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BRASIL COLÔNIA - EXERCÍCIOS

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BRASIL COLÔNIA 
O Brasil foi o local que mais recebeu africanos escravizados ao longo de mais de três séculos 
de escravismo. Em relação aos cativos trazidos ao Brasil, é correto afirmar que: 
a) trabalhavam exclusivamente nas lavouras de cana e nos engenhos, e outras atividades 
produtivas eram supridas por trabalhadores livres ou indígenas escravizados. 
b) no momento em que os africanos foram trazidos escravizados para o Brasil, essa se 
tornou a única mão de obra empregada nas relações produtivas coloniais. 
c) desempenhavam diferentes atividades produtivas na colônia, de acordo com a região 
e ao longo do tempo, mas foram a principal mão de obra do cultivo da cana-de-açúcar. 
d) a escravidão mudou ao longo do tempo e de acordo com as diferentes regiões da 
colônia, mas os africanos escravizados sempre trabalharam na produção agrícola. 
e) trabalhavam exclusivamente nas casas dos senhores e nas cidades, e outras atividades 
produtivas eram supridas por trabalhadores livres ou indígenas escravizados 
 
A escravidão africana e o tráfico de africanos escravizados estavam inseridos no comércio 
atlântico, em uma triangulação continental, envolvendo África, América e Europa. Da mesma 
forma, havia dinâmicas específicas ocorridas no continente africano em relação à escravidão. 
Sobre isso, no verbete “escravidão” do Dicionário do Brasil Colonial (VAINFAS, 2000, p. 206), 
tem-se o seguinte trecho: 
“As novas pesquisas ampliaram as percepções sobre a complexidade da dinâmica interna da 
colônia no tocante ao fator trabalho, mas [...] pouco esclareceram sobre as condições que, 
no interior da África, permitiram o fornecimento de escravos durante longo tempo a custos 
relativamente baixos.” 
Em relação às condições internas que permitiram a escravidão e o tráfico transatlântico, são 
feitas as seguintes afirmações: 
I – Os impérios e reinos africanos tiveram papel-chave na captura e revenda de escravizados, 
transformando a escravidão anteriormente praticada no continente. 
II – A prática da escravidão no continente africano foi uma herança dos povos islâmicos, que 
passaram a ocupar o continente com a expansão de diferentes nações árabes. 
III – A “escravidão doméstica”, anteriormente praticada no continente africano, foi 
transformada qualitativa e quantitativamente a partir do contato com os europeus. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) I e III. 
b) III. 
c) II 
d) II e III. 
e) I. 
 
Ao longo de três séculos, a administração da América portuguesa foi realizada por meio de 
diferentes cargos e instituições. No Dicionário do Brasil Colonial, o verbete “Administração” 
traz o seguinte texto: 
 
“Outro aspecto enfatizado é a indiferenciação, típica do Antigo Regime, entre as atribuições 
executivas, legislativas e judiciárias. Enfatizou-se que os diversos órgãos da Coroa 
desempenhavam funções de natureza mista, a exemplo do Tribunal da Relação, órgão 
judiciário, porém encarregado de um sem-número de funções legislativas e executivas. Além 
disso, tem sido ressaltada a importância estratégica da sobreposição de atribuições e 
competências entre os vários órgãos e agentes administrativos como algo intrínseco ao 
funcionamento da administração colonial”. 
a) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos gerou, 
em muitos casos, conflitos e dificuldades administrativas para os colonos. 
b) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos não 
afetou os colonos, pois havia autoridades executivas, legislativas e judiciárias 
c) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos foi 
resolvida pela Coroa portuguesa com a criação do Governo Geral. 
d) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos foi 
responsável pelo fim do sistema das capitanias hereditárias. 
e) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos não 
afetou os colonos, pois seus interesses estavam assegurados nos órgãos coloniais. 
 
A partir da expansão marítima ibérica, foram assinados diferentes tratados, com a mediação 
do papa, para se definirem os espaços e territórios pertencentes a cada uma das coroas. 
Primeiramente, foi assinada a Bula Intercoetera e, após a “descoberta" da América, o 
Tratado de Tordesilhas. Sobre esse último tratado, assinale a alternativa correta: 
a) Sabe-se que o interesse de Portugal era preservar as rotas comerciais do Atlântico Sul, 
mas a historiografia ainda aponta dúvidas quanto às possíveis reivindicações de 
Portugal incluir o território que, posteriormente, seria o Brasil. 
b) O Tratado de Tordesilhas permitiu uma união dos interesses das coroas ibéricas, que, 
juntas, passaram a fomentar a realização das grandes navegações e das atividades 
marítimo-comerciais, dividindo igualitariamente os lucros das operações comerciais. 
c) A assinatura do Tratado de Tordesilhas significou para Portugal a preservação de seu 
domínio no Atlântico Sul e a posse do território da América Portuguesa, o que pode 
ser explicado pelo aumento, em léguas, da linha imaginária que estabelecia as posses 
de ambas as coroas. 
d) A mediação realizada pela Igreja Católica se deveu ao fato de que havia diferentes 
interesses religiosos na divisão das conquistas das coroas ibéricas: Portugal era um 
país predominantemente de religião árabe e judaica, enquanto a Coroa de Castela era 
católica. 
e) O Tratado de Tordesilhas estipulava que as grandes navegações e as atividades 
marítimo-comerciais ocorreriam sem a intervenção do Estado, de acordo com as 
principais doutrinas econômicas do período, como o liberalismo. 
 
A Revolução de Avis, que se inicia como uma crise sucessória do trono de Portugal, 
representa um marco no expansionismo marítimo-comercial português. Assinale a 
alternativa que apresenta uma correta avaliação das consequências econômicas do processo 
revolucionário: 
a) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há uma aproximação entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, possibilitando a 
execução das grandes navegações. 
b) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há um distanciamento entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, pois o Estado 
estava preocupado em financiar as atividades agrícolas. 
c) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há um distanciamento entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, dificultando a 
execução das grandes navegações. 
d) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, não há alterações na relação do Estado 
português com a burguesia comercial-mercantil em relação às navegações, já que o 
financiamento era proveniente da Igreja Católica. 
e) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há uma aproximação entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, possibilitando a 
adoção de políticas liberais para a economia. 
 
A questão militar teve forte influência na queda da monarquia e no início da República no 
Brasil, a partir de uma série de conflitos promovidos entre 1883 e 1887. 
Qual ideologia influenciou a ação dos militares no fim do século XIX? 
a) Positivismo. 
b) Absolutismo. 
c) Libertarianismo. 
d) Liberalismo 
e) Funcionalismo. 
 
O início do século XVI representou o princípio da escravidão no Brasil. No ano de 1535, 
chegou a Salvador (BA) o primeiro navio negreiro. 
Esse período só terminou 353 anos depois, em 13 de maio de 1888, com a promulgação da 
Lei Áurea. O processo de abolição do trabalho escravo aconteceu de maneira lenta, sendo 
marcado por diversas leis que promoveram a abolição de maneira gradual no país. 
Sobre essas legislações, assinale a alternativa correta. 
a) Lei dos Sexagenários. 
b) Lei de Terras. 
c) Lei do Conselho de Estado. 
d) Lei Saraiva. 
e) Lei Moret. 
 
Um dos primeiros atos de D. João ao chegar no Brasil foi abrir osportos brasileiros às nações 
amigas e, dois anos depois, assinar um tratado com a Inglaterra que baixava as taxas dos 
produtos ingleses que chegassem na colônia. Para os brasileiros, essas medidas significaram 
o fim do Pacto Colonial e abriram os mercados do Brasil à vinda de produtos ingleses. Qual 
foi o resultado dessa medida adotada por D. João, em 1808, que foi um dos motivos para a 
eclosão da Revolução Liberal do Porto, em 1820? 
a) A medida foi favorável à economia portuguesa, pois os comerciantes portugueses 
puderam negociar melhores taxas de importação e exportação com as nações amigas. 
b) A medida não causou grandes impactos na economia portuguesa, pois os produtos 
portugueses continuaram sendo mais baratos que os produtos vindos de outros 
países. 
c) A abertura dos portos deu muitos prejuízos aos comerciantes portugueses, pois com o 
fim do Pacto Colonial, não havia mais a relação de exclusividade entre a colônia e a 
metrópole. 
d) Com o fim do Pacto Colonial, Portugal pôde receber na colônia muitos produtos 
ingleses, que incentivavam a crescente indústria brasileira, aquecendo a economia 
portuguesa. 
e) A economia portuguesa sofreu um impacto negativo com a abertura dos portos, uma 
vez que Portugal só poderia enviar mercadorias para o Brasil pelo porto do Rio de 
Janeiro. 
 
No período colonial, a relação entre os colonos e os jesuítas, durante o período em que 
estiveram na América portuguesa, foi conflitiva. A seguir, são citados alguns motivos para 
esses conflitos: 
I – Os jesuítas se opunham à escravização dos indígenas, protegendo-os em aldeamentos. 
II – A coroa portuguesa apoiava integralmente os colonos na escravização indígena. 
III – Os confrontos entre colonos e jesuítas se davam pelas diferenças religiosas dos dois 
grupos. 
Qual(is) está(ão) correto(s)? 
a) I e III. 
b) Apenas I. 
c) II e III. 
d) Apenas II. 
e) Apenas III. 
 
