. Língua e Fala; II. Significante e Significado; III. Sintagma e Sistema e IV. Denotação e Conotação. Assim sendo, torna-se possível perceber que o referido método de análise semiótica é binário e trabalha com a ideia dicotômica dos elementos que, aparentemente distintos, completam-se para formar o todo discursivo, dada a natureza dialética existente entre eles. 1.2. Para definir o método semântico, necessário se faz antes definir semântica. Segundo Pierre Guiraud (1980, p. 7), “semântica é o estudo do sentido das palavras”. Guiraud (1980) apresenta três ordens principais de problemas que a semântica tem que resolver em relação às análises dos diversos significados: primeiramente, um problema psicológico – nesse caso ela deve solucionar questões e dar respostas a perguntas que elucidam o signo e as relações intrínsecas do espírito dos interlocutores de um discurso quando se comunicam; o segundo problema refere-se à lógica. Aqui, a semântica precisa apresentar argumentos que dizem respeito à relação entre o signo e o meio no qual ele é empregado. Deve descrever a situação propícia para um signo ser aplicado e o que ele deve significar necessariamente quando relacionado com um objeto no tempo e no espaço. Por último, a semântica deve solucionar os problemas linguísticos concernentes à significação, e estes são muitos, haja vista a complexidade dos sistemas sígnicos, suas funções e formas. A Semântica, conforme Guiraud, tem sido instrumento de três ciências distintas: da psicologia, da lógica e da linguística. O que neste trabalho nos interessa é o fato dela constituir valioso instrumento para os estudos e análises dos sentidos e das significações no âmbito da linguagem humana. Assim sendo, “nossa ciência, assim definida, recobra um campo tão vasto que, mesmo confinado aos estritos limites da língua, ultrapassa as fronteiras da lógica, da psicologia, da teoria do conhecimento, da sociologia, da história etc.” (GUIRAUD, 1980, p. 12). 2. O Signo Um signo é uma coisa que, além da espécie ingerida pelos sentidos, faz vir ao pensamento, por si mesma, qualquer outra coisa. Santo Agostinho É possível dizer que qualquer objeto, som, palavra capaz de representar uma outra coisa constitui signo. Na vida moderna, todos nós dependemos do signo para vivermos e interagirmos com o meio no qual estamos inseridos. Para o homem comum, a noção de signo e suas relações não são importantes do ponto de vista teórico, mas ele os entende de maneira prática e precisa. A utilidade do signo vai além do que imaginamos: ao dirigirmos, por exemplo, precisamos constantemente ler e analisar discursos transmitidos pelas placas de trânsito, pelas luzes do semáforo, pelas reações do veículo ao meio ambiente etc. O homem intelectualizado não vive sem o signo, precisa dele para entender o mundo, a si mesmo e às pessoas com as quais mantém relações humanas. As noções de signo são muito mais amplas e discutíveis do que podemos imaginar; todavia, no presente trabalho nos limitaremos à análise de algumas considerações referentes ao signo linguístico que, doravante, constituirá o nosso principal objeto de estudo. 2.1. O signo dicotômico de Saussure Para Saussure (2001, p. 80-1), “o signo linguístico é, pois, uma entidade psíquica de duas faces”, é ainda “a combinação do conceito e da imagem acústica”. Para entender melhor analisemos o gráfico abaixo: Fig. 01 Embora as palavras conceito e imagem possam designar oposição, Saussure resolveu substituí-las por significado e significante, acreditando que tais palavras pudessem expressar com maior clareza a ideia de oposição entre os principais elementos do signo: conceito e imagem. Para facilitar a compreensão, apresentaremos mais um gráficoabaixo: Fig. 02 O significante é a apresentação física do signo, de forma sonora e/ou imagética. Se considerarmos o exemplo dado no gráfico acima, diremos que a imagem acústica da palavra “sapo” é o significante para todos os fins. O significado é o conceito que permite a formação da imagem na mente de um indivíduo quando ele entra em contato com o significante; portanto, a representação do sapo na figura 02 é o que podemos chamar de significado. Com isto é possível dizer que o signo é o resultado de um conjunto de relações mentais. Há em cada signo uma ideia ou várias ideias, de acordo com o contexto, com a leitura ou com o leitor e seu estado emocional. O signo, para Saussure, é um elemento binomial, a sua natureza é dicotômica. O significado e o significante traduzem as pontas da bifurcação do signo, agem dialeticamente, embora sua relação de reciprocidade seja considerada pelo próprio Saussure como arbitrária. Não é possível admitir a existência do significante sem o significado e vice-versa, assim como não é possível estabelecer ou definir um elemento de relação objetiva entre o conceito e sua imagem acústica. Para explicitar melhor o nosso raciocínio, tomaremos como elemento de inteligibilidade o exemplo que se segue: o animal classificado como batráquio da ordem dos anuros que, como a maioria dos anfíbios, desenvolve-se na água, apresentando, quase sempre, na fase adulta, hábitos terrestres, só procurando a água na época da reprodução, poderia ter outro conceito diferente daquele atribuído a si: sapo. Qual é a relação entre a imagem acústica e o conceito? São questionamentos como esses que realçam e justificam a ideia de arbitrariedade do signo linguístico. Esta questão da arbitrariedade, por sua complexidade e excelência, merece ser tratada num trabalho posterior a este que se predestina, tão somente, a estabelecer as diversas visões sobre o signo linguístico e suas significações. 