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SOCIOLOGIA- Aula 1 - Introduçao

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CONCEPÇÃO E OBJETO 
• Tem por objetivo analisar os processos e as estruturas so-
ciais, ou seja, como se dá a vida humana em sociedade. 
• O objeto de estudo da Sociologia seria, então, as forma-
ções sociais passadas, presentes e uma espécie de pro-
jeção sobre as futuras 
• É importante pontuar a extrema relevância da Sociologia 
para a compreensão do ser humano acerca de si mesmo. 
Historicamente, o ser humano constitui-se de maneira so-
cial, isto é, em relação com outros seres humanos e com 
o ambiente que os cerca. Essas relações ajudam a mol-
dar, condicionar e até determinar a forma como agimos, 
vivemos e somos. 
ORIGEM 
• Surgiu na França do século XIX, o país estava sentindo os 
efeitos da Revolução Industrial, tornando-se pouco a 
pouco uma sociedade industrial, marcada pela explora-
ção de mão de obra barata, sobretudo de mulheres e cri-
anças, em condições nítidas de precarização, além de um 
fluxo desordenado de pessoas que saíam do campo para 
as cidades, o que gerava problemas de habitação, higi-
ene, alta mortalidade infantil, etc. 
• Augusto Comte foi o primeiro teórico a usar o termo “So-
ciologia” e defendia a ideia da ciência positiva, na qual a 
ciência deve se preocupar apenas com aquilo que pode 
ser observável e conhecido através da experiencia 
• Segundo Comte, o pensamento humano teria passado 
por três estágios na tentativa de compreensão do mundo: 
teológico, metafísico e positivo. 
→ Plano teológico, os esforços eram guiados pelas ideias 
religiosas e crença segundo a qual a sociedade era a 
expressão da vontade divina. 
→ Estágio metafísico, ocorrido mais ou menos na época 
da Renascença, a sociedade passa a ser vista da 
perspectiva natural, e não sobrenatural. 
→ Estágio positivo, influenciado pelas descobertas de 
Copérnico, Newton e Galileu, tem-se a aplicação de 
técnicas científicas (das ciências naturais) ao mundo 
social. 
• A concepção positivista de Comte acredita que a evolu-
ção social está, na verdade sujeita, a essas leis naturais, 
que não podem ser modificadas pela natureza humana e 
que o conhecimento científico seria a única forma de 
conhecimento verdadeiro. A partir desse saber, pode-se 
explicar coisas práticas como das leis da física, das rela-
ções sociais e da ética. 
SIGNIFICADO DA SOCIOLOGIA DO DIREITO 
• Há insuficiência em relação à compreensão dos fenôme-
nos sociais pelo Direito, o que frequentemente implica em 
erros de julgamento e falhas sérias na efetivação da jus-
tiça. Isso se dá também com a efetividade das normas 
jurídicas, por vezes produzida e interpretada com certo 
distanciamento da realidade fática vivida pelas pessoas. 
→ Assim, é nítido que o Direito positivado – estabelecido 
em normas, leis e códigos – não contempla toda a 
complexidade da vida em sociedade. Os fenômenos so-
ciais estão acima e antes dos códigos legislativos e da 
formalização no sistema jurídico 
• A relação entre os objetos da Sociologia e o Direito é de 
constituição mútua: da mesma forma que os fenômenos 
sociais constituem o Direito, tais fenômenos são por ele 
constituídos. O Direito faz parte da realidade social, não 
pode ser visto como letra fria e sem vida, como se sua 
existência não repercutisse diretamente na vida das pes-
soas 
• A norma jurídica é resultado da realidade social. Con-
forme Rosa: “Ela emana da sociedade, por seus instru-
mentos e instituições destinados a formular o Direito, re-
fletindo o que a sociedade tem como objetivos, bem 
como suas crenças e valorações”. 
SIGNIFICADO DA ANTROPOLOGIA JURÍDICA 
• No século XX, a Antropologia amplia seu objeto e passa a 
analisar não apenas as sociedades primitivas, mas qual-
quer sociedade em qualquer tempo, de modo que seu 
objeto passaria a ser “o estudo do homem inteiro”. Assim, 
ela visaria o conhecimento por completo do ser humano, 
implicando no estudo do homem e da cultura em todas 
as suas dimensões 
→ Antropologia cultural: busca compreender como se for-
maram as culturas dos diferentes grupos humanos, seus 
modos de produção econômica, suas descobertas e in-
venções, suas técnicas, sua organização política e jurí-
dica, tomando cultura como um conjunto de hábitos, 
costumes, valores, religião, arte, culinária etc. 
→ Antropologia biológica: O enfoque de estudo está vol-
tado para a evolução do homem, sua distribuição em 
sociologia 
Unidade 1 
ALICIA CAVALCANTE 
(86) 995118095 | @aliciacavalcantx 
 