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino são representantes de uma corrente 
historiográfica que vem procurando romper com alguns esquematismos da historiografia 
sobre a América portuguesa, que entende a história colonial por um viés economicista, e 
propiciar novas interpretações sobre a economia e a sociedade coloniais brasileiras. Uma de 
suas contribuições foi inserir a ideia do sistema de mercês ou economia do dom para 
entender a relação entre a colônia e metrópole. Leia o trecho abaixo, retirado da obra 
“Arcaísmo como projeto”: 
 
"O sistema de mercês [ou economia do dom] [...] a Coroa continuamente criava e recriava 
uma hierarquia social fortemente desigual, baseada em privilégios. Uma consequência 
dessas práticas foi a formação de uma aristocracia constituída não tanto por grandes 
proprietários, como na Inglaterra e França, mas principalmente por beneficiários dos favores 
reais.” 
De acordo com o trecho acima, e com seus conhecimentos sobre a economia e a sociedade 
coloniais, é possível afirmar que a relação entre a colônia e a metrópole, no sistema de 
mercês, se dava: 
a) através de uma ampliação dos sujeitos que poderiam se beneficiar do sistema de 
mercês, incluindo africanos escravizados, judeus e indígenas. 
b) através da doação de terras na colônia e privilégios aos que desempenhassem funções 
e tarefas para a coroa portuguesa. 
c) através da venda, por parte dos colonos, dos produtos manufaturados da metrópole 
nas municipalidades coloniais. 
d) através do rechaço aos títulos de nobreza e da conquista de cargos públicos por 
eleições diretas, sem a interferência da metrópole 
e) através de uma racionalização na distribuição de recursos econômicos com a 
instauração de uma burocracia administrativa. 
 
A influência do Iluminismo e da independência dos Estados Unidos no processo de 
deflagração da Inconfidência Mineira se verifica por meio das seguintes pautas levantadas 
pelos inconfidentes: 
I) Proposta de eliminação da monarquia absolutista, que seria substituída por uma república, 
nos moldes adotado pelas Treze Colônias. 
II) Criação de uma universidade em Vila Rica. 
III) Abolição da escravidão, tal como aconteceu nos Estados Unidos após a independência. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
a) I e III. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I. 
e) III. 
 
As irmandades foram importantes instituições, com múltiplas funções, atingindo seu ápice 
no século XVIII e primeiras décadas do século XIX, disseminando-se por todo o território 
colonial. 
A seguir, leia o texto escrito pelo historiador Fabio Kuhn: 
“Se as irmandades do Santíssimo impediam o acesso dos ‘homens de cor’ aos seus quadros, 
diversa era a situação quando tratamos das irmandades dedicadas à Nossa Senhora do 
Rosário. Nessas confrarias, brancos, pardos e negros conviviam lado a lado, tornando-se 
irmãos na devoção a este orago de grande popularidade.” 
A partir do fragmento de texto e do conhecimento sobre as irmandades no período colonial, 
são feitas as seguintes afirmações: 
I. Existiam irmandades de todas as religiões, católica, judaica e protestante, o que é uma 
evidência da diversidade e da tolerância religiosas do período colonial. 
II. Além do caráter religioso, as irmandades tinham funções assistencialistas entre seus 
membros e eram espaços de sociabilidade de estratos sociais. 
III. As irmandades dos “homens de cor” tinham especial atenção da administração colonial, 
pela possibilidade de rebelião e resistência de escravizados. 
Quais estão corretas? 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) II e III. 
e) I e III. 
 
As práticas religiosas no Brasil têm suas especificidades, que podem ser explicadas pelas 
características de sua formação social desde o período colonial. 
A seguir, leia o texto escrito pela historiadora Mary del Priore: 
“Quem toma a estrada BR 166 no trecho que liga o Rio de Janeiro à Bahia encontra, na altura 
do quilômetro 90, a Santinha da Serra: escondida no meio da exuberante Mata Atlântica que 
cobre a Serra dos Órgãos, perto de uma cascata, uma ermida singela abriga uma imagem de 
Nossa Senhora com estrela na testa e véu azul. Maria ou Iansã? As duas... A seus pés, velas 
coloridas e círios brancos, gamelas de barro com despachos, ex-votos de madeira narrando 
episódios milagrosos ocorridos na estrada. Nas mãos, flores de plástico, amuletos e terços.” 
A partir do texto apresentado e sobre as práticas religiosas no Brasil durante o período 
colonial, é correto afirmar que estas se caracterizam: 
a) pela total dominância da religião católica, por meio da repressão promovida pela 
Inquisição 
b) pela aculturação dos povos africanos frente à predominância da religião católica. 
c) pelo mimetismo das práticas religiosas europeias e africanas, que não sofreram 
transformações na colônia. 
d) pela submissão da Igreja Católica aos rituais africanos, já que a maior parte da 
população era negra. 
e) pelo sincretismo entre a religião católica e as religiosidades africanas, além das 
contribuições indígenas. 
 
O príncipe regente de Portugal, D. João, chegou a Salvador, na antiga sede da colônia 
portuguesa, no dia 22 de janeiro de 1808. Na semana seguinte à sua chegada, no dia 28, D. 
João assinou um decreto que abria os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas. 
 
Sobre a abertura dos portos, é correto afirmar: 
a) Ampliou e diversificou a produção de produtos manufaturados no Brasil. 
b) Representou o fim do exclusivo comercial português com Portugal. 
c) Permitiu ao Brasil estreitar as relações comerciais com a França. 
d) Reforçou os laços coloniais com a metrópole, Portugal. 
e) Garantiu o abastecimento do mercado brasileiro por produtos espanhóis. 
 
O poeta Claudio Manoel da Costa (1729-1789) escreveu, entre os anos de 1769 e 1773, o 
poema Vila Rica, como era chamada à época a atual cidade de Ouro Preto. Leia os versos a 
seguir, retirados desse poema: 
“Vê os Pires, Camargos e Pedrosos, 
Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos, 
Lemos, Toledos, Pais, Guerras, Furtados, 
eoutros que, heróis assinalados 
se fizeram no arrojo das conquistas. 
Ó sempre grandes e imortais paulistas!” 
Sobre o poema e o contexto histórico ao qual faz referência, são feitas as seguintes 
afirmações: 
I – Os sobrenomes elencados no poema fazem referência aos indígenas, que resistiram 
heroicamente às investidas dos bandeirantes em seus territórios. 
II – “Fazer-se no arrojo das conquistas" diz respeito aos benefícios econômicos e simbólicos 
que certos homens obtiveram ao se dedicarem à realização das bandeiras. 
III – “Ó sempre grandes e imortais paulistas!” é um verso de ufanismo em relação aos 
“paulistas”, nomenclatura também utilizada para se referir aos bandeirantes. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) II 
b) II 
c) I 
d) II e III. 
e) I e II 
 
O jesuíta italiano André João Antonil, em sua obra Cultura e opulência do Brasil, escrita em 
1711, assim descreveu, no aspecto social, a descoberta de ouro na região das Minas: 
“Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às 
minas. Das cidades, vilas e recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e 
muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: 
homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e 
religiosos de diversos institutos [...]”. 
Com a mineração, houve significativas mudanças na estrutura econômica e social da América 
portuguesa no século XVIII. Assinale a alternativa que evidencia, respectivamente, uma 
transformação no aspecto econômico e social: 
a) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o Sudeste 
minerador e a estruturação da sociedade por estamentos. 
b) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o Sudeste 
minerador e uma complexificação da estrutura e hierarquia sociais. 
c) O deslocamento do eixo comercial exportador do Sudeste minerador para o Nordeste 
açucareiro e uma complexificação da estrutura e hierarquia sociais. 
d) O deslocamento do eixo comercial exportador do Sudeste minerador para o Nordeste 
açucareiro e a abolição da escravidão de africanos e afro-brasileiros. 
e) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o Sudeste 
minerador e a abolição da escravidão de africanos e afro-brasileiros. 
 
A economia portuguesa passava por uma crise financeira no final do século XVII quando o 
ouro foi descoberto na região de Minas Gerais, trazendo certo alívio para os cofres de 
Portugal. 
Sobre os motivos que provocaram a crise econômica portuguesa, no final do século XVII e 
início do século XVIII, é correto afirmar que: 
a) a crise enfrentada por Portugal se agravou após o acordo firmado entre os reis de 
Portugal e da Inglaterra, que abria os portos brasileiros aos produtos vindos das 
nações amigas de Portugal, com destaque, nesse caso, para os produtos ingleses. Tal 
medida afetou duramente a economia portuguesa. 
b) a queda no preço internacional do açúcar, que passou a sofrer com a concorrência do 
açúcar produzido pelos holandeses nas Antilhas. Além disso, Portugal tivera muitos 
gastos nas décadas anteriores para se libertar do domínio espanhol e também para 
expulsar os holandeses do Nordeste. 
c) muitas revoltas coloniais acontecerem no século XVII, em várias regiões da colônia. 
Com pretensões difusas, a maioria das revoltas questionava a dominação portuguesa e 
defendia a emancipação da colônia. Os custos para combater essa revoltas foram 
altíssimos. 
d) houve, na passagem do século XVII para o século XVIII, um declínio no tráfico de 
escravos, o que garantia lucros para Portugal. Isso aconteceu devido à substituição da 
mão de obra escrava pela do imigrante, por pressões da Inglaterra, que passa a 
pressionar Portugal a abolir a escravidão. 
e) a permissão para a instalação de manufaturas na colônia desestabilizou a economia 
portuguesa, pois os colonos se tornaram praticamente autossuficientes, não 
necessitando mais dos produtos manufaturados vindos de Portugal. 
 
