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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA NUTRIÇÃO CLÍNICA

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NUTRIÇÃO CLÍNICA
Desirée Silvera Guimarães
Matrícula: 01513987
Curso: Nutrição
B.M.J, sexo masculino, 37 anos, Peso: 70kg, Altura 1,70 cm, Trauma de acidente de carro, perfusão do intestino delgado, fraturas de membros superiores, inferiores e quadril. Submetido a cirurgia, em ventilação mecânica. O paciente reverteu a instabilidade hemodinâmica, apresenta cicatrização da perfusão intestinal, mas permanece em ventilação mecânica. O Diagnóstico nutricional deve ser fundamentado no Índice de Massa Corporal (IMC), Diagnóstico clínico e avaliação física. O IMC é um parâmetro utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para calcular o peso ideal do indivíduo. O cálculo é realizado dividindo o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. O IMC do referido paciente é de 24,22, considerado Eutrófico. ( BOEHRINGER INGELHEIM)
O exame físico tem como objetivo identificar se o indivíduo está em risco nutricional, por meio dos sinais de depleção nutricional, como perda de tecido subcutâneo na face, tríceps, coxas e cintura. A avaliação nutricional do paciente deve ser repetida a cada 10 dias, no máximo, e antecede a indicação da terapia nutricional A triagem nutricional em pacientes hospitalizados têm como intuito reconhecer o risco nutricional, para que assim sejam estabelecidas medidas de intervenção nutricional mais precocemente. De acordo com o exame físico, o paciente está em mal estado geral (MEG), inconsciente, hipocorado, presença de edema, Frequência Cardíaca: 60 bpm, Pressão arterial: 80x60 mmHg, Temperatura corporal: 36,5 ºC. ( PROJETO DIRETRIZES, 2011)
De acordo com os exames laboratoriais, a dosagem de albumina está 1,5 g/dL, o que indica um quadro de hipoalbuminemia pós-cirúrgica, o que é um fator de risco para o aumento da morbimortalidade de pacientes no período pós-operatório. A determinação do nível sérico dessa proteína é um importante marcador da avaliação nutricional e identifica pacientes cirúrgicos com déficit nutricional. Essa hipoalbuminemia ocorre em decorrência das alterações da permeabilidade vascular, que acontecem em resposta ao estímulo inflamatório e pela redução na síntese hepática dessa proteína após estresse metabólico. A falta de albumina no corpo pode causar edemas, dentre outras manifestações. ( LUCIANO, 2010)
A proteína C reativa (PCR) do paciente está em 28 mg/L, valores mais altos que o valor de referência. O PCR é uma proteína produzida no fígado, quando ocorre elevação da sua concentração sanguínea é um sinal da existência de uma infecção ou inflamação. Valores entre 10,0 a 40,0 mg/L, é indicativo de infecções mais graves e infecções moderadas. O aumento da síntese de proteínas de fase aguda, como a proteína C-reativa (PCR), levam à diminuição da síntese de albumina. ( PROJETO DIRETRIZES, 2011)
A precocidade no início do suporte nutricional por meio do tubo digestório dos pacientes com risco ou desnutrição, além da cautela em esperar pela estabilidade hemodinâmica e metabólica do paciente grave, antes de perseguir suas metas calóricas, tornaram o suporte nutricional mais seguro e eficiente. Ultrapassando o período de instabilidade hemodinâmica do B.M.J, a terapia nutricional deve ser iniciada o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 24 a 48 horas. A terapia nutricional escolhida será a Terapia Nutricional Enteral, visto que esse tipo de terapia nutricional deve ser a primeira indicação, por ser mais fisiológica e também porque já ocorreu a cicatrização da perfusão intestinal desse paciente. Pacientes com alteração do estado de consciência e incapacidade de ingerir a quantidade estabelecida de alimentos ou suplementos devem recebê-los pela via enteral, com o auxílio de bombas infusoras, preferencialmente. A posição da sonda enteral será a pós-pilórica, duodenal, devido ao paciente esta inconsciente e apresentar risco de broncoaspiração. A fórmula escolhida para a terapia enteral será a Monomérica/oligomérica, pois é indicada para pacientes com limitação da capacidade de digestão e absorção de nutrientes intactos, como trauma e cirurgia. ( PROJETO DIRETRIZES, 2011)
