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Prof. Claudinei Teles dos Santos claudinei.santos@uninorteac.com.br Modelo é a representação abstrata e simplificada de um sistema real, com a qual se pode explicar ou testar o seu comportamento, em seu todo ou em partes. Ex.: uma maquete de um imóvel, ou o desenho de planta baixa, são modelos. Não é preciso ter o imóvel construído à sua frente para perceber que um quarto, sem janelas e cuja porta dá de frente para a cozinha não vai satisfazer suas necessidades pessoais de ventilação. Isso é um modelo! fev-2016 Na criação de um modelo algum objeto serve de referência para a sua criação. A esse elemento de referência podemos chamar de objeto observado. O termo “objeto” é usado, de modo genérico, para caracterizar qualquer coisa, ambiente, conceito, etc. O objeto observado, sem sombra de dúvidas, é o ponto de partida para qualquer processo de modelagem, de dados ou não. Temos de ter um objeto a reproduzir, seja ele concreto ou imaginário. fev-2016 O arquiteto, ao desenhar a planta baixa de um novo apartamento, está reproduzindo um objeto imaginário, que pelo menos, em sua mente já existe. A modelagem de dados necessita também, obrigatoriamente, de um objeto a ser observado, seja ele real ou imaginário. Por isso, o processo de levantamento de dados, investigação e análise dos dados é tão importante para a modelagem de dados. Se não captarmos informações que nos caracterizem devidamente os objetos, não conseguiremos “observá-los” e logo nosso modelo não os comtemplará. fev-2016 A obtenção de um modelo a partir de um conjunto de objeto observados deve levar em conta alguns quesitos. Cada um deles contribuirá decisivamente para que o produto gerado pela modelagem seja o esperado. Especificação dos Requisitos Execução da Modelagem de Dados fev-2016 Alguns pontos importantes devem ser definidos mesmo antes de se iniciarem os trabalhos de modelagem: Abrangência Nível de detalhamento Tempo para a produção do modelo Recursos disponíveis fev-2016 A modelagem de dados tem sido, basicamente, aplicada como meio para a obtenção de estruturas que nos levam ao projeto de bancos de dados. Dentre outras aplicações, seguem-se: Representar um ambiente observado Servir de instrumento para comunicação Favorecer o processo de verificação e validação Capturar aspectos de relacionamento entre os objetos observados Servir como referencial para geração de estruturas de dados Estabelecer conceitos únicos a partir de visões diversas fev-2016 A estratégia de utilização de diferentes níveis de projeto e representação dos modelos de dados tem origem junto ao grupo ANSI-X3-SPARK, na década de 1970 Os modelos definidos foram: Modelo Conceitual de Dados Modelo Lógico de Dados Modelo Físico de Dados fev-2016 É aquele em que os objetos, suas características e relacionamentos têm representação fiel ao ambiente observado Nesse modelo, devemos representar os conceitos e características observados em um dado ambiente, voltando-nos simplesmente ao aspecto conceitual Deve ser o modelo a ser utilizado para o nível de conversação, entendimento, transmissão, validação de conceitos, mapeamento do ambiente, etc. fev-2016 Um modelo conceitual é uma descrição do banco de dados de forma independente de implementação em um SGBD. O modelo conceitual registra que dados podem aparecer no banco de dados, mas não registra como estes dados estão armazenados no SGBD. O modelo conceitual é um diagrama em blocos que demonstra todas as relações entre as entidades, suas relações, suas especializações, seus atributos e autorrelações. fev-2016 A técnica mais difundida de modelagem conceitual é a abordagem entidade-relacionamento (ER). Nesta técnica, um modelo conceitual é usualmente representado através de um diagrama, chamado diagrama entidade-relacionamento (DER) fev-2016 fev-2016 É aquele em que os objetos, suas características e relacionamentos têm a representação de acordo com as regras de implementação e limitantes impostas por algum SGBD. A obtenção deste modelo se dará pela aplicação de regras de derivação sobre um modelo conceitual. Inclui a análise das características e recursos necessários para armazenamento e manipulação das estruturas de dados (estrutura de armazenamento, endereçamento, acesso e alocação física)... fev-2016 O modelo lógico mostra as ligações entre as tabelas de banco de dados, as chaves primárias, os componentes de cada uma, etc tipo_produto(cod_tipo_produto, descricao) produto(cod_produto, descricao, preco, cod_tipo_produto) cod_tipo_produto Referencia tipo_produto fev-2016 É aquele em que a representação dos objetos é feita sob o foco do nível físico de implementação das ocorrências, ou instâncias da entidades e seus relacionamentos. Cada diferente SGBD poderá definir um diferente modo de implementação física das características e recursos necessários para o armazenamento e manipulação das estruturas de dados. Esse modelo deve ser criado sempre com base nos exemplos de modelagem de dados produzidos no item anterior, modelo lógico. fev-2016 ... sendo, uma sequência de comandos executados em SQL afim de criar as tabelas, estruturas e ligações projetadas até então e finalmente criar o banco de dados. CREATE TABLE PRODUTO ( COD_PRODUTO INT PRIMARY KEY, DESCRICAO VARCHAR(40), PRECO DECIMAL(12,2), COD_TIPO_PRODUTO INT, FOREIGN KEY REFERENCES TIPO_PRODUTO(COD_TIPO_PRODUTO) ); fev-2016 COUGO, P. Modelagem Conceitual e Projeto de Banco de Dados. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997 fev-2016