As práticas bandeirantistas, durante muito tempo, foram narradas de forma épica e heroica 
para a criação de uma identidade coletiva, baseada nos valores da coragem e do 
voluntarismo. Contudo, os relatos da época e os trabalhos historiográficos mais recentes 
têm desmistificado essa imagem das bandeiras e dos bandeirantes. Assinale V para as 
afirmações verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Uma das funções das bandeiras era o apresamento de indígenas e sua comercialização 
como escravizados, evidenciando que essas missões não eram apenas exploratórias do 
território. 
( ) As bandeiras foram grupos originalmente constituídos para a destruição dos quilombos e 
a captura dos africanos e afro-brasileiros fugidos; posteriormente, devido ao seu sucesso, 
tornaram-se tropas de aprisionamento indígena. 
( ) Os bandeirantes eram jesuítas que, em suas marchas pelo sertão da colônia, buscavam 
indígenas para serem aldeados e, dessa forma, convertidos à religião católica, aumentando o 
número de fiéis na conjuntura da Reforma Religiosa. 
( ) As práticas bandeirantistas foram responsáveis pela ampliação do território da América 
portuguesa, e, na expansão territorial, houve uma série de conflitos com a Coroa espanhola 
em relação à posse da terra e à soberania. 
A ordem correta é: 
a) V F F V 
b) F V F V 
c) V V F V 
d) V V F F 
 
A descoberta de metais preciosos na América portuguesa no século XVIII ocorreu em um 
momento em que Portugal atravessava uma grave crise econômica. Para controlar a 
exploração de ouro na colônia e evitar a sonegação de impostos e o contrabando, uma série 
de medidas foi tomada pela Coroa. Sobre esse tema, assinale V para as afirmações 
verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A Igreja Católica foi a principal instituição a coibir a sonegação e o contrabando, já que o 
lucro e a usura eram considerados pecados, e a maioria da população era católica. 
( ) A Coroa criou diferentes impostos e obrigou os mineradores a utilizarem suas casas de 
fundição para, dessa forma, evitar que burlassem o fisco. 
( ) A concessão do monopólio de exploração do ouro para os paulistas gerou revolta nos 
grupos que recém haviam chegado à região das Minas, conhecida como Guerra dos 
Emboabas. 
( ) A extração do ouro e as práticas econômicas correlatas, como a agricultura de 
subsistência e o tráfico de africanos escravizados, extinguiram a produção açucareira no 
Nordeste. 
A ordem correta é: 
a) V, F, F, V. 
b) F, V, V, F. 
c) F, V, F, F 
d) F, F, V, V. 
e) V, V, F, V. 
 
Durante a Idade Moderna, os reinos europeus tinham práticas econômicas específicas, 
diretamente relacionadas ao colonialismo. Leia o trecho a seguir, retirado da carta de Pero 
Vaz de Caminha, escrita após a descoberta do território americano pelos portugueses: 
“Senhor [El-Rei D. Manuel], [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, saímos em 
terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar no rio acima [...] Até agora não podemos 
saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal [....] Contudo a terra em si é de 
muitos bons ares, frescos e temperados como dos de Entre-Douro e Minho.” 
Assinale a alternativa correta: 
a) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em metais preciosos, o que não 
está em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, mas com a 
concepção metalista de riqueza. 
b) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em terras, o que não está em 
conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, mas com a concepção 
fisiocrata de riqueza. 
c) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em terras, o que está em 
conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, além da concepção fisiocrata 
de riqueza. 
d) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em escravos, o que não está em 
conformidade com as práticas coloniaise mercantilistas, mas com a concepção 
capitalista de riqueza. 
e) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em metais preciosos, o que está 
em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, além da concepção 
metalista de riqueza. 
 
O colonialismo se insere no quadro mais amplo das transformações ocorridas na 
Europa Ocidental durante o período que foi chamado de Idade Moderna. Compreender 
as relações estabelecidas entre os Estados Modernos europeus e suas colônias é 
fundamental para entender a modernidade. Assinale a alternativa que apresenta as 
mudanças ocorridas na Europa durante a Época Moderna: 
a) Descentralização do poder político, práticas econômicas feudais, mentalidade 
individualista e racionalista. 
b) Descentralização do poder político, práticas econômicas mercantilistas, mentalidade 
individualista e racionalista. 
c) Centralização do poder político, práticas econômicas feudais, mentalidade 
individualista e racionalista. 
d) Centralização do poder político, práticas econômicas mercantilistas, mentalidade 
individualista e racionalista. 
e) Centralização do poder político, práticas econômicas mercantilistas, mentalidade 
coletivista e sagrada. 
 
O semiólogo argentino Walter Mignolo é um dos principais representantes do 
pensamento decolonial latino-americano e membro fundador do Grupo 
Modernidade/Colonialidade, responsável por ressignificar as análises sobre o período 
colonial da América e a Modernidade europeia. Em uma de suas principais obras, 
Mignolo afirma: 
“O que de fato me interessa é a emergência do circuito comercial do Atlântico, no 
século XVI, que considero fundamental na história do capitalismo e da 
modernidade/colonialidade. Tampouco me interessa discutir se houve ou não 
comércio antes da emergência do circuito comercial do Atlântico, antes do século 
XVI, e sim o impacto que esse momento teve na formação do mundo moderno/colonial 
no qual se está vivendo e de cujas transformações planetárias somos testemunhas”. 
Sobre o texto de Mignolo, são feitas as seguintes afirmações: 
I – O excerto corrobora a tese de que o colonialismo foi indispensável para o 
desenvolvimento dos Estados Modernos e da ideia de modernidade europeia. 
II – O trecho revela que a economia desenvolvida no Atlântico não significou 
alterações significativas nas monarquias europeias, apenas nos novos territórios 
descobertos. 
III – A expansão marítima teria significado não somente incrementos econômicos, 
mas transformações nos âmbitos culturais e sociais da América e da Europa, em uma 
influência recíproca. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas I e III. 
e) Apenas II e III. 
A economia do Antigo Regime português está diretamente relacionada às práticas 
coloniais e mercantilistas desenvolvidas na relação metrópole-colônia entre Portugal 
e suas possessões na África, na América e na Ásia. Sobre a América Portuguesa, Caio 
Prado Júnior, em Formação do Brasil contemporâneo, assim se expressou sobre o 
“sentido da colonização” no Brasil: 
 “Se vamos à essência de nossa formação, veremos que na realidade nos 
constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros [...] e em seguida 
café, para o comércio europeu [...]. Foi com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para 
fora do País e sem atenção a considerações que não fossem do interesse daquele 
comércio, que se organizaram a sociedade e a economia brasileiras. Tudo se disporá 
naquele sentido: a estrutura, bem como as atividades do País”. 
Em relação à historiografia sobre a economia do Antigo Regime português e ao trecho 
citado, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as 
falsas. 
( ) Caio Prado Júnior seria representante de uma historiografia marxista ortodoxa, 
que estabelecia uma relação de dependência e subordinação da colônia perante 
a metrópole. 
( ) Como contraponto à tese de Caio Prado Júnior, uma historiografia mais 
contemporânea tem demonstrado que a economia da América Portuguesa tinha 
mercado interno, relativamente autônomo à lógica colonial. 
( ) Caio Prado Júnior apresenta as únicas funções que as colônias tinham para as 
metrópoles europeias: exportar matérias-primas e importar produtos manufaturados. 
( ) O autor despreza a extração de metais preciosos como parte da economia colonial 
porque a prata e o ouro não despertavam o interesse das metrópoles europeias. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V – V – F – F. 
b) V – F – V – F. 
c) V – F – F – V. 
d) F – V – F – V. 
e) F – V – V – F. 
O Império Português foi um dos mais extensos da Idade Moderna. Além de Portugal, 
as possessões imperiais ultramarinas incluíam colônias na África, na América e na 
Ásia, comercializando especiarias, produtos agrários e seres humanos. A 
colonização, em suas dimensões econômicas e sociais, somente foi possível a partir 
de um complexo sistema conhecido como “sistema de mercês”. Sobre esse sistema, 
são apresentadas as seguintes características: 
I – Concessão de benefícios pelo rei, como terras e títulos, em troca de benfeitorias 
ao Estado pelos indivíduos. 
II – Forma de ascensão social aberta aos camponeses e aos indivíduos empobrecidos. 
III – Contrato estabelecido entre o Estado e os súditos para garantir a liberdade 
econômica. 
 