As necessidades calóricas nos pacientes graves podem ser realizadas utilizando-se fórmulas ou calorimetria indireta. O método mais preciso nesses pacientes é a calorimetria indireta, porém Fórmulas podem ser usadas. Será realizado o Cálculo das necessidades nutricionais do paciente utilizando a Equação de Harris-Benedict, sendo o Fator de atividade 1,2, sedentário. Para o cálculo do Taxa Métabólica Basal (TMB), do sexo Masculino será utilizado a fórmula: TMB = 66 + (13.7 x peso em quilogramas) + (5 x altura em centímetros) – (6.8 x idade em anos). Calculando: TMB = 66 + (13.7 x 70) + (5 x 170) – (6.8 x 37). Onde teremos: TMB = 66 + 959 + 850 – 251,6, que é igual a 1.623,4. Multiplicando o valor da TMB pelo fator de atividade física 1,2. Obtemos 1.623,4 x 1,2, que é igual a 1.948,08. ( NUTRIUM, 2022)
Para que o organismo adquira tolerância a fórmula escolhida, a progressão da dieta enteral deve ser feita de forma gradual. De modo geral, nos primeiros dias podem ser infundidas 25%, 50%, 75%, até serem atingidas 100% das necessidades energéticas. Se após 7 a 10 dias com terapia enteral não se atingir o valor total das necessidades energéticas, deve ser considerada a terapia nutricional parenteral. Na fase aguda deve ser ofertada 20 a 25 kcal/kg/dia em pacientes graves, respeitando a tolerância. Deve-se atingir 25 a 39 kcal/kg/dia após 4 a 7 dias. Esse aumento da oferta energética deve ser realizado para o provimento de substrato para a fase anabólica. Quando o catabolismo é moderado, o aporte proteico é de 1,2 a 1,5 g/kg/dia; nos pacientes hipercatabólicos é de 1,5 a 2,0 g/kg/dia, podendo ser >2 g/kg/dia em casos de métodos dialíticos, queimados, fístulas. O B.M.J por ser um paciente grave, está em risco nutricional, deve receber entre 1,5 g/ kg/dia e 2,0 g/kg/dia de proteína. Quando o paciente estiver consciente, a depender da sua aceitação e da evolução do quadro clínico, a ingestão de alimentos por via oral, com ou sem suplementação, deve ser preferida. Deverá ser ajustado a consistência da dieta para facilitar a mastigação e deglutição. ( PROJETO DIRETRIZES, 2011)
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOEHRINGER INGELHEIM. Cálculo IMC. Disponível em: <https://www.programasaudefacil.com.br/calculadora-de-imc> Acesso em 04/06/2023 às 13h20.
LUCIANO, Rafael Paiva et al. Influência do trauma cirúrgico no comportamento dos níveis séricos de albumina após cirurgia da coluna vertebral. Coluna /Columna, p. 407-412. 2010.Disponível em: <chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/coluna/a/pY4QmBTTdgdrnBxcCyw7Ldd/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 04/06/2023 às 15h20.
NUTRIUM. Calculadora da Equação de Harris-Benedict para Nutricionistas, 2022. Disponível em: <https://nutrium.com/blog/pt-br/calculadora-da-equacao-de-harris-benedict-para-nutricionistas/> Acesso em 04/06/2023 às 14h20.
PROJETO DIRETRIZES. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Triagem e Avaliação do Estado Nutricional, 2011. Disponível em: <https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/triagem_e_avaliacao_do_estado_nutricional.pdf> Acesso em 04/06/2023 às 13h25.
PROJETO DIRETRIZES. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Terapia Nutricional no Paciente Grave, 2011. Disponível em: <https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/terapia_nutricional_no_paciente_grave.pdf> Acesso em 04/06/2023 às 14h05.