grupos étnicos, além da análise de relações entre pa-
trimônio genético e espaços geográficos. 
→ Antropologia pré-histórica: Envereda-se pelo estudo 
dos vestígios materiais deixados nos ambientes ocu-
pados pelo ser humano, na busca da reconstituição de 
sociedades e grupos desaparecidos. 
→ Antropologia linguística ocupa-se da linguagem en-
quanto patrimônio cultural de sociedade, conside-
rando a relevância dos processos comunicacionais 
para a expressão de pensamentos, crenças e valores 
• Certamente os estudos da Antropologia cultural possuem 
maior repercussão no campo jurídico. Nesse sentido, a 
Antropologia cultural é dividida entre a Etnografia e a Et-
nologia 
→ Etnografia: diz respeito ao trabalho de campo de ob-
servação, descrição e análise de grupos humanos, 
considerando suas particularidades. 
→ Etnologia: busca utilizar comparativamente os docu-
mentos apresentados pelo etnógrafo, integrando co-
nhecimentos de grupos, reconstituindo o passado de 
determinadas sociedades. 
• A antropologia, se interessa pelos conflitos sociais, princi-
palmente no que diz respeito à intervenção normativa na 
decisão jurídica desses conflitos, bem como pelo desdo-
bramento da ordem jurídica diante das transformações 
culturais, sociais, políticas e econômicas. 
PARADIGMAS DO PENSAMENTO SOCIAL 
• A Modernidade tem início com a Revolução Francesa, 
ocorrida no fim do século XVIII. Esse contexto foi marcado 
pela tomada do poder pela burguesia, e pelo surgimento 
de novas concepções filosóficas de mundo, como o Ilu-
minismo (crença na razão como promotora de progresso 
e da felicidade) 
→ Com a influência das ideias iluministas, cresceu tam-
bém a defesa de um governo regido por leis, que pro-
tegeria os cidadãos contra abusos de poder por parte 
dos governantes e consagraria a igualdade formal en-
tre os cidadãos. 
→ Racionalismo igualmente passou a ganhar importân-
cia, de modo a defender a razão como instrumento de 
solução dos problemas vividos. 
• A Pós-Modernidade fundou-se na crítica à crença mo-
derna da razão como instrumento para emancipação 
universal do ser humano, como se a história fosse um pro-
cesso unitário que, por meio de formas universais, pu-
desse levar a humanidade ao progresso. 
→ Há um entendimento de que existem diversas narrati-
vas nas sociedades e na humanidade em geral, de 
modo que considerar a história como tal um processo 
unitário seria ignorar essas tantas e variadas formas 
de vivências. Nesse sentido, alguns teóricos (como Va-
ttimo) entendem que as mídias de massa contribuí-
ram para esse processo ao dar voz a essas novas nar-
rativas. 
→ Para Jean-François Lyotard, a Pós-Modernidade é ca-
racterizada pela incredulidade em relação aos “metar-
relatos”, ou seja, ha uma grande narrativa que explica 
o ser humano e o mundo, como a da Modernidade a 
respeito da razão como instrumento para o progresso 
histórico. Assim, a função narrativa se dispersa em nu-
vens de elementos de linguagem narrativos, mas tam-
bém denotativos, prescritivos, descritivos etc. 
• Segundo Bauman, há um amontoamento das diferen-
ças, que se tornam objeto de disputa, com estilos e pa-
drões concorrentes. Trata-se de um suposto amor à di-
ferença, em que todos devem se mostrar seduzidos pela 
infinita possibilidade e constante renovação promovida 
pelo mercado consumidor, de passar a vida na caça in-
terminável de cada vez mais intensas sensações 
• A Pós-Modernidade foi a época da relativização das 
grandes narrativas e de certos valores que eram tidos 
como pretensamente universais,como a crença no pro-
gresso natural da humanidade e na razão como instru-
mento para tal. 
• Em suma, a pós-modernidade consiste no ambiente em 
que a sociedade pós-moderna está inserida, caracteri-
zada pela globalização e domínio do sistema capitalista. 
• Foi marcada pela substituição do pensamento coletivo 
pelo individualismo; Valorização do "aqui e agora" 
(Carpe Diem); Subjetividade (nada é concreto e fixo); 
Multiculturalismo e Pluralidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALICIA CAVALCANTE 
(86) 995118095 | @aliciacavalcantx

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