IV – Correlata à descentralização do poder, já que muitos cargos administrativos eram 
concedidos via mercês. 
Quais apresentam características do “sistema de mercês”? 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Se o Império Português se diferencia em relação às práticas econômicas e políticas 
dos demais Estados Modernos europeus, em relação à sociedade portuguesa do 
Antigo Regime ele apresenta muitas semelhanças. Assinale a alternativa que 
apresenta a principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e 
as demais monarquias europeias ocidentais: 
a) A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais 
monarquias europeias ocidentais era a inexistência de hierarquia social, 
possibilitando a todos os indivíduos ascenderem socialmente por meio do sistema 
de mercês. 
b) A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais 
monarquias europeias ocidentais era a sociedade de classes, que refletia a divisão 
e a especialização das atividades produtivas e das relações de trabalho. 
c) A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais 
monarquias europeias ocidentais era a hierarquização dos estamentos, que refletia 
uma compreensão hierárquica do sagrado, da ordem natural e, portanto, da ordem 
social. 
d) A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais 
monarquias europeias ocidentais era a hierarquização dos estamentos, que refletia 
uma compreensão hierárquica do sagrado, da ordem natural e, portanto, da ordem 
social. 
e) A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais 
monarquias europeias ocidentais era a hierarquização dos gêneros, a partir da 
ênfase nas diferenças naturais e sociais entre homens e mulheres. 
 
A Revolução de Avis, que se inicia como uma crise sucessória do trono de Portugal, 
representa um marco no expansionismo marítimo-comercial português. Assinale a 
alternativa que apresenta uma correta avaliação das consequências econômicas do 
processo revolucionário: 
a) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há uma aproximação entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, 
possibilitando a execução das grandes navegações. 
b) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há um distanciamento entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, dificultando 
a execução das grandes navegações. 
c) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há uma aproximação entre os 
interesses do Estado português e os da burguesiacomercial-mercantil, 
possibilitando a adoção de políticas liberais para a economia. 
d) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há um distanciamento entre os 
interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, pois o 
Estado estava preocupado em financiar as atividades agrícolas. 
e) Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, não há alterações na relação do 
Estado português com a burguesia comercial-mercantil em relação às navegações, 
já que o financiamento era proveniente da Igreja Católica. 
 
 
Portugal foi o Estado europeu pioneiro na realização das grandes navegações 
intercontinentais. Existem vários motivos que explicam o pioneirismo português na 
expansão marítima do século XV. Sobre esse tema, são feitas as seguintes 
afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas: 
 
( ) Portugal foi um dos primeiros estados a constituiu-se como reino, processo 
diretamente relacionado à reconquista do território ocupado pelos muçulmanos. 
( ) Com a revogação do Tratado de Tordesilhas, os comerciantes portugueses 
puderam comerciar livremente, sem a interferência do Estado. 
( ) A conquista de Ceuta representa um marco nas grandes navegações do século 
XV e deu início a um processo de conquista de outros espaços na África. 
( ) As grandes navegações tinham, além de interesses comerciais, iniciativas de 
expansão da religião católica. 
 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V – F – F – V. 
b) V – F – V – V. 
c) V – V – F – F. 
d) F – F – V – V. 
e) F – F – F – V. 
 
 
À medida que Portugal alcançava mais longas distâncias em seu projeto de 
expansionismo marítimo-comercial, foram sendo instaladas em territórios africanos e 
asiáticos feitorias, um tipo de entreposto comercial que, além de proteger a região, 
facilitava o cumprimento das relações de compra e venda de produtos. Um dos 
objetivos dessa expansão era chegar à Índia, onde estavam os requisitados mercados 
de especiarias, pedras preciosas e seda. 
 
Sobre a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, são feitas as seguintes 
afirmações: 
I – O interesse em alcançar o comércio indiano pelo mar se devia às longas distâncias 
terrestres e à busca de novas rotas em função da tomada de Constantinopla pelos 
turcos-otomanos. 
II – Tratou-se de um mero acidente, pois Portugal tinha acesso aos produtos 
comerciados na Índia nas feitorias africanas. 
III – Progressivamente, essa rota comercial foi sendo abandonada em função de uma 
série de problemas no cotidiano das navegações. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e III. 
e) Apenas II e III. 
 
 
A partir da expansão marítima ibérica, foram assinados diferentes tratados, com a 
mediação do papa, para se definirem os espaços e territórios pertencentes a cada 
uma das coroas. Primeiramente, foi assinada a Bula Intercoetera e, após a 
“descoberta" da América, o Tratado de Tordesilhas. Sobre esse último tratado, 
assinale a alternativa correta: 
a) Sabe-se que o interesse de Portugal era preservar as rotas comerciais do Atlântico 
Sul, mas a historiografia ainda aponta dúvidas quanto às possíveis reivindicações 
de Portugal incluir o território que, posteriormente, seria o Brasil. 
b) A assinatura do Tratado de Tordesilhas significou para Portugal a preservação de 
seu domínio no Atlântico Sul e a posse do território da América Portuguesa, o que 
pode ser explicado pelo aumento, em léguas, da linha imaginária que estabelecia as 
posses de ambas as coroas. 
c) O Tratado de Tordesilhas estipulava que as grandes navegações e as atividades 
marítimo-comerciais ocorreriam sem a intervenção do Estado, de acordo com as 
principais doutrinas econômicas do período, como o liberalismo. 
d) A mediação realizada pela Igreja Católica se deveu ao fato de que havia diferentes 
interesses religiosos na divisão das conquistas das coroas ibéricas: Portugal era um 
país predominantemente de religião árabe e judaica, enquanto a Coroa de Castela 
era católica. 
e) O Tratado de Tordesilhas permitiu uma união dos interesses das coroas ibéricas, 
que, juntas, passaram a fomentar a realização das grandes navegações e das 
atividades marítimo-comerciais, dividindo igualitariamente os lucros das operações 
comerciais. 
 
Achamento, conquista, descobrimento... Ao longo do tempo, foram utilizadas 
diferentes expressões para se referir à chegada dos portugueses na América e ao 
domínio do território que, muito tempo depois, seria conhecido como Brasil. Sobre o 
“descobrimento” da América portuguesa – ou do Brasil –, são feitas as seguintes 
afirmações: 
 
I – O único documento disponível para conhecer os meandros da chegada dos 
portugueses à América é a carta de Pero Vaz de Caminha, conservada no Arquivo da 
Torre do Tombo, em Lisboa. 
II – Ainda que a carta de Caminha demonstre o potencial do território “descoberto” 
pelos portugueses, o interesse da coroa, durante algum tempo, prosseguiu no 
comércio estabelecido com a África e a Ásia. 
III – O “descobrimento” do Brasil demonstra a consolidação de Portugal nas rotas de 
navegação do Atlântico Sul e será de fundamental importância para o 
desenvolvimento do comércio triangular entre a Europa, a África e a América, por 
meio da coroa portuguesa. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino são representantes de uma 
corrente historiográfica que vem procurando romper com alguns esquematismos da 
historiografia sobre a América portuguesa, que entende a história colonial por um 
viés economicista, e propiciar novas interpretações sobre a economia e a sociedade 
coloniais brasileiras. Uma de suas contribuições foi inserir a ideia do sistema de 
mercês ou economia do dom para entender a relação entre a colônia e metrópole. Leia 
o trecho abaixo, retirado da obra “Arcaísmo como projeto”: 
"O sistema de mercês [ou economia do dom] [...] a Coroa continuamente criava e 
recriava uma hierarquia social fortemente desigual, baseada em privilégios. Uma 
consequência dessas práticas foi a formação de uma aristocracia constituída não 
tanto por grandes proprietários, como na Inglaterra e França, mas principalmente por 
beneficiários dos favores reais.” 
De acordo com o trecho acima, e com seus conhecimentos sobre a economia e a 
sociedade coloniais, é possível afirmar que a relação entre a colônia e a metrópole, 
no sistema de mercês, se dava: 
a) através da venda, por parte dos colonos, dos produtos manufaturados da metrópole 
nas municipalidades coloniais. 
b) através da doação de terras na colônia e privilégios aos que desempenhassem 
funções e tarefas para a coroa portuguesa. 
c) através de uma racionalização na distribuição de recursos econômicos com a 
instauração de uma burocracia administrativa. 
d) através de uma ampliação dos sujeitos que poderiam se beneficiar do sistema de 
mercês, incluindo africanos escravizados, judeus e indígenas. 
e) através do rechaço aos títulos de nobreza e da conquista de cargos públicos por 
eleições diretas, sem a interferência da metrópole. 
 
Ao longo de três séculos, a administração da América portuguesa foi realizada por 
meio de diferentes cargos e instituições. No Dicionário do Brasil Colonial, o verbete 
“Administração” traz o seguinte texto: 
 
“Outro aspecto enfatizado é a indiferenciação, típica do Antigo Regime, entre as 
atribuições executivas, legislativas e judiciárias. Enfatizou-se que os diversos órgãos 
da Coroa desempenhavam funções de natureza mista, a exemplo do Tribunal da 
Relação, órgão judiciário, porém encarregado de um sem-número de funções 
legislativas e executivas. Além disso, tem sido ressaltada a importância estratégica 
da sobreposição de atribuições e competências entre os vários órgãos e agentes 
administrativos como algo intrínseco ao funcionamento da administração colonial”. 
 