2.2. O signo e suas significações em Hjelmslev Embora a teoria do signo vista pela óptica de Saussure parecesse suficiente para a análise dos elementos sígnicos do discurso, ao longo dos tempos percebeu-se que o significante e o significado sem a significação que o contexto lhes atribui não poderiam, por eles mesmos, responsabilizar-se por uma análise absolutamente perfeita. Por isso é que a seguir apresentaremos a teoria das significações, vista em seu teorizador. Para Hjelmslev (1975, p. 49), o signo que representa algo, tradicionalmente considerado, “é de definição realista e imprecisa”, haja vista que a natureza das significações pode alcançar profundidades interpretativas e analíticas muito mais extensas e extraordinárias que aquela apresentada pela linguística tradicional. Para Hjelmslev, o signo que se define por uma função é um signo que se opõe a um não-signo, ou seja, é um signo que funciona, que designa e que significa, é, acima de tudo, “um signo portador de uma significação” (HJELMSLEV, 1975, p. 49). O signo não pode ser considerado um elemento de natureza vazia, ou seja, um signo frívolo, sem significação. Os signos, quando analisados fora de um contexto, são apenas signos que nada ou quase nada significam, tendo em vista que sua máxima realização dá-se pela relação que mantêm com outros signos dentro de um dado contexto. Uma palavra pode ser considerada o contexto de um signo menor que ela, mas que, por sua natureza significativa e pela organização e relação que estabelece com outros signos menores, pode significar tanto quanto, ou muito mais que uma palavra quando empregada como elemento menor de um contexto maior que a sua natureza. Veja o que diz Hjelmslev: As palavras não são os signos últimos, irredutíveis, da linguagem, tal como podia deixá-lo supor o imenso interesse que a linguística tradicional dedica à palavra. As palavras deixam-se analisar em partes que são igualmente portadoras de significações: radicais sufixos de derivação e desinências flexionais. (HJELMSLEV, 1975, p. 49) Com base no exposto, podemos fazer a seguinte análise: a forma verbal “estudássemos” é um signo menor em relação ao contexto a que pode pertencer, ou seja, quando empregada na frase, a exemplo: “Se estudássemos mais, passaríamos nos exames”. A frase, nesse caso, é um signo maior em relação à palavra “estudássemos”, que pode ser entendida como o contexto de signos menores contidos nela. Veja: em (estud-á-sse-mos), da esquerda para a direita, podemos classificar os elementos significativos da palavra e apresentar a significação contida em cada um deles. O primeiro elemento significativo classifica-se como radical e contém a significação lexical do ato de aplicar a inteligência; o segundo é a vogal temática e tem como função indicar a que conjugação pertence o verbo; a terceira é a desinência verbal modo-temporal e tem como função a indicação do tempo pretérito e do modo subjuntivo, expressando, portanto, uma ação hipotética que poderia ocorrer no passado; finalmente, o quarta elemento significativo é também uma desinência verbal, cuja função é expressar o número e a pessoa do discurso.
 
“A traição das imagens” de René Magritte (1928).
René Magritte parece contradizer a realidade nomeando absurdamente uma coisa que não precisa ser nomeada, ao mesmo tempo negando que ela seja o que obviamente é. Escrevendo “Isto não é um cachimbo” embaixo da figura de um cachimbo, ele mostra que a imagem de um objeto não deve ser confundida com algo tangível e real.
Uma das mais famosas imagens de Magritte, este quadro questiona os conceitos de definição e representação. Nem tudo é o que parece ser, Magritte está dizendo: o quadro apresenta, assim , um desafio à ordem social e um ataque à maneira de ver e de pensar geralmente aceita.
Inicialmente inspiradas por Giorgio de Chirico, as pinturas surrealistas de Magritte com frequência utilizam imagens fantásticas, perturbadoras e oníricas, como um trem a vapor emergindo do centro de uma lareira, ou um céu em que as nuvens se transformam em pães franceses.
Nascido na Bélgica, Magritte começou sua carreira como artista comercial, e isso talvez reflita na nitidez e clareza de sua obra.
FONTES DA PESQUISA:
 https://rickardo.com.br/textos/_AsTeoriasSigno_SignificacoesLinguistica.pdf
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/a-traicao-das-imagens-rene-magritte/
Créditos
 Milaine Dias da Silva
“Obrigada,
 DEUS é fiel para sempre!!!!!”

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