Assinale a alternativa correta sobre a administraçãocolonial: 
a) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos 
gerou, em muitos casos, conflitos e dificuldades administrativas para os colonos. 
b) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos não 
afetou os colonos, pois seus interesses estavam assegurados nos órgãos coloniais. 
c) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos foi 
responsável pelo fim do sistema das capitanias hereditárias. 
d) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos foi 
resolvida pela Coroa portuguesa com a criação do Governo Geral. 
e) A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos não 
afetou os colonos, pois havia autoridades executivas, legislativas e judiciárias. 
f) V – V – V – F. 
As Câmaras Municipais foram instituições fundamentais na administração colonial, 
exercendo, em âmbito local, diversas funções. Sobre essa instituição e suas 
características, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para verdadeiro e F 
para falso. 
 
( ) Por meio da ocupação de cargos na Câmara, a elite podia encaminhar suas 
demandas às demais esferas administrativas da colônia e da metrópole e defender 
seus interesses. 
( ) As Câmaras eram espaços exclusivos para elaboração de leis e regimentos, que 
deveriam ser cumpridos pelos habitantes das municipalidades. 
( ) Os homens bons, ou seja, aqueles que podiam ser eleitos para os cargos 
camarários, eram aqueles que reuniam as condições para pertencer a certo estrato 
social, com distinções e privilégios. 
( ) Os ocupantes dos cargos camarários eram eleitos por voto direto de todos os 
habitantes homens da colônia, excetuando-se os africanos escravizados e os 
indígenas. 
 
A ordem correta para o preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V – V – V – F. 
b) V – F – V – F. 
c) V – F – V – V. 
d) F – F – V – F. 
e) F – F – V – V. 
 
D. João III introduziu no Brasil as capitanias hereditárias, loteando o território que ia 
de Pernambuco ao Rio da Prata. Entre os anos de 1534 e 1536, foram editadas as 
primeiras cartas de doação, que entregaram 15 lotes a 12 donatários. Sobre as 
capitanias hereditárias, são feitas as seguintes afirmações: 
 
I – Constituíram uma forma de administração colonial implementada por Portugal no 
Brasil, em uma experiência inédita. 
II – Guardavam raízes no sistema medieval do senhorio, na concessão de domínios 
de terra a particulares para o desenvolvimento econômico. 
III – Foram um empreendimento que, em um primeiro momento, foi realizado sem ônus 
para o Estado, ou seja, apenas com o capital privado. 
 
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas II e III. 
e) Apenas II e III. 
 
Em 1548, o rei português D. João III implementou uma modificação na administração 
colonial do Brasil, com a introdução do Governo Geral. Sobre a substituição do 
sistema de capitanias hereditárias e a criação do Governo-Geral, leia o texto a seguir: 
 
Ao substituir o sistema de capitanias hereditárias pelo Governo-Geral, a Coroa 
portuguesa ___________ as capitanias hereditárias. Essa substituição se deveu 
_____________ dos donatários, o que levou ______________ da economia açucareira. 
Assim, o Governo-Geral tinha como objetivo a _____________________ político-
administrativa da América portuguesa. 
 
A alternativa que apresenta os termos corretos para o preenchimento das lacunas na 
ordem em que são apresentadas é: 
a) extinguiu – ao enriquecimento – ao desenvolvimento – centralização. 
b) extinguiu – à falta de recursos – ao desenvolvimento – centralização. 
c) extinguiu – à falta de recursos – à decadência – descentralização. 
d) manteve – à falta de recursos – à decadência – centralização. 
e) manteve – ao enriquecimento – à decadência – descentralização. 
 
. 
O território que viria a ser conquistado pelos portugueses era ocupado por diferentes 
nações indígenas, desde a Região Amazônica, passando pelo cerrado e pela faixa 
litorânea. Sobre os esses povos, são feitas as seguintes afirmações: 
 
I – Eram todos pertencentes a dois grupos distintos, os tupis e os tapuias, uma divisão 
existente antes da chegada dos portugueses à América. 
II – Na faixa litorânea, tinham relativa homogeneidade, sendo característica a 
ocupação dos tupis-guaranis. 
III – Nos primeiros contatos, estabeleceram relações de escambo com os 
portugueses, trocando sua mão de obra por quinquilharias europeias. 
 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
Jean de Léry foi um cronista francês que visitou a colônia francesa instalada no 
território da América portuguesa. Em 1556, publicou seu livro, Viagem à terra do 
Brasil, em que narra a seguinte experiência: 
 
“[...] Apesar de nossos esforços, nossos intérpretes conseguiram negociar somente 
poucos prisioneiros. Eu acrescento que isso não foi do agrado do captor de quem eu 
comprei uma mulher e seu filho de dois anos [...] O vendedor índio disse-me: - Eu não 
sei o que vai acontecer no futuro, pois desde que (os brancos) chegaram aqui nós 
não temos comido nem a metade de nossos prisioneiros [...]”. 
 
A qual aspecto da história da conquista e expansão europeia na América o trecho faz 
referência? 
a) À diminuição do comércio de escravizados, em virtude da sazonalidade com que os 
franceses aportavam na América. 
b) À comercialização de prisioneiros de guerras intertribais, em detrimento da prática 
dos rituais antropofágicos. 
c) Ao impedimento da comercialização de homens, permitindo as práticas de compra 
e venda apenas de mulheres e crianças. 
d) Às dificuldades de comunicação entre franceses e nativos, devido à inabilidade dos 
intérpretes de aprender a língua nativa. 
e) À escassez de alimentos, que levou os índios não antropofágicos a realizarem rituais 
canibais em suas próprias nações. 
 
Os primeiros colonos a se estabelecerem no território da América portuguesa 
reconheceram a importância que a guerra tinha nas relações intertribais e, dessa 
forma, aproveitaram-se dos conflitos entre os indígenas em benefício próprio. 
Assinale a alternativa que apresenta a vantagem de que os portugueses poderiam 
usufruir dos confrontos intertribais: 
a) Suprimento de mão de obra. 
b) Extermínio dos indígenas “tapuias”. 
c) Aumento do número de fiéis para o catolicismo. 
d) Controle da natalidade dos indígenas. 
e) Promoção da paz a partir do colonato. 
 
Ao contatarem os povos indígenas que ocupavam o litoral da América portuguesa, 
uma das práticas culturais que mais chocou os europeus foi o ritual da antropofagia. 
Leia o texto a seguir, que trata dessa prática: 
 
“Depois de capturado pelos guerreiros, o inimigo era conduzido à aldeia pelas 
mulheres, onde, mais tarde, encontraria a morte em ritual que era marcado pela 
vingança e coragem. [...] O dia da execução era uma grande festa. No centro da aldeia, 
os índios, sobretudo as índias, se alvoroçavam. Os vizinhos também estavam 
convidados, todos provariam da carne do oponente. No ritual, homens, mulheres e 
crianças lembravam e vingavam-se pelos parentes mortos” (RAMINELLI, 2005, p. 27-
29). 
 
Sobre o tema tratado no texto e o contato entre indígenas e europeus, são feitas as 
seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. 
 
( ) Os rituais antropofágicos estavam vinculados às guerras intertribais e eram 
considerados importantes tanto para vencedores como para vencidos. 
( ) O paulatino abandono dessa prática pelos indígenas é uma evidência do abandono 
da selvageria e do ingresso na civilização. 
( ) A antropofagia, além de uma prática cultural, era uma forma de lidar com o 
problema da fome existente durante o período colonial. 
( ) A comercialização dos prisioneiros de guerra, em vez da realização dos rituais 
antropofágicos, foi uma vantagem conseguida pelos colonizadores. 
 
A ordem correta de preenchimento dosparênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – F – V – V. 
b) F – F – F – V. 
c) F – V – V – F. 
d) V – F – V – F. 
e) V – F – F – V. 
Durante o período colonial brasileiro, uma série de personagens elaborou relatos 
sobre os povos indígenas que ocupavam o território da América portuguesa. O senhor 
de engenho Gabriel Soares de Souza foi um deles. Em 1587, escreveu um livro sobre 
o Brasil, do qual foi extraído o seguinte trecho: 
“Faltam-lhes três letras das do abc, que são f, l, r grande ou dobrado, coisa muito para 
se notar; porque, se não têm f, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adorem; 
nem nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em 
Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade e nenhuma pessoa que lhes faça 
bem. E se não têm l na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, 
nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua 
vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os 
outros. E se não têm esta letra r na sua pronunciação, é porque não têm rei que os 
reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho 
ao pai [sic]”. 
A partir de seus conhecimentos sobre a organização social indígena, avalie as 
afirmações: 
I – O escritor Gabriel Soares de Souza estava correto em relação aos indígenas, já 
que, por não terem a figura do rei, não apresentavam nenhuma organização social. 
II – A visão de Gabriel Soares de Souza expressa nesse trecho evidencia o 
etnocentrismo, pois, por terem uma organização social distinta da europeia, esta não 
foi considerada. 
III – A ausência de obediência familiar expressa por Gabriel Soares de Souza é um 
indício da forma como os indígenas se organizavam familiarmente. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
Os indígenas, chamados pelos portugueses de “negros da terra”, foram utilizados 
como mão de obra no processo de colonização e exploração econômica da América 
portuguesa. Sobre esse fato, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para 
verdadeiro e F para falso: 
( ) Com a introdução da mão de obra africana escravizada, o trabalho compulsório 
dos indígenas foi extinto em todo o território colonial português. 
( ) No processo de escravização dos indígenas, os colonos se valeram dos conflitos 
intertribais pré-existentes e de expedições de apresamento. 
( ) Houve diversos conflitos de interesse entre colonos e jesuítas no que diz respeito 
à escravização dos indígenas, tendo a coroa portuguesa que mediar esses conflitos 
por meio de várias leis indigenistas. 
( ) Os aldeamentos foram formas de organização social criadas pelos indígenas para 
se proteger das investidas econômicas e religiosas dos colonos e dos padres. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – F – V. 
b) F – F – V – V. 
c) F – V – V – F. 
d) V – V – V – F. 
e) V – F – V – F. 
 
As novas tendências historiográficas têm ressignificado o papel dos indígenas no 
processo de colonização e expansão europeia na América. Leia o trecho abaixo, 
retirado do livro Negros da terra (1994), de John Monteiro: 
“No dia de Natal de 1562, Martim Afonso Tibiriçá perdeu sua última batalha, 
sucumbindo a uma das doenças infecciosas que grassavam entre os habitantes 
indígenas do Brasil na época. De certo modo, a vida e a morte deste importante 
guerreiro e chefe tupiniquim espelharam a própria marcha da expansão europeia na 
capitania de São Vicente no século XVI. Muitos anos antes, ele já havia incorporado a 
seu grupo – como genro – o primeiro branco e assistira à rápida ascensão deste como 
influente líder de índios e portugueses. Na década de 1530, Tibiriçá consentira na 
formação de uma aliança com os estranhos, certamente tendo em vista a vantagem 
que esta lhe proporcionaria sobre seus inimigos tradicionais. Com a chegada dos 
primeiros jesuítas, no meio do século, autorizara a edificação de uma capela rústica 
dentro de sua aldeia e permitira que os padres convertessem seu povo, ele próprio 
sendo o primeiro catequizado. Os jesuítas, por sua vez, expressaram sua reverência 
por este índio considerado exemplar sepultando-o no interior da modesta igreja de 
São Paulo de Piratininga.” 
De acordo com a leitura do trecho acima, podemos afirmar que: 
 
As novas tendências historiográficas têm ressignificado o papel dos indígenas no 
processo de colonização e expansão europeia na América. Leia o trecho abaixo, 
retirado do livro Negros da terra (1994), de John Monteiro: 
“No dia de Natal de 1562, Martim Afonso Tibiriçá perdeu sua última batalha, 
sucumbindo a uma das doenças infecciosas que grassavam entre os habitantes 
indígenas do Brasil na época. De certo modo, a vida e a morte deste importante 
guerreiro e chefe tupiniquim espelharam a própria marcha da expansão europeia na 
capitania de São Vicente no século XVI. Muitos anos antes, ele já havia incorporado a 
seu grupo – como genro – o primeiro branco e assistira à rápida ascensão deste como 
influente líder de índios e portugueses. Na década de 1530, Tibiriçá consentira na 
formação de uma aliança com os estranhos, certamente tendo em vista a vantagem 
que esta lhe proporcionaria sobre seus inimigos tradicionais. Com a chegada dos 
primeiros jesuítas, no meio do século, autorizara a edificação de uma capela rústica 
dentro de sua aldeia e permitira que os padres convertessem seu povo, ele próprio 
sendo o primeiro catequizado. Os jesuítas, por sua vez, expressaram sua reverência 
por este índio considerado exemplar sepultando-o no interior da modesta igreja de 
São Paulo de Piratininga.” 
De acordo com a leitura do trecho acima, podemos afirmar que: 
a) o contato, para os indígenas, significou apenas a aculturação e o extermínio, como 
demonstrado pelo relato da morte por doença infecciosa. 
b) a miscigenação foi uma política promovida pela administração colonial como forma 
de “branquear” a população da colônia. 
c) a conversão dos indígenas era obrigatória caso quisessem escapar da escravidão 
ou do extermínio promovido pela coroa portuguesa. 
d) existiram formas de interação entre indígenas e portugueses que evidenciam o 
protagonismo daqueles em processos de apropriação e negociação. 
e) os colonos e os jesuítas não souberam utilizar os confrontos intertribais em benefício 
próprio, já que não compreendiam a língua e a cultura dos nativos. 
 
Ao chegar na América, um dos membros da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha, 
escreveu uma carta ao rei de Portugal narrando o episódio do “achamento” da terra 
e o que encontraram por ali. Leia um trecho dessa carta: 
“Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não 
podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até 
agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou 
ferro; nem lho vimos. [...] Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece 
que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em 
ela deve lançar.” 
Levando-se em consideração o excerto acima e seus conhecimentos sobre a 
interação entre portugueses e indígenas, são feitas as seguintes afirmações: 
I – O trecho evidencia que o único benefício buscado na exploração colonial da 
América era a conversão dos nativos. 
II – O excerto da carta de Caminha mostra que a colonização está intrinsecamente 
relacionada a aspectos religiosos, não somente econômicos. 
III – A salvação à qual Caminha faz referência diz respeito a evitar que o território seja 
ocupado por outras nações devido à riqueza das terras. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
No período colonial, a relação entre os colonos e os jesuítas, durante o período em 
que estiveram na América portuguesa, foi conflitiva. A seguir, são citados alguns 
motivos paraesses conflitos: 
I – Os jesuítas se opunham à escravização dos indígenas, protegendo-os em 
aldeamentos. 
II – A coroa portuguesa apoiava integralmente os colonos na escravização indígena. 
III – Os confrontos entre colonos e jesuítas se davam pelas diferenças religiosas dos 
dois grupos. 
Qual(is) está(ão) correto(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
A Companhia de Jesus foi criada no contexto das reformas religiosas ocorridas na 
Europa no século XVI. Subordinadas diretamente ao papa, seu objetivo era atrair, por 
meio da conversão, mais fiéis para a Igreja Católica. Leia o trecho baixo, que trata 
dessa ordenação: 
Os métodos utilizados pelos jesuítas diferiram-se das demais ordenações porque, 
além da ação catequizadora, fundaram ______________. Houve alguns confrontos 
com os colonos, principalmente com os bandeirantes, porque, em relação aos 
indígenas, os jesuítas tinham uma opinião ______________ à escravidão. As 
atividades desenvolvidas na colônia geraram _________________ para a Companhia, 
e, durante as reformas pombalinas, a coroa portuguesa determinou a 
_______________ da Companhia de Jesus em suas possessões americanas. 
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é: 
a) colégios – contrária – endividamento – expulsão. 
b) colégios – favorável – endividamento – institucionalização. 
c) colégios – contrária – enriquecimento – expulsão. 
d) capitanias – contrária – endividamento – expulsão. 
e) capitanias – favorável – enriquecimento – institucionalização. 
 
O contato estabelecido entre os diferentes povos africanos e os portugueses não 
ocorreu sem confrontos, tendo havido uma série de dificuldades no processo de 
escravização. No Brasil, as relações dos escravizados com os senhores também não 
estavam isentas de conflitos. Leia as afirmações abaixo, que tratam da resistência 
escrava: 
I – A única forma dos escravizados rebelarem-se era por meio da fuga e da formação 
de quilombos, já que o cotidiano era totalmente controlado pelos senhores e seus 
funcionários. 
II – Houve formas sutis de resistência dos escravizados, como a diminuição do ritmo 
de trabalho, a simulação de doenças ou do feitiço dos senhores. 
III – As resistências visavam a negociar questões relativas ao trabalho e ao descanso, 
e não necessariamente ao término da escravidão. 
 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
Os versos abaixo foram escritos por Heinrich Heine, poeta alemão que viveu no 
século XVIII: 
“Seiscentas peças barganhei: 
– Que pechincha! – no Senegal 
A carne é rija, os músculos de aço, 
Boa liga do melhor metal. 
Em troca dei só aguardente, 
Contas, latão – um peso morto! 
Eu ganho oitocentos por cento 
Se a metade chegar ao porto.” 
 
Sobre o poema acima, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as 
afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas. 
( ) “Seiscentas peças” faz referência ao número de senegalenses comercializados e 
evidencia a coisificação dos africanos escravizados. 
( ) “Boa liga do melhor metal” é um verso que faz referência aos metais preciosos 
comercializados na África. 
( ) “Em troca dei só aguardente, contas, latão” exemplifica as relações de escambo 
praticadas entre os traficantes estrangeiros e africanos. 
( ) “Eu ganho oitocentos por cento se a metade chegar ao porto” fala sobre as 
dificuldades de transporte do interior do continente africano para o litoral, antes de 
serem embarcados. 
A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V – F – F – F. 
b) V – V – F – V. 
c) V – F – V – F. 
d) F – F – V – F. 
e) F – V – F – V. 
 
A escravidão africana e o tráfico de africanos escravizados estavam inseridos no 
comércio atlântico, em uma triangulação continental, envolvendo África, América e 
Europa. Da mesma forma, havia dinâmicas específicas ocorridas no continente 
africano em relação à escravidão. Sobre isso, no verbete “escravidão” do Dicionário 
do Brasil Colonial (VAINFAS, 2000, p. 206), tem-se o seguinte trecho: 
“As novas pesquisas ampliaram as percepções sobre a complexidade da dinâmica 
interna da colônia no tocante ao fator trabalho, mas [...] pouco esclareceram sobre as 
condições que, no interior da África, permitiram o fornecimento de escravos durante 
longo tempo a custos relativamente baixos.” 
Em relação às condições internas que permitiram a escravidão e o tráfico 
transatlântico, são feitas as seguintes afirmações: 
I – Os impérios e reinos africanos tiveram papel-chave na captura e revenda de 
escravizados, transformando a escravidão anteriormente praticada no continente. 
II – A prática da escravidão no continente africano foi uma herança dos povos 
islâmicos, que passaram a ocupar o continente com a expansão de diferentes nações 
árabes. 
III – A “escravidão doméstica”, anteriormente praticada no continente africano, foi 
transformada qualitativa e quantitativamente a partir do contato com os europeus. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas I e III. 
e) Apenas II e III. 
 
O Brasil foi o local que mais recebeu africanos escravizados ao longo de mais de três 
séculos de escravismo. Em relação aos cativos trazidos ao Brasil, é correto afirmar 
que: 
a) trabalhavam exclusivamente nas lavouras de cana e nos engenhos, e outras 
atividades produtivas eram supridas por trabalhadores livres ou indígenas 
escravizados. 
b) desempenhavam diferentes atividades produtivas na colônia, de acordo com a 
região e ao longo do tempo, mas foram a principal mão de obra do cultivo da cana-
de-açúcar. 
c) trabalhavam exclusivamente nas casas dos senhores e nas cidades, e outras 
atividades produtivas eram supridas por trabalhadores livres ou indígenas 
escravizados. 
d) a escravidão mudou ao longo do tempo e de acordo com as diferentes regiões da 
colônia, mas os africanos escravizados sempre trabalharam na produção agrícola. 
e) no momento em que os africanos foram trazidos escravizados para o Brasil, essa se 
tornou a única mão de obra empregada nas relações produtivas coloniais. 
 
O historiador Stuart Schwartz, em sua obra Segredos internos (1988), estudou os 
canaviais e engenhos do Recôncavo Baiano bem como as relações entre os senhores 
e os escravizados. Leia o trecho abaixo, sobre as relações de trabalho nessa 
conjuntura: 
“O elemento crucial na manufatura do açúcar foram os escravos. Suas condições de 
vida e trabalho são fundamentais para explicar a natureza da sociedade que se 
originou da economia açucareira. [...] No século XVII, muitos senhores do engenho 
aparentemente aceitavam a teoria da administração da escravaria mencionada por 
Antonil, segundo a qual os cativos necessitavam de três P, a saber: pau, pão e pano” 
(SCHWARTZ, 1988, p. 122). 
A respeito da citação acima, são feitas as seguintes afirmações: 
I – Havia um confronto entre a postura dos senhores de engenho quanto aos cativos 
e o que defendia a Igreja Católica em relação aos africanos escravizados. 
II – As condições de vida dos escravizados eram satisfatórias, já que eram os bens 
mais caros dos senhores de engenho. 
III – Para muitos setores coloniais, os escravizados deveriam ser tratados com o 
básico para sua sobrevivência e castigados sempre que necessário. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas I e III. 
 
 
Durante a Idade Moderna, os reinos europeus tinham 
práticas econômicas específicas, diretamente relacionadas 
ao colonialismo. Leia o trecho a seguir, retirado da carta de 
Pero Vaz de Caminha, escrita após a descoberta do território 
americano pelos portugueses: 
“Senhor [El-Rei D. Manuel], [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, saímos 
em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar no rio acima [...] Até agora não 
podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa demetal [....] Contudo a terra 
em si é de muitos bons ares, frescos e temperados como dos de Entre-Douro e 
Minho.” 
Assinale a alternativa correta: 
a) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em terras, o que está em 
conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, além da concepção 
fisiocrata de riqueza. 
b) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em terras, o que não está em 
conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, mas com a concepção 
fisiocrata de riqueza. 
c) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em metais preciosos, o que não 
está em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, mas com a 
concepção metalista de riqueza. 
d) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em metais preciosos, o que está 
em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, além da concepção 
metalista de riqueza. 
e) A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em escravos, o que não está 
em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, mas com a concepção 
capitalista de riqueza. 
 
As práticas bandeirantistas, durante muito tempo, foram narradas 
de forma épica e heroica para a criação de uma identidade coletiva, baseada nos 
valores da coragem e do voluntarismo. Contudo, os relatos da época e os trabalhos 
historiográficos mais recentes têm desmistificado essa imagem das bandeiras e dos 
bandeirantes. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Uma das funções das bandeiras era o apresamento de indígenas 
e sua comercialização como escravizados, evidenciando que essas missões não eram 
apenas exploratórias do território. 
( ) As bandeiras foram grupos originalmente constituídos para a destruição dos 
quilombos e a captura dos africanos e afro-brasileiros fugidos; posteriormente, 
devido ao seu sucesso, tornaram-se tropas de aprisionamento indígena. 
( ) Os bandeirantes eram jesuítas que, em suas marchas pelo sertão da colônia, 
buscavam indígenas para serem aldeados e, dessa forma, convertidos à religião 
católica, aumentando o número de fiéis na conjuntura da Reforma Religiosa. 
( ) As práticas bandeirantistas foram responsáveis pela ampliação do território da 
América portuguesa, e, na expansão territorial, houve uma série de conflitos com a 
Coroa espanhola em relação à posse da terra e à soberania. 
A ordem correta é: 
a) F – V – F – V. 
b) F – F – V – V. 
c) V – F – V – F. 
d) V – V – F – F. 
e) V – F – F – V. 
 
O poeta Claudio Manoel da Costa (1729-1789) escreveu, entre os anos de 1769 e 1773, 
o poema Vila Rica, como era chamada à época a atual cidade de Ouro Preto. Leia os 
versos a seguir, retirados desse poema: 
“Vê os Pires, Camargos e Pedrosos, 
Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos, 
Lemos, Toledos, Pais, Guerras, Furtados, 
e outros que, heróis assinalados 
se fizeram no arrojo das conquistas. 
Ó sempre grandes e imortais paulistas!” 
Sobre o poema e o contexto histórico ao qual faz referência, são feitas as seguintes 
afirmações: 
I – Os sobrenomes elencados no poema fazem referência aos indígenas, que 
resistiram heroicamente às investidas dos bandeirantes em seus territórios. 
II – “Fazer-se no arrojo das conquistas" diz respeito aos benefícios econômicos e 
simbólicos que certos homens obtiveram ao se dedicarem à realização das bandeiras. 
III – “Ó sempre grandes e imortais paulistas!” é um verso de ufanismo em relação aos 
“paulistas”, nomenclatura também utilizada para se referir aos bandeirantes. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas II e III. 
 
O jesuíta italiano André João Antonil, em sua obra Cultura e opulência do 
Brasil, escrita em 1711, assim descreveu, no aspecto social, a descoberta de ouro na 
região das Minas: 
“Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para 
passarem às minas. Das cidades, vilas e recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, 
pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda 
a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres 
e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos [...]”. 
Com a mineração, houve significativas mudanças na estrutura econômica e social da 
América portuguesa no século XVIII. Assinale a alternativa que evidencia, 
respectivamente, uma transformação no aspecto econômico e social: 
a) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o 
Sudeste minerador e uma complexificação da estrutura e hierarquia sociais. 
b) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o 
Sudeste minerador e a abolição da escravidão de africanos e afro-brasileiros. 
c) O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o 
Sudeste minerador e a estruturação da sociedade por estamentos. 
d) O deslocamento do eixo comercial exportador do Sudeste minerador para o 
Nordeste açucareiro e uma complexificação da estrutura e hierarquia sociais. 
e) O deslocamento do eixo comercial exportador do Sudeste minerador para o 
Nordeste açucareiro e a abolição da escravidão de africanos e afro-brasileiros. 
 
A descoberta de metais preciosos na América portuguesa no século XVIII ocorreu em 
um momento em que Portugal atravessava uma grave crise econômica. Para controlar 
a exploração de ouro na colônia e evitar a sonegação de impostos e o contrabando, 
uma série de medidas foi tomada pela Coroa. Sobre esse tema, assinale V para as 
afirmações verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A Igreja Católica foi a principal instituição a coibir a sonegação e o contrabando, 
já que o lucro e a usura eram considerados pecados, e a maioria da população era 
católica. 
( ) A Coroa criou diferentes impostos e obrigou os mineradores a utilizarem suas 
casas de fundição para, dessa forma, evitar que burlassem o fisco. 
( ) A concessão do monopólio de exploração do ouro para os paulistas gerou revolta 
nos grupos que recém haviam chegado à região das Minas, conhecida como Guerra 
dos Emboabas. 
( ) A extração do ouro e as práticas econômicas correlatas, como a agricultura de 
subsistência e o tráfico de africanos escravizados, extinguiram a produção açucareira 
no Nordeste. 
A ordem correta é: 
a) F – V – F – F. 
b) F – V – V – F. 
c) F – F – V – V. 
d) V – V – F – F. 
e) V – V – V – F. 
 
Por volta de 1798, a carestia, a escassez de alimentos e as más condições de vida de 
grande parte da população criaram em Salvador, na Bahia, um ambiente propício para 
que ideias revolucionárias francesas, que chegavam à cidade por meio de livros e 
panfletos trazidos por simpatizantes do Iluminismo, contribuíssem para um 
movimento revolucionário. Sobre a Conjuração Baiana, analise as afirmativas a 
seguir: 
I) O movimento teve caráter popular, envolvendo pequenos comerciantes, soldados, 
artesãos, alfaiates, mulatos, escravos e ex-escravos, além de alguns homens brancos 
mais abastados. 
II) Algumas das propostas dos conjurados era o fim do domínio português na Bahia, a 
proclamação de uma república inspirada nos princípios franceses e a liberdade de 
comércio. 
III) Apesar do envolvimento popular na Conjuração, a questão da escravidão não 
chegou a ser debatida pelos conjurados, pois a elite que participou do movimento era 
contra a abolição dos cativos. 
IV) O movimento obteve êxito, ainda que por pouco tempo. Os conjurados tomaram o 
controle da capitania, proclamando uma república, até que tropas enviadas pelo 
governo conseguiram retomar o controle de Salvador. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e IV. 
d) II, III e IV. 
e) I, III e IV. 
 
Após os planos do conjurados baianos serem delatados ao governador da capitania, 
as investigações foram iniciadas, o que acabou deflagrando uma série de prisões, 
sendo encarcerados cerca de 30 baianos. Foi apurado que os conspiradores 
tramavam uma revolução com o objetivo de proclamar umarepública. Sobre a 
punição aos envolvidos na Conjuração Baiana, assinale a alternativa correta: 
a) Todos os envolvidos na Conjuração foram absolvidos após terem declarado o 
arrependimento e jurado fidelidade à Coroa portuguesa. 
b) Dos conjurados presos, só foram condenados por crime de lesa-majestade e 
condenados à morte os alfaiates; daí o movimento ser conhecido também 
como Revolta dos Alfaiates. 
c) A maioria dos condenados que foram presos foi condenada à morte, 
independentemente da condição social. Todos que foram condenados à morte foram 
fuzilados. 
d) Ao total, foram presas 33 pessoas, mas a maioria foi absolvida por falta de provas, 
sendo condenadas à morte apenas 4 pessoas: 2 alfaiates e 2 soldados. 
e) Após o julgamento da Conjuração, a maioria dos envolvidos foi absolvida, e os mais 
pobres foram condenados à prisão perpétua ou ao degredo. 
 
Com a corte portuguesa instalada no Brasil desde 1808, o aumento dos impostos e 
os privilégios concedidos aos portugueses (administradores ou comerciantes) 
passaram rapidamente a incomodar muitos setores da população, especialmente no 
Nordeste, que ainda dependia da frágil economia açucareira. A capitania de 
Pernambuco enfrentava um cenário de crise que tinha como causas os seguintes 
fatores: 
I) A economia pernambucana, dependente da produção de açúcar, entrou em declínio, 
pois os ingleses passaram a comercializar na Europa o açúcar de beterraba, fazendo, 
então, concorrência com o açúcar produzido no Nordeste. 
II) A lavoura canavieira no Brasil perdia espaço no mercado internacional, pois a 
introdução do cultivo da cana-de-açúcar em larga escala nas Antilhas aumentou a 
oferta do produto, fazendo os preços caírem. 
III) Pernambuco enfrentou, no ano de 1816, uma intensa seca, comum no Nordeste. 
Em decorrência da seca, a produção de alimentos diminuiu e os preços aumentaram, 
e muitas pessoas perderam o emprego, causando miséria e crises de fome. 
IV) A concorrência interna com a produção de tabaco, que passou a ser exportado em 
grande escala a partir da metade do século XVIII e disputava áreas de cultivo com a 
produção de açúcar, prejudicou a produção açucareira. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e IV. 
d) II, III e IV. 
e) I, III e IV. 
 
 
A centralização do poder no Rio de Janeiro e os impostos abusivos cobrados por D. 
João revoltavam os pernambucanos. A elite pernambucana, oriunda do período áureo 
do açúcar e do algodão, havia enviado seus jovens para estudar na Europa, fazendo 
com que tivessem contato com os ideais iluministas e liberais. Insatisfeita com o 
governo colonial, a elite pernambucana passou almejar a ruptura com Portugal. Sobre 
os objetivos da Revolução Pernambucana, destacam-se: 
a) proclamação de uma república, separação dos poderes em três instâncias 
(legislativa, executiva e judiciária), adoção do estado laico e liberdade de imprensa 
e de expressão. 
b) independência de Pernambuco e adoção de uma monarquia constitucional, que 
garantisse a liberdade religiosa e diminuísse os impostos dos produtos de primeira 
necessidade. 
c) a proclamação de uma república, a garantia de liberdade de expressão, imprensa e 
religião e a abolição dos tributos que encareciam os gêneros de primeira 
necessidade. 
d) a independência de toda a colônia, com a proclamação de uma república com sede 
instalada em Recife, a adoção do catolicismo como religião oficial e a liberdade de 
expressão. 
e) a independência de toda a colônia, com a proclamação de uma república com sede 
instalada em Recife, a adoção do catolicismo como religião oficial e a liberdade de 
expressão. 
 
Os movimentos de emancipação que aconteceram no Brasil no final do século XVIII e 
início do século XIX contavam com a adesão de diversos grupos sociais, desde a elite, 
camadas médias urbanas, clérigos e militares até camadas mais populares. Sobre a 
participação popular na Inconfidência Mineira, na Conjuração Baiana e na Revolução 
Pernambucana, é correto afirmar: 
a) Os três movimentos de emancipação contaram com ampla adesão das camadas 
populares, o que garantiu que os interesses dessas pessoas fossem levados em 
consideração. 
b) Apenas a Conjuração Baiana contou com participação popular, ainda que de forma 
discreta e sem conseguir fazer valer seus interesses, como a abolição da 
escravidão. 
c) A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana não contavam com participação 
popular, sendo considerados movimentos da elite colonial intelectual, letrada e 
iluminista. 
d) A Revolução Pernambucana contou com ampla adesão popular, tendo, entre seus 
principais líderes, ex-escravos, homens brancos pobres e militares de baixa patente. 
e) A Conjuração Baiana contou com participação popular, tendo como participantes, 
além da elite baiana, soldados, alfaiates, homens pobres, negros libertos e escravos. 
 
A economia colonial da América portuguesa organizou-se a partir de demandas e 
necessidades específicas, em função dos principais produtos de exportação e das 
relações de comércio estabelecidas na triangulação Portugal-América-África. Sobre a 
economia colonial, são feitas as seguintes afirmações: 
I. No que diz respeito à agricultura, era comercializado com a Europa somente o 
excedente de produção da economia interna, caracteristicamente de subsistência. 
II. A economia interna desenvolvia-se somente a partir do extrativismo, pois toda e 
qualquer lavoura estava destinada às exportações. 
III. O mercado externo da América portuguesa foi condicionado às demandas 
internacionais, por isso houve a introdução do cultivo da cana no território luso-
americano. 
Quais alternativas estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas I e III. 
 
O extrativismo é uma forma de economia com características próprias, empregada 
pela coroa portuguesa em seu território colonial americano. Sobre esse processo, 
assinale V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmativas a seguir. 
( ) A primeira forma de economia desenvolvida na América portuguesa foi o 
extrativismo do pau-brasil, com intensa colonização do litoral. 
( ) A mão de obra indígena foi indispensável para a extração do pau-brasil no litoral 
da colônia. 
( ) Outros reinos, além de Portugal, possuíam interesse no pau-brasil e se dedicavam 
a extrair a madeira do território português na América. 
( ) As práticas extrativistas se limitaram à extração do pau-brasil no litoral brasileiro, 
já que nenhum outro produto colonial interessava comercialmente aos europeus. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – V – F. 
b) F – V – V – V. 
c) F – F – V – V. 
d) V – V – V – F. 
e) V – F – V – F. 
 
 
Considerando-se os aspectos econômicos da América portuguesa, pode-se afirmar 
que a história da colônia Brasil é a história do açúcar, fonte de lucro para muitos e de 
escravização e exploração para outros. Sobre a economia açucareira, leia o texto a 
seguir: 
A produção de açúcar na América portuguesa estava voltada para o mercado 
_________. O cultivo da cana se dava em _______________, com utilização majoritária 
do trabalho ______________, em um sistema de _______________. 
A alternativa que apresenta o correto preenchimento das lacunas é: 
a) interno – minifúndios – assalariado – policultura. 
b) interno – latifúndios – escravo – monocultura. 
c) externo – latifúndios – escravo – policultura. 
d) externo – minifúndios – assalariado – policultura. 
e) externo – latifúndios – escravo – monocultura. 
 
A economia colonial da América portuguesa tinha o açúcar como seu principal 
produto de exportação, devido ao grande apreço que a sociedade europeia tinha por 
essa iguaria. O texto abaixo aborda uma das dimensões dessa prática econômica: 
“A cultura do açúcar criou formas de viver peculiares, que moldaram suas 
construções. A família dilatada, resultante de um patriarcalismo poligâmico, 
acrescida por afilhados, agregados e compadres, gerou programas

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